O amante

O amante Marguerite Duras




Resenhas - O Amante


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Vivi 11/06/2022

Varias peças que vão se juntando e cada uma sem nome algum.
Uma terra desconhecida, vários momentos que realmente não foram vividos com intensidade. Não houve fotos, registros, muitas palavras importantes que poderiam ter dado todo um sentido não foram ditas. Uma família que sempre esteve em cacos o abuso do irmão mais velho e obsessão de uma mãe . Uma menina de 15 anos em uma balsa com seu chapéu masculino. O amor que se percebe tarde mas o desejo... há... esse esteve presente. E toda uma inocência escapou por entre os dedos.
Seu " Amante " era um homem chinês 27 anos que apareceu em uma limusine que era do pai que assim que bateu os olhos nela toda uma história começou. Mas que poderia ter sido diferente.
Estar ao lado dela era desnudar a sua alma e estar ao lado dele era acreditar no que os outros a faziam acreditar o que ela era.
" O cedo foi tarde demais na minha vida."
Se olhasse bem para nós mesmos sem se preocupar os dedos e os títulos, os medos talvez tudo séria diferente. Quantas chances são desperdiçadas em ser realmente feliz em viver um grande amor, um lindo sonho. Simplesmente por medo ou por acreditar em tudo que falam de nós.
Quantas cicatrizes em um único monólogo.
Essa história tão sensível e tão cheia de mensagens se passa no Vietnã ( Indochina francesa)
?Romance autobiográfico que acompanha a tumultuada história de amor entre uma jovem francesa e um rico comerciante chinês na Indochina pré-guerra. Com uma prosa intimista e certeira, Duras evoca a vida nas margens de Saigon nos últimos dias do império colonial da França e relembra não só sua experiência, mas também os relacionamentos que separaram sua família e que, prematuramente, gravaram em seu rosto as marcas implacáveis da maturidade.
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Vinicius 04/06/2022

Atravessar o rio
Um retrato seco, poético e autobiográfico da infância da autora. A carência de não receber o amor que gostaria da mãe, o medo de um irmão viciado e a ternura pelo irmão mais novo. Um pai ausente. Retratos de personagens reais, construídos aos recortes, porque em sua vida não havia "um centro. Nem caminho, nem linha".

Ambientado no Vietnã, quando ainda era colônia francesa, a pobreza e falta de estabilidade da família aceleram o amadurecimento da autora/narradora. De um lado, o retrato das ações calculistas que a tirariam daquela situação e de outro a lembrança sutil da descoberta de algo só tardiamente reconhececido como amor.

Ainda que leve um tempo para nos adaptarmos às mudanças de narrador e tempo, Marguerite Duras tem um domínio incrível com as palavras, levando o leitor a lugares que só a literatura é capaz de alcançar. Uma dança orquestrada de imagens e sentimentos.
Daniel 04/06/2022minha estante
Que top!


edu basílio 04/06/2022minha estante
um resenhista admirável, capaz de um poder de síntese 'hors pair', mas sem ocultar nada de sua emoção com a experiência de leitura =)))


Vinicius 04/06/2022minha estante
Hahaha obrigado
Mas o mérito vai para o posfácio de Leyla Perrone-Moisés que fez uma análise do nível da obra!
Com certeza minha segunda leitura será com outros olhos.




Carla Verçoza 31/05/2022

Sempre tive muita curiosidade em conhecer a obra de Marguerite Duras e gostei muito dessa primeira leitura. Com uma escrita interessante, poética, bastante rica, o livro conta a história de uma jovem francesa e seu amante chinês, ambos vivendo em Saigon. Com traços autobiográficos, a autora intercala acontecimentos passados, presentes e futuros, focando bastante também na relação familiar, sua mãe instável, seu irmão mais velho tirano e o carinho pelo irmão mais novo. Recomendo.

"Agora vejo que desde muito jovem, desde os dezoito, quinze anos, tive aquele rosto premonitório deste outro que depois adquiri com o álcool na meia-idade. O álcool cumpriu a função que Deus não cumprira, ele também teve a função de me matar, de matar. Esse rosto alcoólico me veio antes do álcool. O álcool só veio confirmá-lo. Havia em mim o lugar para ele, soube disso como os outros, mas, curiosamente, antes da hora. Assim como havia em mim o lugar do desejo. Aos quinze anos, eu tinha o rosto do gozo e não conhecia o gozo. Via-se muito bem esse rosto. Até minha mãe devia vê-lo. Meus irmãos viam. Tudo começou desse jeito para mim, por esse rosto visionário, extenuado, esses olhos pisados antes do tempo, antes da experiência."

"Ainda estou nessa família, é nela que vivo à exclusão de qualquer outro lugar. É em sua aridez, sua terrível dureza, sua maldade que me sinto mais profundamente segura de mim mesma, no mais fundo de minha certeza essencial, do que mais tarde vou escrever."
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Pretti 22/05/2022

Belíssimo
Um dia - foi esse o tempo que precisei para ler "O amante" (1994), de Marguerite Duras. Mas, como um bom perfume, sei que sua presença perdurará nas belas imagens e frases espalhadas pelo livro.

Esta é alegadamente a mais autobiográfica das obras da autora. Ao mesmo tempo, sua construção me fez pensar na ficcionalidade intrínseca a toda autobiografia: seja uma história de desgraças ou vitórias, nossa narrativa pessoal sempre passa pelo nosso próprio filtro. É nosso olho que vê nossa vida, é nossa língua que a conta. Nossa narrativa pode ser uma ou outra totalmente diversa dependendo de onde nos colocamos para observá-la - e isso é belíssimo.

(A autobiografia é sempre uma autoficção? Creio que sim, mas isso é assunto pra outro momento...)

Falando sobre o livro em si, ele narra a iniciação sexual da protagonista (Marguerite Duras?), em sua adolescência na Indochina, atual Vietnã. Ela era uma jovem de quinze anos, de uma família de origem francesa que perdeu suas economias, e se tornou amante de um homem doze anos mais velho, filho de um milionário chinês. É ali que ela descobre seu corpo e seu desejo.

Sua escrita é poética e extremamente visual, com a narração transitando frequentemente entre a primeira e a terceira pessoa. A história central é bastante linear, mas é intercalada por trechos muito posteriores a ela na linha temporal, de quando Marguerite já está na França, muito depois de sua experiência com seu amante chinês.

A abertura do texto é excelente. A narradora parte de um comentário feito por um homem a respeito da beleza de seu rosto idoso para buscar em sua memória quando seu rosto teria envelhecido - segundo ela, muito antes do tempo. E é então que somos levados à sua adolescência. O final do texto também é lindo, especialmente para a romântica inveterada que eu sou, risos.

Agradeço muitão à @mayarablasi pela indicação e empréstimo do livro. Saio dele maior que entrei, que é o estado mais delicioso de se sair de um livro.

Nota: ?????

#resenha #literatura #literaturafrancesa #mulheresqueescrevem #leiamulheres #resenha #resenhadelivro
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Gustavogl 18/04/2022

Prosa poética. Escrita experimental. Alternância de narradores. Livro curto e nada direto. Embora fácil de ler.
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Giovana.Gomes 18/04/2022

Interessante, mas não me cativou.
O livro foi uma leitura interessante, mas não chegou a me cativar como a autobiografia de Maya Angeloun.

O livro é uma autobiografia de Duras que passa na colônia francesa na Indochina. Com muitos vai e vem na história, não segue uma linearidade (eu, particularmente, prefiro escritas que seguem a linha do tempo) então a leitura tem que ser feita com o dobro de atenção.

Por não ter me cativado, se tornou uma leitura que levou meses apesar de ser um livro curto!
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Vi 17/04/2022

incrível como esse livro só cresceu com a releitura, consegui observar muitas coisas que deixei passar da primeira vez. marguerite duras é incrível, a escrita dessa mulher me deixa completamente hipnotizada, sempre ansiosa pra saber o que vem a seguir.
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Alice 12/04/2022

A cicatriz humana
Melancólico e poético. Basta essas duas palavras para retratar essa obra de Marguerite Duras. Leitura densa e carregada, é uma mistura de sentimentos tão grande que as vezes o leitor acaba se perdendo no que os personagens realmente sentem! São muitos problemas, muitos impasses a serem resolvidos nesse livro, trata de questões muito pesadas. Vale a leitura, principalmente por causa do posfácio do livro, muito elucidativo.

Apenas não sei se me cativou muito, mas isso é problema meu.
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Pamela 10/04/2022

Desejo e morte
O livro é poético. Desejo e morte se conversam a todo o tempo, o que é lindo.
A relação materna e familiar dão a narrativa que leva ao rompimento da personagem.
Achei a leitura dificil.
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Let Carvalho 04/04/2022

Esse livro narra a infância e juventude da autora, que tem um caso com um homem mais Velho aos 15 anos de idade.
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Jonatas Costa 21/03/2022

o amante descrito no livro foge dos amantes normalmente conhecidos, que participam de alguma traição. Na verdade, o amante do livro seria uma pessoa que ama verdadeiramente a outra. Nota-se questões familiares e questões sociais da atuação da mulher em certas sociedades.
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Juliana 18/03/2022

Interessante
Comecei a ler sem saber o que esperar. Não conhecia a autora, nem nada sobre este livro. Foi uma experiência interessante. Ao final, esta edição traz uma resenha, que ajuda a compreender a forma e as ideias da narrativa e que me proporcionou uma compreensão da obra, fazendo-me admirá-la.
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