Livro das Mil e Uma Noites

Livro das Mil e Uma Noites Mamede Mustafa Jarouche




Resenhas - Livro das Mil e Uma Noites


12 encontrados | exibindo 1 a 12


Carlos Nunes 01/08/2023

O volume 3 dessa grande e influente obra, muito citada mas efetivamente pouco lida - e quando é lida, geralmente é numa versão resumida e censurada, baseada na edição publicada por Antoine Galland, também o primeiro do ramo egípcio, não é uma obra única, mas uma espécie de colcha de retalhos, contendo diversas histórias de origens diferentes, tanto no tempo quanto no espaço, então não tem um aspecto de unidade, muito pelo contrário, traz uma grande variação nos temas, nas narrativas e até mesmo na numeração das noites. O primeiro terço do livro, em especial, é bem fantasioso, com histórias curtas cheias de criaturas e eventos mágicos, aquela coisa bem conto de fadas, meio sem pé nem cabeça, até mesmo repetitivas, e a leitura estava sendo um tanto cansativa. Mas, chegando na metade, a coisa muda de figura, as histórias ficam maiores e melhores, mais consistentes e bem trabalhadas, reunidas em três grandes grupos, e a leitura se torna bem mais agradável e interessante, tanto pelo aspecto literário quanto pelo cultural. E um desses grupos é justamente sobre um dos personagens mais conhecidos quando se fala nas MIL E UMA NOITES, o marinheiro Simbad, e conhecer a história original desse personagem tão famoso foi bastante interessante.
comentários(0)comente



Regis 09/04/2023

Salomão Davi Bin... rsrsr
Esse é o terceiro volume de As Mil e Uma Noites e o primeiro do ramo egípcio. A história é narrada agora pela perspectiva religiosa do Egito e países próximos como o Iraque e Iêmen.

É espantoso vê-los falando da presença de Jesus, Davi e Salomão (personagens da religião cristã) em uma versão do Islã; lhes atribuindo papéis ativos durante a narrativa dos contos. Jesus em pessoa chega a aparecer em um determinado conto, assim como Salomão.

Esse livro, como no primeiro volume do ramo sírio, possui muitos contos curtos, mas aqui Sherazade conta sobre dois personagens que, assim como ela, contam histórias para reis no intuito de sobreviver mais um dia. Um jovem e um vizir exemplificam suas situações através de contos que dizem para os reis pensarem bem antes de matá-los, causando pela primeira vez a manifestação do sultão Shahriar que ao final do livro avalia a situação da própria Sherazade.

Apesar da repetição de narrativas e de acontecer episódios de personagens de histórias contando outras histórias causando um pouco de confusão no leitor, aqui também dá para reconhecer a importância dos livros das Mil e Uma Noites e como vários autores que conhecemos foram influenciados por essa grande obra.

Nesse volume teve as histórias de Simbad, o marujo, que é bastante diferente da versão ocidental conhecida por nós, e confesso que foi bem interessante ter conhecimento da história de origem do personagem. Aguardo ansiosa para encontrar no próximo livro a história de outros personagens conhecidos como: Ali Babá e sua caverna, Aladim e o gênio da lâmpada e o desfecho da história da própria Sherazade.

Seguirei lendo agora o quarto volume em busca de concluir essa série de livros junto com o Grupo de Leitura de Calhamaços.

Recomendo a leitura.
HenryClerval 12/04/2023minha estante
Terminou a odisséia egípcia. ???


Regis 12/04/2023minha estante
Ufa! Rsrsr




Lucas1429 04/04/2023

Cansativo e repetitivo
Sem muitas delongas, é o volume mais chatinho até agora. Traz uma ou outra boa história, mas vem com uma repetição absurda de temas e histórias, como se só mudassem os nomes dos personagens e uma ou outra situação... então fica desgastante

Nesse volume tem a história de Sinbad, o marinheiro.
comentários(0)comente



Ve Domingues 12/05/2022

Embora eu continue me interessando por essas narrativas milenares, não gostei tanto desse volume de "As mil e uma noites".

Ao contrário do 1 e do 2, este traz histórias muito repetitivas, ao ponto da leitura ser mais cansativa. É como se todas as narrativas seguissem apenas alguns modelos. Eu não tive essa sensação com os outros volumes.

Mesmo assim, acho a leitura super válida, para entrarmos em contato com uma cultura diferente e descobrirmos novas formas de olhar o mundo.
comentários(0)comente



Gabalis 21/12/2021

Uma das jóias da literatura de todos os tempos
Levei um mês, mas finalmente terminei de ler As Mil e Uma Noites. Foi uma jornada muito curiosa e divertida. Esta foi a minha segunda tentativa de lê-lo. A primeira foi há cerca de 10 anos mas não consegui passar das primeiras páginas. Acho que não estava à altura do texto. Desta vez foi e tenho muito o que falar, espero que consiga dar uma ideia geral da coisa toda e como foi proveitoso. A própria história de publicação e difusão do texto é uma aventura à parte . Esta vai ser uma postagem longa, vou tentar não bagunçar muito.

O livro é chamado As Mil e Uma Noites, mas por muito tempo ele teve apenas cerca de 300 noites. Essas histórias "centrais" da Noites estavam circulando aparentemente desde o século oitavo, talvez sejam ainda mais antigas que isso. Com o passar do tempo, o título serviu como uma espécie de profecia auto-realizável,pois as pessoas começaram a desejar que o conteúdo batesse com o título, e então escribas de todo o mundo árabe começaram a inserir histórias de outros livros em uma tentativa de completá-lo. Isso continuou por centenas de anos, cada escriba criando sua própria coleção de Noites. Versões de escribas egípcios têm mais histórias sobre reis e cidades egípcias, por exemplo. Os que estavam em Bagdá geralmente tentavam incluir histórias sobre o califado Abássida e assim por diante. No século 18, o livro chamou a atenção de um estudioso chamado Antoine Galland, que o traduziu de um manuscrito sírio, que são as histórias centrais, originais das Noites, e fez sua própria seleção de manuscritos egípcios. Pegou também alguns contos de um contador de histórias maronita que conheceu em Paris chamado Hanna Diab. Curiosamente, duas das histórias mais famosas que conhecemos, Aladim e Ali Babá e os 40 Ladrões, são de Diab e não são encontradas em nenhum manuscrito. Galland publicou sua versão em 12 volumes de 1704 a 1717 e logo se tornou uma espécie de versão “canônica” da obra. Estou escrevendo aqui apenas uma versão curtíssima da história por trás do texto, na verdade, cada manuscrito tem uma longa e complexa história e uma trilha de papel por trás dele.

Agora, quanto as próprias histórias, como você esperaria de um livro que resulta de séculos de compilações, sem um objetivo específico a não ser tentar obter histórias suficientes para chegar a 1001 noites, a coisa toda é uma belíssima barafunda e as histórias oscilam de qualidade, tamanho, tema e gênero. A primeira coisa que me surpreendeu foi quantas histórias não têm nenhum elemento fantástico. Se você é como eu, a primeira coisa que pensa quando pensa sobre as Mil e Uma Noites são os gênios, ogros e lâmpadas mágicas (apenas uma), espadas mágicas (não há nenhuma!), anéis mágicos (uns poucos) e assim por diante. Foi curioso notar que muitas histórias não tem nada disso. Muitos contos são longos ensaios cômicos. Existem muitas histórias que são simplesmente engraçadas. Também há muitas histórias de sabedoria, com provérbios, piadas curtas e assim por diante.Quanto mais fundo você vai no livro, mais claro fica a costura dos escribas, escolhendo essas histórias onde quer que pudessem encontrar e inseri-las no livro. Não esperando o caos que este livro é, mas de alguma forma funciona a seu favor. Depois de passar pelo ramo Sírio, você nunca sabe o que vai encontrar pelo caminho.

Falando em não saber o que você vai encontrar, vou falar um pouco sobre os heróis das Mil e Uma Noites, porque eles foram o maior obstáculo da minha leitura. Esses homens e mulheres não são, em sua maioria, o tipo de pessoa que você gostaria de ter no seu círculo de amizades. Para ser franco, muitos desses heróis são uns completos desgraçados. Eles não são honestos, não são bons, muitas vezes nem são neutros. Muitos deles são ainda piores do que os antigos heróis gregos, como Hércules. Se você já leu algo sobre Hércules, sabe que o chamamos de herói, não por ser uma boa figura. Na verdade, ele é um assassino e estuprador. Ele é um herói porque é um semideus capaz de grandes feitos. Já alguém como o Super-Homem é um herói porque é capaz de grandes feitos, mas também é uma figura cristã. A figura elevada e abnegada de Cristo. O personagem principal na maioria dos contos das Noites são horríveis. Digamos apenas que sua bússola moral os levaria a acabar na prisão hoje em dia.

Esses personagens têm a tendência de serem extremamente cruéis com seus servos. Eles matam, repreendem, mutilam e estupram e não pensam muito no assunto. Para ilustrar isso, recordo o que é um típico príncipe das Noites, acho que seu nome é Sayf, Barzad ou outra coisa (aliás, digo logo que vai ser comum esquecer os nomes dessa gente toda, há centenas de personagens e os nomes são todos complicados e pouco mencionado. São ditos uma vez e no resto da história eles são chamados por profissão ou posto. O príncipe, o comerciante, o porteiro e assim por diante.) De qualquer forma, este personagem, príncipe típico dessas narrativas, fica muito bêbado uma noite, observa uma escrava passando e decide fazer sexo com ela. Ela tenta fugir, mas aquele a domina e quando ela se recusa, ele estupra e acidentalmente a mata. Quando ele vê o sangue jorrar, a sobriedade volta um pouco e percebe que aquela serva é na verdade a concubina favorita do sultão, seu pai. Quando o príncipe percebe isso, foge do palácio e se esconde no deserto, numa caverna, lamentando o destino que Deus lhe deu. Ele arrepende-se, mas não porque matou uma pessoa de forma cruel, não porque ele é um estuprador sem escrúpulos. Não, ele lamenta porque matou uma das favoritas do sultão e agora está fugindo.

Isso não é incomum. Frequentemente, você verá os protagonistas desses contos mostrando o pior que a humanidade tem a oferecer e, muitas vezes, eles conseguem alcançar finais felizes. Acho isso fascinante e é apenas a ponta do iceberg. O comportamento e a moralidade de muitos desses personagens realmente me desafiaram num nível pessoal. Podia sentir minha mente tentando colocá-los em categorias pré-fabricadas de heróis ou qualquer coisa similar, mas eles se recusaram a ser classificados de acordo com esses padrões da fantasia moderna. Não digo que esses personagens sejam anti-heróis ou mesmo vilões. Eles não são as pessoas charmosas e, em última instância, redimíveis que você vê hoje em dia na fantasia. Refletindo sobre isso, apenas li sem mais nenhuma pretensão, e a leitura se tornou ainda mais fascinante. Você nunca sabe o que esses desgraçados e loucos vão fazer. São como adolescentes selvagens e cruéis.Sabe quando você lê Tolkien e clones de Tolkien e já sabe exatamente o que um personagem será? Eles são claros para você porque você e o escritor compartilham os mesmos padrões de moralidade na maioria das vezes. Você sabe como um anti-herói reage, você sabe como um herói reage. Você sabe tudo sobre o vilão antes mesmo dele estar lá.

Você provavelmente conhece o conselho do velho sábio antes que ele o diga. Não nas Noites. O velho pode aconselhar o comerciante a enganar o vizir, o vizir pode aconselhar o sultão a jogar o homem inocente no poço para evitar que sua honra seja manchada. Eles são rudes, cruéis e fascinantes. Um sujeito age de maneira heróica e corajosa num primeiro momento, mas quando percebe que a maré se volta contra ele, se joga no chão e chora como uma criança, batendo em seu peito com grande tristeza. É diferente do que você está acostumado. Consegue imaginar Aragorn arrancando os cabelos e chorando como uma criança na frente dos portões de Mordor? Este é o tipo de coisa que acontece nas Noites. Muitas vezes esses personagens se encontram em grandes aventuras, eventos lendários pelos quais só heróis seriam capazes de suportar, mas aqui o protagonista é só uma pessoa comum que está ali por acidente ou destino. Muitas vezes os personagens principais são vítimas de forças além de seu controle. É um mundo fatalista e por isso os personagens mesmos são extremamente fatalistas.

Frequentemente, você os ouvirá dizer “Não há poderio nem força senão em Deus altíssimo e poderoso”, o que é algo que você diz quando as coisas estão além do seu controle. Os povos das Noites se encontrarão em tais situações o tempo todo. Muitas vezes eles são salvos por acidente, coincidência ou sorte, Os eventos que ocorrem nas Noites realmente expressam toda a força da predeterminação e do fatalismo. Se você já leu Lovecraft, provavelmente tem alguma ideia do que estou falando. Em Lovecraft, a humanidade nada mais é do que uma coisa pequena e sem esperança em um universo muito terrível, antigo e misterioso. Nas noites você tem uma compreensão muito mais profunda disso. Nas noites, o universo tem um plano e esse plano vai contra todas as criaturas. Os homens não tem poder sobre nada. Você é impotente contra o ladrão que o mata. O ladrão é impotente contra o soldado mameluco, que o mata durante o sono. O mameluco é impotente contra o sultão que lhe corta a cabeça. O Sultão é impotente contra o Anjo da Morte, que vem e leva todos os seus herdeiros masculinos e a si mesmo. Eles são todos arrastados pelas mãos do destino e não há nada que eles possam fazer a não ser chorar e chorar muito. Existe uma quantidade extraordinária de lágrimas neste livro. Atrevo-me a dizer que é um horror muito mais eficaz do que o de Lovecraft, que parece ingênuo por comparação. Lovecraft é uma coisa imediata, você olha para a abominação e enlouquece. Nas noites, a abominação devora você lentamente e faz você assistir enquanto ela apodrece lentamente tudo o que você ama. Não é de se admirar que os personagens continuem se jogando à mercê de Deus o tempo todo.

Enfim, o medo é uma presença constante. Os momentos de medo superam em muito os momentos de coragem, compreensivelmente. Este é outro aspecto muito interessante de várias dessas histórias. O mundo está além do seu controle, o mundo e os homens e demônios são cruéis, é muito raro que as figuras povoando as Noites andem sem medo de alguma coisa. Não há defesa contra o destino. Várias histórias você vê homens tentando evitar um acontecimento apenas para ver como seus esforços são insignificantes. É em vão. Um rei é informado por geomantes que sua filha será sua perdição. Ele constrói um palácio para ela bem longe, no meio do deserto. O destino acontece e ela realmente é sua perdição. Outro rei é informado pelos profetas que seu filho vai morrer ainda jovem pelas mãos de um homem de tal e tal reino. Tentando evitar esse fado, ele constrói um cofre subterrâneo no meio de uma ilha abandonada e esquecida. Mesmo assim, o filho acaba morrendo pelas mãos daquele tal homem de tal reino. E o fulano nem queria matá-lo, foi apenas um acidente. Acidente escrito há muito tempo como destino. O destino e a sorte favorecem os bravos em muitas histórias no ocidente. Porém nas noites não é incomum que o destino acabe por não favorecer pessoa alguma. Mesmo quando a história acaba com um final feliz, o narrador não tarda em nos avisar sobre a morte. ''E assim viveram todos, usufruindo da hospitalidade do rei, até que lhes adveio o destruidor dos prazeres e a morte os atingiu a todos.''

O mundo é um lugar mágico e seus mistérios o colocam além do seu controle. Você cospe uma semente, ela atinge e mata o filho de um poderoso gênio, que quer vingança. Três velhos que passam encantam o gênio com contos estranhos e ele acaba por lhe perdoar. É quase uma lógica de conto de fadas, mas não exatamente. Acontece que sua morte ou salvação depende do destino e a você só resta torcer para que esse ainda não seja o seu dia. Nem mesmo os próprios demônios estão além do fado. Muitas vezes eles são vítimas dessas forças da mesma maneira que são os humanos.

Para cada aspecto que mencionei aqui, haverá histórias que vão contra isso. Existem personagens heróicos que resolvem situações, existem homens e mulheres que se apegam à sua coragem e prevalecem contra todas as coisas, etc. Como eu disse, são muitas histórias. Aliás devo mencionar rapidamente uma ou duas coisas sobre isso. A quantidade de histórias e o quão mal organizadas elas são. Você provavelmente sabe que as Noites estão todas dentro de uma narrativa moldura. Esse é o personagem que todo mundo conhece. Sheherazade, a filha do sábio vizir, que todas as noites conta uma história espantosa ao marido, o rei Shahryar. Até aí tudo bem, mas ela não é a única contando as histórias. Frequentemente, ela está contando a história de um comerciante que está contando uma história para outra pessoa. Essa linha de narrador narrando o que outro narrador narra facilmente embaraça.Às vezes, Scheherazade está contando a história de um comerciante contando a história de um rei contando a história de um carregador, contando uma história sobre suas aventuras no mar. Você vai se perder em algum momento e é uma sensação estranha afundar em todos aqueles contadores de histórias e seus contos. É um alívio quase físico quando você consegue chegar do outro lado.

O processo de atravessar as Mil e Uma Noites é longo e labiríntico. Um dos motivos por que estou escrevendo essa postagem é porque no final de julho desse ano saiu o último volume da tradução direta do árabe pelo estudioso Mamede Mustafá Jarouche. Embora ele tenha ganhado vários prêmios por conta dos seus esforços, eu acredito que não tenha sido o suficiente. Na minha opinião esse é um dos maiores eventos literários da história moderna da língua portuguesa e poder ler essa tradução, que aliás tem várias histórias inéditas que nunca foram traduzidas em nenhuma outra língua, é uma das jóias que recebem aqueles que sabem ler português. Os cinco volumes somados têm cerca de 2500 páginas de histórias.

Às vezes você ficará entediado, às vezes vai perceber que está lendo uma história que tem os mesmos tipos de uma história que você já leu 800 páginas atrás, de qualquer modo, são excelentes e interessantes 2500 páginas. Existe uma despretensão nessas histórias que as tornam extremamente cativantes e os seres fantásticos, as tramóias, as lágrimas e ofadário que empurra o mundo faz com que esses volumes sejam uma espécie de mina de jóias da novelística. Você nunca sabe o que vai te chamar a atenção ou que tipo de evento vai testemunhar. Se você estiver cogitando em ler alguma fantasia clone do Tolkien de trocentas páginas, tente As Mil e Uma Noites no lugar. Acho que vale a pena.
comentários(0)comente



Gabez 22/07/2021

Primeiramente tenho que citar que edição linda como as outras duas do volume, a tradução excelente e toda a produção desses volumes são uma beleza a parte.
Agora as histórias do próprio volume em si, como acontece nos outros dois, ficam um tanto repetitivas em dado momento e você cansa de ler no caso desse volume senti isso antes da metade porém com a introdução de Sindab?d o livro ganha um novo frescor, apesar de algumas histórias parecidas com as anteriores a motivação do personagem ser diferente da dos anteriores dá uma nova dinâmica à elas.
Dito isso devo dizer que não lembrava, faz tempo que li os outros volumes, das mil e uma noites serem tão violentas em alguns momentos que não conseguia parar de pensar "porque você tá fazendo isso ?????" e outros casos que não vou citar por serem spoiler da própria narrativa.
Por fim esse é um dos livros que sempre tive curiosidade de ler e recomendo muito para quem tiver essa curiosidade também.
Porém tenham em mente que algumas leituras podem ser incômodas para nós hoje em dia.
comentários(0)comente



Luciana 07/06/2020

Imperdível
Esse é o terceiro volume da série das mil e uma noites. As estórias dentro das estórias podem ser um pouco cansativas as vezes. Mas ainda assim a leitura é imperdível! Nela aprendemos a arte da contação de estórias!
comentários(0)comente



jedsonic 01/05/2020

Um deleite de leitura, as estórias contadas por Sherazade nos faz levitar pelo Oriente, num caminho cheio de aventuras.
comentários(0)comente



Kitty 15/10/2017

As histórias são contos curtos, a maioria das vezes sem a riqueza necessária para nos relacionarmos com as tramas. O que mais encanta é a tradução, o cuidado e dedicação do tradutor em todas as passagens, as anotações de margem, e o quanto um trabalho lindo e magnífico desses é feito por uma pessoa que mantém o tom de humildade em todas as páginas. As histórias parecem ter sido colocadas no papel depois de terem sido muito contadas oralmente, e que por isso não ficam tão ricas ao serem escritas, pois parecem o tipo de história que se conta em uma roda para os amigos, com expressões, vozes etc. O que é assombroso, como diria a irmã da Sahrazad, são os valores e costumes daquela época que vamos aprendendo ao longo dos contos: a beleza e a riqueza são importantíssimas para se medir o valor de alguém, seguido da inteligência, devoção etc. A posse e violência contra mulheres ao mesmo tempo em que apresenta personagens femininas fortes. O tanto de cobiça e trapaça. O amor que arrebata. Enfim, um banho bem sincero de natureza humana. Se tem uma coisa que essas mil e uma noites mostram, é que nós humanos aprendemos e evoluímos sim, mas bem devagar.
comentários(0)comente



Amanda Aires 24/02/2017

Uma obra incomparável
Esta extraordinária edição do Livro das Mil e Uma Noites, conseguiu me prender do primeiro ao último volume. Mamede Mustafa Jarouche foi um exímio tradutor, não só no trabalho do ato da tradução como nas explicações culturais em rodapés laterais que nos fazem entender e apreciar a riqueza e a diferença da cultura árabe para a nossa. As estórias são absolutamente maravilhosas, escritas por mãos de mestres de contos e traduzidas por um gênio. Absolutamente perfeito. Uma obra de arte da literatura mundial.
comentários(0)comente



RICKDIAS7 22/01/2017

Boa ficção
Nessa edição das "Mil e Uma Noites" a história que mais se destacou na minha opinião foi do "Sindabad, o navegante" chamado erroneamente por outros autores de "Simbad". Essa história é semelhante a de Ulisses/Odisseu da mitologia grega, um marinheiro (no caso do Sindabad ele não é necessariamente um "marinheiro" e sim um comerciante que embarca nos navios para vender seus produtos em terras estrangeiras) tentando voltar para sua terra e passando por diversos infortúnios em lugares estranhos. Acho os perigos enfrentados por Sindabad mais macabros do que os enfrentados por Ulisses!
comentários(0)comente



Luiza.Thereza 19/12/2016

Livro das Mil e Uma Noites
Ainda no chamado Ramo Egípcio, as histórias deste terceiro livro não estão em uma sequencia numérica exata. De acordo com Mamede Jarouche, tradutor e organizador esta edição, a razão desta falta de sequenciamento foi a quantidade de vezes em que as histórias foram organizadas e reorganizadas pelos compiladores anteriores ao escriba egípcio que "as ordenou de fato" durante a segunda metade do século XVIII.

Uma coisa curiosa que acontece, é que os personagens de Sahrazada não raro passam a refletir sua própria condição, narrando histórias para o rei para adiar o momento de sua execução. Isso ocorreu em dois momentos: no primeiro, um rapaz passou oito noites contando histórias para o rei, que pretendia matá-lo por causa de intrigas na corte. A outra situação, muito mais longe e cansativa, foi um vizir que passou trinta noites esticando o momento de sua morte, também incitada por intrigas.

O problema maior, assim como no primeiro volume, foram as histórias dentro das histórias, dentro da história, que muitas vezes confundia e tornava tudo ainda mais cansativo. As notas da tradução, uteis em vários casos, mas nem tanto em outros, também também fizeram o livro se tornar um pouco arrastado.

No total, este volume possui 134 noites agrupadas em quatro histórias completas. Entre elas, destaco a do marujo Sindabah (e sinto desapontar os fãs do desenho, mas as viagens de Sindabah são bem diferentes).

site: http://www.oslivrosdebela.com/2016/12/as-mil-e-uma-noites-livro03.html
comentários(0)comente



12 encontrados | exibindo 1 a 12


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR