Cris 31/08/2010
o livro é bastante ficcional.João Guilherme deve ser uma pessoa bem cativante,ótima lábia,possuidor de uma personalidade e simpatia significativos,pontos que aparecem fortes retratados no livro.Mas o submundo está aí representado de forma bem leve pela narrativa do livro,a realidade é tão paradoxa que chega a ser irreal.Ele,como bem mostra a estória e continua inexplicável quando o assunto são os bizarros preceitos e conceitos da Vida,teve muita sorte,muita sorte mesmo!Até nas ditas circunstâncias em que ele escapava de situações difíceis me fez pensar em personagens de HQ.
Bom para a ficção,ou seja,para o romance a que o livro se propõe.Discordo quando se referem ao livro como uma ficção "baseada em história real",definitivamente não é bem assim.A biografia possui detalhes inexoráveis e importantes aos quais não estão claras aí.a conexão,a logistica do trafico-usuário é cheia de nuances que não estão nas páginas e se estão são completamente borrados!Careta rotulo daqueles que não recorrem aos seu consumo inconsequente tanto as drogas quanto a bebida ou consumo e dinheiro.A própria vida da alta sociedade carioca é um mar sem noção,inútil ou mesmo isenta de responsabilidades (falo porque conheço de perto os seus pontos).talvez seja pelo fato de que o mundo,como um todo,que aprendeu o mesmo caminho e artimanhas dessa tal liberdade cínica a que João Guilherme possuia antes de ser preso,possua alergia ao valor da dignidade a que a juíza,referida no livro,se propunhou a reverenciar e a defender.Muito bonito no livro,pessoas já foram as lágrimas com isso!Mas na prática continua a não significar absolutamente nada para a sociedade.
resumindo:Como FICÇÃO é um livro bem escrito.