O amante

O amante Marguerite Duras




Resenhas - O Amante


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Bruno Oliveira 18/03/2022

UM LIVRO CORAJOSO
Quem pega para ler O Amante hoje pode se enganar achando que é mais um daqueles romances hot líderes de vendas do momento ou um daqueles livros de caráter duvidoso somente encontrados em bancas de jornal igualmente duvidosas, mas não, bem longe disso, este romance da meio vietnamita, meio francesa Marguerite Duras é um trauma, ou uma forma de psicanálise, de terapia mesmo em livro. O livro é claramente autobiográfico. Então, há nele muitas memórias, situações chave, que são ruminadas, melhor analisadas pelo olhar mais experiente da narradora-autora. Suas relações afetivas e conflituosas com a própria mãe, com os irmãos e, claro, com o tal Amante do título, são rememoradas pelo prisma da ficcionista que, a todo o momento, se mostra não uma vítima, mas uma mulher que sabe bem o que está fazendo, mesmo com apenas quinze anos e meio e que não tem vergonha alguma de suas falhas. Um livro corajoso.
Carolina.Gomes 21/03/2022minha estante
Eu gostei muito dessa leitura.


Bruno Oliveira 21/03/2022minha estante
Tbm! O texto é muito cru, tudo é bem racional, não há arrependimento nenhum, muito bom! :)




Rafa 14/03/2022

Fugacidade Familial
Um livro concebido através de memórias melancólicas. Apesar de boas passagens, a história parece não evoluir.
Lilian 10/07/2022minha estante
Você viu o filme? O filme é melhor que o livro. E a trilha sonora é linda.


Rafa 10/07/2022minha estante
Oi Lilian. Não vi, mas vou procurar. Vlew pela dica ?




Gigio 07/03/2022

Surpreendente
Difícil descrever o quanto essa obra me tocou. Fiquei ainda mais impactado ao descobrir no posfácio que trata-se de uma obra autobiográfica.
A narradora conta sua história em "vários passados", e isso dificultou um pouco minha leitura, mas também enriqueceu a obra. Em momentos, fala de um passado distante, em outros ela se transporta para o passado e trata de um passado presente.
Ao narrar o passado estamos manipulando lembranças, e essas são muito voláteis. Então não se sabe ao certo o quanto dessa narrativa é experiênia da autora e o quanto é ficção, afinal "todas as falhas da memória são preenchidas por certezas fictícias."
O texto para mim fluiu muito bem, achei poético e sensível, mas também cru e até bruto em alguns trechos.
Como foi adaptado para o cinema, quero muito ver essa história nessa outra mídia.

Quotes:
"A criança sorri. Não responde. Ela descobre que é verdade, que o irmãozinho é um príncipe de verdade. Prisioneiro de sua diferença para com os outros, sozinho naquele palácio da sua solidão, tão longe, tão sozinho que é como se nascesse a cada dia, para viver."

"A história da minha vida não existe. Ela não existe. Nunca há um centro. Nem caminho, nem linha."
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Evelin Piazzoli 28/02/2022

Um livro que dói
Uau. Que leitura densa.

Eu acabei a obra há uns 40 minutos e ainda estou digerindo. Certamente o fato de ser uma autobiografia escrita com uma enorme maestria, mexe com a gente.

O peso das palavras é de um ardor tão grande sobre os ombros que só me faz pensar no quanto é importante conhecer um pouco do livro antes de lê-lo. Tenha uma saúde mental minimamente estável para começar O Amante.

É um bom livro. A escrita é poética e fragmentada. Narrada em primeira e terceira pessoa, conta sobre a adolescência conturbada com a família e, é claro, um amor amante de Marguerite Duras.

A vida de Duras foi difícil. A sua pessoa é uma obra de arte de ficção. As suas referências são inteligentes. Sua visão sobre a vida é triste - sua vida, até onde eu pude saber, de fato foi.

Precisei parar para respirar mais de uma vez
antes mesmo de ler por meros cinco minutos. Alguns parágrafos são viscerais?

Não dei cinco estrelas porque terminei o livro com uma tristeza profunda, um sentimento pessoalmente melancólico.
Emanuelle.Porto 28/02/2022minha estante
Que bom te ler falando sobre algum livro!




Nayana 27/02/2022

Nada clichê
Existem livros que te chamam, parece que na verdade eles te escolhem. Eu não conhecia ?O amante?, de Marguerite Duras, e comecei a ler sem nem sequer ler a sinopse.. essas coisas doidas que fazemos de vez em quando! O livro é bem famoso e ganhou prêmios importantes, eu que não conhecia mesmo (e nem li por isso).
O termo ?amante? nessa história é aquele que ama, não tem relação com a cotação de traição que tanto conhecemos. O livro já começa sua peculiaridade ali, não tem nada de clichê, e te faz questionar quando mudamos o significado dessa palavra tão bonita (tinha esquecido dessa beleza até ler esse livro).
Eu li o ebook pelo kindle unlimited, e fiquei muito surpresa com a carga autobiográfica forte: não ficou claro para mim quanto da história é verídica, mas tem muitas coisas do passado da autora e de fato, o que lembramos do passado não tem sempre um quê de inventado?
Esse fato é ainda mais surpreendente pois o livro fala de assuntos bem pesados, como prostituição, pedofilia e muito sobre preconceito com chineses (em relação a classe e cultura). De toda foram, achei a narrativa menos impactante que Lolita, por exemplo. A narrativa é pela visão dela, e me dei conta de que não sei se Lolita seria tão impactante da visão da menina e não do homem.
Como contamos a história tem muito a ver com o que acreditávamos no momento, quando falamos de assuntos tão delicados, será mesmo que a personagem tinha maturidade suficiente para de fato entender seus atos ou essa autossuficiência e confiança eram sentimentos manipulados? Eu de fato acreditei no ponto de vista dela, mas achei o livro em si fragmentado, um pouco confuso as vezes, mas compreensível. Acho que a densidade demanda uma boa atenção, e entendo que seria um livro interessante para reler em fases diferentes da vida.
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Lusia.Nicolino 22/02/2022

Duras é intensa - sugiro ler o Amante e na sequência O amante da China do norte
Participei de uma oficina da Casa das Rosas – Escrever no limite: caminhos de escrita com Marguerite Duras – e, claro, foi impossível não reler sua principal obra.
Uma autora peculiar, transgressora, que dizia que tudo o que escrevia era político. A palavra não dá conta da vida, mas o romance sim. E, assim, nos encontramos diante desses dois títulos que são a mesma história contada com estruturas ligeiramente diferentes, com traços autobiográficos. Como dizia que as autobiografias não são "a verdade", mistura com ficção fatos de sua infância e adolescência na Indochina francesa, o atual Vietnã. Com a morte do pai, a mãe deprimida, sem ter muito claro o que o futuro lhe reserva, entrega-se a um amor (amor?) impensável para a época e as circunstâncias. A menina-criança, branca e franzina, torna-se amante de um jovem e rico chinês.
Há ainda nesse entorno a relação de amor com seu irmão do meio e um ódio desvelado em relação ao irmão mais velho.
Uma narrativa verborrágica, com diálogos entrecortados, não linear.
O Amante virou um filme que Duras detestou e, por isso, escreveu O amante da China do norte, com indicações do que teria feito diferente. Praticamente uma provocação.

Quote: "A criança sorri. Não responde. Ela descobre que é verdade, que o irmãozinho é um príncipe de verdade. Prisioneiro de sua diferença para com os outros, sozinho naquele palácio da sua solidão, tão longe, tão sozinho que é como se nascesse a cada dia, para viver."

site: https://www.facebook.com/lunicolinole https://www.instagram.com/lunicolinole
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José 16/02/2022

Tudo o que sempre quis ler
Lindo, poético, sensível e bruto são algumas das palavras para descrever esse livro. Sempre busquei um livro que fosse exatamente assim, e encontrei espontaneamente, estou apaixonado por ele e pela escrita da autora.
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Eitalizandra 12/02/2022

Acho que sou burra
O livro não me prendeu em momento nenhum, não me senti próxima da personagem e nem me envolvi na sua história.
Acho que sou burra e não entendi a profundidade do livro
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carol 11/02/2022

?A história da minha vida não existe. Ela não existe. Nunca há um centro. Nem caminho, nem linha" ?
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Lia-se 06/02/2022

?O Amante?
Este livro, consagrou a autora francesa, Marguerite Duras. Temos aqui um texto autobiográfico, com relatos da adolescência da autora na Indochina (a época colônia francesa, hoje Vietnã): ? A história da minha vida não existe. Ela não existe. Nunca há um centro. Nem caminho, nem minha?, diz Marguerite, já nas primeiras páginas do romance. A narrativa principal se desenrola em torno de uma série de imagens fascinantes. Temos, portanto, um romance fotográfico, segundo alguns críticos. Contudo, as imagens descritas por Marguerite, não são descritas de imediato, elas vão sendo completadas pouco a pouco, criando um suspense na narrativa, que acende a curiosidade do leitor e que acende um suspende visual. É a imagem da adolescente debruçada no parapeito da balsa vestindo um vestido de seda quase transparente, sem mangas e decotado (vestido este que já fora da mãe); com um cinto de couro (tomado de dos irmãos); o chapéu masculino com uma fita (objeto que remete a ausente do pai); calçando sapatos altos (objeto de desejo da adolescente); o rosto maquiado (e anúncio da futura prostituição). Essa imagem, que é um misto de sedução e de inocência, reúne os elementos do romance de Duras, uma aliança de opostos, da lógica rejeitada, com personagens e acontecimento ambivalentes e ambíguos, a vida da família que é um misto de amor e ódio, de miséria material e riqueza afetiva, os encontros amorosos que são intensamente prazeroso e tristes. No mais, a supresa do estilo do texto de Duras prende o leitor(a): ?Não havia uma brisa sequer, e a música havia se espalhado por todo o paquete negro, como uma imposição dos céus que não se sabia a que se referia, como uma ordem de Deus cujo teor era desconhecido. E a jovem tinha se levantado como se, por sua vez, fosse se matar, por sua vez se lançar ao mar, e depois havia chorado porque tinha pensado naquele homem de Cholen e de repente não tinha certeza se não o havia amado com um amor do qual não se apercebera porque teminha se perdido na sua história como a água na areia e agora ela só o reencontrava nesse instante em que a música se lançava ao mar?. Assim, temos aqui mais um clássico da literatura francesa, muito interessante e que já foi adaptando ao cinema.
Isis243 06/02/2022minha estante
Que resenha fantástica ! Curiosidade aguçada


Lia-se 07/02/2022minha estante
Obrigada ?




Eliza.Beth 04/02/2022

Se as características do livro te agradam, pode se jogar
Não consegui me envolver com a história.
A forma de narrar tbm não me agrada, indo ao passado e voltando ao presente constantemente pois não consigo criar um vínculo com os personagens.

Acho interessante algumas coisas serem autobiográficas. Talvez eu teria gostado mais se fosse contada como uma história de não-ficção.

O texto de apoio é muito bom. Conseguiu me convencer de que é, de fato, um bom livro, só não é do meu agrado.
Alan kleber 04/02/2022minha estante
Também aconteceu isso comigo.


Eliza.Beth 05/02/2022minha estante
Bom saber hahaha
Muita gente adora esse livro. Infelizmente, não funcionou por aqui




Geovana 02/02/2022

O livro é lírico e denso. Me chamou muito atenção como a autora é alinear na narrativa sem se perder, como intercala o passado e o presente com fluidez nunca deixando a escrita a desejar.
A história é poética, terrivelmente triste e brutal, cada relato exprime a realidade sofrida da construção da Marguerite. Acabei o livro com vontade de reler.
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Victor 01/02/2022

O Livro é bem difícil
O amante é daqueles livros, facilmente julgado pela capa, ou melhor, pelo título, mas o texto nós oferecido é totalmente o contrário ao que o título nós faz remeter. Nada tem haver com um amante, ou alguém que é casado e trai sua esposa e/ou marido. Vale a pena ler e refletir sobre o amor proibido e impossível, não totalmente por questões familiares, mas pelo querer dos personagens. Devo dizer que a escrita francesa, pelo menos a de Duras, é um tanto abstrata pra mim, e é difícil decifra-la a primeira leitura, muitas vezes, me peguei voltando ao início do texto pra tentar interpreta-la. E Duras, trás de uma forma natural pra época em que vivia, vivências problemáticas, eticamente falando, uma delas é que os personagens romanticamente entrelaçados, tem idades distintas.
Duras, o tempo todo entrelaça o amor proíbido com a péssima convivência da personagem com seus irmãos, e principalmente, sua mãe, uma mulher nada fácil, nada sã; e a época em que vive, onde ser mulher, não é fácil, e, ser uma mulher que vive pra cima e pra baixo com um homem, chinês, aquela época era mal vista: ?Não acreditem nisso, esse chapéu não é inocente, nem esse batom na boca, tudo isso significa alguma coisa, não é inocente, quer dizer, é para atrair os olhares, o dinheiro.? essas palavras, apenas por causa de um boato, imaginem.
O livro, é muito intenso, a intensidade dos personagens, vai do ódio ao amor naturalmente, da incompreensão a compreensão em poucos capítulos, é tipo 8 ou 80.
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Carla 29/01/2022

Um rasgo para ver uma vida
Li essa obra por acaso, já que nunca tinha adicionado na minha lista alguma obra da autora.

O que temos nessa obra é um rasgo no tecido de um mundo para ver uma vida em suas micro decisões e dores.

Duras conta uma história fragmentada e em ordem não cronológica que traz as reflexões da jovem protagonistas. É como ler um diário ou, como no texto de apoio, ver legendas de fotos sobre instantes da história de alguém.

Acredita-se que muito desse livro é autobiográfico devido à semelhança com a história de vida de Duras: infância pobre, irmão drogado, uma mãe que perdeu a herança do pai, o alcoolismo na vida adulta.

Ao encerrar a leitura o que eu senti foi tristeza, desesperança e uma certa pena da protagonista desprovida de sonhos que não se permitiu amar de verdade, soterrando bem no fundo de um coração, que precisou ser de aço, a possibilidade de ser amada.

Mas qualquer coisa que eu diga é raso e insuficiente para descrever a sensação.
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ab 27/01/2022

melhor romance que li até agora
conheci o livro pelo filme, e a história não me cativou muito, o que chamou minha atenção foi o fato do livro ser autobiográfico. (talvez com algumas camadas fictícias)
desde a primeira página eu me senti fisgado pela forma que a autora escrevia, intercalando os tempos de sua vida e tratando o passado como presente
é uma história de guerra, de melancolia, de uma família desgraçada, de um amor impossível separado por raça, idade e dinheiro.
já terminei o livro sendo fã, e me tornei mais fã ainda quando li o posfácio. com certeza ainda vou reler com mais atenção
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