O duplo

O duplo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Duplo


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Tatitoth 05/04/2020

Dostô ?
O livro fala de solidão e suas consequências, o bem e o mal, as contradições, paranoias, desilusões, problemas mentais e de personalidade.
Um denso, várias vezes precisei parar, respirar fundo e refletir.
Mais uma obra maravilhosa de Dostoiévski.
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Rafael1146 12/03/2020

O duplo
O duplo certamente não é uma leitura fácil. A narrativa transita entre o absurdo e a mente incoerente do personagem principal, que cria diálogos e situações as vezes nos deslocando entre o real e o imaginário da mesma maneira que andamos de um cômodo à outro. Dito isso, que obra de gênio a escrita (e a tradução, que deve ter sido o cão dos infernos), angustiante ao extremo; causa mal estar e ansiedade, enquanto somos expostos à mente delirante do personagem, qual o autor, em tom satírico, o tempo todo chama de herói. Aliás, o tom inteiro do livro pende para esse viés satírico, fazendo uma critica social à época, que também pode ser traduzida para os dias atuais.

A edição da 34 é a única edição possível, trazendo ilustrações expressionistas do Alfred Kubin e a tradução do Paulo Bezerra, que traduziu diversos romances do Dostoievski e até ganhou um prêmio do governo russo pela contribuição em divulgar sua cultura.
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G.L. 25/02/2020

Um livro sobre autoconhecimento
Sem dúvida, foi uma das leituras mais impactantes que já fiz, não é à toa que Dostoiévski considera que essa tenha sido sua obra prima.
O romance conta a história de Golyádkin, um funcionário público que, em um dia comum, depara-se com um homem fisicamente igual a ele mesmo, um clone. Esse clone, Golyádkin II, passa a espoliar o primeiro de todas as suas posições sociais: seu trabalho, seus amigos, seu ambiente familiar, até que não sobre nada. Golyádkin I assiste a tudo isso perplexo, pois considera que o II consiga tais feitos por ser, internamente, tudo o que ele sempre quis ser, mas nunca conseguiu.
Não é uma leitura agradável, é maçante e repetitiva, não dá pra ler por pura diversão, porque não rola. Isso não a faz menos válida, pelo contrário, a forma é muito importante e ajuda a representar as tensões psicológicas e sociais de um indivíduo que se vê perdido em meio aos padrões de conduta da classe média/alta russa.
É lindo, é perturbador, me fez refletir sobre muitas das minhas ansiedades sociais.
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Gustavo 21/02/2020

O DUPLO
O Duplo- Dostoiévski, foi escrito em 1846, logo depois do seu primeiro livro ‘’Gente pobre’’. O duplo, seria como um laboratório de todos os seus romances.

Vamos sobre o livro. 📕Nosso herói Golyádkin, é conselheiro titular ( cargo que representava que não teria nenhuma progressão social), é pobre, usa roupas velhas e botas desgastadas. Certo dia, acorda super feliz achando que foi chamado para uma festa da filha do seu Patrão e antigo benfeitor. Aluga roupas novas, junta dinheiro e vai de carruagem para o local. No meio do caminho, para no consultório do seu médico e o mesmo indica a Golyádkin a não ser tão solitário, que é bom ele ir em festas e não tomar bebidas alcoólicas. Golaydkin chega na festa, porém é barrado. Consegue entrar pelas portas dos fundos, mas como é todo atrapalhado, pisa no pé de um, rasga o vestido de outra e puxa a filha do patrão para dançar, porém tropeça e cai com a filha do patrão, que no mesmo instante grita e ele é expulso da festa. Golyádkin se vê tão humilhado, entorpecido, que sai correndo do local, em uma noite chuvosa, fria e caindo neve.

Nosso herói para em uma ponte e de repente alguém passa por ele. Logo mais, esse vulto passa novamente esbarrando nele. Golyadkin volta pra casa e ao chegar se depara com o vulto que esbarrou com ele na ponte. Se vê diante de seu duplo. Um homem com todas as suas características, fisionomias e até com o mesmo sobrenome. Gente, ai segue uma história fantástica. Golyádkin segundo é o inverso do primeiro. Golyádkin primeiro é um homem tímido, trapalhado, solitário e enquanto o outro é comunicativo, carismático e conquista todos. Golaydkin segundo faz sua caveira no trabalho e assim começa a sua luta para eliminar o seu duplo, que ele acha que é um inimigo. O final acaba trágico.
E você meu caro leitor, conhece o seu duplo? Quem ganharia caso ele se manifestasse bem a sua frente?
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Luíza | ig: @odisseiadelivros 07/02/2020

Eu odeio o senhor Golyádkin
Após passar raiva atrás de raiva acompanhando a (confesso agora) interessante história de Golyádkin, descobri que “O duplo” é uma das primeiras publicações de Dostoiévski. O próprio escritor, no entanto, a classifica como a contribuição mais séria que deu à literatura. E foi então que eu pude perceber que a origem da raiva que sentia não estava relacionada unicamente ao personagem, à sua linguagem esdrúxula e ao absurdo de sua história, mas a todos esses fatores reunidos, que teceram habilmente uma crítica social à época – talvez até hoje, não sei – do autor. Devido a recepção que esse livro tem até hoje, é compreensível o fato de que na época também não foi bem recebido. Era um livro muito à frente de seu tempo ou muito comprometedor para a sociedade russa?
A história se inicia com um dia aparentemente típico para o nosso herói (como menciona o narrador) senhor Golyádkin e percebemos, ao decorrer de suas ações, como ele é desconfiado, possui vícios de linguagem extremamente irritantes, submisso aos seus chefes e é apenas corajoso dentro de sua cabeça, pois na vida real não reage para coisa alguma! A vida do protagonista se transforma quando, no dia seguinte, um novo funcionário chega à repartição em que ele trabalha. Para sua surpresa, o novato é ele mesmo. O seu duplo. A partir disso, somos jogados em uma narrativa que nos faz duvidar não só da sanidade do herói, mas da nossa. Muitas vezes eu tinha que voltar alguns parágrafos para saber se eu estava lendo certo, se eu havia entendido o que realmente estava acontecendo. Há, em inúmeros pontos, a manifestação da consciência de Golyádkin, confusa assim como ele, além de covarde. Golyádkin se mostra incapaz de confrontar a si próprio e a seu duplo.
Para quem, por acaso, está lendo esta resenha não sabendo se lê ou continua a história: continue. Não é apenas uma narrativa absurda, é uma narrativa altamente crítica. Foi minha primeira experiência com Dostoiévski e, apesar de ter demorado a entender a que ponto ele queria chegar com a história, posso dizer que fiquei curiosa para me adentrar mais em sua obra. Se esse é considerado, por ele mesmo, o ponto alto de sua carreira literária, imagino o que devem ser os outros livros, muito bem elogiados pela crítica.
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Aécio de Paula 18/12/2019

O Duplo - Fiódor Dostoiévski
Não gostei da leitura. Achei raso, cansativo, tedioso, enrolado. Mas pode ser que eu não tenha dado a devida atenção ao livro ou a minha escassa compreensão amadora não tenha entendido as entrelinhas brilhantes desse texto. Só sei que não senti prazer na leitura, mas consegui o êxito que foi chegar até o fim. Eu achei sinceramente um porre. ( duplo porre ). Frase longas e confusas, ideias desorganizadas, quebra linear narrativa, etc. A ideia foi boa, mas foi mal conduzida. A estreia do escritor tão louvável pela crítica em “Gente pobre” foi nesse segundo um banho de água fria. Dizem os defensores que o livro foi incompreendido e estava muito à frente do seu tempo (eita!) Mas eu li que foi uma furada que Dosto deu ao publicar esse livro e ele viu os receptores de “Gente pobre” lhe dando as costas.
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Gustavo.Borba 06/10/2019

Duplo martírio
#LivrosQueLi



O duplo, de Fiódor Dostoiévski. Ed. 34. Segundo livro de Dostoiévski, este livro causa uma angústia em sua leitura desde o primeiro parágrafo! Prende-se inteiramente na mente do personagem principal, que não apresenta nenhuma eloquência e fala coisas desordenadas e sem sentido, não conseguindo se expressar. Além disso, as descrições dos sentimentos e pensamentos deste personagem são obscuras, não possibilitando entender o que se passa, ou mesmo se se trata de realidade ou apenas delírios de uma pessoa que perde sua sanidade gradualmente. E a forma de construção do texto é tão imersiva e obscura que não é possível distinguir se se trata de um romance de fantasia ou do relato extremamente subjetivo do personagem. Sua vida gira em torno de nulidades e projeções persecutórias que o arrebatam e o impedem de compreender o que ocorre ao seu redor com clareza. E essa falta de clareza é o que o texto nos causa, de forma que me senti exasperado e muitas vezes desejoso de que tudo aquilo acabasse logo, pois criei uma expectativa de que haveria um ponto de virada na trama, que nunca acontece. E no fim ainda fiquei sem alcançar uma sensação de conclusão, pois também não fica claro qual o destino de nosso anti-herói duplicado. Se Dostoiévski não fosse um autor notório e com obras admiradas mundialmente, talvez eu não quisesse ler mais nada do autor, dados os seus dois primeiros romances. É preciso coragem e perseverança para enfrentar essa obra!



#livros #ler #livro #euamolivros #euamoler #estantedelivros #leiamais #leitura #leituras #livrosemaislivros #lido #resenhadelivros #indicacaodelivros
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Mariana 31/07/2019minha estante
os questionamentos me lembraram O Homem Duplicado!!!


Mariana 31/07/2019minha estante
(narciso acha feio o que não é espelho)


Beatriz 10/09/2019minha estante
simmm, demais! acho que as leituras são extremamente interligadas




Carol | @carolreads 11/07/2019

O Duplo
Mais um lido para o projeto #dostôesselindo.

Em O Duplo vamos acompanhar Golyádkin, um homem que almeja viver na ‘alta sociedade’ de Petersburgo. Entretanto, sendo um conselheiro titular (cargo público sem possibilidade de melhora) a acensão social que procura é impossível e, para piorar, ele não possui nenhum traquejo social.

Após ser expulso de uma festa dada por um antigo benfeitor da nobreza, Golyádkin acha que está sendo seguido e, mais tarde, descobre que quem o persegue é o seu duplo. O Golyádkin segundo, como o autor o chama, além da semelhança física, trabalha na mesma repartição que o nosso protagonista... mas possui tudo aquilo que ele não tem - é simpático, alegre, e atrai todos que estão ao seu redor.

E é com esse enredo que a história se desenvolve, vamos ver Golyádkin duvidar das intenções do seu duplo e lutar contra contra ele, caminhando assim, rumo a loucura.

A leitura desse segundo livro é densa e confusa pois Dostoiévski nos coloca dentro da cabeça e da loucura do personagem, mas apesar se não estar conectada com a história, não sosseguei enquanto não acabei o livro.

site: https://www.instagram.com/carolreads
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Geraldobneto 15/02/2019

Poderia ser, mas...
O segundo livro de Dostoievski é pra mim um dos clássicos exemplos de obras que poderiam ter sido perfeitas, maravilhosas, atemporais, mas não foi dessa vez :( O livro tem bons momentos e muitos méritos, é um livro experimental, definitivamente, mas como obra em si, como narrativa, não me convenceu...
Mas vou ressaltar novamente como Dostoievski escreve bem, meu Deus! E como ele constrói personagens como ninguém
Luh 20/02/2020minha estante
É isso. A gente acha interessante mas não chega a gostar da obra.




Pandora 05/02/2019

Já li alguns livros de Dostoiévski, mas decidi ir atrás dos primeiros e lê-los em ordem de lançamento.

O livro é maravilhoso, mas é também extenuante: muito pelo transtorno do personagem e suas ideias desconexas, sua confusão mental, a mania de perseguição, que vão ficando cada vez mais presentes conforme o delírio do personagem avança. Um pouco por conta dos parágrafos muito extensos, os capítulos grandes, os poucos diálogos. É o livro do Dostô que mais exigiu minha concentração até o momento.

Acho que a ideia é que a gente se veja na pele de Golyádkin, sinta sua perturbação e confusão como se fosse nossa. E funciona, ao longo da leitura tive até dor de cabeça! A ambição e a necessidade de agradar são tão fortes no personagem que ele cria um duplo com as qualidades que ele não tem: auto estima alta, segurança, desinibição, traquejo social.

Não por acaso Golyádkin é um burocrata: a literatura já retratou funcionários públicos os mais diversos, pois dão excelentes personagens. Quanto mais sensíveis, tímidos, criativos ou artísticos, mais se ressentem de um sistema onde impera o trabalho metódico, a mesmice, a rotina e a hipocrisia. Onde a ascensão se faz mais pelos meios políticos do que pelo merecimento. E, que no caso do personagem de Dostoiévski, não há chance alguma de promoção.

O duplo, o Golyadkin segundo, sendo e fazendo tudo o que Golyadin gostaria de poder, provoca nele uma indignação e inveja tais, que seu objetivo passa a ser a eliminação daquele que considera um inimigo, um usurpador, um aproveitador. E o final dessa luta insana não poderia ser diferente.

Dostoiévski da primeira fase, já mostrando a que veio.
Lucas 05/02/2019minha estante
Adorei seus comentários! Eu também estou lendo (bem vagarosamente) a obra de Dostoiévski na ordem de lançamento e O Duplo me chamou atenção por retratar muito bem um tipo de história que se tornou comum no imaginário de diversos autores e roteiristas de cinema, que é essa projeção de tudo aquilo que não somos em um ser idêntico. Vilões de seriados infantis, filmes e outros livros revisitam essa ideia até hoje, muito bem trabalhada em O Duplo.


Pandora 06/02/2019minha estante
Sim! É um tema muito recorrente. Aliás, transtornos de personalidade, desvios de conduta, distúrbios mentais... tudo me intriga e interessa. :)


Tiago 06/02/2019minha estante
O livro é otimo. Sabe as vezes penso que todos nós, em algum momento, estará diante de uma pessoa da qual nao seremos capazes de nos defender. Essa pessoa é na verdade nos mesmos mais velhos, nossa versão mais sabía e mais vivida. Essa pessoa certamente nos apavora porque jogará em nossa cara os nossos erros. Por isso inconscientemente tentamos fugir desse momento. Sempre me lembro disso quando penso no Duplo de Dostoievski, mais precisamente no trecho da ponte.


Pandora 07/02/2019minha estante
Tiago, concordo. A nossa maior ameaça somos nós mesmos. Somos nosso maior inimigo, nosso maior sabotador. Mas ao mesmo tempo somos os maiores interessados na nossa felicidade. Por isso encontrar o equilíbrio entre essas forças é tão difícil.


Jeffez 10/12/2023minha estante
Vai ser minha leitura atual!! E é bom saber que você já aprovou essa obra! ;)


Pandora 11/12/2023minha estante
Jeffez, tomara que você goste!




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Rafael 12/01/2019

O Cisne Negro de Dostoiévski
À primeira vista a obra o Duplo parece um mergulho na loucura. De ponto de vista unilateral, à todo momento você se pergunta o que está acontecendo, se é real ou ficção.
O protagonista, pobre que se acha rico e tenta almejar estatus na sociedade tentando se infiltrar no meio dos ricos, sofre com sua timidez, introspectividade, gageira, e constante necessidade de agradar aos seus superiores.
Logo no começo ele conversa com um doutor que faz piada sobre bebida levantando-se a suposição que o protagonista é alcoólatra. Num dos inúmeros detalhes que nos confundem. E este é o objetivo.
A história se torna ainda mais incrível quando o protagonista conhece o duplo: um homem fisicamente igual a ele mas que é o contrário psicológicamente (muito bem desenvolvido, super social, divertido, canastrão, sem limites) e que lhe deixa mais doido ainda.
Esse é o ponto máximo da obra. Precisei de dias para entender o que eu tinha lido.
Muitas vezes você acha que ele sofre de esquizofrenia ou bipolaridade. Mas na verdade ele sofre de Transtorno Dissociativo de Personalidade.
Nunca existiu um duplo. O duplo é a sua segunda personalidade. Não tem ligação nenhuma com esquizofrenia (que é a perca da realidade) ou com bipolaridade (que é a troca súbita de humor).
No Transtorno Dissociativonde Personalidade a pessoa pode simplesmente habitar mais de uma personalidade dentro dela, pode ser uma pessoa de sexo diferente, faixa etária diferente, cor, qualquer forma. Ou em alguns casos mais de duas personalidades no mesmo corpo. Sendo que às vezes a segunda personalidade assume e o transtornado não se lembra do que a personalidade excedente fez, nem que tenha sido por alguns minutos. Dando esta sensação de loucura. Um dos pontos característicos é o senso de perseguição e de conluio contra ele.
O transtorno é um mecanismo de defesa da mente. Geralmente a pessoa tem uma personalidade quase nula e a que assume, ou as que assumem, são o extremo da prima.
A obra foi injustiçada pela crítica no seu lançamente e ainda hoje é incompreendida porque o objetivo dela é você se colocar no lugar do protagonista e sofrer junto com ele sem entender o que está acontecendo, como se você sofresse do transtorno.
É genial. E um dos livros mais brilhantes que eu já li. Além do transtorno, o personagem nos leva a questionar se este transtorno não é um reflexo da nossa sociedade captalista onde se exalta e estimula aos pobres agirem e almejarem a classe alta se submetendo a qualquer regra social e se abdicando de si mesmo. E como consequência vendo em outras pessoas, pobres e semelhantes, inimigos naturais. (O protagonista que é pobre tem algumas coisas a mais que outros pobres, como um empregado, e mesmo estando mais perto da miséria do que do luxo, ele se trata como classe média)
É brilhante! O protagonista segue todos os pontos do transtorno dissociativo de personalidade (antigamente chamado de transtorno de dupla personalidade): solitário, depressivo, introspectivo, dedicado aos seus objetivos pessoais, tímido não por natureza.
Um detalhe interessante é o quanto ele firma o nomes das pessoas repetindo-os desnecessariamente como uma reafirmação social dos seus estatus e a falta de noção do que realmente está acontecendo devido a essa preocupação intensiva em cuidar da imagem. Ele acredita que o doutor com quem se consulta é doido (no sentido de não entendê-lo) e nenhum outro personagem o entende. Aos olhos dos outros ele é um doido desvairado, motivo de piadas internas e deboche.
Diversas vezes o protagonista diz não usar máscaras. Mas a impressão é de que ele nem sabe mais quem é por ter tanto se moldado conforme a sociedade.
É um livro genial. A maioria das pessoas não vai entendê-lo porque ele não é uma obra clara. (Este é o objetivo da obra). Mas para aqueles que querem entendê-lo melhor, indico o filme Cisne Negro do Darren Aronofoski, que é uma releitura desta obra com o balé do Lago dos Cisnes, em que você mergulha com tanta intensidade quanto tanto à este livro na cabeça do protagonista. (A protagonista interpretada pela Natalie Portman tem todos pontos do transtorno, como por exemplo: quando ela olha para o espelho e o reflexo se meche indicando que ela não reconhece quem ela é e tem medo dela mesma. Ou quando ela ganha o papel e encontra a palavra puta no espelho que foi o duplo dela que escreveu e no final quando as personalidades se misturam e a loucura leva ao delírio)
Este livro inspirou tantas outras obras da ficção. Mas nenhuma com a perspectiva do transtornado. Como por exemplo: o protagonista de Psicose, o filme Ilha do Medo do Scorcese com Leonardo DiCaprio e o livro O Duplicado do Saramago.
Livro maravilhoso! Favoritei! Leiam! Leiam! LEIAM! (Não é por acaso que Dostoiévski é o pai de Freud)
Tati 12/01/2019minha estante
Que legal! Já tenho faz algum tempo, mas fiquei com mais vontade de ler agora.


Camila 13/01/2019minha estante
Li ano passado! Adorei!




niegecr 24/11/2018

O Duplo - resenha (@livre.ira)
Longe da leitura ser agradável como o primeiro romance de Dostoiévski, aqui temos a história de Yákov Petrovitch Golyádkin, conselheiro titular, solitário e muito problemático (para não dizer estranho!).

Tudo começa quando Golyádkin decide participar de uma festa (ao qual não foi sequer convidado), na tentativa de socializar mais (por indicação de seu médico), mas seu plano cai por terra ao se sentir extremamente constrangido por ter sido expulso.

Temos então o grande chamariz da história: após ser expulso e sair vagando pelas ruas e pontes de São Petersburgo, o protagonista se depara com seu duplo, um homem exatamente igual a si mesmo, sem por ou tirar, mesma aparência, origem e trejeitos.

Eis que então o senhor Golyádkin segundo, o duplo, começa a usurpar sua identidade, tornando-se seu inimigo e levando o pouco de sanidade que ainda existia no protagonista Golyádkin primeiro.

É uma história cansativa, com parágrafos longos, repetição de palavras e com poucas passagens realmente interessantes, mas podemos ter certeza de que essa foi a intenção de Dostoiévski, nos passar as incertezas e delírios, as camadas que compõe o personagem principal através de sua escrita
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