O amante

O amante Marguerite Duras




Resenhas - O Amante


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fev 27/01/2022

3,75

A escrita de Marguerite Duras é excepcional. Para mim, foi o ponto alto junto com o foco e a estrutura narrativa. O enredo deixa a desejar, mas a forma como ele constrói faz o livro crescer de forma extremamente significativa. Talvez a história não permaneça na minha cabeça, mas com certeza fui fisgado pela forma como foi contada. É um enredo com muitas camadas que vale a pena ser apreciada. Recomendo.
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Giovanna.Louise96 26/01/2022

Parece um tipo de fetiche que a autora tem com uma mistura de história familiar. Acho que esperava muito do livro e ele entregou pouco.
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Jéssica Libranumo 25/01/2022

Ferrante indica
Podemos ser vítimas do nosso tempo. Não há muito o que fazer para escapar disso.

Marguerite Duras dizia que essa era a obra mais autobiográfica de toda sua carreira, de fato.
O Amante é narrado em 1a pessoa por uma protagonista já idosa lembrando episódios de sua adolescência, sua iniciação sexual, aos quinze anos com um chinês de Saigon e a ligação que os uniria por três anos.

Na história estão presentes a mãe professora, seu irmão mais velho drogado, cruel e venal, o irmão mais novo, frágil e oprimido e a jovem estudante do liceu. Todos esses elementos são autobiográficos, mas quais episódios da narrativa são verdadeiros? Não sabemos - e isso nem é importante. O interessante é como a autora se expõe, se reinventa como personagem: são fragmentos de sua vida, transformados em literatura.
?A história da minha vida não existe.?

A história se passa no Vietnã, mais especificamente na Indochina francesa, que até 1954 fazia parte do império colonial francês. Naquela sociedade era impensável que uma mulher branca se apaixonasse por um homem chinês, logo, julgaram o relacionamento um mero interesse financeiro, o que a faz enxergar a si mesma uma mulher perversa, gananciosa; uma prostituta. Será tarde demais quando ela finalmente perceber os próprios sentimentos.
?Muito cedo foi tarde demais na minha vida.?

Um jogo de perspectiva permeia toda a obra; a narradora apresenta a personagem principal como se a visse de fora, mas é ela aquela jovem, em um momento crucial do seu brutal amadurecimento e desencantamento - ela é a protagonista. Esse olhar ?de perto e de longe?, aproxima o leitor e nos convida pensar em como podemos ser construídos a partir do olhar do outro.
?Posso me tornar tudo o que quiserem que eu seja?.

Temos pouco controle sobre como as pessoas nos enxergam. O olhar do outro está sempre imbuído de preconceitos, construções sociais. Quando a jovem conhece o seu amante já existia ali uma estrutura colonial, relações pautadas por preconceitos, racismo, rancores antigos. Podemos ser vítimas do nosso tempo. Não há muito o que fazer para escapar disso.
Dilva 25/01/2022minha estante
Amo esse livro.




rafinha 19/01/2022

O título pode ser um pouco intimidante quando olhamos pela primeira vez, porem é uma história sobre a vida familiar na guerra. Existem vários momentos extremamente desconfortáveis como a pedofilia e todas as situações de humilhação e violência retratadas.
Um livro com emoções cruas e autobiográfico
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Leandro506 16/01/2022

Pequeno grande livro
?Não era doente de sua loucura, ela a vivia como saúde.? A leitura exigiu-me mais concentração que imaginei, li lentamente para compreender cada camada.
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Stéfane 12/01/2022

Um autêntico retrato vivo
"Nunca escrevi, e pensei que escrevia, nunca amei, e pensei que amava, nunca fiz nada a não ser esperar diante da porta fechada."

Escrita extremamente densa e repleta de camadas. Não é uma leitura fácil, requer atenção para compreensão de tudo que as palavras carregam.
Duras cria diversas alegorias que funcionam como um quebra-cabeças de sua vida e o posfácio maravilhoso de Leyla Perrone-Moisés nos ajuda a montar algumas peças da compreensão do texto e da escrita dessa brilhante autora. O posfácio é tão esclarecedor que nos deixa com uma vontade de reler imediatamente a obra, e é com certeza um livro que vale a pena ser lido e relido.
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Luciana.Petrili 12/01/2022

Reminiscência ou autoficção?
Nunca saberei.
O livro é muito bem escrito, muito imagético e apresenta relações interessantes de hierarquias sociais, um pouco da história da Indochina, relações impactantes de afetos familiares, mas pela segunda vez não me conquistou...
Qual seria o motivo : certo desdém fingido da narradora? O dourar da pílula a respeito da situação da menina? Ainda não sei dizer? a força da autora é o que fica como lado positivo.
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Barbara.Oliveira 06/01/2022

Favorito da vida
Sabe aquele clichê "Não tenho palavra pra expressar o que sinto"? Pois é como eu tô com esse livro.

Pra começar, foi minha penúltima leitura de 2021 e virou uma das melhores do ano. A ***perfeição***. A primeira página dele já te acerta em cheio: "Muito cedo foi tarde demais em minha vida". Depois de ler o posfácio de Leyla Perrone-Moisés, fica mais evidente a genialidade dessa obra super premiada.

O romance, publicado em 1984, conta a história de uma adolescente  francesa, de uma família em decadência, que passa a se relacionar com um rico comerciante chinês na Indochina pré-guerra. Mas é muito mais do que isso.

Escrita poética, introspectiva, fragmentada, ao mesmo tempo fluida. Dramão familiar, alternância entre passado e presente, entre primeira e terceira pessoa pra nos aproximar ou nos distanciar dos acontecimentos. Reflexões profundas, duras, tristes, bonitas, angustiantes, melancólicas sobre relações familiares, morte, depressão, sexualidade, violência.

O amante é um romance autobiográfico. Como bem definiu Leyla Perrone: "De uma existência que, se narrada objetivamente (se tal coisa é possível), seria predominantemente triste, e por vezes trágica, a escritora conseguiu extrair um esplendor artístico que se refletiu em sua própria pessoa, transformada, no fim da vida, em personagem enigmática, quase de ficção" (p. 113).

Apenas leiam.

Vou procurar a adaptação que fizeram pro cinema e já quero ler mais coisas da autora!

@biografiadeleitora
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Bia 04/01/2022

Ele chora muito porque não encontra forças para amar além do medo. Seu heroísmo sou eu, sua servidão é o dinheiro do seu pai!
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Joy 02/01/2022

Esse livro apresenta uma narrativa crua, dura e o narrador busca o máximo possível não fazer rodeios. Iniciei a leitura sem saber ao certo o que esperar, talvez um romance impossível, mas os acontecimentos me deixaram um tanto surpresa. O narrador não segue uma linha do tempo única, vez ou outra indo do passado ao futuro, construindo uma realidade vivida pela própria autora.
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Lais da Mata 20/12/2021

Me decepcionei um pouco ou sou burra
Ouvi tanto falar desse livro, que minhas expectativas foram lá em cima. Não achei nada demais, em certos momentos até torci o nariz para as situações. Ou foi ruim, ou eu sou burra e não entendi a mensagem do livro.
Dhayane 20/12/2021minha estante
Eu com A Cachorra kkkkk


Lais da Mata 21/12/2021minha estante
Mas a cachorra eu senti que precisei de tempo. Agora esse, não. Vou te explicar no whats




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Aline 23/11/2021

Fragmentos de memórias
"Muito cedo foi tarde demais em minha vida". Essa frase tão potente está na primeira página do livro. Imaginei que dali sairia uma grande história. Mas não funcionou pra mim. O livro é uma espécie de autobiografia romanceada da autora e segue um estilo fragmentado e não-cronológico (como funciona com nossas memórias). É uma escrita bastante melancólica, sem nenhuma esperança. Frases bonitas e desoladoras sobre um casal insólito e uma família infeliz ao seu modo. Como leitora mediana que sou, senti falta de enredo.
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Thais 23/11/2021

Um diário
Um diário autobiográfico dos relatos de uma adolescência conturbada e miserável.
Não é uma história de amantes ou traição, como achei que sugeria o título. Mas da presença enamorada de duas pessoas que juntas, criam uma forma de superar suas dificuldades se amando.
Poucas páginas, triste e angustiante.
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Nathalie.Murcia 19/11/2021

Provocativo
Romance com traços autobiográficos, tal como os demais da autora. Polêmico, clássico, e ganhador do prêmio Goncourt de 1984.

Este livro retrata a infância miserável da autora, na Indochina, as complicadas relações familiares, em especial com o irmão mais velho, além da sua iniciação sexual precoce, aos 15 anos, com um chinês rico.

Um misto de desejo, gozo, abandono, entrega lânguida, interesse, e até mesmo amor, ainda que por vias tortas, refletem, para mim, o significado do relacionamento da adolescente com o amante, romance que perdurou por três anos, cessando com a ida de Marguerite para a França.

"Os beijos no corpo fazem chorar. É como se consolassem. Em família não choro. Naquele dia, naquele quarto, as lágrimas consolam do passado e do futuro também. Digo que um dia vou me desgarrar da minha mãe, que um dia não sentirei nem mais amor por ela. Choro. Ele descansa a cabeça em mim e chora por me ver chorar. Digo que, em minha infância, a infelicidade de minha mãe ocupou o lugar do sonho."

Gostei muito da escrita fluída e provocativa de Duras.
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