Resenhas - A vida não é útil

Lais.Helena 09/01/2022

A vida não é útil
"Temos que parar de nos desenvolver e começar a nos envolver."

" Vida é transcendência, está para além do dicionário, não tem uma definição."

"[...] Sonhar: o cotidiano era uma extensão do sonho. E as relações os contratos tecidos no mundo dos sonhos, continuavam tendo sentido depois de acordar."

Alice 10/01/2022

Bom para refletir
"Quando o último peixe estiver nas águas e a última árvore for removida da terra, só então o homem perceberá que ele não é capaz de comer seu dinheiro".

Juliana Civitavecchia 10/01/2022

status: atravessando desertos com tag+deprê e pff2 na cara
"a peste pode vir e ir embora sem que o coração do homem seja modificado", é com o eco desse 'apud' citado por Krenak que finalizei o impacto dessa leitura.
longe de fazer a pugliesi e comemorar as coisas boas que a pandemia me trouxe mas ela de fato reacendeu minha livrofilia que há mais de 10 anos estava vagando no reino de tão tão distante. nenhuma surpresa que as leituras que fazem meus olhos brilharem são as distopias.
depois de engolir a seco todas as bad news beeeem last week que o ailton trouxe, eu nem acho que vou temer nenhuma ficção científica, já que aparentemente vivo uma bem pior do que qualquer orwell previra.
a peste veio, foi e veio de novo. o coração do homem é o mesmo.

Mi 17/01/2022

?Por que insistimos em transformar a vida em uma coisa útil? Nós temos que ter coragem de ser radicalmente vivos, e não ficar barganhando a sobrevivência. Se continuarmos comendo o planeta, vamos todos sobreviver por só mais um dia.?

Carol 20/01/2022

Leitura imprescindível
Esta é uma adaptação de palestras/entrevistas e/ou lives dadas por Krenak durante a pandemia da covid19.
Ele nos faz repensar nossa relação com o mundo, nossas atitudes e nossa ideia de humanidade. Talvez tudo o que precisemos seja pisar no freio, voltar a nos relacionar com a natureza e valorizar o que é realmente importante nessa vida!

rfvlsht 20/01/2022

Esse daqui é essencial
Por mais que você não tenha qualquer interesse na questão ambiental, vale demais a leitura. Livro curto e pode ser facilmente concluído em poucos dias.

Rafael 22/01/2022

Aonde queremos chegar?
Ailton Krenak nos faz pensar na nossa existência e em todo o nosso entorno, o que o povo branco entende por ?evoluir?, aos olhos do autor, não passa de exploração dos recursos naturais do nosso planeta, e que bem sabemos, são finitos!
Possuo a mesma a linha de raciocínio do autor, vejo essa exploração com um olhar triste, aonde queremos chegar?

Recomento a leitura!

Rapha 24/01/2022

Fatos
aborda vários assuntos que perpetuam na sociedade, como a cultura tecnológica capitalista presente no mundo com suas consequências negativas.
Discordei de algumas coisas mas é um livro fácil de entender e que agrega bastante, li super rápido.

Jullia 31/01/2022

Leitura de reflexão
Uma leitura que mostra o quando a cultura indígena pode nos ensinar a sermos mais humanos, se conectar e entender a natureza. Trazendo a reflexão de como nós tornamos a vida em algo complexo.

Jeffer 06/02/2022

Esse livro não é útil (ou: Um índio cuspindo no prato civilizatório que comeu)
Ao ler o livro algumas palavras e expressões grudaram na minha mente: lugar-comum, gosthwriter, xenofobia, pedantismo, efeito Dunning-Kruger, contradições. Parece um apanhado de ideias que você encontra em qualquer grupo de WhatsApp de cidades do interior, misturando uma pitada de ciência com doses cavalares de senso comum. Escrito apenas para quem ler poder desfilar como antenado e engajado à causa ecológica, mas que na verdade apenas está ajudando uma editora a ganhar dinheiro de um modo bem capitalista apenas usando o nome do autor.

Julio Cesar 08/02/2022

Ponderações úteis
Apesar de breve, o livro traz muitos questionamento sobre como vivemos e qual é nossa relação com nosso meio.

A maneira como evitamos "os desertos", para ter o sentimento que estamos protegidos. Ao mesmo tempo que vivemos de maneira que temos que ter uma utilidade para vida, sendo que nosso ancestrais viviam um dia de cada vez, e o excesso, está nós matando lentamente.

Gostei da crítica sobre como capitalismo e as estruturas sociais fortalecem o sentido da vida ter um utilidade, sendo que como definir que alguém é útil? É pelo seu poder de compra ou até mesmo, pela quantidade de atribuições ou honrarias que tem?

Apensar de ter uma vida, indo mais além, de termos um planeta, parece que nada é o bastante para nós. Destruímos, moldamos e destruímos, tudo isso para preencher um sentimento de utilidade que não fora nós que escolhemos.

Fe Ferrari 08/02/2022

Suas prioridades são coletivas?
Ailton e suas reflexões maravilhosas. Sua fala atinge fundo e balança qualquer estrutura que parece estar "pronta"/intocável. Um livro que todo mundo deveria ler. O meu preferido dele!

Maymay10 10/02/2022

atualidade, atualidades e mais sobre o mundo contemporâneo.
Ailton Krenak, indígena brasileiro e ativista pelo meio ambiente e direitos dos indígenas, sintetiza em sua obra todo os dilemas da sociedade atual. Pandemia, aquecimento global, desmatamento, sociedade consumista e alienada, a falsa percepção do mundo ocidental de que a humanidade é distinta da natureza e de todas as demais espécies, sendo que, na verdade, somos a totalidade, somos em si a própria a natureza, porém estamos destruindo-a em decorrência dessa lógica capitalista de acumulação e consumo desenfreado; é preciso parar antes que seja tarde demais.

"A ecologia nasceu da preocupação com o fato de que o que buscamos na natureza é finito, mas o nosso desejo é infinito, e, se o nosso desejo não tem limite, então vamos comer este planeta todo."

ps: nesta obra há várias críticas ao desgoverno de Jair Messias Bolsonaro (foi um prazer, aliás).

Am'oonchild 11/02/2022

128 páginas de pura reflexão e tapas na cara
Eu já tinha lido o texto "O Amanhã não está a venda", mas gostei de reler e poder conectar aos demais textos presentes no livro. Isso é algo que o autor faz muito bem, por sinal. Conectar. Mostrar como tudo está interligado, ações e reações, causas e consequências da vida que a humanidade insisti em levar sobre a Terra. Chega a ser agoniante estar mais consciente disso, do quão nocivo somos nós humanos, porque dá uma imensa sensação de impotência, aliás venho sentindo isso desde de que me tornei vegetariana em 2018. É impossível viver uma vida limpa do capitalismo, por mais que eu me policie, sempre tem alguma coisa que escapa, que não sei de onde veio e principalmente para onde vai. Tem dias até que ser a pessoa que nada contra a corrente é exaustivo demais, dá vontade de afundar e deixar o resto ir, mas não pretendo desistir e agradeço a livros como esse que sempre tem algo a acrescentar na nossa consciência, expandirem nossas perspectivas, limpar a lente para assuntos sérios e mostrar que não estamos sozinhos.