A vida não é útil

A vida não é útil Ailton Krenak




Resenhas - A vida não é útil


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regifreitas 03/08/2023

A VIDA NÃO É ÚTIL (2020), de Ailton Krenak.

Aqui encontram-se reunidos cincos textos do líder indígena, ambientalista e filósofo Ailton Krenak. São eles, na sequência: "Não se come dinheiro", "Sonhos para adiar o fim do mundo", "A máquina de fazer coisas", "O amanhã não está à venda" e "A vida não é útil". Conforme a sinopse oficial, são textos "adaptados de palestras, entrevistas e lives realizadas entre novembro de 2017 e junho de 2020", com pesquisa e organização de Rita Carelli.

Em seus escritos, Krenak levanta questões essenciais sobre o significado da vida e o rumo que tomamos como seres humanos. Ele nos convida a repensar nossas prioridades, resgatar nossa conexão com a natureza e valorizar a diversidade das formas de viver. Nesse sentido, nosso estilo de vida deve ser reconfigurado para que continuemos habitando este planeta, pois ele não comportará por muito mais tempo as agressões que lhe são infringidas diariamente.

Em vista disso, a pandemia do covid-19, por exemplo, deve ser encarada como um alerta à "mentalidade doente que está dominando o mundo". Segundo Krenak, o surto recente de coronavírus não deixou de ser uma resposta do próprio planeta "à forma de vida insustentável que adotamos por livre escolha". Prova disso é que se tratou de um vírus que discriminou apenas a humanidade, pois a natureza continuou seguindo seu curso: "O vírus não mata pássaros, ursos, nenhum outro ser, apenas humanos. Quem está em pânico são os povos humanos e seu mundo artificial, seu modo de funcionamento entrou em crise".

É importante existirem mais e mais vozes que clamem por mudanças, numa sociedade na qual as lideranças que realmente podem fazer a diferença teimam em ser surdas aos prognósticos sombrios em relação ao nosso futuro. O tempo para a tomada de consciência e reação é cada vez menor.
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Carol @solemgemeos15 17/11/2023

Uma série de pensamentos de Ailton Krenak a respeito de humanidade, produtividade e nossa relação com a natureza.
Foi muito proveitoso ler “A vida não é útil” logo após “Floresta é o nome do mundo”, de Ursula K. Le Guin (trad. Heci Regina Candiani). Consigo ver a mesma mensagem e apontamento, uma num formato de uma palestra e outra incutida numa ficção.
Trata-se de cinco textos adaptados de palestras, entrevistas e lives.
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MarcosQz 14/01/2023

Em "A vida não é útil" Krenak nos leva a refletir sobre nosso consumo do planeta, vendo-o como um objeto a ser utilizado e consumido, um ser não vivo ou simplesmente uma serva para a humanidade. Conceito que também é criticado, já que a humanidade dos humanos é geralmente voltados apenas ao humano.
Nos acusa, de forma muita correta, de estarmos viciados em novidades, em modernidades, queremos coisas novas, coisas mais modernas e atuais, compactuando com o consumo do planeta, causando um alto nível de consumo de bens rapidamente descartáveis.
O livro reúne textos do período pandemico, nos levando a refletir como mudamos nossos hábitos e o mundo conseguiu respirar, como nós somos os verdadeiros parasitas do planeta e como a Terra está só fazendo seu trabalho, seguindo seu trajeto natural, lembrando que o vírus só atingiu aos seres humanos, os seres com inteligência e comunicação, mas que precisam de uma máscara de oxigênio para respirar o que a Terra dá de graça.
Suas críticas em relação algumas figuras de nossa época sãos válidas e de extrema importância, pois que alguns se interessam em transformar um planeta habitável, quando estão destruindo este e mal conseguem fornecer máscaras e vacinas para todos.
A vida não é útil se não tivermos onde vivê-la, é isso o que Krenak quer nos dizer.
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Camila.Nunes 09/09/2021

A vida precisa fruir
Livro maravilhoso e necessário! Precisamos desacelerar a vida e o consumo, estar mais ligados a natureza e nos desligar dos excessos. Pra que precisamos de tanto? Quando as grandes corporações irão entender que o mundo vai parar se não pararmos? A pandemia veio para nos ensinar que a natureza pode desacelerar o fluxo da vida e nos forçar a repensar a nossa existência. Lição para ficar como meta de vida! Mudança do micro para o macro. Nós precisamos mudar muito e rápido!
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Uri 10/08/2021

Leiam agora! É essencial pra esse momento no mundo.
Muito bom se deparar com essa pessoa que pensa de um jeito completamente indígena, me fez reparar em como eu fui criado pra pensar de um jeito completamente branco. Esses textos me fizeram refletir sobre coisas e analisar a vida sob uma ótica que é nova pra mim. Recomendo muito, acho que especialmente após o último texto, não sou a mesma pessoa que era antes de ter lido esse livro.
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Fael 27/08/2021

Não precisamos ser úteis
É muito prazeroso se conectar a outras formas de enxergar o mundo que vivemos. Acostumados a viver sob uma ótica ocidental de mundo, sempre tomamos um baque quando somos apresentados a diferentes visões, talvez por uma soberba de acharmos que sabemos de tudo, ou por pura ignorância de não saber que existem outras perspectivas.

Ler e ouvir o Krenak é mais do que conhecer uma perspectiva, é retirar a venda dos olhos e estar aberto à viver com simplicidade e menos consumismo. Obviamente que esse discurso parece estar sendo romantizado por minha parte e eu estaria sendo acusado de ser um ?defensor good vibes?. Mas chegamos ao limite!

Com invernos cada vez mais frios em um país tropical como um nosso e um verão cada vez mais quente em países como o Canadá, o mundo nos dá sinais claros de colapso. Será que precisamos continuar numa onda de consumismo onde a necessidade de trocar de celular ou comprar uma nova roupa em cada novo evento se faz super presente?
Não precisamos ser úteis para ninguém, nem para nós mesmos. A depressão e a ansiedade do mundo contemporâneo tem toda ligação com essa angústia de utilidade que a sociedade nos traz. Talvez se nos preocuparmos apenas em nos sentirmos bem, independente do que façamos e de como, protegendo o mundo que vivemos, já vamos estar renovados perante o caos.
Utópico. Mas como diz Eduardo Galeano: ?a utopia serve para que eu não deixe de caminhar?.
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Silva 18/04/2021

Impressões...
A vida útil é toda aquela emoldurada pela igreja, pela política e demais ideologias dominantes.

Por que ler o livro? Porque você tem que perceber essa dominação pelos mecanismos de poder, e tentar o fluir da vida, aprender a dançar com está e não a reduzir a uma coreografia ridícula e utilitária.

Acredito, que essas ideias finais do livro, revelam bem a intenção do autor. A mensagem é apresentada de forma simples e direta, mas, em hipótese alguma, banal e trivial.

Ele nos faz refletir sobre como os modos de vida dos povos originários quebra a lógica da exploração/ produtividade/ industrialização/ etc. do capitalismo operante.

Ao meu ver, não há direção, o horizonte está interrompido, e como diz o autor: estamos comendo tudo, sobretudo, a terra. Tudo por conta dessa ilusão de sustentabilidade como se a terra fosse uma coisa e a humanidade outra.

O que nos resta: "escapar dessa captura, experimentar uma existência que não se rendeu ao sentido utilitário da vida" p. 112

Só leiam, em um curto momento terminará o livro todo. Mas, as ideias, as reflexões, permanecerá contigo.

Certeza, um autor que mobiliza. Que te faz querer sair do lugar comum. De modo a pensar novas formas de resistências.
Portanto, se movimente, resista, busque caminhos fora da logística do enquadramento.
Como? Que tal começar observando e buscando meios como o próprio autor vem desenvolvendo, que desde sua apresentação na assembleia da constituinte de 88 vem mobilizando um coletivo em prol da vida.
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Fe Ferrari 08/02/2022

Suas prioridades são coletivas?
Ailton e suas reflexões maravilhosas. Sua fala atinge fundo e balança qualquer estrutura que parece estar "pronta"/intocável. Um livro que todo mundo deveria ler. O meu preferido dele!
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Rafael 27/04/2021

Comeremos a terra
A centralidade das críticas desenvolvidas por Ailton Krenak é a crítica ao capitalismo e as suas formas de alienação. Vender a ideia de sustentabilidade, por exemplo, é uma delas. E o líder indígena aponta com firmeza e maestria na didática: se não mudarmos a nossa forma de produção e reprodução no mundo, comemos a terra. Terra que, para o autor, é um ponto fluido, que se revolta em silêncio, fruto daquilo que decidimos fazer.

A vida, para Ailton, não deve ter utilidade. É um todo, uma dialética totalizadora e ao mesmo tempo simples. O ocidente que passa a criar essa ideia trágica de que a vida precisa de utilidade, e por isso acabam apontando os indígenas como preguiçosos, apenas por viverem em harmonia com a terra. E essa utilidade acaba sendo mais um motivo de destruição do planeta. A ecologia, para o autor, nasceu da preocupação de observar que o que buscamos na natureza é finito, mas nossos desejos não. E por isso acabamos engolindo a terra. Leitura urgente. É isso.
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Fernanda 24/02/2022

Apenas isso
"Destruir a floresta, o rio,
destruir as paisagens, assim como ignorar a morte das pessoas, mostra que
não há parâmetro de qualidade nenhum na humanidade, que isso não passa
de uma construção histórica não confirmada pela realidade."
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adre 14/04/2022

Leitura obrigatória!
"Quando o último peixe estiver nas águas e a última árvore for removida da terra, só então o homem perceberá que não é capaz de comer seu dinheiro.
(...) Se isso acontecer, como é que os caras que concentram a grana do mundo - que são poucos - vão ficar? Quem sabe a gente consiga tirar o chão debaixo dos pés deles. Porque eles precisam de uma humanidade, nem que seja ilusória, para aterrorizarem toda manhã com a ameaça de que a bolsa vai cair, de que o mercado está nervoso, de que o dólar vai subir. Quando tudo isso não tiver sentido nenhum - o dólar que se exploda, o mercado que se coma!"

Toda vez que leio alguma obra ou vejo qualquer coisa sobre Ailton Krenak fico mais admirada! Sem dúvida alguma um dos maiores pensadores brasileiros da atualidade.

Leitura obrigatória! TODOS deveriam ler as obras do autor e ter a oportunidade de conhecer suas ideias.
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Solitto 26/09/2021

"A vida não é útil" é mais que um livro, é um grito de resistência que tenta ser ouvido ao longo da História. Uma História brasileira imposta aos povos originários de uma terra tão rica que foi empobrecida pelas mãos do colonialismo. Ailton Krenak escancara como nossas vidas são esfaceladas diante de um sistema que prende, mata, rouba e monetiza tudo e todos. Nossa liberdade só chegará quando conseguirmos entender que nós somos a natureza, e temos tudo que é necessário para que todos vivam em plenitude. A vida não é útil é uma reflexão para desacelar para termos a possibilidade de viver.
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Vitória Gomes 11/06/2021

Crítica a uma perspectiva funcionalista da vida
A vida não é útil porque para Krenak pensar assim é acreditar que tudo deve ser feito por causa de uma função. Explico melhor: nosso modo de vida "moderno" instiga crianças desde cedo a "serem alguém" na vida.

Não basta estar vivo, não basta poder usufruir de toda a riqueza natural, biológica ou cultural que a vida na Terra oferece. Não. É preciso acumular, consumir, gastar. Gastamos nosso tempo de vida com coisas inúteis e não por acaso estamos tão doentes, fragilizados e em risco.

A vida não é útil é um convite pra pensar o viver a partir da cosmovisão indígena e pode ser a solução para a crise civilizatória que estamos vivendo.
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Ísis 03/09/2021

Como um livro pode ser tão impactante, e ao mesmo tempo tão liberador? Me identifiquei muito com as críticas que o autor faz sobre a sociedade que fazemos parte...uma leitura tão necessária que chega a doer o peito.
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