Resenhas - Tipo Uma História de Amor

labbacchio 11/12/2021

There is no love like ours
Ok, não sei um jeito melhor de começar isso, então vamos direto ao ponto: eu odiei.

Sinceramente, eu estava esperando bastante desse livro ? principalmente porque a amiga que me indicou nunca havia indicado nada ruim ?, mas quanto mais eu lia, pior ficava.

O livro não só é chato e cansativo, como também os personagens não são envolventes ? no máximo o tio Stephen, mas ele nem é protagonista ? e o desenvolvimento é péssimo.

Bem, vou tentar explicar os motivos pelos quais detestei tanto em pontos ? porque obviamente não vou simplesmente dizer que odiei sem dar argumentos válidos para isso.

Primeiro ponto: cansativo pra cacete. Demora mais ou menos 200 páginas para algo relevante de fato acontecer ? e quando acontece, ainda acontece de forma totalmente aleatória e mal desenvolvida ?, além da leitura ser bem chata e não prender nem um pouco.

Segundo ponto: protagonistas nada envolventes. Não posso dizer que realmente detestei os 3 protagonistas ? bem, ao menos um eu detestei, mas esse não é o foco ?, porém, mesmo o livro mostrando a visão de cada um nas situações, nenhum deles realmente conseguiu prender minha atenção ou me fazer sentir algo ? nem precisava ser algo forte, quando digo que não conseguiram me fazer sentir algo, quero dizer que nem sequer rir com os personagens eu ri.

Terceiro ponto: péssimo desenvolvimento. Primeiramente, não teve desenvolvimento nenhum até a página 200 e sei lá quanto ? isso e os mínimos desenvolvimentos que reparei foram uma bela bosta (perdão pelo palavreado, tenho que expressar meu ódio) ?, e quando finalmente algo aconteceu ? rufem os tambores ?, uau, totalmente aleatório e nada plausível! Não, eu juro, o bagulho acontece literalmente do nada, sem desenvolvimento ou explicação alguma, eu fiquei "??????" ? nem sei colocar em palavras, honestamente.

Quarto ponto: péssima evolução na relação dos personagens. Não só o desenvolvimento da relação amorosa de Art e Reza foi uma merda, como toda a relação de amizade dos os 3 protagonistas foi pessimamente evoluída; tudo simplesmente acontece sem ao menos fazer algum sentido.

Quinto ponto: um péssimo final ? como eu disse, quanto mais você lê, mais ruim fica. Eu já estava detestando o livro ? e só isso seria o suficiente pra deixar com uma nota 2 ?, mas aí chegou o final e deixou tudo ainda pior. O fim do livro foi totalmente inesperado, e eu não estou dizendo que não gostei por ser inesperado, o ponto é que foi inesperado e nada plausível. Odeio coisas nada plausíveis.

Sexto ? sim, tem sexto ponto ? ponto: erros ortográficos. Sei que essa questão não tem a ver com o autor, levando em conta que li o livro em português, mas reparei em pelo menos 10 erros ortográficos, e, de certa forma, esse tipo de coisa me incomoda bastante ? não que eu não erre, é claro, mas estamos falando de um livro publicado e com certa fama. (nota: esse ponto não teve nenhuma influência sobre minha nota)

Ok, agora a parte boa do livro ? eu não daria 1.5 se não tivesse absolutamente nada de bom, é óbvio. O livro aborda temas muito importantes, principalmente relacionados à epidemia da aids e à homofobia, e eu simplesmente adoro críticas sociais desse tipo. Tipo uma História de amor conta com um grande foco não só na questão da epidemia, como também dos protestos que foram feitos nessa época; e, no meu ver, mostrar isso ao público é extremamente importante. O livro mostra a luta dos membros da comunidade LGBTQIA+ em meio a uma epidemia onde os mais afetados eram os mesmos, é realmente lindo de ler. No entanto, mesmo sendo uma crítica tão incrível e tão importante, no meio de uma história desinteressante e mal desenvolvida não adianta de nada.

Sobre recomendação, olha, honestamente, não recomendo. É claro que se quiser ler e dar a sua opinião ? que pode ser bem diferente da minha ?, mas se fosse pra perguntar diretamente pra mim se eu gostei e recomendo o livro, garanto que minha resposta vai ser um belo não. Não vou mentir, um bom desenvolvimento pesa muito para mim, e ter um péssimo desenvolvimento, uma história desinteressante e personagens nada envolventes... bem, não posso mudar esse fato, eu detestei.

É isso, mais uma unpopular opinion aqui pra vocês ? e para os fãs do livro, espero que entendam minha visão ???.

arneiyh 27/07/2023

Vitor Martins, mais uma vez arrasando na tradução.
É a primeira vez que me sinto mal diante de uma leitura finalizada.

O final é péssimo, consciente que é só a minha opinião pessoal sobre este possível fato.

Tipo Uma História De Amor me entregou experiências novas sobre alguns assuntos, como o HIV.
Sobre hipocrisia descarada.
Sobre lutar por um direito que pode te matar.
Sobre viver um amor que tem sua data de validade.
Eu não estava procurando um livro que refletisse a realidade.

Cheguei a conclusão que li em uma hora errada da minha vida, vai ficar guardado para uma releitura.

Queria Estar Lendo 06/08/2020

Resenha: Tipo uma história de amor
Tipo uma história de amor é um premiado título de Young Adult contemporâneo do autor Abdi Nazemian, e hoje eu vim exaltá-la como a minha melhor leitura do semestre, e certamente uma das melhores da vida.

A trama acompanha três personagens principais: Art, Reza e Judy. Cada um deles com suas peculiaridades e individualidades, conectados pela amizade e pelo amor e pela luta pelos direitos da comunidade LGBQTIA+. Estamos falando de uma história que se passa no fim dos anos 80, quando a AIDS ainda estava em surto e ainda era um estigma, quando as pessoas olhavam para pessoas com HIV como se fossem contagiosos pelo simples fato de existirem.

Art, Reza e Judy vivem e se divertem e amam e sofrem em meio a esse momento conturbado, trilhando suas histórias em conjunto e solitariamente de maneira agradável e apaixonante.

"Não se esqueça de mim. De nós. Todos nós. O que fizemos. Pelo que lutamos. Nossa história. Quem somos. Eles não vão ensinar sobre nós nas escolas. Não querem que tenhamos uma história. Não nos veem. [...] Você precisa fazer com que eles nos vejam."

A narrativa do autor é gentil, carismática e cheia de vida. É impossível pegar esse livro e não querer devorá-lo do início ao fim; é uma obra sobre juventude, descobertas, sobre diferentes tipos de medos e abandono e recomeços. Fala sobre família - a de sangue, de coração e a que a gente escolhe. Fala sobre amizade - as coisas boas dela e as ruins. Fala sobre amor - os ganhos e perdas ao se apaixonar.

É um livro tão doce. Tão melancólico. Tão dolorosamente atual, quando menciona a intolerância e o medo de ser quem você é que recai sobre crianças e jovens da comunidade queer. É uma história sobre independência e liberdade, mas também sobre o peso que fazer escolhas. Fala sobre morte e luto e sobre vida e alegria.

Fazia muito tempo que uma história não me tocava tanto a ponto de arrancar sorrisos genuínos e lágrimas e soluços em diferentes pontos da trama. A narrativa é linear e encaixa bem seus momentos de virada, quando precisamos sentir mais e nos conectar mais com que nossos personagens estão sentindo.

Reza é iraniano; chegou nos Estados Unidos há pouco tempo, depois do novo casamento da mãe com um homem rico e influente de seu país, e está tentando se adaptar. Sempre movido pelo medo de ser quem é e do que isso significa para si e para quem ele ama; sempre com medo da vergonha que pode causar à mãe e a si mesmo, mas também do horror de se manter preso a alguém que não é. Reza sabe e entende que é gay, mas não dá voz a isso e nem a seus sentimentos, mantendo-os nos confins de sua mente para tentar escapar deles.

"Talvez eu não seja corajoso o suficiente para o amor."

Sua trajetória é cheia de dor e ferimentos emocionais pesados. Envolve autoaceitação e o sentimento de se libertar e ser feliz com isso, e é desesperador o quanto ele se prende ao que ser feliz pode significar para as outras pessoas. O quanto o medo que o mundo externo, com seus preconceitos e julgamentos e ataques, jogou sobre a comunidade LGBTQ+ causa na mente de um jovem se entendendo.

Com Art, Reza percebe que existe um caminho para felicidade - mas envolve se assumir. Assumir seu amor por garotos para o mundo. E a jornada de Reza é sobre isso; sobre superar o medo, e não realmente deixá-lo para trás.

"Jimmy uma vez que a AIDS é como a guerra. Governos e pessoas poderosas não se importam porque não são suas crianças sendo enviadas para as trincheiras. Não são suas crianças que estão morrendo. Mas eu sou uma dessas crianças, e estou nessa guerra."

Art, inclusive, é uma estrela em questão de carisma e emoção, mas também vive seus momentos cheios de problemas. Ainda que esteja rodeado do amor de Judy, sua melhor amiga, e da comunidade queer num todo, se assumir gay para o mundo e para quem está nele tem seu preço. E envolve bullying e perseguições na escola e o pior de tudo, os olhares e palavras dos seus pais, que vivem em negação.

Enquanto a narrativa de Reza fala de medo, a de Art fala sobre raiva. Ele é cheio de vida e sorrisos e emoção, ansioso por um mundo que o aceite e ame quem ele ama, mas também está cheio de raiva e querendo descontar isso naqueles que causam dor. E não está errado por isso; há quem olhe para o preconceito e queira combatê-lo com tolerância, mas aquele que olha para a intolerância e sente fúria dela, a meu ver, também tem razão.

"Se você usa Deus para dizer a pessoas criadas por Deus que são pecadoras por amar quem amam, então eu estendo meu dedo do meio para você e te convido a se sentar nele."

Por fim, Judy é uma bússola amigável entre os dois, e seus dilemas envolvem peso e beleza e aceitação. Ela é apaixonada por moda e por dar vida a estilos que ninguém pensaria em criar e se molda através de suas criações para esconder os temores à rejeição e ao modo como o mundo a vê.

Sua relação com Reza tem muito a ver sobre o medo dele de se assumir, e também traz conflitos importantes para o desenvolvimento do caráter dos três protagonistas. Que os faz repensar a vida e as mentiras que machucam e as verdades que libertam.

Suas histórias se combinam através dos protestos pelos ativistas da comunidade LGBTQ+, pelas vozes de milhares de pessoas oprimidas e esquecidas enquanto um vírus mortífero apagava sua existência do mundo como se fosse nada - enquanto autoridades não faziam nada. Elas se combinam também através do amor por Madonna, sua influência e presença e músicas que guiaram toda uma geração esquecida a ganhar voz. Suas histórias se combinam através de Stephen, tio de Judy e ativista gay que está lidando com a AIDS em seus estágios terminais da maneira mais forte e poderosa possível.

"Eu acho que essa é a primeira vez que cheguei perto de ser eu mesmo."

Stephen, com seus sorrisos e suas sessões de filmes antigos e seu coração grandioso disposto a abraçar aqueles que precisam sem nem saber. Um dos personagens mais queridos e adoráveis e dolorosos que já tive a alegria de conhecer em livros juvenis; um que eu gostaria de conhecer e conversar e prometer que o mundo vai ser um lugar melhor para quem ama. Que leva tempo, mas o amor prevalece.

Tipo uma história de amor é uma mensagem de aceitação, um grito por direitos e respeito, um ode ao amor e à juventude. É um livro emocionante, inesquecível e com certeza uma leitura obrigatória na estante de todo mundo.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2020/06/resenha-like-love-story.html

Aquela Bia lá 06/03/2021

Tipo uma história de amor
Conta a história de Reza, um garoto gay que tem medo de se assumir, e isso se dificulta mais ainda quando se muda com a sua mãe e encontra Judy e Art.
Judy e Art são melhores amigos de infância mas acaba que os dois se apaixonam por Art durante a época da Aids, oque será que acontecerá com eles?

Eu achei a história completamente incrível, a escrita do autor é perfeita (e ainda temos a tradução do ícone do Vitor Martins).

Os personagens são incríveis, os temas tratados na história, são retratados de uma forma maravilhosa.

Eu aprendi mais sobre a cultura de várias pessoas importantes que eu nem fazia ideia que eram importantes para a comunidade queer.

Enfim, leiam esse livro.

Let 06/12/2021

Romance que te obriga a refletir!
Reza se muda pra NY com a mãe e guarda um segredo: ele é gay, mas não tem coragem de contar pra ninguém. ????

Na nova escola ele conhece Judy, uma aspirante a estilista e logo ele começa um namoro de fachada com ela. Mas na vdd ele está apaixonado por Art, o melhor amigo dela.

?? Temos sim um romance, com o Reza aos poucos tendo coragem de ser quem é, triângulo amoroso, caos e choradeira, mas o grande foco são as pautas sociais do HIV/AIDS. O livro se passa durante a pandemia nos anos 80/90.

? Eu CHOREI MUITO lendo! Desidratei! Marquei 80% do livro com citações lindas.

Não dou 5 ?? pq a Judy e o Art conseguiram ser bem chatinhos em algumas partes. Me irritava a infantilidade deles.

Importante salientar que o livro é bem focado na pauta gay e não aborda tanto a luta de outras sexualidades.

annacsfraccaro 13/11/2023

Importante
Gostei bastante do livro, mas em alguns momentos achei um pouco arrastado, um pouco enrolado, mas achei a história interessante, com assuntos importantes e relevantes.

Ana 02/07/2021

simplesmente perfeito. muito triste e sensível, uma história com perspectivas que a gente nem imagina, os personagens são incríveis e o desenvolvimento da história é sem igual. o tipo de livro que todo mundo tinha que ler

Mari 08/07/2021

Todos nós viemos do amor.
?Porque não existe futuro sem passado.?

O começo do livro foi bem lento, mas o desenrolar da história é perfeito e aborda vários tabus que ainda são recorrentes na nossa sociedade.
Muito legal saber que o ACT UP foi um grupo ativista que realmente existiu :)

Dutrinha 16/01/2021

Lindo, triste e confortável
O que tem de lindo, tem de triste, eu levei mais de 3 horas pra ler as últimas 50 páginas pq não conseguia parar de chorar. Chorar de tristeza, chorar de gratidão por tantos que deram a vida pra garantir os direitos que temos agora, de alegria por aqueles que conseguiram presenciar esses direitos. Esse livro se tornou um dos meus favoritos da vida.

pietra.prds 22/03/2021

esse é com certeza o livro mais importante da minha vida.
o jeito de ele fala sobre a história da aids, da comunidade LGBTQIA+ e sobre amor é surreal.
cada personagem tem uma história incrivel e cada um vem com o seu ensinamento.
confesso que fiquei meio mal com o final e chorei pra krl mas ele é incrivel.
quotes:
"o amor é o nosso legado."
"é sempre errado odiar, mas nunca é errado amar."
"todos nós viemos do amor. e é pra lá que vamos também. onde estamos agora... essa é a parte complicada."

lenaaaa 24/07/2021

INCRÍVEL
Que livro perfeito cara, é tão profundo e fala umas coisas tãoooo-
Eu amei muito mas também tem bastante gatilho com homofobia então se vc é sensível não leia, eu amei muito, chorei até morrer?

carol 13/01/2021

gostei
muito bom!! entendi muito sobre a história da AIDS. a escrita eh fácil e eh uma leitura rápida

eu_sou_fake 12/04/2021

O amor é o nosso legado
esse livro me deixou sem palavras... me senti como se eu estivesse na nova iorque da década de 80. senti a dor da perda de cada um dos nossos, deixados pra morrer pelo governo e pela aids... senti o amor de stephen, de jimmy... senti raiva, esperança, vontade de mudar, de gritar... fiz careta tentando me controlar pra não chorar... esse livro me fez sentir muito. a escrita dele flui incrivelmente bem, mas não deixa de ser doloroso e real em nenhum momento...
a única coisa que eu senti falta foi a presença de personagens femininas lgbts, elas foram citadas ao longo do livro, mas ainda o foco era em homens cis e nas mulheres cis heterossexuais que foram ícones lgbt. acho que teria sido legal apresentar personagens trans e não-heteros, gostaria muito que tivesse presente na história, mas não foi algo que tirou a qualidade da leitura, até porque elas não foram apagadas da narrativa ,enfim só amor por essa leitura!

Luisa938 17/01/2022

Emocionante
Que livro! Demorei pra engatar mas depois de passar dos 30% me pegou de jeito! É emocionante toda a jornada dos personagens, a luta, o luto, a dor, o amor, a amizade, referências. Nossa, sem palavras! Chorei lendo! Um livro pra nos fazer refletir sobre tanta coisa! Recomendadíssimo ???

Annik | @leiturasannik 03/10/2022

Todos viemos do amor. E é pra lá que vamos também.
Que história! Não imaginava tudo que aconteceu naquela época, e fiquei muito tocada com a história do Stephen e da luta contra a aids.

A leitura foi um pouco arrastada, principalmente pelas demasiadas referências pops dos anos 80 que eu não conhecia nenhuma. E não gostei do plot Reza-Art-Judy, entendo que era necessário para a história, mas me deu muita raiva a atitude dos três. Porém, não deixa de ser um livro muito necessário, que vai muito além de uma história de amor!