Sabrina 18/10/2020?Nesse racismo,o corpo escravizado desaparece, mas o corpo negro permanece,transmutando-se em sino?nimo de gente pobre, sino?nimo de criminalidade e um ponto de inflamac?a?o nas poli?ticas pu?blicas. Pois na?o ha? discurso na economia, na educac?a?o, na moradia, na sau?de, no entretenimento, no sistema criminal, nos programas de assiste?ncia, nas poli?ticas trabalhistas - em quase nenhum dos debates nacionais que continuam a nos assombrar - em que o corpo negro na?o seja o elefante na sala; o fantasma na ma?quina; o alvo, se na?o o to?pico, das negociac?o?es?. Toni Morrison
Nesse livro que conte?m dois textos curtos, como ensaios, Morrison apresenta com muita lucidez e fala acessi?vel acerca da relac?a?o dessa nova cara que o racismo apresenta na atualidade assim como a relac?a?o com o fascismo hoje, do forte apelo de viole?ncia e poder que ele vem ganhando cada vez mais.
Morrison ao nos apresentar,com esse resgate histo?rico, aquilo que e? necessa?rio para na?o esquecer e sim, nos instigar a continuar no combate, trac?a em linhas simples, pore?m fortes a necessidade da nossa na?o apatia diante do que esta? ocorrendo. Os u?ltimos movimentos e acontecimentos mundiais em meio uma crise pande?mica nos mostra que ainda ha? forc?a para lutar pelas desigualdades e absurdos que seguem ganhando peso os governos, como o nosso, que querem excluir e massacrar as diferenc?as numa roupagem de lobo em pele de cordeiro que ja? na?o e? mais possi?vel de ser sustentada.