O amante

O amante Marguerite Duras




Resenhas - O Amante


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everlod 01/02/2011

Depressivo
Antes que me ataquem, gostei muito do livro. É literatura de altíssima qualidade, mas terrivelmente triste.
Nos momentos de maior prazer, a depressão está atrás da porta, a morte sob a cama, a culpa debaixo do travesseiro e o sorriso está ausente. O prazer é amargo, as carícias são duras, quase ferinas.
E as únicas coisas que poderiam ser boas, valer a vida, são descobertas como tal quando já estão fora de alcance.
Acho que muitas vidas devem ser como as desta protagonista e me pergunto o que as impede de dar o próximo passo, pular no mar?

Matt 28/07/2011minha estante
Medo de ler esse livro.


Mari SN 16/05/2013minha estante
Muito boa essa sua visão do livro, senti a mesma coisa.


Heloisa e João 06/08/2013minha estante
É exatamente essa sensação que tive ao ler e reler esse livro.


Namelass 18/09/2013minha estante
Ah, precisam ler "A Dor" dela.
Dói mais a cada página.
Nenhum livro de história jamais contará os horrores da 2a. Grande Guerra como Duras em "A Dor".


Ricardo Rocha 30/07/2014minha estante
É uma pergunta perfeita. O que impede essas pessoas?


Laumarques 28/01/2015minha estante
Também li...(e tenho) em uma tarde... adorei.
Acho que o que impede é uma "esperança" de que algo mude, uma voz interior que sopra no ouvido: Bendito seja Deus, que modifica às horas.


Barbara 22/07/2018minha estante
Senti a mesma coisa.. em alguns momentos tive vontade chorar pois a tristeza dela era tão profunda. Adorei a forma lírica como ela conta a história mas as idas e vindas do passado me deixaram confusa em alguns momentos.


Leandro Moura 23/12/2020minha estante
Perfeita sua descrição. De fato, é essa a impressão que o livro passa. Parece que apenas o exercício da escrita consegue apresentar um consolo - e que escrita! Os momentos de pura poesia quase compensam a história triste e deprimente.




raah 30/03/2015

O amante
Eu achei o livro um pouco chato e enjoativo pois não muda muito de assunto e não tem nem um tipo de emoção.
O livro fala sobre dois amigos que se encontram em uma festa .
Karenina 13/04/2015minha estante
mentira, a história não fala de dois amigos muito menos de festa


Henrique Fendrich 08/04/2016minha estante
Caramba, que livro será que vc leu? Certamente não foi esse =).


Vera Sabino 26/02/2019minha estante
Oi, Fendrich!
Estamos falando aqui do livro "O Amante" de Marguerite Duras.
A sinopse da trama está descrita acima e não trata, absolutamente, do encontro de dois amigos em uma festa.
"O Amante" que você leu, com certeza, é de outro autor.




RayLima 01/11/2023

O fim da inocência
Marguerite Duras foi uma romancista, novelista, roteirista, poetisa, diretora de cinema e dramaturga francesa, sendo considerada uma das principais vozes femininas da literatura do Século 20 na Europa. Suas obras são quase todas autobiográficas, ela se baseia em suas experiências e na vida nada fácil que ela teve, mas sem apelar para o melodrama.

?O amante?, lançado em 1984 e ganhador do Prêmio Goncourt do mesmo ano, é um de seus livros mais conhecidos, tendo até mesmo ganhado uma adaptação cinematográfica em 1992. Nele, Marguerite vai contar sobre o caso que teve com um homem chinês ainda em sua adolescência quando morava na antiga Indochina francesa (hoje Vietnã). Ele, herdeiro de um rico comerciante chinês e bem mais velho que ela, uma menina francesa, a filha do meio de uma modesta professora do primário.

Marguerite cresceu num núcleo familiar totalmente desajustado. A mãe se tornou viúva quando ela tinha apenas 4 anos e investiu todo o dinheiro deixado pelo marido em campos de plantação de arroz que arruinados pela chuva constante nunca lhe deram retorno. Com 3 filhos para criar, seu salário de professora não era suficiente, eles viviam uma vida quase miserável, sendo marginalizados tanto em relação aos nativos quanto aos franceses da colônia. O relacionamento conturbado entre os membros dessa família era uma tragédia tão grande quanto a pobreza, a mãe nunca escondeu a predileção pelo filho primogênito, causando uma mágoa irreparável nos outros dois.

?Eu queria matar meu irmão mais velho, queria matá-lo, ter razão contra ele uma vez, pelo menos uma única vez, e vê-lo morrer. Era para retirar da frente de minha mãe o objeto de seu amor, esse filho, puni-la por amá-lo tanto, tão mal, e, sobretudo, para salvar meu irmão mais moço, achava eu, meu irmãozinho, minha criança??

É nesse contexto que temos Marguerite, ainda menina, mas com a certeza de que seria a primeira a sair dali. Seu maior desejo era voltar para a França e se tornar escritora. Então, quando tinha 15 anos (e meio), ela o conhece, o amante. Se no começo ela se entregou a ele pela curiosidade e pelo dinheiro, ela continuou, por tanto tempo, para receber dele o amor que lhe era negado em casa. E era por esse amor que ela aceitava os nomes que lhe davam na rua e em casa, por se entregar a um homem mais velho, rico e sobretudo, chinês. A união deles era um absurdo para ambos os lados. A família dela jamais aceitaria que ela, branca, se casasse com um chinês. Da mesma forma o pai dele, rico, jamais aprovaria que seu herdeiro se casasse com uma menina pobre.

?Muito cedo foi tarde demais em minha vida. Aos dezoito anos, já era tarde demais.?

Confesso que esse livro me causou um pouco de incômodo pelas descrições do relacionamento de uma adolescente com um homem adulto, principalmente nas cenas de sexo. Mas em nenhum momento a autora normaliza isso e deixa bem claro todo o contexto em que isso acontece. Ela era uma criança pobre, negligenciada pela mãe e viu naquele homem uma oportunidade de melhorar sua vida e também a de sua família. Pois apesar de tudo, ela tinha pena de sua mãe e principalmente de seu irmão mais novo, com quem ela tinha uma forte ligação. Apesar desse incômodo, jamais tiraria o mérito da autora, pois sei que essa história não pode ser analisada superficialmente, para além do relacionamento entre uma menina e um homem, esse livro é sobre uma menina que precisou amadurecer antes do tempo. Ela precisava se salvar do destino que lhe era imposto pelas circunstâncias.

?Não que precise chegar a alguma coisa, o que é preciso é sair de onde estamos.?

A autora nos faz ter sentimentos conflitantes exatamente como a protagonista sentia em relação a sua família e ao seu amante. Gosto disso. A vida é exatamente assim, as coisas e as pessoas não são ?preto no branco?, são as áreas cinzas que fazem a realidade. E é por isso que esse livro é um clássico.
Fabio 01/11/2023minha estante
Cada vez mais precisa em suas resenhas, Ray!?
Impressionante, o apuramento dos seus textos!
Parabéns, querida!???
Adorei a resenha!


RayLima 01/11/2023minha estante
Obrigada, Fábio! ? Essa eu me esforcei bastante kkkk


Fabio 01/11/2023minha estante
O requinte dessa é evidente, Ray!?
Até porque como resenhista que somos, sabemos que umas sobressaem a outras e vice-versa , porém a escrita só evolui, e a sua está impecável




Patsy Z 10/03/2015

O Amante

Um livro sensível com uma narrativa espetacular, o ir e vir do passado e presente e a forma sutil e linda que Marguerite escreve me encantou profundamente.

E por se tratar de certa forma de um relato autobiográfico torna tudo mais real, como se cada frase, cada palavra pulsasse viva.

O livro conta a história de uma menina que no momento tem 15 anos e meio e toda a descoberta do mundo ao seu redor. Fala sobre a descoberta de sua vida sexual, mas é muito mais do que essa iniciação, é a luta para enfrentar os conflitos familiares, a pobreza, a falta de esperança.

E percebemos a força dessa menininha que encontra em seu amante uma forma de digerir parte de sua tristeza.

Por fim é uma historia angustiante que cada pessoa sentirá de uma forma diferente, cada um precisa ler e deixar as sensações explodiram internamente e se perder em toda a “poesia” dessa juventude marcada e intensa.

Resenha para o Desafio Skoob 2015 Março.
Bel * Hygge Library 10/03/2015minha estante
AAhh coisa linda! Preciso ler esse livro agora!


Patsy Z 10/03/2015minha estante
Eu estava com bobeira... economizando esse livro, hehehe tenho dessas.


Marta Skoober 10/03/2015minha estante
Eu li há bastante tempo, mas foi uma leitura surpreendente.
É incrível como o texto pode ser intenso e em tão poucas páginas.




regifreitas 04/07/2019

O AMANTE (L’amant, 1984), de Marguerite Duras; tradução Aulyde Soares Rodrigues.

Esta é considerada a obra mais autobiográfica de Marguerite Duras, uma das mais importantes vozes femininas do século XX. Um dos motes da obra é a iniciação sexual e sentimental de uma garota de quinze anos e meio de idade com um homem mais velho (32 anos), um milionário chinês, nomeado apenas de “o amante de Cholen” ou “o homem de Cholen” ou, simplesmente, “meu amante”. De fato, nenhum personagem importante é nomeado; são, apenas: “a mãe”, “o irmão mais velho”, “o irmão mais novo”. A dinâmica e os relacionamentos pouco usuais entre os membros da família dessa garota é outra questão central da obra. Tudo se desenrolando em Saigon, na antiga Indochina, hoje Vietnã, no início dos anos 1930.

A linguagem do livro é profundamente lírica, e o enredo não segue um desenrolar cronológico, linear, pois são constantes as idas e vindas no tempo, num fluxo memorialístico que pode desconcertar o leitor desavisado. O passado e o futuro dessas pessoas se confundem ao longo do texto. O próprio foco narrativo transita entre uma narração introspectiva, em primeira pessoa, daquela garota vivenciando os dias ao lado do amante, passando por uma aparente perspectiva em terceira pessoa, no qual uma narradora, uma mulher bem mais velha, coloca-se como uma mera observadora daquele passado já muito distante e daquela menina que, embora tivesse sido ela, já não o era mais.

Não é uma obra de uma única leitura nem de uma leitura única. Já é minha terceira ou quarta vez, e continuo me perdendo na densidade desse livro de pouco mais de cem páginas. Sempre é uma experiência diferente.

Leitura para o Desafio Literature-se 2019: uma obra representativa do “nouveau roman”.
Danni 05/07/2019minha estante
Também quero ler essa obra para o desafio, mas estou tendo dificuldade em encontrar a obra pra comprar. Muito boa sua resenha.


regifreitas 05/07/2019minha estante
Danni, esse meu exemplar achei em sebo. Neles vc até acha. Alguns da Cosac Portátil, novos, até tem uns perdidos por aí


Danni 05/07/2019minha estante
Certo, obrigada pela dica!




DIRCE 28/02/2013

Estranho, mui estranho,
Tudo é tão estranho no livro "O Amante". A começar pela forma que ele chegou até mim (ou eu a ele). Algo que li sobre o livro me fez associá-lo a um lindo filme que assisti anos atrás: "Indochina", protagonizado pela não menos linda, na verdade, pela estonteante Catherine Deneuve, me motivando a comprá-lo.
Logo nas primeiras páginas, percebi meu equívoco e, como meu exemplar (2003) comprado, como muitos dos meus livros, em um Sebonão traz qualquer sinopse ou qualquer referência sobre a autora Marguerite Duras fui levada a uma rápida pesquisa.Tomei conhecimento que se trata de uma obra com teor autobiográfico. Autobiográfico? Corajosa...
Mas voltando as estranhezas: estranho a forma da escritora rememorar de forma não linear-, e a forma de narrar fatos marcantes na sua vida: ora na primeira pessoa, ora na terceira.
Estranho como uma recordação de uma observação feita, algures, e um rosto devastado pelas rugas, podem levar a um "mergulho" na memória que induziu a autora a escrever um livro de poucas páginas( 95)sem , contudo, se eximir de abordagens fortes como a miséria moral e física e da barreira existente entre as classes sociais e raciais.
Estranho a ambiguidade existente nos trajes da protagonista, uma jovem de 15 anos residente na Indochina(Indochina a razão do meu equívoco), quando conheceu o abastado, porém fraco jovem chinês, com quem se relacionaria sexualmente ( por dinheiro, conforme confissão feita à sua mãe): vestido de seda natural muito decotado, saltos altos de lamé dourado, que destoava do chapéu masculino em sua cabeça.
Estranho também são os laços afetivos familiares:uma família hermética (a mãe, a filha e os dois filhos) não se falavam e nem tampouco,se olhavam.
Estranhamente( ou não) o que eu não achei estranho foi a instabilidade afetiva da jovem: o amor dedicado à mãe, à sua colega do Liceu ( que talvez explique a vestimenta descrita acima). Todavia, não se verifica essa instabilidade no amor que a jovem dedicava ao irmão mais moço e na vontade que ela tinha de, um dia se tornar uma escritora.
Estranho é constatar que um livro sombrio ( vez ou outra é pincelado com nuances de cores e luz),carregado de amargura, de rancor e de ressentimentos, que fala sobre a travessia de uma vida onde tudo parece acontecer de forma precoce: perdas, iniciação sexual, rugas ( no rosto e na alma) possa se mostrar mui belo.
Fer Kaczynski 28/07/2017minha estante
Tem um filme baseado neste livro com o mesmo nome: O amante, é lindo tbm, tanto qto Indochina


Juraski 24/03/2020minha estante
Gostei muito da tua resenha. Quero acrescentar que apesar do relacionamento da adolescente ser por dinheiro, havia também desejo, carinho, talvez até amor...


Zé - #lerateondepuder 06/07/2020minha estante
Excelente. Palavras muito ponderadas para definir a obra. Gostei muito.




Vinicius 04/06/2022

Atravessar o rio
Um retrato seco, poético e autobiográfico da infância da autora. A carência de não receber o amor que gostaria da mãe, o medo de um irmão viciado e a ternura pelo irmão mais novo. Um pai ausente. Retratos de personagens reais, construídos aos recortes, porque em sua vida não havia "um centro. Nem caminho, nem linha".

Ambientado no Vietnã, quando ainda era colônia francesa, a pobreza e falta de estabilidade da família aceleram o amadurecimento da autora/narradora. De um lado, o retrato das ações calculistas que a tirariam daquela situação e de outro a lembrança sutil da descoberta de algo só tardiamente reconhececido como amor.

Ainda que leve um tempo para nos adaptarmos às mudanças de narrador e tempo, Marguerite Duras tem um domínio incrível com as palavras, levando o leitor a lugares que só a literatura é capaz de alcançar. Uma dança orquestrada de imagens e sentimentos.
Daniel 04/06/2022minha estante
Que top!


edu basílio 04/06/2022minha estante
um resenhista admirável, capaz de um poder de síntese 'hors pair', mas sem ocultar nada de sua emoção com a experiência de leitura =)))


Vinicius 04/06/2022minha estante
Hahaha obrigado
Mas o mérito vai para o posfácio de Leyla Perrone-Moisés que fez uma análise do nível da obra!
Com certeza minha segunda leitura será com outros olhos.




Sara.Ferreira 12/02/2019

A história da minha vida não existe.
"Ela não existe. Nunca há um centro. Nem caminho, nem linha."
Caramba, o que dá pra falar? Ela mesma se explicou logo nas primeiras páginas. Conforme eu lia e tentava comentar sobre, não tinha a menor ideia do que dizer. Não podia chamar os membros da família de Marguerite Duras de personagens, muito menos seu amante, muito menos ainda a própria autora, que era personagem principal. Não podia descrever a história, porque não se tratava de uma história só, eram várias questões, pequenas histórias dentro da narrativa "principal", que se entrelaçavam ali, às vezes sem aviso prévio nenhum. Quando tentei dizer alguma coisa, disse algo como "Esse parágrafo aqui não é um texto, é um sentimento", e o parágrafo seguinte já era outro sentimento, completamente distinto.
Quão maluco é conseguir transformar a própria vida num mito, numa ficção nessa dimensão? Ao ler, você nunca esquece que tudo aquilo é real, como uma confissão, nem que você não saiba previamente que esse é o romance mais autobiográfico da autora, como eu mesma não sabia. Não sabia, mas soube assim que comecei a ler. E, mesmo assim, mesmo sabendo, sentia a fantasia em cada palavra, em cada noite dela com amante, no medo do irmão mais velho, no amor pela mãe e o irmão mais novo, e no vazio que ela nunca descreveu explicitamente - mas que era muito possível sentir. A história da vida de Duras não existe, ela transformou a própria vida em sonho. Senti, quando terminei, que o livro era seu próprio subconsciente, e que por isso ela é uma mulher imortal.
Rosabela 13/02/2019minha estante
nu, com essa resenha. eu quero muito ler isso


Sara.Ferreira 15/02/2019minha estante
aaaa leia pfvr, vc vai amar




Bruno Oliveira 18/03/2022

UM LIVRO CORAJOSO
Quem pega para ler O Amante hoje pode se enganar achando que é mais um daqueles romances hot líderes de vendas do momento ou um daqueles livros de caráter duvidoso somente encontrados em bancas de jornal igualmente duvidosas, mas não, bem longe disso, este romance da meio vietnamita, meio francesa Marguerite Duras é um trauma, ou uma forma de psicanálise, de terapia mesmo em livro. O livro é claramente autobiográfico. Então, há nele muitas memórias, situações chave, que são ruminadas, melhor analisadas pelo olhar mais experiente da narradora-autora. Suas relações afetivas e conflituosas com a própria mãe, com os irmãos e, claro, com o tal Amante do título, são rememoradas pelo prisma da ficcionista que, a todo o momento, se mostra não uma vítima, mas uma mulher que sabe bem o que está fazendo, mesmo com apenas quinze anos e meio e que não tem vergonha alguma de suas falhas. Um livro corajoso.
Carolina.Gomes 21/03/2022minha estante
Eu gostei muito dessa leitura.


Bruno Oliveira 21/03/2022minha estante
Tbm! O texto é muito cru, tudo é bem racional, não há arrependimento nenhum, muito bom! :)




Eliza.Beth 04/02/2022

Se as características do livro te agradam, pode se jogar
Não consegui me envolver com a história.
A forma de narrar tbm não me agrada, indo ao passado e voltando ao presente constantemente pois não consigo criar um vínculo com os personagens.

Acho interessante algumas coisas serem autobiográficas. Talvez eu teria gostado mais se fosse contada como uma história de não-ficção.

O texto de apoio é muito bom. Conseguiu me convencer de que é, de fato, um bom livro, só não é do meu agrado.
Alan kleber 04/02/2022minha estante
Também aconteceu isso comigo.


Eliza.Beth 05/02/2022minha estante
Bom saber hahaha
Muita gente adora esse livro. Infelizmente, não funcionou por aqui




Lais da Mata 20/12/2021

Me decepcionei um pouco ou sou burra
Ouvi tanto falar desse livro, que minhas expectativas foram lá em cima. Não achei nada demais, em certos momentos até torci o nariz para as situações. Ou foi ruim, ou eu sou burra e não entendi a mensagem do livro.
Dhayane 20/12/2021minha estante
Eu com A Cachorra kkkkk


Lais da Mata 21/12/2021minha estante
Mas a cachorra eu senti que precisei de tempo. Agora esse, não. Vou te explicar no whats




Lia-se 06/02/2022

?O Amante?
Este livro, consagrou a autora francesa, Marguerite Duras. Temos aqui um texto autobiográfico, com relatos da adolescência da autora na Indochina (a época colônia francesa, hoje Vietnã): ? A história da minha vida não existe. Ela não existe. Nunca há um centro. Nem caminho, nem minha?, diz Marguerite, já nas primeiras páginas do romance. A narrativa principal se desenrola em torno de uma série de imagens fascinantes. Temos, portanto, um romance fotográfico, segundo alguns críticos. Contudo, as imagens descritas por Marguerite, não são descritas de imediato, elas vão sendo completadas pouco a pouco, criando um suspense na narrativa, que acende a curiosidade do leitor e que acende um suspende visual. É a imagem da adolescente debruçada no parapeito da balsa vestindo um vestido de seda quase transparente, sem mangas e decotado (vestido este que já fora da mãe); com um cinto de couro (tomado de dos irmãos); o chapéu masculino com uma fita (objeto que remete a ausente do pai); calçando sapatos altos (objeto de desejo da adolescente); o rosto maquiado (e anúncio da futura prostituição). Essa imagem, que é um misto de sedução e de inocência, reúne os elementos do romance de Duras, uma aliança de opostos, da lógica rejeitada, com personagens e acontecimento ambivalentes e ambíguos, a vida da família que é um misto de amor e ódio, de miséria material e riqueza afetiva, os encontros amorosos que são intensamente prazeroso e tristes. No mais, a supresa do estilo do texto de Duras prende o leitor(a): ?Não havia uma brisa sequer, e a música havia se espalhado por todo o paquete negro, como uma imposição dos céus que não se sabia a que se referia, como uma ordem de Deus cujo teor era desconhecido. E a jovem tinha se levantado como se, por sua vez, fosse se matar, por sua vez se lançar ao mar, e depois havia chorado porque tinha pensado naquele homem de Cholen e de repente não tinha certeza se não o havia amado com um amor do qual não se apercebera porque teminha se perdido na sua história como a água na areia e agora ela só o reencontrava nesse instante em que a música se lançava ao mar?. Assim, temos aqui mais um clássico da literatura francesa, muito interessante e que já foi adaptando ao cinema.
Isis243 06/02/2022minha estante
Que resenha fantástica ! Curiosidade aguçada


Lia-se 07/02/2022minha estante
Obrigada ?




Delano Delfino 08/09/2020

Eu sempre tive uma tendência a achar que quanto maior fosse o livro, melhor a história seria é mais eu poderia me envolver com ela. Talvez eles Stephen King demais tenha me deixado assim.
Marguerite Duras, prova que a máxima, tamanho não é tudo pode ser aplicada a literatura. Um livro tão pequeno mas com tanto significado e tanta profundidade. Uma escrita poética que te envolve e te carrega para onde quer que a autora queira te levar. Definitivamente um livro que merecer ser lido e relido, para que se possa extrair cada vez mais dele. Uma história de significados inesgotáveis.
Como magistralmente definiu Leyla Perrone-Moises no Posfácio: ?Uma imagem vale por mil palavras, diz-se. Mas uma imagem criada pelas palavras de um grande escritor carrega com ela mil sentidos.?
Gabi Rached 27/11/2020minha estante
Me convenceu. Vou ler! ;)


Delano Delfino 29/11/2020minha estante
Que bom Gabi, boa literatura deve ser sempre compartilhada!!!




CisoS 07/01/2013

Bom, mas chato
Sim, o livro é bom. Eu o li em francês, e meu francês não é bom, o que prejudicou minha compreensão e o ritmo, mas, apesar disto, não creio que eu o acharia melhor se o tivesse lido em português.
Sim, sei que ele é considerado ótimo, mas é impossível não notar os maneirismos da autora, principalmente a excessiva repetição. A troca constante de tempo também é abundante. Estes recursos contribuem sim para o estilo, que é quase noir, nostálgico e mágico, mas me pareceram excessivamente artificiais.
Estêvão 04/08/2013minha estante
Estava achando que as repetições eram da tradução, mas pelo visto é do estilo dela mesmo, já que você teve acesso à versão francesa. Também não gostei muito delas.


André 07/12/2014minha estante
Que bom que encontrei quem teve uma impressão parecida com a minha. E eu cá com medo de me pronunciar. Além de concordar que as repetições são artificiais e que também achei que fossem problemas da tradução, aproveito pra dizer que não parece a alta literatura que dizem ser por aí.




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