A Revolta de Atlas

A Revolta de Atlas Ayn Rand




Resenhas - A Revolta de Atlas


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Marcelo.Almeida 19/10/2018

Libertarianismo
Um excelente livro sobre o libertarianismo, descrevendo em uma narrativa notável os males que são causados pelas privações dos direitos individuais das pessoas. Com personagens cativantes, que nos inspiram a ser melhor, Ayn Rand consegue trazer nesse primeiro livro a demonstração de uma sociedade decadente.
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Alberto 06/07/2018

A Ascensão de Gaia
Reler "A Revolta de Atlas" depois de se aprofundar na filosofia objetivista, é como ler a versão extendida.
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Mussi 30/03/2018

Leitura para quem tem fôlego
Um livro extraordinário com muita densidade em cada palavra e cada frase contidas em suas 1.216 páginas, vale apena o tempo investido.
Porém , saiba que é necessário ter fôlego de maratonista, sem o qual não se conseguirá chegar ao fim da leitura.
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Helio 24/08/2013

Uma obra de arte
Ayn Rand, filósofa, escritora, na década de 50 escreve essa obra prima da reflexão capitalismo vs socialismo.
O livro é bastante longo (3 volumes), leitura difícil, às vezes um tanto prolixo, mas com reflexões geniais.
O final não me agradou tanto mas gostei msm foi das reflexões ao longo do livro.
Uma boa leitura.
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Tracinhas 28/02/2018

por Lídia Rayanne
Já faz algum tempo que venho dando preferências por distopias clássicas, e quando ouvi falar sobre “A Revolta de Atlas”, me bateu uma grande curiosidade, não só pela premissa do livro, mas pela história de vida da autora. Ayn Rand, que muito jovem se mudou da Rúsia soviética para os Estados Unidos, soube como ninguém o que a expropriação estatal é capaz de causar ao indivíduo – e a uma nação.
Publicado originalmente em 1957, “A Revolta de Atlas” chegou ao Brasil dividido em 3 volumes: “Não Contradição”, “Isso ou Aquilo” e “A = A”. A resenha que trago hoje é relativa ao primeiro volume, e a medida em que for lendo comentarei minhas impressões dos outros.
A história é narrada em terceira pessoa e acompanha principalmente Dagny Taggart, uma das principais executivas nos Estados Unidos, que só tem um objetivo: reconstruir a ferrovia de sua família, a Taggart Transcontinental, especialmente a Linha Rio Norte, que está caindo aos pedaços. Mas há anos a empresa espera o metal encomendado, que por conta de uma burocracia letárgica, não chega. Então, contra a vontade do seu irmão e da opinião pública, ela fecha um contrato com Hank Rearden, o dono de uma siderúrgica que dedicou 10 anos da sua vida para criar o metal mais leve e mais resistente que já existiu ─ o metal Rearden.
Só que tem um problema: por questões que só iremos descobrir mais adiante, o metal Rearden não recebe aprovação da comunidade científica. Mesmo assim, contra tudo e todos, Dagny toma a frente e decide reconstruir a ferrovia, e uma ponte!, com metal Rearden a qualquer custo. Ela só não esperava fazer inimigos no meio do caminho, reencontrar um amor do passado e se apaixonar por alguém que não devia.
O romance não é o foco desse livro ─ o que é ótimo, porque, apesar de ter alguns momentos doces, como as lembranças de Dagny do seu primeiro amor, e da tensão sexual entre ela e seu novo affair, algumas cenas com esse último chegam a beirar o ridículo, na minha opinião ─ pois, como disse, “A Revolta de Atlas” é uma distopia política.
A opressão retratada nesse livro é diferente da que costumamos ver: não é tangível, é psicológica, do tipo que se esgueira por todo lugar. O vilão desse livro não é uma figura simbólica, como o “Grande Irmão”, de George Orwell: ele está representado na forma de políticos “de Washington”, de filósofos e cientistas que usam o discurso do “social em primeiro lugar” para bancarem suas instituições com recursos públicos, por burocratas que, com simples canetadas, golpeiam uma economia que dá os últimos suspiros e ameaça quebrar a qualquer momento. Numa atitude hipócrita, eles ignoram que, quanto mais impedem o progresso, mais prejudicam a vida dos trabalhadores que dizem defender.
Além de tudo isso, há um mistério que percorre a trama: dezenas de artistas, empresários, cientistas, os últimos filósofos defensores da razão começam a se aposentar e desaparecer, abandonando suas empresas e seus estudos, desestabilizando ainda mais o cenário econômico e cultural. Quando Dagny dá de cara com os restos de uma invenção que poderia transformar o mundo, ela sabe que precisa encontrar um desses gênios.
Já vi alguns leitores dizendo que a autora é verborrágica, e é óbvio que não dá pra concordar 100% com a filosofia dela, mas Ayn Rand conseguiu transmitir como ninguém esse sentimento de pura frustração que é tentar fazer algo útil, mas ser impedido por pessoas que não sabem o que é produzir. Ela toca no âmago, na parte mais profunda da alma dos personagens e quase podemos ouvir o grito silencioso dos pequenos atlas que carregam o peso do país em suas costas, enquanto sentem a realidade se esfacelando por entre seus dedos. Até quando conseguirão suportar?
O primeiro volume encerra com uma cena de tirar o fôlego e que envia por nossas veias o mesmo desespero sentido pelos personagens, nos motivando a logo engatar a leitura do segundo volume. Porque sim, meus amigos, eu NECESSITO de respostas.
Afinal, quem é John Galt?

site: http://jatracei.com/post/171377048637/resenha-293-a-revolta-de-atlas-volume-1
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Rafael.Said 30/12/2017

Uma das melhores viagens que se pode fazer...
Uma das melhores viagens que já fiz...
O livro traz reflexões profundas nos mais variados aspectos, desde o trabalho, competência, corrupção, moral, sexo, relacionamentos, traição, etc. O que procura o ser humano? Através de diálogos com mendigos, ou mesmo entre grandes empresários e políticos, indagações filosóficas permeiam toda a leitura.
Uma história sobre uma era industrial estadunidense, na qual a autora mostra todo o jogo político/econômico em que os interesses de uma pequena parcela da população, representados por personagens como James Taggart, Dr. Ferris, Chick Morrison, Sr. Thompson, Orren Boyle, dentre outros, se sobrepõe sobre todo um país, jogo no qual interesses privados colocam em risco a existência de toda uma sociedade.
Por outro lado, personagens como Hank Rearden, que trabalha exaustivamente e sempre se atrasa para ocasiões sociais, pelas quais não sente nenhum apreço. Personagem intrigante, que é capaz de dedicar todo dinheiro à família, mas que não se preocupar em dedicar sequer uma pequena parte de seu tempo à ela. Que apesar de todos os contratempos, continuar lutando e trabalhando por aquilo em que acredita.
Há vários personagens interessantes no livro, como o empresário James Taggart, dono de uma linha de ferrovias, que se aproveita da dedicação de sua irmã para ganhar status e poder, escondendo por trás do trabalho dela toda sua incompetência. Personagem que defende que as marcas (empresariais) são o que mais importa no mundo. Leva consigo o ditado "qualquer corrupto ganha dinheiro". Ganhar dinheiro é fácil, difícil mesmo é ter caráter, ter pessoas próximas que lhe valorizam pelo que você é e não pelo que você tem ou pelo que você demonstra.
Já Francisco D'anconia, herdeiro da maior fortuna no mundo do livro, decidiu quebrar economias de países inteiros simplesmente porque teve vontade de fazê-lo, embora o livro nos mostre que os motivos que o levou a tomar tal atitude talvez possam ser corretos.
Lilian Rearden, a mulher que se casa com o maior industrial estadunidense simplesmente para manter as aparências, que se configura apenas como um acessório ao seu marido. Mesmo após descobrir a traição dele, continua como figurante e não aceita de forma alguma o divórcio, apenas para não perder seu status social.
O livro, apesar de ser uma ficção, mostra como não há sinceridade entre a alta sociedade político/econômica, o que nos leva a refletir sobre o que acontece no Brasil atualmente. A sinceridade, independente do motivo ou de quem a expressa, leva a um estranhamento por não se estar acostumado à ela.
A intromissão do governo em assuntos privados e a compra do governo pelo setor privado também estão bem representados na leitura. Utiliza-se a chantagem para atingir objetivos particulares. Embora seja ficção, podemos ter uma ideia real do contexto que envolve negociações industriais/empresariais/governamentais.
A descoberta de um tipo especial de matéria-prima por um grande industrial faz com que o governo tome todas as medidas possíveis para se apropriar daquela descoberta. Aqueles que têm o poder político sempre estão em vantagem em relação aos demais, independente do nível em que estejam. Esses é que realmente desfrutam dos privilégios, é necessário desconfiar daqueles que afirmam fazer tudo pelo bem alheio. Sempre há interesses individuais envolvidos. Eles têm o chicote na mão e afirmam que gastam o nosso próprio dinheiro para o nosso próprio bem-estar. É triste perceber que muitas vezes, o talento com a retórica é mais importante do que o talento técnico para desempenhar alguma função. Saber usar as palavras se faz mais importante que saber usar as ferramentas.
Esses não querem se cercar de pessoas que pensam, mas tão somente de pessoas que apenas cumpram ordens. Aqueles que precisam se proteger usando a força para continuarem ocupando seus cargos, de forma alguma merecem ocupá-lo. O livro mostra como são montadas grandes, e eficientes, campanhas para desacreditar qualquer pessoa que vá contra os interesses do grupo dominante.
Outro aspecto bem demonstrado no livro é o fato de vários personagens esconderem suas emoções atrás de suas realizações materiais.
Aprende-se também que a impossibilidade pode ser apenas questão para que se mude o caminho através da visão de outras perspectivas sobre nossas próprias premissas.
Outro ensinamento importante é sobre o ódio a alguém, que muitas vezes é simplesmente o ódio a si mesmo por admirar algum aspecto em alguém que não se reconhece em si mesmo.
No campo da justiça, há reflexões do tipo: para quem servem as leis? Quais são os princípios existentes nas leis? Em alguns casos, o réu tem somente que manter a aparência de justiça quando seus direitos na verdade sequer são reconhecidos? Até que ponto e em quais casos as leis são legítimas? A justiça precisa da "cooperação" do réu para legitimar o processo judicial, isso ajuda disfarçar, nesses casos, a natureza dos atos.
Em relação à imprensa, nota-se como ela toma partido e dá evidência aos acontecimentos de acordo com suas próprias premissas, levando ao público notícias de interesse próprio sob a máscara de interesse público por aquilo.
Abre-se os olhos para o significado real de todo equipamento construído pelo homem. Ali não está somente uma máquina, mas sim todo um conjunto dos cérebros que construíram e que possibilitaram a construção daquilo.
A troca de favores é o que molda o mundo do livro, e por que duvidar que também molde o nosso? Há uma esperança, naqueles que se contrapõem ao modelo que está dado e que têm a capacidade de pensar, e acima de tudo a capacidade de realizar.
São muitas reflexões que o livro permite, são várias visões diferentes que nos traz. Para se ter o real entendimento sobre esses ensinamentos que estão presentes nessa várias e várias páginas, só lendo-o e realizando essa incrível viagem...

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Edméia 29/12/2017

A realidade ou os sonhos ? !
*E-book : “ A Revolta de Atlas “ .
*Autora : Ayn Rand.
*Editora : Arqueiro.
*Volume 1.

Este romance distópico narra a história de um grupo de pessoas muito inteligentes , ricas , poderosas que tentam sobreviver a um sistema político que através de leis , decretos , impedem os cientistas de darem continuidade às suas pesquisas e industriais , pessoas poderosas como Dagny Taggart e Hank Rearden de evoluírem com os próprios trabalhos.
Dagny é uma mulher de somente 35 anos de idade apesar da coragem , da indiscutível inteligência que a orienta e tem o cargo de uma famosa ferrovia nos E.U.A. : a Taggart Transcontinental.
Rearden é um homem com mais de 50 anos de idade , casado e dono de uma notável siderúrgica : Metal Rearden ! Ele inventou um tipo de metal que facilitou a vida de muitas pessoas , comerciantes no país !
Gostei muito de como a autora , Ayn Rand , descreve algumas paisagens , feições , sentimentos dos personagens , de um determinado período do dia , dos lugares ! Por exemplo , transcreverei aqui essas duas passagens :
“Ainda havia restos de sol no morro , mas uma névoa azulada já cobria o vale , e o vermelho e dourado das folhas se espalhava para o céu , para os lados do poente “. – (Página 318 ) –
“ ... uma luz difusa ainda iluminava o restaurante , como uma pequena poça que permanece na areia quando a maré baixa “.
- (Página 357 ) –
O primeiro volume é constituído por 10 capítulos e cada um possui entre 40 – 50 páginas ! É uma narrativa objetiva , prática,
com poucos discursos diretos e muita filosofia ! O livro faz você parar e pensar sobre o mundo no qual estamos inseridos , sobre as nossas escolhas , sobre quem somos e o que estamos querendo , precisando , almejando fazer aqui neste planeta Terra.
Estou aprendendo muito com Ayn Rand e a cada capítulo pego-me tentando adivinhar o que se sucedeu , o que está realmente acontecendo porque aos poucos , todos os comerciantes , cientistas , desaparecem ! É um verdadeiro mistério.
Dizem que este livro é uma leitura obrigatória para os jovens nas escolas dos Estados Unidos ! Compreendo , ele parece ser contra o regime socialista e a favor do capitalismo. Constatamos isto facilmente nos diálogos entre James Taggart , irmão de Dagny Taggart e presidente da Taggart Transcontinental !
James ou Jim , como Dagny , às vezes , se refere ao mesmo , é um sonhador , uma pessoa preocupada com os pequenos comerciantes ! Todavia , ele não possui a índole audaz , desbravadora , destemida de Dagny Taggart !
Fiquei estarrecida com o descaso que senti sobre a família de Rearden – assim como toda a sociedade de uma forma geral – em relação a ele ! Essas pessoas o veem como um ser antipático , antissocial e frio. Na verdade , eu o vejo como um gênio !!!
*Bom , já iniciei a leitura do volume 2 ! Ao todo, são três volumes ! Estou gostando muiiiiiiiiiiittttttooooo desse livro ! Recomendo.

Guaratinguetá , 29 de dezembro de 2017.



site: www.mesadeestudo.blogspot.com
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Júlio 28/10/2017

Liberdade
Comprei esse livro muito antes de saber do que se tratava, só porque vi em algum lugar que era o livro mais lido nos EUA depois da Bíblia. Ficou muito tempo parado em minha instante até que resolvi começar, e não parei mais. O livro conta a história de uma época bem parecida com esta, em que o Estado vem minando todos os meios de produção até que uma pessoa se levanta contra essa ditadura parando o motor do mundo, a inteligência humana.
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Café & Espadas 15/08/2014

Resenha A Revolta de Atlas
A Revolta de Atlas se consagrou como um clássico há muito tempo atrás. Quando foi publicado aqui no Brasil na década de 80, o livro já era considerado um dos mais importantes para a literatura americana. No entanto, mesmo com toda essa fama o precendo, eu não sabia muito bem o que me aguardava.

Já tinha lido alguma coisa sobre a sua autora, Ayn Rand, e sobre o seu posicionamento ideológico, social e político; e sobre o fato de a sua obra evidenciá-lo com muita transparência.

Já posso dizer de antemão, antes de expor minha opinião sobre essa obra magnífica, que a leitura de um livro como este, nos tempos de hoje e mais precisamente na época em que nos encontramos aqui no Brasil onde vemos embates políticos constantes tomando não só as redes sociais, mas a internet como um todo é muito pertinente. Principalmente, por ela ir violentamente ao encontro do pensamento de uma boa parte da maioria, nitidamente inclinada para as bases ideológicas de esquerda.

Vou falar um pouco mais sobre como a autora levanta o estandarte do individualismo na sua história e na construção dos seus personagens, mas antes quero ressaltar que não pretendo, em nenhum momento, discutir política aqui nesta resenha. Somente analiso a obra como literatura pura e simples, como vocês já devem estar acostumados. Deixo isso para blogs ou sites especializados no assunto.

Dito isso, vamos a história do primeiro volume de A Revolta de Atlas.

O livro nos leva de início a um Estados Unidos que não está localizado em um momento certo no tempo.

Decadente e com a sua economia em frangalhos, o país ainda resiste a uma crise global, onde as forças políticas da esquerda tomaram o poder e exercem cada vez mais pressão sobre os governantes americanos para que estes adotem políticas mais populistas e que minem o desenvolvimento individual e entreguem o progresso tecnológico nacional e o trabalho das cabeças pensantes que existem por trás dele nas mãos do governo.

As ruas estão abandonadas. Famílias vivem em situação miserável e a cada dia que avança, estabelecimentos comerciais e grandes industrias declaram falência. As grandes mentes da humanidade estão sumindo uma após a outra, misteriosamente, e não há nada que ninguém possa fazer com relação a isso.

Será esse o fim de uma das maiores nações capitalistas do mundo? Não é nisso que Dagny Taggart acredita.

Ela é a vice-presidente operacional da Taggart Transcontinental, a maior empresa ferroviária do país, que foi fundada pelo o seu avô, e vê a crise e a péssima administração do seu irmão, James Taggart, presidente da empresa, ameaçar a soberania e as finanças da transcontinental.

Tudo começa quando Dagny decide tomar as rédeas da ferrovia definitivamente e se arriscar na compra de novos trilhos - feitos de uma liga metálica recém inventada - para a recuperação de uma linha de suma importância não só para a sua empresa mas para todo o comércio do país. Este novo metal (chamado de Metal Rearden) foi desenvolvido por Henry Hank Rearden, um grande magnata e um gênio da siderurgia.

A luta de Dagny para reerguer a sua companhia acaba se tornando uma luta pela recuperação e progresso da economia americana, baseando-se no livre comércio, e muitos aliados se unem a ela nesta causa. Mas a batalha não será tão simples assim, e os grandes poderosos incluindo o seu irmão James irão fazer oposições severas e usarão de todos os artifícios para pararem suas ambições.

Alguns poderão até questionar se esse livro realmente se encaixa na temática desse blog, já que o seu cunho político e sua volumosa carga de referências as ciências econômicas é muito marcante. A primeira vista até eu mesmo me questionei sobre isso. Mas logo vi que me enganei em pensar isso.
O Estados Unidos criado pela autora saturado, com um governo que age mais como um deteriorador social transvestido de populista se encaixa perfeitamente no gênero de distopia. Somando-se a isso os elementos básicos de ficção científica que são facilmente notáveis, como os avanços tecnológicos retratados na obra.
Uma das várias virtudes literárias dessa obra é a forma como Ayn Rand conduz sua trama. Uma linguagem eloquente, diálogos profundos e primorosos, com ótimas doses filosóficas que colocam o leitor no centro de ótimos debates do tipo capitalismo X socialismo. O desenrolar dos acontecimentos e a forma como eles se sucedem é tão cativante que a cada reviravolta implacável, simplesmente somos surpreendidos com uma atitude inesperada de algum dos personagens. Personagens esses que são um espetáculo à parte.

São praticamente obras primas dentro de uma outra obra prima. Fortes, com mentes vigorosas e respostas ácidas e chocantes para quaisquer questionamentos feitos a eles. Personagens sem nenhum traço clichê, por mais que o estereótipo de "gênio" e "dama de ferro" sejam comuns, podemos notar como a autora os difere, mostrando que nada é absoluto, e por mais forte que eles sejam, têm suas fraquezas e defeitos.

Dagny é uma mulher de fibra, que defende vários ideais feministas vigentes na época dos meados do século XX, como a destruição da concepção de que a mulher foi feita para o lar, e que nunca poderia atuar no mundo dos negócios. E para provar isso, ela começa de baixo. Sem precisar pisar ou destruir nada nem ninguém. Somente galgando cada degrau, com extrema eficiência e domínio do seu ofício. É daquele tipo de personagem que podemos levar como exemplo para nossas próprias vidas.

Hank, é um gênio dentro da sua área e um empreendedor brilhante que vive um conflito cruel com a sua própria família, que nunca compreende o seu afinco por tudo que conquistou. Desprezo que ele interpreta como medo e inveja por não terem se esforçado o bastante para conseguir algo parecido.

Francisco D'Anconia vai de encontro a dureza de caráter e integridade dos outros dois. Mesmo sendo um gênio nos negócios e em tudo o que ele se mete a fazer... ele se torna um ricaço esnobe e fanfarrão, que desperdiça seu talento e fortuna em festas e luxúria. Mas tudo indica que há um motivo oculto para toda essa transformação.

A trama se sustenta principalmente nesses três personagens, os quais a autora faz questão de mostrar suas origens em flahsbacks, de forma muito precisa. No momento certo da narrativa, sem atrapalhar o andamento ou tornar a leitura maçante. Vale ressaltar como são bem elaboradas essas origens, como são ótimos esses personagens criados pela Ayn Rand...

Sobre a edição: a Editora Arqueiro produziu uma diagramação simples e ao mesmo tempo muito informativa. Os três volumes possuem capas iguais, e vieram em um belo box personalizado. O livro não e muito volumoso, como mencionei, porém a sua mancha gráfica (o espaço que as palavras ocupam nas páginas) é grande, o que torna a leitura um pouco lenta. Nada comprometedor, visto o papel de qualidade excelente e as orelhas que trazem muitas informações sobre o livro e sobre a autora.

É complicado resumir a qualidade dessa obra em poucas palavras ou parágrafos.

Em alguns momentos, a autora subitamente estrutura sua narrativa de uma forma a fazer o leitor entender e sentir como a mente dos seus personagens funciona diante das situações as quais são obrigados a conviver.

A escrita de Ayn Rand assume uma nova dimensão, que cruza a zona limítrofe das narrativas convencionais (em 1ª ou 3ª pessoa) e cria uma experiência quase sensorial, ministrada com virtuosismo único, com o domínio não só da escrita, mas também - por meio da sua narrativa magistral - da capacidade de interpretação do leitor.

Ler a forma como os seus personagens encaram suas dualidades e seus desejos mais íntimos, contrastando com a imponência e suas frias tomadas de decisões será um deleite para os leitores que desejam sair da leitura água com açúcar, e conhecer uma história digna de estar no hall das grandes obras literárias da humanidade.

A obra vai muito além da pergunta Quem é John Galt?.

Ela é um brado contra o fim da liberdade de crescimento, contra o conformismo e a hipocrisia, contra a imposição de limites em todos os níveis - pelos menos capacitados. E uma merecida homenagem a todos os indivíduos que - assim como o titã Atlas carregam em suas costas o fardo de ter uma visão além de seu tempo, que sempre será minada por quem não a possui.

Digo sem medo: um dos melhores livros que já li na vida. Ótimo saber que esse foi só o primeiro volume da trilogia. Recomendo fortemente a leitura de A Revolta de Atlas.


site: http://cafeeespadas.blogspot.com.br/2014/08/resenha-revolta-de-atlas-volume-i.html
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Rita Nunes 12/02/2013

Para refletir.
O livro conta uma história, mas ele é muito mais do que a história. É um livro complexo, em que é preciso ler as entrelinhas. Captar a mensagem. Fala de um mundo que está caminhando para uma espécie de socialismo, em que as pessoas mais criativas e bem sucedidas são tolhidas para que a massa possa acompanhá-las. Fala sobre a estagnação que isso gera no mundo. Nos faz pensar sobre os nossos valores, a ética, o humanismo, e o que é necessário afinal para o progresso de uma nação e de seu povo.
Durante o livro, eu tive a impressão que não estava captando a mensagem. Mas ao final, acho que entendi. Entendi o mistério de D'Anconia e do desaparecimento de tantas pessoas importantes. Logo lerei as continuações para ver se tenho razão.
Por fim, deixo uma das principais citações do livro: "Pela própria essência e natureza da existência, as contradições não podem existir. Ao se deparar com uma aparente contradição, verifique suas premissas. Uma delas há de estar errada."
Recomendadíssimo!
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Eliezer Shigueo 06/04/2015

Review
A Revolta de Atlas, foi publicado pela primeira vez em 1957, e no Brasil apenas em 1987. A autora, Ayn Rand é natural da Russia, e este livro, é considerado por muitos críticos a obra prima de ficção dessa autora.

No Brasil, ele foi publicado inicialmente como “Quem é John Galt?” e em 2010, foi relançado com o nome de “A revolta de Atlas”(divido em 3 livros). A autora utiliza uma narrativa recheada de romance e mistérios para mostrar questões filosóficas, políticas e econômicas.

Ele é considerado o livro mais influente dos Estados Unidos, depois da Bíblia.

Acabei de ler o primeiro livro, achei ele tão bom que resolvi que tinha que compartilhar agora minhas impressões, antes mesmo de terminar a trilogia. Portanto, os comentários se restringirão a mitologia do primeiro livro.

Inicialmente, a autoria nos mostra de uma forma romanceada, a história de grandes empreendedores, destacando dois personagens como protagonistas: Dagny Taggart, que é a herdeira de uma empresa ferroviária; Hank Hearden, um empresário dono de uma siderúrgica, que inventa um novo metal, batizado de Hearden(mais forte, mais leve e mais resistente do que o aço). Os dois juntos começam a revolucionar o mundo em que vivem, para melhor.

Porém, ao longo da leitura, vamos percebendo que esses empreendedores, começam a sofrer muitas retaliações por parte do governo. Retaliações por terem boas idéias, produzirem riqueza para eles, para os funcionários, sociedade e governo.

Os dois personagens principais, são exímios administradores, têm ideias, executam e conseguem exito comercial. E, o governo, decidi taxar essas boas ideias, boicotando indiretamente a produção, dizendo que é papel deles “regular o mercado” e “não deixar que ocorra uma concorrência desleal”. Qualquer semelhança com a realidade, não é mera coincidência.

Começamos a perceber que já no livro 1, já descobrimos o porque do nome: quanto mais ideias eles tem, quanto mais eles produzem e quanto mais a sociedade se beneficia, mais o peso do mundo começa a sobrecarregar sobre eles (na forma de impostos e medidas do governo), fazendo com que em algum momento, eles resolvam se rebelar, com o sistema.

(Na mitologia Grega, Atlas é um dos titãs, ele foi condenado por Zeus, para sustentar os céuas para sempre.)

Começa a se perceber que, no livro, a política social que inicia o desenvolvimento naquele mundo, vai destruir a iniciativa pessoal, porque ela é contra a lucratividade, e consequentemente o mundo entrará em colapso.

O livro é usado por Ayn Rand para desenvolver o Objetivismo, teoria onde defende o Capitalismo, o Individualismo e o Racionalismo, e mostra os erros da regulação excessiva do governo e de políticas socialistas e assistencialistas.

Gosto muito de ler, seja ficção ou não ficção. Sou muito ligado com empreendedorismo, e quando comecei a ler esse livro, já gostei desde a primeira linha: filosofia, mistério, gestão, biografias de grandes empreendedores – ainda que fictícios – politica, tudo dosado na medida certa.

O livro é excelente porque mostra as ideias erradas do socialismo e os de governo que beiram a isso: com muita regulamentação na economia, e muito assistencialismo. O empreendedorismo, as boas ideias e o lucro são mostrados como a força que impulsiona a sociedade, o ser humano, levando todos a prosperidade.

Tem como não concordar?

site: https://empreendendoaprendendo.wordpress.com/2014/09/19/review-a-revolta-de-atlas/
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Rodrigo 12/04/2015

Um dos melhores.
Este é outro livro que me deu canseira, é uma trilogia fantástica, valeu a pena, foram um livro por ano, mas é interessante, vale a pena.
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Mauricio 22/06/2015

Melhor livro que li em 2015
Um livro escrito em 1940 muito atual. Retrata as mazelas de governos, com uma visão equivocada do empresariado e do capitalismo. Sensacional livro!
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