O Amante

O Amante Marguerite Duras




Resenhas - O Amante


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barb 20/09/2024

É.. não me desceu
Embora a escrita da Marguerite Duras seja, de fato, muito poética e inovadora, esse fluxo de consciência me confundiu mais do que me prendeu ou fez viajar nas memórias da narradora. Isso sem citar o quanto é difícil engolir uma narrativa que é centrada numa relação pedofílica. É óbvio que, quando a gente encara esse tipo de história, o ideal é pensar nela como mera representação do que acontece cotidianamente e não necessariamente assumir a concordância da autora ou do autor com esse tipo de conduta, mas isso fica difícil quando o restante da obra já não é tão envolvente.
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Denise51 19/09/2024

"Eu digo que não é só por ser de dia, que ele está enganado, que sinto uma tristeza que já esperava e que vem só de mim. que sempre fui triste. que vejo essa tristeza também nas fotos em que sou menininha. que hoje, ao reconhecer essa tristeza como a que sempre senti, eu quase lhe poderia dar meu nome, a tal ponto ela se parece comigo."
O livro fala de maneira muito poética sobre as questões que perturbam a escritora, como a tristeza e o vazio existencial que permeiam sua vida, sua família disfuncional, questões financeiras e especialmente seu amante, que é a fuga de sua realidade.
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Filipe Tasbiat 15/09/2024

Como um álbum de fotografias
Marguerite Duras consegue fisgar minha atenção nas primeiras linhas da sua novela autobiográfica ao descrever seu rosto devastado ante seu rosto de moça, que já era um "rosto de velha". É a primeira fotografia da coleção de fragmentos que se seguirá.

Nesses recortes, vislumbramos sua juventude na Indochina Francesa, as preocupações da sua mãe (que prefere o filho mais velho), a morte de seu irmão mais novo e a sombra da Segunda Guerra se alargando sobre a sua família.

Paralelamente, "O amante" narra a descoberta do sexo e seu caso, nem ardente nem muito promissor, com um homem rico chinês. Os fragmentos funcionam e são apresentados ao sabor do pensamento, da memória.

A um leitor mais interessado, talvez caiba ir e voltar e tentar montar o quebra-cabeça. Mas os fragmentos também funcionam por si. Como fotografias, é possível contemplá-las pelo que mostram, sem necessidade de um contexto ou de uma ordem cronológica.

Essa é a melhor parte da escrita de Duras: a construção de uma narrativa de rememoração em que cada memória basta durante o instante em que cintila aos olhos do leitor.

Com uma escrita afiada e poética, Duras realiza a proeza de narrar com objetividade e extrema profundeza. A leitura é breve, mas densa.
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Bru 05/09/2024

Lindo
A marguerite duras é provavelmente a escritora cuja escrita mais me encanta! sou apaixonada pela maneira que ela usa as palavras e quero muito ler outras de suas obras!
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Robremir 29/08/2024

Memórias de uma primeira revolução
Temos aqui um livro com menos de 100 páginas que consegue ser muitas coisas.
É um livro de memórias.
Tem momentos de crônicas.
Ajuda a entender um tanto de história.
É um belíssimo romance.
Tem uma grande carga feminista.
Enfim adorável.

Talvez você leve um tempo ( eu levei) para perceber tudo isso, mas quando perceber vai gostar.

E isto aqui é lindo demais:
"Disse que continuava como antes, que a amava ainda, que jamais poderia deixar de amá-la, que a Maria até a morte."
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Luana.Iannone 21/08/2024

é impressionante como ela escreve bem
Belíssimo livro. queria escrever como marguerite duras. as descrições envolvendo as relações familiares são cruas, honestas, incômodas e reais. até me identifiquei em diversas passagens. escrita brilhante, coisa fina mesmo. virou um favorito da vida, e olha que eu li o amante depois de ter lido um bolaño muito bom e mesmo assim fui surpreendida. o ano tem sido de ótimas leituras até agora
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Sofia889 12/08/2024

Conheci a duras pelo seu cinema e recentemente descobri q ela também é escritora e, agora q terminei meu primeiro livro dela estou maravilharada porque acreditei que o elemento dela conter tanto sentimento em uma descrição aparentemente mundana fosse próprio de seu cinema mas aparentemente tá em sua literatura tbm.
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Amal1 10/08/2024

Esse livro me pegou a partir daqui;

Certo dia, já na velhice, um homem se aproximou de mim em um saguão de um lugar público. Apresentou-se e disse: " Eu a conheço há muito, muito tempo. Todos dizem que era bela quando jovem, com dizer-lhe que para mim é mais bela hoje do que em sua juventude, que eu gostava menos do seu rosto de moça do que desse de hoje, devastado"

Confesso que não é um livro fácil, a timeline é bem maluca mas dá pra se entender.
William LGZ 10/08/2024minha estante
É meio confuso mesmo, mas também gostei bastante da leitura




Elizabeth 22/07/2024

Será...
Um leitura interessante, um pouco repetitiva, porém necessária para compreensão do texto. Não tem como saber se é uma biografia ou uma história inventada.
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Jennifer497 16/07/2024

UM LIVRO DELICADO...
Quando falamos das obras de M. Duras, falamos automaticamente de suas experiências e o reflexo do ambiente em que ela estava inserida quando ainda era muito jovem. Este livro irá mostrar o que sente um corpo jovem sendo guiado por uma mente amadurecida precocemente e como pode ser interpretado hoje aquilo que foi consumado com tamanha naturalidade na época em que o livro se passa. Esteja pronto para sentir o aroma de uma trágica juventude, pois como ela mesmo diz: ainda muito cedo, já era muito tarde em minha vida.
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Carol 05/07/2024

Um livro interessante! Um tanto confuso por causa das idas e voltas no tempo. Triste, melancólico...
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gabriel.a.brumatto 05/07/2024

O Amante - Marguerite Duras
Muito bem, temos aqui um grande clássico da literatura francesa que finalmente foi lido por mim. Nesta resenha, trago algumas impressões que tive durante a leitura.
Marguerite Duras trabalha na obra o conceito principal de monólogo como estilo de escrita, com a adição do fluxo de consciência. Há uma narrativa única e rápida, sem divisões em capítulos/partes ou algo do tipo, sendo bem linear, de modo geral.
Em relação ao enredo, pelo que me consta, se trata de algo meio autobiográfico por parte da autora, mas não sei se o conteúdo deste livro é realmente verídico à vida de sua criadora. Sendo ou não, é um enredo muito interessante e acima de tudo, condizente com o cotidiano de muitas meninas/mulheres presentes no mundo todo.
Dessa forma, concluo dizendo que é um livro bom, porém não espetacular. É considerado um novo clássico (publicado em 1984), ou seja, deve com toda a certeza fazer parte de seu repertório literário. Recomendo a todos que façam a leitura e tirem suas próprias conclusões.
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Aline 03/07/2024

"Muito cedo foi tarde demais em minha vida"
Não acredito que seja possível sintetizar algo tão sublime quanto essa obra. Ela é tão vasta, potente e bonita, que é difícil descrevê-la, então nem vou tentar. O melhor a fazer é ler. Quero apenas destacar a frase citada no título da resenha, pois a meu ver ela é a que mais se aproxima de definir a personagem-autora. Trata-se de uma menina de 15 anos, que amadureceu e foi amadurecida prematuramente. A vida a forçou a amadurecer, mas de certa forma ela já estava pronta, mesmo sendo tão jovem. Imagino que na época ela não soubesse, mas muitos anos depois, já idosa, ela elaborou suas lembranças de forma crua, realista e ao mesmo tempo poética. Profundamente humano, o texto está marcado por sentimentos contraditórios, incertezas e uma convicção: a de que escreveria, e assim o fez, lindamente. Para fechar, só mais uma citação: "Nunca escrevi, e pensei que escrevia, nunca amei, e pensei que amava, nunca fiz nada a não ser esperar diante da porta fechada."
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Lucy 30/06/2024

Profundo
Esse livro me deixou muito pensativa e me mostrou muitas coisas que me fizeram pensar. É de fato complicado ser mulher em qualquer tempo e em todas as instâncias de mulher que a obra nos revela vemos como há dor e a impossibilidade de ser.
Não há como responsabilizar a garota pelo que houve e todo o processo que ela viveu, mas todos os acontecimentos que se deram não eram para chegar até ali...
Eu fico muito triste.
Mas tudo que acontece, acontece.
O que fazemos com o que fizeram da gente?
Você está realmente preparado pra cuidar de uma pessoinha?
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eveaguiar 29/06/2024

Nunca tinha lido nada da autora. Foi uma experiência diferente devido a narrativa, tipo fragmentos da vida dela, onde ela fica flutuando. E me lembrou um pouco de lolita, devido a divergência de idades entre o casal.

Você deve se tornar e agir de acordo com aquilo que as pessoas acham que você é?
- Que preconceito era esse da época, que uma mulher branca não podia se apaixonar por um homem chinês?
- E claro, devido a idade e o preconceito com a raça dele, achavam que ela era prostituta e só estava com ele pelo dinheiro, e o pior que ela agia assim.
- E ele sentia tanto amor por ela, e ela se fazia de imponente a situação, sem demonstrar amor a ele.

É um livro curto mas de leitura lenta.
É um bom livro, recomendo a leitura.
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