As três Marias

As três Marias Rachel de Queiroz




Resenhas - As Três Marias


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Adriana Scarpin 21/12/2017

“Talvez que o amor da morte seja como o amor por homem, e a gente só se satisfaça, só se console e se cure depois de possuída e extenuada.”

Este é um dos mais palpáveis livros sofre a condição feminina da literatura brasileira, escrito nos anos 30 seu apelo universal e atemporal lhe dão a pecha de clássico instantaneamente, A prosa de Rachel é simples, porém de construção inteligente, delimitando o romance de formação e dando-lhe ares melancólicos e autobiográficos.
Rachel não se considerava feminista, mas "infelizmente" temos que contrariá-la, dar à sua personagem principal que fora inspirada nas próprias recordações pessoais esse grau de independência e desprezo às convenções, ao mesmo tempo que respeita e desenvolve as relações com as amigas de forma que suas personagens femininas são tão mais resplandecentes do que as masculinas, miga, não tem como não te chamar de feminista.
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Gláucia 20/12/2017

As Três Marias - Rachel de Queiroz
Publicado em 1939 é um livro de tom extremamente autobiográfico.
Maria da Glória, Maria Augusta (ou Guta) e Maria José se conhecem num internato religioso onde estudam e acompanharemos suas trajetórias através da narrativa em primeira pessoa de Guta, desde o momento em que travam amizade até suas vidas adultas. Mulheres de personalidades tão diferentes, foi interessante acompanhar a evolução e o crescimento de cada uma, numa narrativa direta e quase seca.
Essa edição da tag tem no posfácio um texto de Elvira Bezerra que também aparecerá na reedição da obra pela José Olympio de 2018. Achei muito relevante pois ela faz um paralelo entre os acontecimentos do livro com os da vida da própria autora mostrando que qualquer semelhança com a realidade não é mera ficção. Livrinho de leitura gostosa e agradável e esse texto melhora muito nossa experiência ao projetarmos a protagonista na autora. Ou será o contrário?
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#Anafox 17/12/2017

Rachel de Queiroz nos conta uma história centrada em três mulheres, três Marias. A vida de outras mulheres compõem o pano de fundo. Tive a sensação de ler várias histórias de uma única vida , apesar de ser o retrato de várias. As mulheres estão conectadas pela forma que se conheceram: num internato.
Esta foi minha primeira leitura de Rachel de Queiroz. Uma leitura deliciosa, uma escrita poética, e acontecimentos que ficam subentendidos... porque a vida é frequentemente vivida pelo nao dito.
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Bharbara Marques 10/12/2017

As três Marias - Rachel de Queiroz
Maria Augusta, Maria José e Maria da Glória são três meninas que se conhecem no Convento que são mandadas para estudar durante sua infância. Juntas, criam um laço de amizade forte e complacente, onde partilham suas alegrias, seus sofrimentos e suas vidas durante o longo período que passam no internato sob as severas regras impostas a todas. Lá, presenciam as mais diversas histórias de vida, preconceitos, privações e medo expostos as suas realidades. Então, após cresceram e ter de deixar o local onde passaram sua infância, sentem-se em um mundo muito diferente do que estavam habituadas e passam a descobrir a realidade que existe por fora dos grandes muros do Convento.
As três Marias, mesmo com suas personalidades tão distintas e suas convicções transformadas diante de suas mudanças perante as descobertas dos prazeres da vida, assim como as indiferenças relacionadas a religião e percepções contrárias, conseguem manter sua amizade de forma amorosa e singela.
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Rafael.Martins 02/12/2017

As Três Marias tem uma escrita leve, simples e de fácil leitura e desenvolvimento. Com o ritmo imposto por Rachel de Queiroz (ou a narradora Maria Augusta) permite ler varias e várias páginas e capítulos sem se sentir cansado.

O desenvolvimento da história em si é bem intrigante. Cada uma das protagonistas, embora criadas juntas, se tornam adultas muito diferentes. As inquietações de Maria Augusta à respeito do amor, do papel da mulher, da família (ou falta dela) são temas atuais, embora, hoje, alguns temas apresentem outro nível de profundidade.
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Camys 01/12/2017

Livro fluido e interessante
Li esse livro bem rapidinho, é um livro bem curtinho e é narrado em primeira pessoa pela Maria Augusta, personagem que segunda a curadora é autobiográfica, reflete características da própria Rachel de queiroz. O livro traz a história de Maria augusta, Maria José e Maria Glória, daí o título e é contado desde a infância quando elas se conheceram até a vida adulta, passando pelos percalços, as aprendizagens e traz muito sobre o papel da mulher na sociedade. É um livro gostoso de se ler.
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Pudima 26/11/2017

Sobre "As Três Marias"
Bem, antes de qualquer coisa, eu preciso dizer que sou apaixonada por Rachel de Queiroz. Ela é um exemplo de mulher e de profissional, e alguém que eu admiro muito. Talvez seja o efeito que pessoas com esse nome têm sobre mim, pois todas as "Rachel" que conheci são mulheres incríveis, fortes e que se tornaram referência pra mim.
"As Três Marias" é um dos meus livros favoritos, e traz como narradora e protagonista uma mulher. E, o que é mais incrível: uma mulher comum.
Não é uma super heroína, ou alguém que se destaque por alguma posição social ou característica. Guta é alguém como qualquer pessoa. É alguém com problemas reais, angústias, medos, egoísmo e desejos de um ser real. E, por não ter algo tão "especial", Guta se tornou especial pra mim. Guta sou eu, é você, somos nós.
Esse livro me deixou feliz. Me fez sentir parte de algo, me fez ser alguém que não está sozinho. O cheiro, a capa, tudo nesse livro me fez... ser.
Obrigada, TAG Experiências Literárias, por mais essa.
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Toni Nando 21/11/2017

Comentário
Lindo livro! Vale muito a leitura.
@eleeoslivros 21/11/2017minha estante
to lendo os irmãos sisters e tô amando. esse é meu próximo, alias esse ou os prazeres da maternidade. qual indica primeiro?


Toni Nando 21/11/2017minha estante
Thiago sem
Dúvida nenhuma as alegrias da maternidade, já leu stoner?


@eleeoslivros 21/11/2017minha estante
stoner? não... qual?


Toni Nando 22/11/2017minha estante
O nome do livro é STONER de John Williams, tb fez parte da TAG, foi um dos melhores do
Club, vale muito a pena ler.


@eleeoslivros 22/11/2017minha estante
não tem mais esse kit pra venda, vou ver se acho na net. obrigado pela dica!!


@eleeoslivros 23/11/2017minha estante
comprei e chegou hoje!! sera meu próximo!!


Toni Nando 23/11/2017minha estante
Vc vai gostar, assim espero ?




Rai 17/11/2017

As três Marias
A autora usou dados da sua vida pessoal e mesclou com a ficção, permitindo ao leitor vivenciar os anos 30 e 40 e como era a vida das jovens mulheres no Nordeste brasileiro.
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isa.dantas 17/11/2017

Para mim, neste livro faltam a força de O Quinze e a fluidez de Dôra, Doralina. Ainda assim, temos uma boa personagem central, Guta, e podemos nos sensibilizar com sua história.
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Oz 16/11/2017

“As Três Marias” é um romance de elevado teor autobiográfico narrado em primeira pessoa por uma Rachel de Queiroz travestida na protagonista Maria Augusta, a Guta. Não que eu tenha alguma presunção de afirmar que Guta é um mero reflexo da autora, compartilhando suas ações e pensamentos. No entanto, os textos de apoio deixam bem claro as fortes semelhanças nas caracterizações e trajetórias entre os personagens da realidade e da ficção. Ainda que esse tipo de abordagem sempre traga consigo um risco inerente de resultar em uma espécie de “autobiografia velada”, traz também uma certa elevação na expectativa sobre a história que será contada. Afinal, não há forma melhor de destrinchar e desenvolver os pormenores da narrativa do que aproveitar a experiência da própria vivência.

A partir disso, acompanhamos, em um primeiro momento, nossa protagonista nos seus primeiros anos de internato, onde conhece Maria da Glória e Maria José (personagens baseadas em duas grandes amigas da autora), que se tornam grandes amigas e formam o grupo que dá nome ao livro. A história segue sempre do ponto de vista de Guta, que sai do internato, volta para casa e, logo em seguida, consegue um emprego de datilógrafa em Fortaleza. Um ponto de vista sombrio e incômodo, diga-se de passagem, já que a moça parece não sentir pertencer a nenhum lugar. Ela afirma que o ar do internato a sufocava, impondo anos excessivos de infância, em uma “sensação humilhante de fracasso, de retardamento, de mocidade perdida”. Desde então, passa a pensar, vez ou outra, em suicídio. Em casa, a sensação era a mesma: “E em casa a monotonia era tão opressora, tão constante, que chegava a doer como um calo de sangue”. Não contente com essa infelicidade – que me permitam o paradoxo - os problemas na cidade continuavam para Guta: “E na cidade, a vida era igualmente monótona, cheia de outros pequenos deveres enfadonhos”.

Assim, vamos conhecendo seus receios e seus sentimentos, bem como suas aflições em relação aos seus romances um tanto quanto românticos. Pode-se dizer que o “grosso” do livro gira em torno desse ponto, ainda que somos apresentados, em pinceladas esparsas, às dificuldades de outras personagens femininas. São personagens que vão pipocando na trama e apresentam destinos quase sempre infelizes, como virar prostituta, morrer no parto ou mesmo ser esfaqueada pela inveja do marido.

E por falar em marido, é preciso ressaltar que os personagens masculinos acabam ficando, se não no segundo plano, em um plano não muito atraente. Geralmente são homens aproveitadores, insensíveis ou, ao menos, de pouca iniciativa (se deixarmos de lado as iniciativas sexuais, é claro). As dificuldades e o enfrentamento das mulheres nas questões do dia-a-dia recebem um destaque maior, o que sugere um tom mais feminista ao romance, ainda que a própria autora não gostasse desse rótulo. Ressalto, também, a dúvida que surge no fim do livro a respeito de uma certa interrupção abrupta (quem leu sabe) e que nos lembra, novamente, que temos em mãos um livro com uma boa carga da realidade vivida pela própria Rachel de Queiroz.

Dito isso, tenho que admitir que não posso dizer que gostei muito da história que foi contada. Infelizmente, a leitura não atingiu minhas expectativas. Em nenhum momento a narrativa me cativou, muito menos a protagonista. Os pensamentos de Guta geralmente me soavam muito rasos e, por vezes, inocentes. Ainda que isso seja uma característica de construção da própria personagem, acompanhar esse tipo de narrador não é muito instigante, embora seja uma narrativa fluida e rápida de ler. Não consegui gerar grande empatia em relação aos dramas de Guta. Adicionalmente, achei que a relação entre as amigas seria muito mais explorada e que a atenção despendida à Maria da Glória e Maria José fosse mais profunda, ainda que sempre fosse nos mostrada do ponto de vista de Guta. Elas acabam se tornando mais personagens secundárias do que qualquer outra coisa, influenciando apenas marginalmente a trama. Vejo, aqui, um grande potencial desperdiçado, talvez até por conta de a autora ter tentado ser fiel demais à realidade ou não ter conseguido se desvencilhar disso (o risco que chamei de uma “autobiografia velada”).

Por esses motivos, acho que nada mais justo do que classificar esse livro com três estrelas, uma para cada Maria.

Meu site de resenhas: www.26letrasresenhas.wordpress.com
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Fabio Henrique 15/11/2017

Escrita limpa, fluida e agradável.
Certa oscilação do meio pra frente. Mas tem um final marcante, sendo no geral um ótimo livro.
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