spoiler visualizarAlanis40 22/01/2024
Uma boa pedida
Comecei a ler esse livro a alguns meses, mas quando estava um pouco antes da metade o deixei de lado na minha estante, como costumo fazer com vários outros. Essa semana o peguei, e o li de uma vez.
É uma distopia diferente do comum, pois a pequena sociedade dos meninos é criada a partir da circunstância destes caírem em uma ilha, após a queda de um avião e serem obrigados a se virarem por lá.
A sociedade vai se formando, com base nos desejos desses meninos, que iniciam desorganizados querendo se divertir e aproveitar a ilha. Logo, chegam as necessidade de procurar comida, arranjar um lugar para dormir e pensar em como vão fazer para serem encontrados.
O personagem que assume a liderança é o Ralph, ele tem uma pira maluca pelo fogo, e fala o tempo todo que tem que ser feita uma fogueira a qual não pode ser apagada, a fim de que os encontrem. Eu particularmente achei esse personagem bem chatinho, não sei se era porque ele estava assumindo a posição de líder, mas enfim, creio que os personagens não tinham intuito ali de cativar e sim de serem mostrados como crianças imaturas tentando sobreviver sem o mínimo de senso de responsabilidade.
As discussões, e reuniões eram várias vezes convocadas, e quando algo não dava certo, sempre começavam a apontar os erros uns dos outros, ao ponto de sempre gerar alguma confusão. O medo iminente da ilha também sempre aparecia. O medo do monstro, da floresta e da escuridão.
Com o decorrer da história, a desordem vai tomando conta, ao ponto dos meninos não se entenderem mais, e a vontade de tomar o poder e de divisão do grupo fala mais alto a Jack, que decide se dividir e fala que quem quisesse poderia ir com ele.
Eu para falar a verdade, gostei daquilo.
A divisão foi feita, onde apenas 4 garotos permaneceram com Ralph e todos os outros seguiram Jack e formaram uma tribo. Daí começou a loucura, a competição e o terror, onde tiveram roubos e ataques de um grupo com o outro. No meio disso tudo, talvez o momento mais interessante tenha sido a loucura vista em Simon, que "falou" com o Senhor das Moscas inventado na sua cabeça.
Depois, a desordem foi geral, levando a brigas e a morte de dois meninos.
Uma boa narrativa que tinha o objetivo claro de mostrar que por de trás da inocência daquelas crianças, havia a maldade, uma vontade de poder que se revelava a selvagem voz do querer comandar.
Um ótimo livro.