Apátrida

Apátrida Ana Paula Bergamasco




Resenhas - Apátrida


141 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Mille Siqueira 07/05/2011

O que eu posso dizer de Apátrida, se não que é uma história maravilhosa e arrebatadora? Desde o primeiro momento me apaixonei por ela. É tão bem escrita e direcionada, que eu nem me dei conta do tempo e passei horas – tantas quantas meu escasso tempo permiti - lendo e saboreando a história da Irena, um dos personagens mais fortes que “conheci”. A Irena é determinada, sagaz, leal, mãe, e, acima de tudo: real, assim como sua história, que é tão semelhante à de tantas pessoas que passaram por essa época macabra, que foi o século XX, e ainda hoje passam, em alguns lugares da África e tantos outros escondidos pela mídia.

O livro é incrível, lindo, triste, viciante; é o tipo de história que não dá para deixar de ler. O que mais chama atenção, do meu ponto de vista, é a forma madura como a Ana Paula mescla a Segunda Grande Guerra com outras rivalidades passadas e recentes, usando inúmeras frases de efeito, mas uma ficou especificamente cravada em mim: “ Às vezes penso, o que será de nós, pobres humanos, quando os nossos algozes somos nós mesmo?”.

A narrativa é feita entre o passado e o presente, intercalando de forma deliciosa, deixando-nos, em muitas partes, curiosos quando uma situação do presente ainda não foi explicada no passado.

Os personagens são lindos e cativantes, especialmente o Rurik – marido da Irena -, que foi um dos meus preferidos. Alfons também se tornou meu queridinho, mesmo com as atrocidades que ele praticou, por mais diminutas que sejam comparando-as à de outros seguidores de Hitler e soldados Soviéticos.

Eu super recomendo mesmo o livro, principalmente para quem gosta de história, e até está em época de vestibular, como eu. Como disse, esse é um livro que você não pode deixar passar, é, sem dúvidas, mais uma obra de arte na literatura brasileira, que infelizmente não é tão valorizada, justamente pelos próprios brasileiros.

Enfim: leia!


Ps.: Queria agradecer à Ana Paula – a autora - por disponibilizar o livro, sem isso, com certeza, eu dificilmente teria oportunidade de ler.
comentários(0)comente



Liana 15/04/2011

Simplismente lindo!
Eu não gosto muito de romances históricos, leio vez ou outra, por distração... e foi em uma distração que eu comecei a ler o Apátrida... e distraída li as 50 primeiras paginas em pouco tempo.

E curiosa continuei a ler, sem conseguir parar. E emocionada terminei de ler, e agora começo a repensar sobre os romances históricos!

A historia é linda. Rica, profunda, complexa... Irena é cativante, apaixonante e apaixonada... e vc mergulha e se entrega à estória dela, sem questionar, sem perceber.

Para os que querem se encontrar, refletir e crescer, esse é o livro certo. Vc não é o mesmo depois que o termina!
comentários(0)comente



magicjebb 06/01/2011

Simplesmente espetacular
Fora o fato de se tratar de um livro simplesmente espetacular, existem dois outros pontos positivos no livro Apátrida, da escritora Ana paula Bergamasco. São eles, em primeiro lugar, o fato de que não precisamos depender da literatura internacional para termos acesso a bons livros com estórias excelentes. Em segundo, o panorama literário no nosso país está mudando, novos escritores estão surgindo, e já podemos nos dar o luxo de ignorar a literatura tradicional brasileira, dos escritores com estilo e feitura tipicamente brasileiros; o bahianismo de Jorge Amado, a dança textual de Clarice Lispector, os aconselhamentos de Paulo Coelho, a paranóia histórica de Moacyr Scliar, o humor citadino de Luis Fernando Veríssimo, entre outros tantos escritores-arquétipos, coisa usual na nossa literatura. Apátrida é um romance de cunho histórico com uma estória extraordinária, sem bairrismos, longe de arquétipos, escrito exatamente da forma como um romance histórico deve ser escrito, permitindo que sua tradução seja lida e compreendida de forma muito semelhante por gente de qualquer cultura ou origem.

Um terceiro ponto positivo que obrigo-me a ressaltar, como revisor de textos que sou, é a grande quantidade de erros de grafia que há nesta primeira edição do livro. Gafe da editora ao selecionar o arquivo errado para impressão, conforme me foi confidenciado pela própria autora. Ponto positivo? Sim. A estória da camponesa Irena, de origem polonesa, sitiada em uma região e época permeadas por guerras, intransigência, preconceito e regimes totalitários é tão espetacular que consegue ofuscar os erros de português que espocam lá e cá pelo livro.

Imigrante, fugitiva, escravizada, violentada no passado e no presente, a protagonista revela os pormenores de sua vida, amores, medos, tristezas, esperanças, desde a tenra idade, na gelada Polônia, passando pela velha União Soviética, pelos campos de concentração nazistas e finalmente aportando no Brasil, em uma saga comovente, narrada de forma magistral pela autora, com um texto limpo e direto, que privilegia o fato histórico, sem ignorar as opiniões e convicções de Irena.

Mais do que simplesmente um livro que relembra os horrores do nazismo alemão e do comunismo soviético, Apátrida também coloca em xeque as diferenças entre as culturas, seus costumes e tradições, e as tantas formas de violência a que as pessoas estão sujeitas por fazerem parte destas culturas, ou a elas se submeterem.

Um romance inigualável, candidato a tornar-se best seller e seriado de TV no futuro.
comentários(0)comente



Andréa Bistafa 09/03/2011

Esta, e outras resenhas em www.fundofalso.com
Eu, antes de ler Apátrida, era uma destas pessoas egoístas, que qualquer mínima coisa que dava errado, logo pensava: - Pq comigo? Nada da certo para mim. Odeio essa vida.
E foi ai que li, para meu crescimento de espírito, Apátrida.

Será difícill nas próximas linhas descrever corretamente o valor que este livro trás.

Contando a história de Irena, uma personagem fictícia, que não poderia ser mais real.
Irena é polônesa, nasceu no pós 1º Guerra Mundial e viveu na pele o inferno da 2º Guerra Mundial. Infortúnios lhe foram companhia desde criança. Teve um grande amor Judeu. Viu com seus olhos o holocausto, sentiu na sua pele o frio dos campos de concentração. Amou inúmeras vezes, sofreu inúmeras perdas, e continuo. Não consigo falar sobre ela sem me arrepiar dos pés a cabeça.

Chorei em centenas de passagens, e pedi a Deus por essas pessoas (reais), queria acreditar que todas elas eram apenas ficção e que nada disso existiu. Mas não posso. Cada linha, cada dor, foi sentida e ainda pode ser relatada por muitos de uma geração passada.

Não é um livro fácil de ser lido. É necessário ser forte. Mas ele com certeza mudará sua vida.
Não tem como comentar muito sem fazer spoilers, o livro trás revelações e encaixes da história todo o tempo.
Mas o importante é saber, que só o amor é capaz de fazer alguém lutar até o fim.

A guerra trás devastação, destrói sonhos, famílias, acaba com a dignidade. E onde estava, por Deus, a humanidade?
comentários(0)comente



Manchester 15/11/2010

Resenha - Apátrida de Ana Paula Bergamasco
Acho que vou escrever a resenha mais difícil de todas para mim agora. Não sei por onde começar e exatamento o que escrever. ¨Apátrida¨ mexeu muito comigo... E eu já esperava por isso. Guerras mexem muito comigo, sofrimento, mutilação, injustiças mexem muito comigo...

Vou começar, como sempre, pela parte física do livro. A capa, não tenho que dizer... Acho que é a capa de livro mais linda que vi este ano... O lindíssimo olho azul, a lágrima caindo e os trilhos dos trens que levavam os prisioneiros para os campos de concentração, já nos ambientam no romance. Na conracapa, a figura de um porto e os dizeres de Auschwitz: Arbeit macht frei, que significa ¨O trabalho liberta¨. Nas orelhas, uma breve sinopse sobre o livro e uma descrição de Ana Paula Bergamasco, a autora do romance. Além disto, a rosa... Que estaria presente em diversos momentos da trama. A Editora Todas as Falas fez um excelente trabalho!

Ana Paula Bergamasco... Guardem bem este nome... De fato, espero que seu talento seja reconhecido à altura. Agradeço por ter-me enviado o livro. Esta parceria era de grande interesse para mim pois analisar um livro falando de um assunto tão delicado e que sempre foi alvo de estudo e interesse para mim.

Bom, ¨Apátrida¨ é um romance praticamente biográfico de Irena. O primeiro capítulo se inicia com o nascimento da protagonista, a mais jovem de oito irmãos. Três meninas e cinco rapazes. A vida em uma comunidade tipicamente rural era relativamente tranquila... O bosque perto de sua casa era o palco de muitas brincadeiras entre os seus irmãos e Jacob, seu amigo de infância. Todos crescem e Irena percebe que havia um algo mais em sua bela amizade com Jacob. Este era judeu, diferentemente de Irena que era católica ortodoxa. Irena sonhava com seu romance com Jacob, mas faltou-lhe coragem para expor o que sentia. Jacob então casa-se com uma bela mulher, elegante, fina e culta. A partir daí os martírios de Irena começam.

Não estar com o seu amado é algo que ela passa a carregar... Apesar do seu casamento com Rurik e sua nova vida na Bielorrússia, algo sempre faltaria para Irena, apesar de Rurik ser um bom marido. Por um tempo tudo estava calmo apesar da distância da família. Mas vamos lembrar que não demoraria muito para estourar a guerra e Irena e o marido se encontravam em uma região um tanto quanto estratégica de influência dos soviéticos.

Uma sucessão de fatos leva Irena a voltar para sua casa na região rural da Polônia. Mas os momentos de paz são escassos. A situação política vai se deteriorando aos poucos e, em pouco tempo, Irena se vê em uma Europa caótica. Rapidamente os nazistas tomam a Polônia e a perseguição, pricipalmente aos judeus, se inicia. Irena agora carrega a responsabilidade de uma promessa feita a Jacob, que acabou sendo levado para um dos guetos em Varsóvia.

Irena acaba sendo levada para o inferno do holocausto. Um campo de concentração. O maior deles. Auschwitz. Lá Irena vê que apesar do inferno em que vive, mesmo com corpos quase mortos, é salva e salva muitas vidas também. De onde apenas existe sofrimento, surge o bem personificado sobre diversas formas.


Bom, sabemos que Irena sobrevive ao holocausto pois Bergamasco narra a trama intercalando os fatos passados e ¨atuais¨ quando Irena deixa a Europa e vem para o Brasil. E engana-se quem pensa que isso estraga a narrativa. Muitas revelações, encontros com pessoas do passado e muitas surpresas permeiam estes momentos da narrariva. As pontas que ficam abertas no passado são todas fechadas nas narrativas presentes. Cada capítulo da trama mostra uma nova revelação, um novo acontecimento, seja no passado ou no presente e nem preciso dizer que isso prende-nos a leitura por todo o livro. O final? Incrível e inesperado!

¨- No passaporte, na minha nacionalidade, está escrito: Apátrida. O que quer dizer isto?
- Quer dizer que a senhora, daqui por diante, não tem pátria.¨

O que ler ¨Apátrida¨ significou pra mim? Muita coisa. Bergamasco personificou o sofrimento de Irena de modo angustiante. Não sou uma pessoa de se emocionar fácil, mas confesso que, em determinados momentos da narrativa, senti aquele aperto no peito frente a todas as atrocidades cometidas àquelas pessoas inocentes. Dói saber o quanto somos capazes de ser intolerantes e desumanos, causar tanto sofrimento...

Ana Paula abordou diversas religiões de uma maneira bem leve: católicos, judeus, protestantes, Testemunhas de Jeová e representantes do Opus Dei. Um mix de diferentes crenças que precisam ser respeitadas. Respeito... De fato, o século XX foi carente neste quesito.

¨Muitos sabiam. Ninguém impediu. Nem aqueles que poderiam tê-lo feito. Hoje tenho certeza de que foi uma omissão relevante. A partir daí este foi o parâmetro da bestialidade. Passamos a tolerar gestos igualmente brutais, em menores proporções.¨

O trecho acima transmite bem o que penso sobre tudo isso que, agora, apenas serve para ser lembrado e jamais repetido. Nada além disso pode ser feito. Milhões de vidas ceifadas e destruídas...

Bom, como sempre, tive muito cuidado de não ter revelado nada que estrague as surpresas do livro. É evidente que Ana Paula fez ótimas pesquisas para expressar a verossimilhança de seu romance e isso culminou em uma obra de excelente qualidade literária. Recomendo com todos os argumentos que puder.
Ale Diniz 22/11/2010minha estante
Caro Thiago
Quanto mais eu leio o livro ou comento sobre ele com outros leitores, mais percebo que não se trata simplesmente de relato de atrocidades, mas sim de um relato humano do sofrimento daqueles que foram vítimas desta Guerra. Assim, penso que Apátrida é um clamor para que esses fatos jamais sejam esquecidos e , tão pouco, se repitam na história.
Bela resenha!!
Abraços




cristotola 21/03/2011

Muito emocionante
Com que prazer escrevo minhas impressões sobre o livro Apátrida. Já li muitos livros que me emocionaram, fizeram meus olhos se encherem de lágrimas, meu queixo tremer... Apátrida me fez chorar.
A personagem Irena conta toda sua vida desde a mais tenra infância, passando pelo primeiro amor, casamento feliz, muito trabalho, comunismo, maternidade, morte, desilusões, guerra, perseguições, campos de concentração e extermínio até a tranquilidade de uma vida plena com marido, filhos, netos e bisnetos.
Ana Paula Bergamasco escreve com extrema sensibilidade fazendo um caminho entre passado e presente sem que as idas e vindas confundam o leitor. Demonstra grande conhecimento sobre diversos assuntos. Com certeza dedicou-se a uma extensa pesquisa, não somente sobre a II Guerra Mundial, mas também sobre religiões, política, sistemas de governo, economia, geografia e, principalmente, sobre a alma humana.
Irena passa pelas situações mais difíceis e degradantes que um ser humano pode passar. Graças a uma grande paixão que lhe dá forças e faz com que deposite num futuro de felicidade todas suas esperanças ela ultrapassa, não somente obstáculos, mas montanhas e precipícios. Sendo uma mulher muito bonita, por dentro e por fora, conhece várias formas de amor: a paixão avassaladora, o amor tranqüilo, o companheirismo nascido do terror, o amor fraterno, filial e o amor pela humanidade.

Resenha completa no Blog Se Liga! http://migre.me/43HjH
comentários(0)comente



Renato Klisman 02/04/2011

By: rkbooks.wordpress.com
Uma Paixão, Uma Guerra, Vários Destinos...

Irena nasceu na Polônia, lá ela vivia com sua enorme família de forma feliz. Lá ela conheceu Jacob, um menino judeu, por quem ela se apaixonou ao longo de sua convivência como criança. Lá ela também presenciou a tragédia e uma guerra que mudaria para sempre sua vida.
Uma guerra que a faria perder amigos, irmãos, conhecidos e até mesmo pessoas que ela nem ao menos sabia quem eram.
Uma guerra que a faria se distanciar do grande amor de sua vida.
Uma guerra que traria dor. Muita dor.

A Capa e a História: Eu achei fantástica! Porém eu preferiria que numa segunda edição tivesse uma rosa na chuva, entendam com o trecho a seguir:

“Não senti ele se aproximar. Só percebi quando tocou o meu braço e gentilmente colocou-me de frente. Não sorriu...
Depois, não se importando com a chuva abundante, correu e colheu uma rosa vermelha. Entregou-me e disse que era a segunda rosa que me dava. A primeira, um desenho, onde a flor continuaria sempre dentro da tempestade. A segunda, resgatada da chuva, com seu tempo de vida contado, uma vez que teve de ser colhida e não teria mais a seiva da vida.
- Irena, eu fiz uma escolha. Ela consistiu em tirar-me de dentro da tempestade. A nós dois. Perdoe-me por ela. Era a única que daria a oportunidade de termos paz.”

Só de lembrar dessa (e de muitas outras) cenas do livro eu me acabo de chorar (eu realmente chorei litros e mais litros de lágrimas), a história é muito linda, muito trágica, muito real.
Imagino o quanto a autora não teve que pesquisar para fazer uma história tão bem montada, cronológica e totalmente fundamentada. Até hoje me pego pensando se tudo aquilo não foi realidade...
comentários(0)comente



Faby Dallas 20/12/2010

Resenha!
Irena nasceu na Polônia, no entre guerras mundiais. Cercada de esperança e sonhos.

Cresceu sob a turbulência política das décadas de 20 e 30 só século XX. Encontrou na primavera da sua vida um grande amor e amigo. Este permearia a sua existência.

A guerra, a religião e as conturbações sociais mudariam seu destino e a empurrariam numa avalanche de acontecimentos que transformariam de menina em sobrevivente ...

Nota Pessoal.

Você quer saber o quanto custa ser o que você é, e ser quem você é?
O que se perde em meio a uma guerra onde não existem vencedores, somente sofredores, que são tantos que é impossível de se contar?
Então você TEM de ler Apátrida.
É impossível não se sensibilizar com esse livro, a dor, o sofrimento, as angustias, todo o terror que a Segunda Guerra Mundial causou a tantas pessoas, famílias inteiras dissipadas como se fossem animais, por motivos tão fúteis, ser judeu, não saber responder a um questão, ou por não responder da forma que os soldados queriam ouvir, por não serem arianos......





Para ler na integra, acesse.

http://adororomancesdearacaju.blogspot.com/2010/12/talentos-nacionais-01.html
comentários(0)comente



Carol 15/08/2011

Emocionante e real.
Há muito tempo vinha querendo ler esse livro. Pensei em comprá-lo, mas na mesma época surgiu a oportunidade do book tour e eu, muito feliz com essa oportunidade, me inscrevi. Fiquei na expectativa de vê-lo chegar do correio e esperei pacientemente pela minha vez enquanto lia cada vez mais resenha positivas sobre ele. Até que ele finalmente chegou e eu, sem conseguir mais esperar, comecei rapidamente a ler.

Eu poderia dizer que ele é emocionante, mas acho que essa palavra não é o suficiente.

Em Apátrida nos deparamos com Irena, uma polonesa cheia de sonhos e expectativas com uma enorme e amável família. Apesar de algumas perdas e os desafios que a vida impõe a família, ela permanece unida e com grandes esperanças para o futuro. Irena é uma criança encantadora, sua inocência chega a ser quase palpável no livro. Quase que sem querer ela acaba se apaixonando pelo melhor amigo, o judeo Jacob. Filho de um médico judeo e amigo do pai de Irena, Jacob faz parte da alta sociedade polonesa enquanto Irena é apenas uma pobre camponesa católica ortodoxa.

Obrigado a seguir suas tradições, Jacob, mesmo apaixonado pela melhor amiga, se casa com Ewa, ao mesmo tempo que Irena resolve dar uma chance ao apaixonado Rurik, um amigo querido de seus irmãos, e com ele descobre que é possível amar de formas diferentes e ser feliz dessa forma. Os dois se mudam para a Bielorrússia e Irena acaba perdendo contato com Jacob, contando apenas com seus irmãos para lhe enviarem notícias sobre a família e o amor que deixara na Polônia.

É quando a Segunda Guerra Mundial explode, silenciosa e arrasadora, que os destinos desses personagens mudam de rumo. A partir daqui é difícil falar sobre o livro sem contar spoilers importantes, portanto não vou aprofundar muito ou perderá a graça.

Irena nos mostra a Guerra vista dos olhos de uma sobrevivente que sofreu os horrores impostos pelos alemães. Houve partes em que meus olhos encheram de lágrimas, houve partes em que meu coração pareceu se partir em pedacinhos, houve partes em que eu não consegui sequer imaginar como algo tão terrível pode ter acontecido. Mas houve também partes em que eu me emocionei, em que eu sorri e em que eu torci para que tudo desse certo. Para que, no final, o amor prevalecesse.

A Ana Paula escreve de uma forma incrível, capaz de prender o leitor e puxá-lo para dentro do livro, para dentro dos horrores e temores da Segunda Guerra Mundial. Eu posso ser suspeita para falar, porque apesar de todo o sofrimento eu amo essa temática e cada vez que leio um livro com esse assunto me emociono mais. Toda a expectativa valeu a pena, o livro conseguiu não apenas alcancá-las, mas superá-las. O próximo passo é ter ele na minha estante para que eu possa poder ler as passagens mais marcantes e me emocionar outra vez com a história de Irena.

Resenha originalmente postada em: http://sunriseshere.com/?p=1484
comentários(0)comente



Tuiza 10/01/2011

A autora conseguiu encontrar um novo (em relação a tudo o que li até hoje) ponto de vista da II Guerra Mundial e criou personagens que, sobrevivendo a ela e aos campos de concentração alemães, obtiveram sucesso após o término da guerra.

O novo neste livro é que os acontecimentos são apresentados nos diálogos entre os personagens, principalmente entre os familiares e os amigos da narradora. Eles se movimentam pelos diferentes países em guerra e trazem relatos das situações encontradas e vividas em diferentes momentos. Suas movimentações e os relatos do que presenciaram tecem fios que interligam os acontecimentos.

É uma história para ser re-lida e, após a segunda leitura, lida novamente.
Silver Se7e 07/02/2011minha estante
Fiquei interessado na história, depois de um ou dois livros que já estão na fila vou procurar por este. Guerras, quando bem escritas, são excelentes de se ler; drama, dor, sofrimento, ódio e sangue são ingredientes para a receita perfeita de um bom romance, ainda mais quando há verdade no que se conta.




LeilaRego 03/03/2011

Emocionante
Confesso que fui até as 3 da madrugada ansiosa para saber o final deste emocionante livro. Um livro que nos mostra todo o horror da segunda guerras através dos olhos de Irena, protagonista principal e narradora do livro.
A gente vive, sofre, se emociona em todas as situações junto com Irena. É impressionante a narrativa, a maneira como ela nos insere para dentro da guerra.
Eu adorei. Adorei de verdade e recomendo a todos.
Renato Klisman 11/03/2011minha estante
amu leilaaaaaaaa!
Quero a resenha do MEU LIVROOOOOOOOOOO!
Dom - A Saga Começa




Danika 11/05/2011

Primeiro livro do Book Tour Selo Brasileiro que recebi!

Ficamos muito felizes em poder participar desse projeto que visa a divulgação de novas obras e dos autores brasileiros.


Sobre o livro:

Fiquei realmente muito emocionada com a leitura. Eu achei que nunca tivesse chorado tanto em um livro quanto chorei na leitura de O Arquiteto do Esquecimento, também resenhado por mim aqui no blog, mas acho que a leitura de Apátrida superou as minhas lágrimas anteriores. A principio estranhei a grande quantidade de termos estrangeiros inseridos no decorrer do livro, mas acabei me acostumando e aprendi um bocado deles, em polonês e alemão… é tão variado e rico que fiquei encantada com o trabalho de pesquisa que deve ter sido feito para a construção desse livro: História, Geografia, Filosofia, volta e meia nos deparamos com citações de Manuel Bandeira, Fernando Pessoa e até Dante Alghieri!

O livro de fato não parece ter sido narrado por uma personagem fictícia, mas sim por uma verdadeira sobrevivente do holocausto, tamanha a veracidade com a qual o livro é escrito. Há passagens aterrorizantes e que nos fazem refletir sobre a monstruosidade vivida por aquelas pessoas. O curioso é que geralmente vemos isso como algo superado, que está morto e enterrado no passado e que não seriamos capazes de tal atrocidade. Condenamos acirradamente a conduta de tais alemães, nazistas, e de todos que participaram de alguma forma para contribuir com tais atos, mas estamos sempre julgando os outros mais severamente do que a nós mesmos. Todos os dias, nos grandes centros, nos deparamos com mendigos e pedintes nas ruas. E o que fazemos ao vermos estas pessoas em condições subumanas? Viramos o rosto, seguimos em nosso caminho, desviando o olhar e disfarçamos fazendo de conta que ali não esta um semelhante nosso, que não é nosso problema, que não é da nossa conta. As situações são assim mesmo tão diferentes uma da outra? Lá era por uma questão ideológica, mas e aqui? Que desculpas nós temos? Acredito que a proposta do livro é a de instigar uma reflexão nos leitores, a rever a motivação por trás de nossos preconceitos. (Sim, nossos preconceitos. Todos nós temos, o que vai variar é a proporção deles e como você lida com eles, se você os combate ou se os alimenta).

Mas voltando a falar mais basicamente do livro, posso dizer que me emocionei bastante.

Irena é a verdadeira espécime de heroína. Exemplo de mulher batalhadora, e penso que o verdadeiro motivo para ela ter aportado no Brasil foi o fato de que ela possui uma alma tipicamente brasileira; esperançosa, lutadora, guerreira.

O desfecho da vida amorosa de Irena me surpreendeu e agradou. Ela passou por tantas coisas que merecia um final senão exatamente feliz, pelos menos que fosse mais reconfortante, menos solitário. E ela passa aquela sensação de dever cumprido, de ter feito a sua parte, não só para a sua sobrevivência, mas para a dos amigos, familiares e mesmo dos desconhecidos que cruzaram seu caminho.

Se você já leu O menino do Pijama listrado, A menina que roubava livros ou O Arquiteto do Esquecimento e gostou, então não pode deixar passar essa leitura!

Super-recomendado.
http://portrasdasletras.net/apatrida-anapaulabergamasco/
comentários(0)comente



Flávia Mattos 14/05/2011

Maravilhoso!
Este livro serve para nós como exemplo de superação e força de vontade; vontade de ter uma mudança, vontade de viver quando tudo parece perdido...
Irena nos mostra de uma forma clara que nós podemos vencer os obstáculos e ser Feliz,não importa o tempo e nem a idade..

Nunca tinha lido um livro que falasse da guerra de uma forma tão clara,aprendi muito com esse livro!

Independente da situação o Amor continua vivo dentro de nós!


Super, super recomendado a leitura.

comentários(0)comente



Carol 14/04/2011

Resenha do livro apátrida para o blog Romances e leituras
Que livro difícil de resenhar, talvez a mais complicada de todas que fiz. Como vou passar para você leitores a angústia e alívio que estou sentindo ao ler sobre os sentimentos e aventuras de Irena? Mesmo sendo escritora e já ter lido de tudo um pouco não consigo começar esta resenha sem me emocionar.

Longos foram os dias que li sobre as histórias de Irena, personagem principal do livro, e seus filhos. Torci pelo amor impossível até a última gota de esperança, chorei ao ver o sofrimento do ser humano e me encantei com a qualidade da pesquisa feita por Ana Paula Bergamasco.

Você leitor encontrará neste livro tudo em detalhes sobre a Segunda Guerra Mundial, isso sem falar em outras tragédias que passaram pela vida da personagem. A riqueza da narrativa está no modo como foi narrado – 1ª pessoa- e nos sentimentos transmitidos para os leitores. É forte, é pesado, é torturante, mas TO-TAL-MEN-TE necessário!

Irena é uma polonesa nascida em Wioska e filha caçula de um casal apaixonado. Seus irmãos Antony, Michal,Marko, Andrzej, Maria e Anna cresceram em um lar harmônico apelidado pela família de DOM. Juntos desenvolveram o afeto e o amor ao próximo nas situações mais difíceis, até mesmo com pessoas de tradições religiosas diferentes.

Quando Annika- a Mama- passa mal o médico judeu amigo de anos da família é chamado para ajudar, mas Jan- o Pappa- não aprova a interferência de seu antigo colega da escola e fica furioso. Apesar das desavenças, Dr, Yossef, consegue se aproximar mais da família e com isso leva seu filho para uma visita. Maravilhada com o dialeto iídiche, Irena chantageia o pequeno judeu, Jacob, a ensiná-la a falar a língua em troca da caixinha com tiras de couro que pertenceu ao avô do menino. Mesmo depois de relutar, Jacob passou a se encontrar com Irena e seus irmãos para passeios semanais no Dom. A amizade foi crescendo e aos poucos um amor eterno foi surgindo sem nem mesmo pedir licença as crenças e religiosas de cada família. Até que Jacob decidiu se casar com uma bela judia, Ewa, e se separar de Irena. A garota ficou arrasada a ponto de entrar em depressão profunda e quase morrer, a sua sorte foi encontrar um cavalheiro Russo muito apaixonado e batalhador. Apesar de não querer, resolveu se casar com Rurik e tentar ser feliz visto que Jacob estava vivendo sua vida em completa harmonia. Só que a nossa querida Irena, não imaginava mudar-se para a BieloRussia e passar tudo que enfrentou por lá. O nascimento de um filho e um amor tranqüilo de dedicado pode mudar muita coisa, mas em tempos de guerra será que isso é suficiente?

Campos de concentração, fábricas de armas, morte de uma nação é um pouco do que você vai encontrar em Apátrida.

A capa é muito bem feita, a história é escrita com delicadeza e inteligência, o enredo é super recorrente e os fatos são reais, que dizer a guerra foi real. Infelizmente, não sei se a personagem existiu, porém vou conseguir uma entrevista com a autora e post assim que conseguir para tirar algumas milhares de dúvidas. Quem já leu e quiser perguntar algo, comente que coloco a pergunta na entrevista e o nome do leitor. Só tem uma coisinha que me desagradou, eu acho que o livro ficou muito grande com muita informação. Poderia ter sido dividido em três!

Para encerrar com categoria fiz uns Haicais em homenagem a personagem Irena.

Primeira fase

Ondas de calor

escondem a dor

a falta do amor


Segunda fase

Ondas brilhantes

Mãe Terra sobrevivente

enchem o ventre


Terceira fase

Menina guerreira

Mãe grandiosa

Mulher bondosa

comentários(0)comente



ThaisTuresso 25/10/2010

Trecho de uma carta de Irena em plena guerra enviada à Jacob:

"(...)Não pense que o meu coração é um barco à vela, que navega de amor em amor de acordo com o vento. Ele é mais fixo que as pirâmides do Egito. Ainda que as areias da vida tentem escondê-lo, ele permanece inabalável. Sei que está passando por muitas dificuldades. Onde está é horrível. Mas é seu dever continuar vivo. Levante-se por mim! Não me abandone nesta angústia, sem saber se ainda me quer. Eu o aguardarei por toda a minha existência(...)"


Resenha completa:

http://www.viajenaleitura.com.br/2010/10/apatrida-ana-paula-bergamasco.html
comentários(0)comente



141 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR