Karine74 12/10/2013Um bom livro, com personagens bem humanos, cheios de defeitos. Lin, por exemplo, é um homem egoísta e acomodado, na minha opinião. Com uma esposa submissa e tradicional, que vive para cuidar dos sogros e da filha, ele passa a maior parte de seu tempo na cidade, onde trabalha como médico. Durante muito tempo, acomodado com sua vida dividida entre o trabalho de médico na cidade e os poucos dias que passa no interior com a família, ele não se importou por continuar com um casamento conveniente que não desejava no começo, mesmo depois que seus pais morreram. Mas depois que se apaixonou, sendo pressionado pela amante, começou a lutar pelo divórcio. Mas na China nessa época, o divórcio não era tão simples, principalmente devido a sua situação com a esposa.
Manna, a amante, é outra personagem bastante imperfeita. No início era apenas uma jovem apaixonada, mas quanto mais o tempo passava sem que conseguisse se casar com Lin, mais ela demonstrava sua contrariedade. Tenho de dizer que, desde o início eu não simpatizei com ambos. Apesar de amor entre os dois ser um fato visível, o modo como Lin trata Shuyu e mesmo a filha é muitas vezes revoltante. Manna é outra que, à partir de certo ponto da história, se torna um personagem um pouco irritante.
Mas são essas imperfeições dos personagens que torna a história realista e humana. A passividade de Shuyu, o egoísmo de Lin e Manna, mas também seu amor e força para recomeçar, mesmo depois de tudo que enfrentaram.
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