De bar em bar

De bar em bar Judith Rossner




Resenhas - De bar em bar (Looking for Mr. Goodbar)


14 encontrados | exibindo 1 a 14


Cássio 05/04/2024

Que livro ruim
Uma tentativa de se criar um thriller com fundo de drama tão brega, que mais parece um lengalenga que poderia ter sido escrito por Stephanie Meyer, mas pior. Uma espécie de proto-fanfic de facebook, a escrita lembra uma redação pobre e sem linha de raciocínio, e os motivos são vários:
- A história da protagonista EM NADA se relaciona com o aparente plot principal da trama. Toda a introdução que tenta copiar vergonhosamente uma investigação policial não chama a atenção, embora o esforço da autora seja nítido ao tentar apelar para o que seria um "crime fascinante"... ou seja, seria melhor que o crime ficasse de fato para o final.
- Os surtos de imaginação da autoria são chatos e estragam o fluxo da narrativa primária; o tempo todo ela cria subsituações cafonas e as coloca entre parênteses. Se nem mesmo a narrativa principal enriquece a trama, a secundária, então, é só preenchimento de volume.
- A protagonista é rasa e a autora não sabe desenvolvê-la, por mais que tente por mais de 200 páginas. O desespero por tentar cativar Theresa é palpável até nos diálogos mais simples, porque mesmo nestes, a personagem parece criar um TCC mental para questões infundadas ou niilistas.
- Pensa-se que há um ponto alto da história. Não há. A personagem não evolui por mais que entre em contato com possibilidades e mostra-se homogeneamente mais rasa que uma personagem de novela das 6.
- Os trechos sexuais são bizarros e cafonas. Em quase todas as situações ela insinua relações ao menos parcialmente incestuosas, mais como um fetiche pessoal da autora do que um pretexto de enriquecimento narrativo.
- A introdução do livro é exatamente o começo, meio e fim da trama. Não há nada além disso: nenhuma jornada da protagonista, nenhuma reviravolta, nenhuma moral. Isso explica por que foi um "best seller nos EUA", já que demonstra a superficialidade intelectual dos consumidores de literatura por lá.

Tive momentos de otimismo e curiosidade no decorrer do livro, mas nada de proveitoso foi demonstrado. A única parte prazerosa de fato, nesta leitura, foi o seu áspero fim.
VPerosa 05/04/2024minha estante
Certeza que tua crítica é muito mais interessante do que o livro inteiro




spoiler visualizar
comentários(0)comente



Wes_silas 18/04/2023

De bar em bar
Uma garimpada no sebo, uma mesa de livros pra doação, me trouxe essa maravilhosa surpresa!
Theresa é uma professora, recatada de 28 anos, durante o dia, durante a noite, Theresa costuma frequentar bares atrás de parceiros de uma noite.
Em uma dessas noites ela conhece Tony, um parceiro onde a química sexual é muito grande, mas que ela não gosta nada, em contrapartida ela também está saindo com James, um cara de que ela acaba gostando, mas que a química sexual quase nenhuma.
Em uma de suas escapadas durante a noite, Theresa se depara com um homem, o que será que ele reserva para ela?
Uma história muito boa, que te faz gostar e ao mesmo tempo desgostar de seus personagens. Um assassinato e uma confissão, e a história de como tudo se caminhou para isso.
comentários(0)comente



Cibele 10/02/2022

Gostei
Uma história com várias nuances, mostrando como questões psicológicas referentes à traumas de infância e adolescência pode culminar em comportamentos perigosos.
comentários(0)comente



Lara 08/02/2022

Uma deliciosa surpresa...
Em minhas buscas incessantes por edições em bom estado da círculo do livro cheguei a este livro, e que deliciosa surpresa...

Theresa, personagem central deste romance, é uma mulher muito complexa.
De bar em bar não se trata apenas de uma mulher viciada em sexo à procurar novos parceiros em bares na cidade. O livro é muito mais complexo que isso...fala sobre a falsa liberdade sexual, a ausência de autopreservação, a depressão e conflitos familiares. Theresa teve uma infância difícil, e nenhum ponto de apoio além de um professor que utilizando de sua prerrogativa de adulto a sexualiza para depois a descartar, fazendo com que Theresa tenha inúmeros conflitos dentro de si e não saiba como lidar com nenhum deles.
A fuga de Theresa é o sexo (com desconhecidos, sem contraceptivos, correndo riscos), mas poderia ser as drogas, mutilações, etc...Theresa tende a se fazer passar por riscos para sentir que está viva e tendo algum controle sobre sua vida, ao mesmo tempo que a cada relação sexual se sente mais imunda e sem valor, tais como costumam tratar os homens com quem se deita, se entregando ao orgasmo para posteriormente se envolver na depreciação.
Eu amei a sensação de ler este livro, foi difícil por ser uma leitura pesada, densa, e que por vezes a faz se sentir como se estivesse dividindo a consciência de Theresa, e sofrendo suas consequências.
comentários(0)comente



Alexandre 18/03/2020

Na última excursão ao sebo parei na prateleira de promoções, logo na entrada (a mesma onde encontrei a edição de Tubarão, que tanto amei, da última vez em que havia ido lá)

Gostei da capa do livro, que por coincidência, é da mesma coleção do Tubarão. Gostei do título, original e da tradução. Comprei

Ao chegar no trabalho, curioso, por não saber nada da história, li a sinopse aqui mesmo e já adorei

Ao começar o livro, no caminho pra casa, me surpreendo com o fato de que tudo é entregue logo no início, e pensei comigo mesmo o que viria a seguir

E o que vem é simples

O livro é sobre a Theresa. Essa personagem complicada, perturbada, bem louca até. Acompanhar a Theresa foi muito bom e eu vou sentir falta dessa personagem porque acho que só as de Clarice e Ferrante são parecidas com ela em algum nível

Foi algo diferente pra mim. Mas que curti muito!
comentários(0)comente



Pandora 23/09/2018

Embora ostente um "qualquer semelhança entre as personagens deste livro e pessoas vivas ou mortas é mera coincidência", a verdade é que De bar em bar é baseado na morte da professora Roseann Quinn, assassinada por John Wayne Wilson, um homem que conheceu num bar nos anos 70.

No livro, Theresa é uma jovem americana de ascendência irlandesa, solitária e com auto estima muito baixa, complexada e traumatizada por ter tido pólio na infância, o que a fez passar um ano no hospital e ter como sequelas, além do fato de mancar ligeiramente, uma cicatriz nas costas e algumas dores que ela esconde de todos.

Apesar de ter uma boa família e uma irmã que se preocupa genuinamente com ela, Theresa se isola; vai morar sozinha e vive uma vida dupla: de dia é uma professora amorosa e super dedicada aos alunos; à noite frequenta bares em busca de sexo.

Pode parecer que o fato de Judith Rossner ilustrar vários encontros da protagonista é repetitivo, mas a ideia é retratar o comportamento: homens variados, escolhidos aleatoriamente, uso de violência, relações de uma noite só, solidão posterior. Theresa não se sente digna de respeito, de ser amada, de ser escolhida, o que explica sua implicância com James, sua quase aversão. Ela não entende que um homem possa querer dela mais do sexo ou, pior, que o sexo nem seja o que um homem deseja dela de cara.

Ao procurar por homens em bares, Theresa se expõe, se aventura, se arrisca, o que por um lado pode ser ingenuidade - como quando ela afirma que não se previne porque sabe que não vai engravidar -, e por outro uma forma de dar emoção a uma vida morna e tediosa.

Enfim, não só a história da protagonista é triste como é triste constatar que quase 50 anos depois pessoas ainda se sintam diminuídas, indignas de afeto e se arrisquem seja com o que for de destrutivo para aplacar uma solidão constante. Embora nem sempre com um final trágico como o de Theresa, mas vivendo uma existência sem propósito e infeliz.
comentários(0)comente



W Pereira 02/03/2016

Transas, solidão e violência
O escapismo da libertinagem em doses letais

De Bar em Bar narra a história de Theresa Dunn uma mulher que leva uma vida dupla. Durante o dia uma pacata professora que leciona numa escola para crianças surdas e à noite se transforma em uma mulher vulgar e aventureira que abandonando a imagem de moça bem comportada na busca de consolo para suas inquietações, frustrações e solidão no sexo casual com homens desconhecidos que encontra nas noites turbulentas de Nova Iorque. Narrativa bem construída e de leitura fluída a obra é inspirada num caso real: o assassinato da professora Roseann Quinn.

Fragilizada por sentimentos de vazio e frustrações a protagonista sai pela cidade à procura de companhia para suas noites solitárias nos bares mal frequentados da Nova Iorque da década de 50, em ambientes povoados por criaturas perdidas na noite, sendo ela mesma uma destas criaturas. Uma mulher controversa que não conseguiu transpor na vida adulta as experiências traumáticas que viveu na infância, adolescência e inicio da juventude. Ambivalente e dominada pelo vicio num circulo perigoso de sexo clandestino ela se coloca em situações de risco brincando com o perigo como se esperasse inconscientemente que este colocasse fim a seu martírio, já que ela conscientemente não compreende como este circulo se manifesta.

Um tema atemporal que se repete no século XXI tornando a história um reflexo não apenas de uma época, mas, sobretudo, de um controverso comportamento que nos tempos atuais adquire status de ideologia libertária baseando-se num estilo de vida que questiona os padrões convencionais; onde personalidades conflituosas e carregadas de traumas passados mal ou não resolvidos desencadeiam nelas comportamentos impulsivos, imprudentes, inesperados e fora dos padrões comportamentais da normalidade social, transitando numa linha tênue entre o que é ser livre e o que é ser autodestrutivo levando-as a caminharem à margem da sociedade.
Cris 11/03/2016minha estante
Uma profunda análise além de transmitir o caráter da obra conseguiu registrar sua essência, contextualizar Theresa é demonstrar que ao longo de todas as gerações acompanha a sociedade, uma necessidade de aprovação pelo que não se é e um desequilíbrio emocional pela falta de coligação da figura estética com a vida que realmente lhe faz sentir viva. Melhor resenha que já li, obrigada!


W Pereira 28/03/2016minha estante
Obrigado Cris, seu comentário me agrada muito; tenho tentado aprimorar a capacidade de resenhar uma obra de maneira a captar suas principais características sendo o mais sintético possível! Fico feliz que tenha gostado. Abçs.


Lucélia 31/03/2016minha estante
Realmente, caro W Pereira! Você revela não só a essência da obra, mas o seu próprio poder de síntese que parte de um olhar crítico. Parabéns!


Lucélia 31/03/2016minha estante
Gostei da sua resenha e já dei "like" no devido lugar! ;-)


W Pereira 01/04/2016minha estante
Obrigado pelo comentário elogioso querida Lucélia, você é muito gentil. Abçs!


Melinda.Lacerda 15/11/2017minha estante
Saudade...li esse livro aos meus vinte anos, lá pelos idos de 1984,emprestado pelo amado amigo Salvador...o homem que me salvou da ignorância,com sua biblioteca de títulos maravilhosos!




Heloisa 25/01/2015

Li por indicação
Não era exatamente o que esperava, mas a leitura foi extremamente fácil
comentários(0)comente



San... 28/04/2013

Um livro dificil... Dificil ser completamente a favor das escolhas de Theresa, dificil ser completamente contrária a essas mesmas escolhas... Theresa não é aquela mulher certinha, com uma vida redondinha. Porém, também não está errada, está buscando e, enquanto o faz, comete erros. Embora se possa dizer que as consequências de suas escolhas era, de certa forma, previsível, acaba sendo inaceitável o alcance de tais consequências. O enredo nos fala de uma mulher solitária, que carrega em seu âmago as sequelas de uma infância complicada por problemas graves de saúde. Alguém que não se permitiu definir o que realmente deseja, mas que sabe desejar o melhor de tudo. Infelizmente, a possibilidade de ficar apenas com o melhor não é viável. Vi uma inocência tola na protagonista, ao não atentar para os perigos de suas "não relações", de seu amor livre, ao não se aperceber do quanto estaria vulnerável ao lado de desconhecidos, ao não se dar conta de que o amor é possessivo, dificilmente aceitando relações paralelas. O fato de buscar ser franca em suas relações não a eximirá da obrigação de escolhas. E é provavelmente sua sistemática recusa em tomar posições exigidas por aqueles que a rodeiam, seu desejo de permanecer vivendo como otpou viver, o fator determinante para o desfecho do livro.
sonia 24/09/2013minha estante
Li este livro na faculdade e detestei.
Tentar resolver a solidão saindo com homens desconhecidos ou bebendo, nunca me pareceu coisa boa. Usar o cérebro é útil para procurar soluções melhores, mas, é claro, tudo que funciona na vida exige esforço, um certo talento e paciência para colher no futuro a colheita do presente.




Mariana 19/08/2012

Este livro conta a história de Theresa Dunn, que desde menina tem seus próprios problemas, sendo estes tanto externos quanto internos.
Ela tem poliomelite e depois decorrente disso acaba tendo uma escoliose e precisa fazer uma operação, o que lhe deixa com uma enorme cicatriz e faz com que ela ande de forma meio diferente, o que a constrange muito quando alguém repara.
Ela sofre complexo de inferioridade, que se manifesta principalmente quando ela está perto de sua irmã Katherine.
Ao longo da vida, Theresa vai lidando com seus sentimentos, tristezas e carências, que somados, parecem demônios dentro dela.
O que impressiona no livro é a forma de escrita usada pela autora, que nos faz sentir e vivenciar muito bem os sentimentos e emoções da difícil vida desta mulher, que convive com suas dificuldades internas, e se prende a uma vida independente, mas que depois vai se tornando uma vida desgastante, destrutiva e confusa para ela mesma, fazendo a sofrer com os homens que aparecem em sua vida, homens que ela encontra em bares, para somente suprir suas necessidades sexuais e ter uma companhia em suas noites solitárias.
Theresa torna-se praticamente amiga do leitor, uma pena é não podemos ajudá-la em certas situações.
O final da trajetória de Theresa fica-se sabendo logo no início do livro, através de uma confissão, mas isso não afeta de forma nenhuma a leitura.
O último bar em que ela vai é o Mr.Godbar, e é lá que ela conhece seu assasino.
É um livro baseado em fatos reais, o que talvez o faça ser tão bom e nos deixe pensando mesmo depois de o ter terminado.
Uma história que prende leitores com capacidade de sentir as palavras, e não somente as ler.
July 04/01/2013minha estante
Gostei muito do livro, mas concordo que ele poderia sim ser menor, até mesmo porque contas casos da vida dela que não interfere na história, Tem momentos que da vontade de entrar no livro e dar conselhos a ela tipo: Deixa essa vida e casa com James, ele é o cara certo pra vc! rsrsr


Ed 23/09/2016minha estante
Uau!! Que resenha, deu vontade de ler. Obrigada




spoiler visualizar
comentários(0)comente



ikecentenaro 10/02/2010

De Bar Em Bar -
As dez primeiras páginas são excelentes, o resto é lixo.
Pedro 24/11/2012minha estante
Não necessariamente lixo, mas esse livro poderia facilmente ter 100 páginas a menos.
Minha opinião.




Milton Leite 21/01/2010

Vejam o filme tambem...
Esse livro li de uma soh vez...mais tarde assisti o filme, aonde tive minha primeira apresentacao ao Richard Gere que interpreta o Tony Lo Porto...resumindo, uma professora que vive uma vida dupla, de dia super querida pelos pais e alunos de um jardim de infancia, mas chega a noite, ela sai de bar em bar a procura de alguem para dividir sua solidao e ai nem sempre na noite todos os gatos sao pardos...mesmo alguns dizendo contra, o livro eh baseado em fato reais e como ontem, hoje eh possivel ver pessoas vivendo esses mesmos problemas, mesmo quando em familia (nao muito solitario), ou seja dentro de casa uma coisa e fora do lar vivendo uma vida dupla.





segue ai um link:



http://www.youtube.com/watch?v=DFeSVI-ICH4
comentários(0)comente



14 encontrados | exibindo 1 a 14


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR