Resenhas - O Senhor das Moscas

Henrique1281 19/06/2024

Baita livro
Simplesmente um dos melhores que já li, personagens bacanas e uma ótima construção.

Daqueles que quando termina precisa de tempo para refletir e digerir o que foi lido.

Bia 18/06/2024

Natureza humana é uma ova
Achei a leitura maçante, uma super descrição de detalhes do ambiente que talvez poderiam ser melhor trabalhados no aprofundamento dos personagens, já que afinal conhecemos poucos deles.
A narrativa abre espaço para interpretações que fortalecem o discurso de uma natureza humana intrinsecamente má, opinião que eu, como estudante de sociologia, discordo profundamente. Prefiro interpretar o livro de uma forma mais analítica, de forma que, o comportamento dos garotos não simboliza uma natureza humana, mas um condicionamento do comportamento dessas crianças, que é demonstrado em algumas falas importantes no livro, como no inicio quando as crianças mencionam que tinha começado uma guerra, ou no momento do resgate, quando o soldado pergunta se eles começaram sua própria guerra. Assim, demonstrando que o elemento do conflito estava bem presente em suas vidas antes da ilha.

phtrovisk 18/06/2024

ÓTIMO CONTO DISTÓPICO
Dá pra tirar inúmeros ensinamentos. O autor descreveu perfeitamente como se organiza uma sociedade humana. Briga por poder, falsas amizades, vozes não ouvidas, medos psicológicos, guerras e egoísmo.

Afinal, quem foram os personagens mais inteligentes emocionalmente... acredito que os gêmeos...

Outro ponto, não adianta ter um cérebro rápido e um corpo fraco (porquinho)...

Nem ser forte fisicamente e ter um cérebro fraco (Ralph)...

booksdreamz 17/06/2024

Achei o livro com proposta interessante assim como os personagens, mas o decorrer da leitura foi um tanto quanto maçante mas a mensagem mostrada no livro foi bem importante

Vickk 17/06/2024

Bom livro, a história é boa e me prendeu, teria lido mais rápido se não fosse por motivos externos. Achei um pouco confuso em alguns momentos, até agora não sei quantos meninos eram, mas tudo certo, me surpreendi por um dos personagens ter durado tanto, achei que ele ia de vala muito mais rápido.

Bruna 17/06/2024

Acredito que o enredo desse livro traga muitas expectativas e o andamento, o desenrolar acaba não sendo da maneira que imaginamos. Terminei o livro imaginando todas as coisas que poderiam ter sido contadas e não foram e obviamente essa sensação é frustrante para o leitor. Estamos falando de um ganhador de prêmio Nobel, então quem sou eu na fila do pão para dizer se é ou não uma história bem contada? Mesmo assim, darei minha opinião de leitora ?não graduada?, que este é um livro que não vai me deixar marcas, que é só mais um na estante. De qualquer forma, temas relacionados com o comportamento humano no seu estado mais primitivo são sempre uma boa escola para olharmos para nossa sociedade.

_salton 15/06/2024

Melhor final que li esse ano
Demorei horrores pra pegar feeling pelo livro, o autor se ateve demais aos detalhes e, por isso, algumas (muitas) partes ficaram maçantes pela descrição exagerada do cenário. Comecei a me apegar na história ai pela pg 120, depois disso o livro ficou excelente e tudo começou a fazer sentido.
Ganhei esse livro no Natal de 2018. Iniciei a leitura imediatamente e abandonei ai pela página 60. Esse ano me comprometi a ler todos os que abandonei e decidi iniciar pela retomada desse. Sofri muito pra ler as primeiras 100 páginas mas o final me deixou muito contente.
Fiquei 70% satisfeita. Vou olhar o filme pra tentar preencher algumas lacunas.

Alison77 15/06/2024

Os últimos capítulos se salvaram...
Bom, o principal motivo de eu ter começado a ler esse livro não foi só por conta das recomendações e da sinopse que tinha me chamado a atenção mas sim por conta do contexto histórico em que ele foi escrito, entendo muito bem que para ler livros assim você precisa se contextualizar de acordo com a época e o fato desse livro ter vindo em uma onda totalmente contra as histórias que estavam sendo escritas no seu tempo, de que o homem britânico era invencível, super inteligente, que podia conquistar qualquer território e sobreviver em qualquer circunstância, foi o que me chamou a atenção para ler esse livro, porque como todos dizem, ele iria me mostrar a verdadeira natureza do ser humano... Tem até uma frase do king que tá no livro, que fala " Para mim, Senhor das moscas sempre significou o motivo pelo qual os romances existem, o que os torna indispensáveis. " olha que frase significativa, fora o prêmio nobel que ele recebeu, ai eu te pergunto, como não se interessar em ler ele ??? É um livro muito relevante, que tem sua importância mas pelo menos para mim ele se fez valer só por conta de seus últimos capítulos...

Demorei muito para engrenar na história porque eu não estava me simpatizando com nenhuma das crianças, são todas insuportáveis e irritantes, com excessão de uma ou outra, principalmente do gordinho, que era o mais inteligente e sensato do grupo, até agora eu não sei o nome do mlk, porque apelidaram a criança de porquinho, que era um dos apelidos que ele pediu para não chamar ele porque não gostava, ele confiou isso na criança que iria se tornar o líder do grupo mas já viu neh, o cara explanou na frente de todo mundo e as outras crianças ouvindo, deram risada e tacaram o foda se, teu nome é porquinho agora kkkkkk ele é um dos únicos que se salva, porque parece que todos os outros tem problemas com transtorno de conduta e eu começo a acreditar que esse avião ter caído com esse bando de criança insuportável foi um plano divino para se livrar dessas pestes, não pensou duas vezes quando viu essa galerinha reunida...

Eu já estava quase desistindo do livro, já não estava aguentando mais ler aquela chatisse toda mas a virada de chave que me fez mudar de ideia e que fez a história ficar muito interessante, foi justamente na parte em que se da o título do livro, um pouco depois do grupo ter se dividido e a partir dali tudo mudou, a loucura tomou conta e começou a ficar muito mais interessante, até a escrita pelo menos na minha percepção ficou diferente, porque o ritmo acelerou bastante e passou a ser muito mais fluída do que antes. Essas últimas páginas foram muito boas, um contraste total do que eu tava lendo antes e o final foi um alívio inacreditável.

O único problema é que começou a ficar bom no final, depois de ter odiado mais de 160 páginas kkkkkkkk

Mine 14/06/2024

Com certeza interessante
Um livro realmente digno do seu prêmio, ele mexe com você durante toda a leitura, te deixa num suspense realmente vívido.
Pra quem não está acostumado(a) com uma leitura intensa e detalhada (como eu) de início pode sentir dificuldade na leitura, mas o pequeno esforço de continuar vale a pena, porque quando chega no ápice do plot quando todas as peças começam a se encaixar é incrível.
Ele promete e entrega o que promete, mas não vou dar 5 estrelas porque sinto que o final poderia ter sido um pouquinho mais completo.

Geovana 12/06/2024

Acredito que, quando publicado, o livro tenha sido muito inovador, mas lendo no presente já é algo batido - justamente por servir de inspiração para tantas obras. O último capítulo foi o mais empolgante, era possível sentir a adrenalina junto com os personagens.
Ótima leitura.

Ouvindo Livros 11/06/2024

A civilidade humana é frágil!
Assim como o título diz, a ideia central do livro é esta. " A civilidade humana é frágil".
Funcionamos coletivamente pq entendemos o conceito de consequências (ou nos escondemos atrás dela). Mas o que acontece quando um indivíduo ou grupo de indivíduos força (e ultrapassa) os limites sociais e percebe que não há consequências?

O que aconteceria se vc percebesse que a única coisa que te separa de tudo que vc quer é o quão longe vc está disposto a ir para pegar?

A resposta é anarquia.

Na obra, William Golding mostra isso através de um grupo de crianças (afinal o que pode ser mais cruel do que uma criança?) que rapidamente vai de uma inocente sociedade para um grupo de selvagens.

Como é de nossa natureza, inicialmente o grupo busca por liderança. Essa figura é ocupada por Ralph, nosso protagonista e em Jack seu antagonista.

Ralph é um menino normal que envelhece uma vida inteira em poucos dias ao constatar a seriedade da situação ao qual seu grupo se encontra e parece ignorar: todos vão morrer caso não venham resgata-los.
Seu rival Jack dá sinais desde o início que tem gosto pelo poder e agora, sem a presença de autoridades ( os adultos) ele pode toma-lo a força. E entre a animosidade dos dois meninos, o grupo de garotos literalmente brinca diante da morte e toda civilidade sucumbe diante de uma violência gradativa e barbara.

Nesse ponto, dois questionamentos podem estar pairando sobre sua mente. O primeiro tem a ver com o negacionismo das crianças. Talvez vc ache difícil aceitar que pessoas, mesmo crianças, estariam tão alienadas diante do perigo. Nesse caso eu te convido a revisitar sua infância em todos os momentos em que vc ignorou avisos e fez coisas que hj te dão arrepios, só pq pareciam divertidos.
O outro questionamento diz respeito ao nível de violência que vemos aqui. Talvez vc se recuse a acreditar que pessoas normais seriam capazes de uma escalada de violência tão brutal diante de um semelhante. Neste caso te convido a pesquisar sobre um experimento social chamado "Ritmo 0" feito em 1974 por uma artista Sérvia chamada Marina Abramovich e veja a sua fé na civilidade humana ruir ( pra quem for pesquisar sobre este experimento já alerto sobre gatilhos de abuso, violência, abuso sex*al, etc... Estejam avisados)

O senhor das moscas é o retrato da feiúra da natureza humana, nos fazendo constatar que não precisa de muito para voltarmos à era das cavernas.

Rodolfo Baldassi 11/06/2024

Boa leitura
O livro apesar de curto e ter vários acontecimentos é mais lento do que parece. Mas isso não pé ruim.
Gostei bastante da leitura e realmente foi interessante observar a dinâmica entre os personagens alem do amadurecimento ou falta dele.

Luca.Matheu 10/06/2024

Humano, a descrição da sociedade em duas formas distintas.
O Senhor das Moscas de William Golding, livro publicado em 1954 na Inglaterra, uma alegoria sobre a verdadeira natureza humana (pelo menos na visão do autor), a história se passa durante a segunda guerra mundial, onde um grupo de crianças (todos meninos), sofre um acidente aéreo e cai numa ilha deserta, desse acidente só sobrevivem as crianças, de início elas se organizam de forma democrática, mas com o passar do tempo começam a agir de forma selvagem e desordeira contrária ao jeito inglês que os próprios meninos se vangloriavam no início. Com o desenrolar da história vemos a verdadeira metamorfose que os garotos vão sofrendo, e acabam saindo da racionalidade, personificada pelo personagem Ralph e caminhando para a selvageria animalesca, também personificada pela liderança de outro garoto, Jack. Diante do embate que ocorre dessas diferentes visões de como sobreviver ao ambiente em que foram postos, diversas tragédias ocorrem, e ainda à uma figura mítica e sombria do chamado ?senhor das moscas?, nome esse atribuído pelos antigos a entidade Belzebu, sendo esse demônio pra mim nada mais sendo que uma forma com que o autor achou de demonstrar a vileza presente em nós em uma figura física e mística, que ao mesmo tempo que não faz nada por si só, influencia os outros a cometerem atrocidades.

O livro me fez refletir muito sobre como é importante uma estrutura social que segue princípios básicos, para não retrocedermos a nossos estado animalesco, e como no presente caso a frase de Thomas Hobbes faz total sentido "o homem é o lobo do homem" em um exemplo prático. O misticismo que cerca o senhor das moscas e o desenrolar da história são envolventes, junto disso acontecimentos chocantes em uma perspectiva que nos faz se aproximar dos personagens, acabam por gerar o sucesso desse livro que recebeu até então 2 adaptações para o cinema.



Nota 9,1

brunivey 09/06/2024

Leitura lenta e narrativa intrinsecamente racista
Uma leitura que chegou até mim como uma reflexão acerca da ordem e da barbárie, com o passar do tempo, mostrou sua verdadeira face, transparecendo, antes de qualquer outra característica, uma perspectiva colonialista e explicitamente racista para com a população negra e "selvagem", marcada também pela exaltação nacionalista do homem britânico. Essa, pra mim, é uma das obras na qual a própria narrativa se sustenta sobre perspectivas racistas, sendo impossível desvencilhá-lo ou relativizá-lo frente à obra geral. Me surpreende ainda que uma característica tão explicitamente intrínseca ao conteúdo do livro não é ao menos citado pela maior parte das resenhas que encontrei sobre esse livro, mas acho que isso é pauta para uma outra discussão.
Em termos de escrita, é uma leitura maçante nos primeiros 60% do livro, marco que simboliza o avanço da história para momentos mais interessantes, violentos e até mesmo sanguinolentos. Pode ser uma leitura chata ou ainda repulsiva para alguns, mas para mim foi uma leitura tranquila, apesar de frequentemente gerar confusões em relação às falas, uma vez que por vezes era difícil captar quem estava dizendo o quê.

luisa 09/06/2024

Não foi exatamente o que eu esperei
Esse livro tinha tudo pra ser perfeito e favoritado, mas senti que deixaram muitas pontas soltas em relação ao enredo.

eu amei a perspectiva da formação de uma comunidade e sua hierarquia, mas em relação aos personagens eu me senti distante e alheia aos fatos que ocorriam com eles, principalmente pela falta de descrição no livro.

mesmo assim, acho que foi uma boa leitura pela reflexão filosófica interessante, mas nada que o thomas hobbes já não tenha defendidokkkk