Apátrida

Apátrida Ana Paula Bergamasco




Resenhas - Apátrida


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05/11/2010

Um livro inesquecível!
Li este livro por acaso e a história me impresionou. Estou indicando a todo os meus amigos. Adoro Segunda Guerra. Este livro deveria se tornar um belo filme. Fiquei fã!!! Leiam!!!!
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Sam 08/07/2011

Quando comecei a ler esse livro, achei que fosse ser um leitura massante, cansativa, ainda mais que não sou fã desse tipo de estória de guerra, holocaustro, nessa linha... Mas tive com esse livro uma das maiores surpresas, porque ele é totalmente contrario a tudo que eu imaginei. Ele é sim uma estória forte, comovente, triste... mas sua leitura é dinamica, fácil, apaixonante... A autora narra a estória do ponto de vista da Irena, com uma perfeição nos detalhes, que é como se a estória tivesse sido vivida pela propria autora e não um personagem ficcional. Fiquei completamente enlouquecida com esse livro, queria saber tudo que aconteceu com Irena e sua familia, com ela nos campos de concentração, com seus filhos, com seu grande amor, como ela conseguiu vencer todas as entempéries dessa guerra insana...

A estória é forte, marcante, narra momentos bem doloros tanto emocionalmente quanto fisicamente, assassinatos, torturas, mortes, descaso, humilhação... não recomendo esse livro p/ quem é mais sensivel...

Confesso que me senti um pouco orfã quando terminei o livro, queria mais... A autora teve um jeito bem particular de narrar essa estória mesclando fatos que ocorreram durante a guerra, e momentos da vida de Irena já no Brasil após a tragédia, isso te mantem mais entusiasmada com o livro, pq ela narra fatos que você ainda não sabe direito como aconteceram e isso estimula a leitura... Ana Paula, você está de parabéns com esse livro, espero que vc não demore muito para nos presentear com outra bela obra... Pra mim, um dos melhores livros nacionais que já li....
Silvia 23/06/2012minha estante
Os livros nacionais estão bombano mesmo, também quero ler este livro...


Silvia 14/11/2012minha estante
Já li Apátrida realmente nota 10 e foi para a estante dos favoritos :)




prandi 28/01/2011

Uma leitura emocionante!
Apátrida mostra o drama de pessoas comuns vivendo o horror na Polônia assolada pela Segunda Guerra Mundial e, apesar de tudo, não desistindo de viver e de sonhar.
Um livro emocionante!
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Adriana 27/12/2010

Eu não sei se vou conseguir expressar com palavras o que exatamente eu gostei no livro, vou começar pelo que me chamou atenção desde a primeira página: Primeiro um vocabulário riquíssimo, a Ana Paula realmente soube escolher as palavras para contar essa linda história, e na minha opinião isso é muito importante para a leitura ser prazerosa, não adianta ter uma boa história e não saber contá-la.
O fato do livro ser narrado em primeira pessoa também faz agente se tornar cúmplice da narradora, no caso Irena, uma pessoa incrível , parecia que eu estava lendo uma biografia real...
Leia o restante em http://hobbyecletico.blogspot.com/2010/12/apatrida-ana-paula-bergamasco_27.html
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Mônica 10/01/2011minha estante
Gostei da sua resenha e irei colocar na minha lista de livros para 2011!! Obrigada pelo convite!




Leitor Cabuloso 27/05/2011

RESENHA: “APÁTRIDA” DE ANA PAULA BERGAMASCO
Existem livros que nos fazem sentir felizes, com um sorriso estampado no rosto e seu término é sinal de tristeza, pois chegara ao fim aquela leitura gostosa e prazerosa que muitas vezes nos fez pensar e rir-se sozinho(a) das situações ali apresentadas, mas há aqueles que nos trazem angústia a cada virar de página, quando o fechamos nos perdemos a refletir sobre o que acabamos de ler e durante nosso dia não são às vezes em que nos surpreendemos pensando naquilo que ficaram impresso naquelas inocentes páginas. Estas são as minhas primeiras impressões sobre Apátrida de Ana Paula Bergamasco da editora Todas as falas. Um livro que me chegou através do booktour do blog da Nanie’s World.

Sempre gostei de estudar a 2ª Guerra Mundial, tenho várias fontes de pesquisa, como livros, revistas e dvds (documentários), contudo não estava preparado para o que iria encontrar nas páginas deste livro, por isso faço questão de frisar sobre o “discreto” acervo que possuo, para evidenciar o quão esse livro fora prazeroso e torturante. Em momento algum estes adjetivos devem ser vistos como ofensas a obra. Não! O livro conseguiu mostrar-me as conseqüências da invasão nazista a Polônia de um modo que fariam muitos documentários parecerem “comédia romântica”. A narrativa em forma de relato ajuda e muito a garantir a veracidade dos fatos. Irena não nos conta o que aconteceu ela relata e isso muda tudo, pois lembra muito “O diário de Anne Frank”, mesmo que a obra não siga o gênero é difícil saber se a autora escolhera o estilo propositalmente ou ocorrera ao acaso, pouco importa, ver as angústias e tragédias pela qual a protagonista passa sem a distante e fria imparcialidade do autor/narrador é o trunfo do livro.

Chamo a atenção para algo que poderia passar desapercebido pelos leitores mais velozes. Sabemos que Irena sobrevivera ao holocausto, isto não é spoiler, já que logo no início sabemos que ela está bem velhinha enquanto profere uma palestra como “sobrevivente ” ao horror que foram os Campos de Concentração. Ana Paula vai intercalando as lembranças atuais de Irena com as lembranças da infância, adolescência e vida adulta. No início as “pontes” são esporádicas e discretas, ao decorrer começam a alternar entre um capítulo e outro: ora estamos no Brasil, ora no Campo de Concentração e esses links são perfeitos e fazem a narrativa ganhar significado, pois em muitos casos um capítulo fecha com um determinado personagem sumido as “vistas” da protagonista e depois a mesma tendo notícias dele anos depois em solo pátrio.

Comparo este livro a O menino do pijama listrado do John Boyne (livro não li, mas ouvi um episódio fantástico do podcast Grifo Nosso onde eles comentam sobre a obra, clique aqui para ouvir o episódio); percebemos que se em O menino do pijama listrado temos a tentativa de mostrar os horrores do nazismo através dos olhos de uma criança e, por isso mesmo, o autor é acusado de dar uma visão parcial e quase ingênua do regime de Hilter, Apátrida consegue expor o ódio sem motivo ou justificativa, a carnificina quase insana e o sofrimento que vai além de qualquer fotografia, documentário, exposição ou texto sobre o mesmo. Em dado momento, fui pego com uma cena que me fez fechar o livro e respirar fundo: estava lendo na sala de aula enquanto meus alunos faziam alguma atividade. A autora começou a descrever uma fase na vida de Irena quando ela ainda morava em Lublin, na Polônia. Uma alemã que morava no mesmo prédio que ela sentira um cheiro desagradável vindo do apartamento de cima, chamara a polícia, a SS, e os mesmos descobriram que uma senhora que morava sozinha falecera e seu corpo estava apodrecendo no local, iniciaram uma busca pelo local e descobriram que a falecida abrigava uma família de judeus, os policiais atiraram-nos pela janela do apartamento sem dó nem piedade. Fechei o livro imediatamente, deixei que o ar entrasse pelos meus pulmões e percebi que meus olhos estavam cheios de água…

Outro ponto que chamava a atenção de todos que me viam lendo o livro é sua belíssima capa, indagavam-me: “Que capa bonita, esse livro é bom?” Emudecia sem saber o que responder bom é um adjetivo que não combina com Apátrida, não existe bondade para relatar o que há em suas páginas. Fico muito feliz por ter participado deste booktour, não é rasgação de senda, não, pois Nanie poderia ter escolhido muitos livros, mas pois Apátrida para que nós lessemos e compartilhássemos com nossos amigos/parceiros bloggueiros. É bom saber que muito leram e lerão esta obra, pois é necessário falar mais sobre o holocausto e o regime nazista. Em tempos de “esquecimento”, onde há pessoas que querem apagar da memória coletiva os horrores praticados na 2ª Guerra Mundial, fico feliz em saber que existe um livro que deixará sua memória viva, não podemos ter pena de estigmatizar o povo alemão ao rememorar o regime de Adolf Hilter, pois não é pelo povo alemão que lembramos, mas sim por aqueles que morreram de formas desumanas e inenarráveis, para que hoje e sempre possamos olhar e ver os terríveis erros que cometemos para evitar que um segundo ou terceiro ou quarto holocausto possa acontecer. Que depositar nossas esperanças em uma única pessoa pode ser arriscado se não sumimos a responsabilidade pelo que fazemos.

Que as resenhas feitas sejam mais do que motivos para se debruçar sobre as páginas de Apátrida.

Por: http://cabulosocast.wordpress.com/
Link direto: http://cabulosocast.wordpress.com/2011/05/25/resenha-apatrida-de-ana-paula-bergamasco/
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YasmiM NameN 22/09/2013

Inesquecível
Primeiro eu quero dizer que não estou acostumada a ler livros sobre guerra , sou fã de literatura sobrenatural, romances bem água com açúcar, ou seja, realidade não é muito meu forte.Quando chegou APÁTRIDA da autora Ana Paula Bergamasco através do book tour que o Selo Brasileiro fez eu cai na leitura sem esperar muito e com o único desejo; não chorar muito e que acabasse logo pra saber se o final era feliz.E ai foi que eu me ferrei de um lado positivo, claro.

Recomendo fazer a leitura com uma grande quantidade de lencinhos que assim ninguém precisa parar a leitura pra ir buscar.
Irena relata suas memórias, e como os livros narrados em primeira pessoa, eu senti a dor, felicidade, ira, amor, todos os sentimentos que a personagem mostrou, mas confesso que nos momentos em que ela perdoa para com seus torturadores eu não consegui entender como ela conseguiu(é que ainda não sou uma pessoa tão evoluida)!Apaixonei pelo Jacob, mas meu amor ficou com o Rurik, senti tanta raiva da Ewa por achar que é o centro do universo e que todos devem amá-la e odiei a Yeva.

Nunca li um livro sobre a segunda guerra mundial, então não posso comparar, mas através dos (poucos)conhecimentos de livros de História, documentários, acho que não teve descrições leves e sim detalhadas nos relatos da personagem sobre o que ela vivenciou como os experimentos com crianças, campos de concentração, paredões, câmaras de tortura, estupros.
Irena nos mostra como na guerra não existe um lado vencedor e que existe todos os tipos de amor.
Fico por aqui sem deixar algumas passagens do livro que me deixou sem palavras, mexeu com os meus sentimentos e vai ficar guardado no meu coração.

"Existe benção que nos vem por apenas alguns dias.Mas não deixam de sê-lo por terem um período curto de existência"( pág 68)

"Não pense que o meu coração é um barco à vela, que navega de amor em amor de acordo com o vento. Ele é mais fixo que as pirâmides do Egito. Ainda que as areias da vida tentem escondê-lo, ele permanece inabalável. Sei que está passando por muitas dificuldades. Onde está é horrível. Mas é seu dever continuar vivo. Levante-se por mim!"(pág.146)

“(...)ele me fez prometer que se você estivesse viva, eu lhe daria este recado: que as rosas que ele tirou da chuva, ele recolheu uma a uma e as replantou em seu próprio peito e não importava o tempo que passasse, ainda que nunca ficassem juntos novamente e mesmo que ele continuasse casado por toda sua vida com Ewa, elas seriam regadas todos os dias, ano após ano.(pág. 308)

"Mama, você sabia que é a pessoa mais importante do mundo?Eu e Bogdana a escolhemos como a rainha do nosso novo país!"( pág 332)"

http://nyasmim.blogspot.com.br/2012/11/resenha-1-apatrida.html
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Márcia Adriana 07/02/2012

MARAVILHOSO!!!


Falar sobre Apátrida é... sentir o que Irena sentiu,é amar como Irena amou,é sofrer como Irena sofreu e principalmente conquistar o que Irena conquistou que foi o amor de pessoas que ela JAMAIS imaginou.
O final me deixou de queixo caído,pois não esperava...imaginei muitos outros finais mas,este foi de deixar um gostinho de quero mais.ADOREI!!!
O amor vence QUALQUER barreira!!!!
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LUA 02/06/2012

O livro Apátrida caiu em minhas mãos por meio do grupo Livros Viajantes do Skoob, ,então antes de começar essa resenha, gostaria de agradecer muitíssimo ao grupo e a autora Ana Paula Bergamasco pela oportunidade de ler essa obra.
Apátrida foi escrito pela autora Ana Paula Bergamasco e lançado em 2010 pela Editora Todas as Falas.
Possui 338 páginas divido em 59 capítulos que abordam o passado e presente da personagem principal Irena e suas relações. A diagramação é em papel branco com letras pequenas e a capa é feita de papel cartão em preto e branco apenas com um toque de cor - capa mole ou softcover - com badanas (orelhas). O título é gravado em letras prateadas e possui três subtítulos.
Apátrida nos traz a história da vida de Irena desde o seu nascimento em Lublin na Polônia até a publicação de sua biografia no Brasil, descrevendo toda a cena da 2ª guerra mundial começando com a invasão da Polônia pelos russos até libertação pelo exército americano.
Descrever Apátrida, sem cair no comum, é uma tarefa muito difícil, mas de toda a maneira é impossível qualquer descrição que não use as palavras lindo, emocionante.
Confesso que, quando me interessei pelo livro, a primeira coisa que me chamou a atenção foi a capa, que é de uma fotografia ímpar, e o seus subtítulos - vários destinos, uma guerra, uma paixão- logo depois, descobri que a guerra ao qual o livro se referia era a 2ª guerra mundial, um tema que, por qualquer ângulo, sempre proporciona grandes leituras. Depois vieram as resenhas positivas e a descoberta que era um livro nacional. Enlouqueci, queria ler o livro de qualquer maneira, tentei compra-lo nas grandes livrarias e descobri que ele não estava disponível, quis trocar pelo skoob e não encontrei quem o quisesse troca-lo, até que descobri que ele estava disponível no grupo Livros Viajante disponibilizado pela própria autora e administrado pelos seus membros (mais uma vez obrigada Ana Paula e Rafael pela oportunidade). Inscrevi - me na fila de espera do livro até sem esperanças, pois tinha muitas pessoas também interessadas, por um golpe de sorte, o livro veio parar em minhas mãos.
De qualquer maneira, pensava eu que Apátrida abordaria um romance entre um casal, durante a 2ª guerra mundial, e que no final o amor venceria. Ledo engano, Apátrida não é isso, não só isso, é um texto profundo e emocionante com embasamento histórico perfeito da vida de uma sobrevivente em meio aos caos causado pela disputa de poder entre nações. Um livro com uma narrativa única, que não vem sendo apresentado de forma morna até atingir o clímax, em Apátrida todo capítulo tem seu clímax, todo capítulo emociona.
Em Apátrida não há mocinhos e vilões, há uma situação, há uma luta pela vida, e essa luta é quem dita o comportamento das pessoas, tornando-as tão reais que você consegue sentir as alegrias e tristezas de Irena e de sua família, seus amigos e até de seus algozes, suas lutas e seus motivos, suas vidas.
A carga dramática do livro é intensa, prepare os lenços de papel, sem ser piegas, mas real. Peguei-me desejando que o livro acabasse, não por não gostar da história, mas achando que todo a emoção me transmitida pelas personagens fosse se extinguir finda-lo. Nesse momento, me enganei mais uma vez, ao fim do livro, continuei a sentir toda a emoção de Irena e me peguei revivendo algumas cenas. Tive uma ressaca literária, e por alguns dias não consegui me ater a nenhuma outra leitura. Hoje, mesmo passado alguns dias da leitura, enquanto escrevo essa resenha, torno a reviver cenas e sentimentos gerados pelo livro.
Para mim, Apátrida é sério candidato a best-seller, ou melhor, candidato a clássico, e tenho certeza que bem traduzido, daria um filme digno de Oscar.
Poderia eu aqui citar a passagem mais impressionante do texto, mas não consegui escolher, ,então deixo uma fala de Irena que traduza um pouco dessa minha resenha:
“A senhora há de convir que este sofrimento veio em decorrência do povo alemão. Foi ele quem produziu este fracasso e gerou essa matança . A ele deve ser atribuído o resultado, E, o que se espera, portanto, é que a senhora tenha mágoa dessas pessoas...
Quanto a sua afirmação, não tenho nada contra os alemães. Aliás, nós Poloneses poderíamos ter dissabores piores contra os Russos. Todavia, a sua conclusão foi direcionada, povo. Entendo- o como o conjunto de seres humanos, pessoas iguais a mim que por algum motivo, é considerado alemão, russo ou brasileiro. O governo desses Estados, as pessoas que os compunham e aqueles que seguiam seus ideais fizeram-me sofrer muito. As suas atitudes custaram lágrimas, sangue e dor. Contudo, muitos daqueles que compunham o povo me ajudaram. Não, meu senhor, não tenho nada contra nação alguma... ”. Prólogo, 1ª página
Essa é Irena, Apátrida, sua vida.
Recomendo o livro a todos aqueles que gostem de sentir "na pele" toda a emoção que um livro pode proporcionar e que goste de ter algumas histórias para contar.
Apátrida é o primeiro livro de Ana Paula Bergamasco, Advogada e professora, Paulista. João e maria, o segundo, em parceira com Marcos Bulzara.
Com relação, a minha saga em conseguir esse livro, descobri que ele está à venda no site da autora – www.anapaulabergamasco.blogspot.com e mesmo já o tendo lido, encomendei o meu. Apatrida figura entre a lista de meus livros favoritos e quero muito coloca-lo na estante tenho.
Luana Lima – Leitora compulsiva e apreciadora de boas histórias.
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Aline Maziero 07/01/2011

Hoje o blog tem o prazer de retomar as suas parcerias com autores nacionais, que ficaram meio relegadas a segundo plano devido aos meus compromissos do ano passado. E nada melhor que voltar com tudo, não é? Pois bem, então conheçam Apátrida, romance de estréia da advogada Ana Paula Bergamasco.
Talvez uma boa justificativa para o nome do livro seja esta, de que ele procura explicar os pontos de vista de todas as pessoas envolvidas, sem colocar a culpa em uns e outros. É um livro que não se prende a ideologias políticas e por isso mesmo, por ser uma narrativa livre, encanta e emociona.
O livro é em primeira pessoa, uma autobiografia de Irena, uma polonesa que viveu uma época de horrores, sobreviveu a ela e decidiu contar sua história. Pelos olhos de Irena, vemos até que ponto chegou a barbárie humana, como se instalou a crença em uma raça superior a ariana, e como eles se achavam no direito de exterminar tudo que não fizesse parte do seu mundinho ideal de perfeição. Uma reflexão minha é que se eu tivesse sido Aline, como sou hoje, àquela época, eu estaria morta. E isso me faz sentir responsável por todas essas crenças erradas ou antes, exageradas, que levam ao fanatismo, ao preconceito, e em última instância, à morte.
Irena vivia na zona rural polonesa e desde cedo teve de se acostumar às privações. Mas isso não impediu que fosse uma criança feliz, a caçula de uma numerosa família. Quando Irena tem cerca de 4 anos, a irmã morre por falta de atendimento médico - leia-se cabeça-dura do ciumento do pai dela, mas se eu falar mais conto a história e solto spoiler. Bom, acontece que o médico da aldeia dela era judeu, e no enterro da irmã, ela conhece o filho deste médico, Jacob, a quem, a partir de então sempre amaria, apesar da diferença religiosa.
Na verdade, Irena e Jacob vão se amar sempre... Aliás, pra mim, ela ama mais ele, mas isso não vem ao caso... Enfim, mas ele deixa bem claro que não pode se casar com uma goy e os destinos dos dois se separam quando ele se casa com Ewa. Após o casamento de Jacob, Irena entra em depressão por causa do amor perdido. Até que surge na história Rurik, lindo, forte e apaixonado por ela, e a esses atributos, nem a Irena resiste.
Será que posso contar mais a partir daqui? acho que não. Há um acontecimento chave na história que fez ir às lágrimas e que atrasou até um pouco a leitura do livro, porque eu não conseguia parar de pensar como desgraça pouca é bobagem. Ah, gente... eu já falei que é um livro triste, certo? Mas depois que você se acostuma com isso, a leitura flui muito bem, porque a narrativa é intensa, de alguém que mergulhou a fundo para contar aquela história, de alguém, que também sofreu e chorou para poder causar isso em seus leitores.
Como uma apaixonada por história, que leu vários livros e viu uma quantidade gigante de livros sobre o tema, recomendo Apátrida, por ser mais que uma grande história de amor, o resgate de uma parte de nossa história que NUNCA deve ser esquecida, para que não se repita. Acho que é isso o que nos mantém tão fascinados pela segunda guerra. A necessidade, a vontade, de provarmos a nós mesmos, que se estivéssenos lá não estáriamos matando. Mas quem nos garante? O ser humano ainda é cheio de preconceitos e ainda mata todos os dias. Há várias guerras no nosso pacífico planeta. E nós, o que fazemos para mudar isso?

http://letrasdesonho.blogspot.com
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Jaqueline 16/10/2011

Um livro que ao ser lido é impossível segurar as lágrimas
Apátrida é o primeiro livro da Ana Paula Bergamasco (escritora brasileira) e foi o primeiro livro nacional que eu amei ler e que foi direto para minha lista de favoritos sem nenhuma demora.
O livro aborda muito bem os acontecimentos do pré e pós 1ª e 2ª guerra mundial. Sua personagem Irena é muito real.
Irena é uma polonesa de família humilde que vive no interior da Polônia. Ela desde muito cedo passa a ter grandes perdas em sua vida.
Mas ao conhecer Jacob ela acaba por descobrir o amor e tem ele como seu melhor amigo e logo mais como seu primeiro amor.
Eles poderiam ter um lindo romance sem muitos impasses se não fosse o fato de ele ser judeu e a guerra estar a caminho de começar definitivamente.
Assim que a guerra começa ambos acabam por tomar rumos diferentes. Jacob casa-se com uma linda jovem judia (Ewa) e Irena com um dos amigos dos seus irmãos que freqüentava muito sua casa. Rurik apesar de tratá-lo no início como sem importância, na verdade acaba por apaixonar-se por ela.
Quando ela se vê com o seu primeiro filho nos braços, e com o seu tão atencioso marido Rurik, acha que enfim conseguiu um ter felicidade em sua vida. Tudo corria bem até que a guerra de Hitler vem e acaba com toda sua felicidade.
Apátrida demonstra muito bem o fato de que na guerra ninguém sai ganhando. É um livro cheio de tensão, quando você acha que já viu sofrimento de mais e que não consegue mais controlar as lágrimas que teimam em cair, ao virar a página você é recebida com uma nova enxurrada de sofrimentos e crueldade, e você acaba por derramar mais lágrimas. É impossível controlá-las em meio a tantos sofrimentos reais.
A vida de Irena além de ser cheia de sofrimento, é repleta de muitos romances, mas Apátrida é muito familiar. Eu simplesmente adorei a personagem Irena e sofri bastante com sua história de vida e o seu caminhar. Apesar de tantos sofrimentos causados exclusivamente pela guerra Irena ao invés de se entregar e aguardar a morte que não rondava muito longe acaba por escolher lutar com unhas e dentes por sua vida, a de seus filhos, entes queridos e até mesmo pela vida de muitas pessoas desconhecidas.
Não li Apátrida por sua capa, nem exclusivamente por sua sinopse, mas sim por ouvir (ler) falar muito bem dele e após um contato com a autora e esta me informar sobre o Booktour do livro eu resolvi dar uma chance e acabei por decidir participar.
Não me arrependo de tê-lo lido, mas me arrependeria sim se tivesse deixado a oportunidade de lê-lo escapar das minhas mãos.
É difícil buscar e conseguir colocar em ordem palavras que consigam descrevê-lo verdadeiramente e profundamente os seus ricos detalhes. Possa apenas dizer que é um livro ótimo e que todos deveriam lê-lo. Cinco estrelas ainda seria muito pouco para ele.
Além de ser um livro de fácil leitura ele tem capítulos muito curtos o que ajuda ainda mais a não largá-lo em meio á um capítulo.
Apátrida até o momento é o único romance nacional que retrata ricamente bem a tão miserável guerra de Hitler.

p.s: Obrigada Ana Paula por ter me proporcionado tão linda e emocionante história. Agora eu preciso comprá-lo para poder tê-lo na minha estante. Parabéns, e continue escrevendo mais e mais livros.
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Tatá 07/02/2014

conheci as várias formas de amor
No romance Irena retrata suas recordações, a vida dela, seus familiares e todos que vivenciaram a guerra.
O que me chamou a atenção foi que ela nos mostrou as várias formas de amar. No começo eu fiquei na dúvida dos sentimentos dela por Rurik, que foi um verdadeiro gentleman *-*, soube ama-la, em contrapartida ela ficou dividida entre seu antigo amor, que o conheceu desde a infância, Jacob. Tudo seria diferente se ele não cedesse aos desejos de sua família e acabou carregando consigo,ao casar-se com Ewa e sentimento de culpa, pois ela o amava incondicionalmente.
Um dos episódios que mais me prendeu foi quando Irena fez de tudo para que seu filho não seguisse adiante com a sua carreira de músico, pois embora ela tivesse aversão a música, com o grande amor de seu filho, ela conseguiu superar o seu trauma. Enfim, todos os fatos vivenciados me fizeram desejar dar mais valor a vida e ter a certeza que o amor supera tudo.
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Dani 07/05/2011

Sensacional!
Já fazia algum tempo que eu estava com vontade de ler este livro pois eu ADORO historias que se passam na época da Segunda Guerra Mundial e tive a oportunidade de ler graças ao Booktour organizado pela autora. E já logo de cara eu tinha certeza que eu ia adorar Apátrida, pelo cenário da história e claro, eu adorei mesmo. Ou melhor... adorei é pouco, eu AMEI o livro!
O livro conta a historia de Irena e sua grande família. Polonesa, Irena viveu uma vida repleta de dor, sofrimento e perdas... muitas perdas. Os personagens podem até ser ficticios, mas o cenário é muito real. Gente, eu paro e penso: Quantas "Irenas" sofreram as dolorosas consequencias desta guerra. Isto é realmente muito triste. É uma história muito marcante, Irena é um exemplo de força, de garra, de perseverança. Me emocionei com o trágico fim de muitos personagens, sofri com Irena ao ler as barbaridades que aconteceu nos campos de concentração, imaginei como aquele povo inocente sofreu... Irena lutou e perseverou. Imigrou para o Brasil e em Apátrida ela nos conta o que enfrentou durante a guerra, e o rumo que sua vida tomou pós guerra. O livro tem um final surpreendente que eu realmente não esperava. Apesar de muito triste é uma historia excepcional gente, eu indico este livro para todos vocês, com certeza não se arrependerão de ler este livro.

http://chabiscoitoseumlivro.blogspot.com
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F. G. CARD 27/04/2011

Inesquecível
Dramas declarados, como Apátrida, nunca me atraíram. Sempre os considerei chatos e enfadonhos.

Porém ao me aventurar nesta história me peguei, por diversas vezes, com os olhos nublados, o peito apertado e respiração entrecortada. Emocionei-me e comovi-me de tal forma que jamais esperaria.

A narrativa da sofrida vida de Irena não é, nem de longe, monótona. Ana Paula Bergamasco conseguiu neste livro uma coisa que jamais pensei ser possível: tornar interessante ao meu gosto uma história triste.

A descoberta de diferentes formas de amar, a percepção da importância de coisas que passam batidas em nosso cotidiano, a demonstração de como o ser humano pode ser cruel e insano, seja psicologica ou fisicamente. Tudo isso faz de Apátrida um livro, para mim, ímpar.

Ana, obrigado pela honra de desfrutar este escrito. Agora arque com a responsabilidade de ter mudado minha concepção de drama.

Fábio Guolo
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Lady 24/05/2011

Acompanhamos a história de Irena ao longo dos duros anos da Segunda Guerra. Assistimos a todos os horrores que ela viveu, a cada momento de terrorismo a que foi submetida, a cada instante de vida ou morte do qual ela acreditava que não iria sobreviver. Irena luta pela própria vida e pela de seu filho, ainda tendo a coragem para ajudar os judeus que necessitavam de ajuda, na esperança de reencontrar Jacob. A paz parece um sonho distante, e a agonia é tão forte que não há como se livrar dela. Uma história de guerra, de sofrimento, de dor, mas de perseverança, coragem e amor. Assim é Apátrida.
Recebi o livro pela Book Tour organizada pela autora Ana Paula Bergamasco, e não fazia idéia de que iria vivenciar tão intensamente a história que estava para ler. Enquanto lia Apátrida revivi sentimentos que só havia experimentado lendo A Menina que Roubava Livros - aquela sensação de sofrimento pela dor do próximo, de tentar imaginar um terço sequer do que aquelas pessoas passaram e não conseguir, e me sentir intensamente grata por isso. Foi como uma caminhada longa e exaustiva ao lado de Irena, uma caminhada cheia de incertezas, cheia de reviravoltas e de obstáculos que pareciam insuperáveis. Essas são as melhores analogias que consigo fazer, porque realmente não tem como explicar o que é a experiência de ler Apátrida. É algo intenso e forte, que te abala e mexe com a sua cabeça de tal forma que você repensa tudo aquilo a que dá valor e considera importante, e se coloca o tempo todo no lugar de Irena.
Recomendadíssimo! Sem dúvida um dos melhores livros que eu já li na minha vida!
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Tebhata 01/05/2011

Book Tour Apátrida

"Diga-me, em qual local do mundo há vencedores numa guerra? O conflito só existe porque houve fracasso, seja o resultado que ele tiver."

Este livro eu li através de um excelente Book Tour realizado pela autora, que agradeço de coração a oportunidade que me foi dada para a leitura deste que definitivamente este livro entrou na lista dos Top Livros. A demora em realizar esta resenha veio através da reviravolta que sofri na vida nos ultimos meses me afastando do Blog, porém estou aqui para falar deste livro que considero essencial!

Apátrida é um romance histórico carregado de emoção e aonde o brilhantismo de Ana Paula ao escrever mostra que a Guerra não possui lados vencedores e perdedores.
A história narra a vida de uma jovem Polonesa que em meio a sua inocencia e ingenuidade se ve envolvida em tramas pessoais enquanto eclode a Segunda Guerra Mundial.

Não há muito o que contar da trama sem dizer spoilers...
(não contem spoilers)
Continue lendo esta resenha aqui: http://bit.ly/kzMLTL (não contem spoilers)
Blog Os Resenhados
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