O Idiota

O Idiota Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Idiota


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Caroline Vital 27/11/2023

Muito bom. Aquele típico dramalhão novelesco bem escrito de Dostô. E o príncipe nem é um idiota, é só ingênuo e extremamente sincero, o que não é bem visto pela sociedade de tantas pessoas fúteis e ruins.
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bardo 25/11/2023

Talvez a primeira advertência a ser feita com relação a essa obra de Dostoiévski é que essa não pode ser em hipótese alguma a primeira leitura de um leitor que queira conhecer o autor. A impressão que tenho é que Dostoiévski quis fazer várias coisas aqui, me pergunto se todas com sucesso. O livro é um tanto inchado e arrastado, tranquilamente se poderia contar umas cem páginas e alguns personagens sem prejuízos.
Temos uma sátira social ácida e amarga, o grande problema é que o leitor moderno não tem a referência de quem o autor quer satirizar, a aristocracia apresentada só nos parece fútil, exagerada, extremamente pedante e irritante. O excesso de afetação nos transporta direto para uma “novela mexicana” sem alívios cômicos.
A obra também é uma releitura à moda dostoiévskiana de Cristo e este mesclado com Dom Quixote. Por mais que tal relação seja escancarada, Míchkin é muito mais um Cristo idealizado do que qualquer outra coisa e vale dizer que uma idealização bastante irritante: temos um personagem de pura bondade e inocência.
Para nós leitores Míchkin é um personagem impossível e irritante, que não nos inspira compaixão, sua bondade beira a completa estupidez. Ao mesmo tempo o personagem possuí uma sagacidade que beira à maldade, sendo simplesmente incompreensível. O memo vale para os demais integrantes do quarteto principal da trama. A impressão de uma releitura de Cristo, é reforçada não só pelas inúmeras referências textuais à Escritura, mas também porque podermos identificar ao longo da obra: Madalena, Judas, João, só para citar nos mais óbvios.
Pode acontecer que em dado ponto o leitor se dê conta de que talvez o debate principal da obra não seja exatamente ser bom num mundo mal e hipócrita. Talvez a pergunta do autor seja muito mais grave e difícil, que todo o melodrama sirva para mascarar um atrevimento quase imoral: Se estamos todos debaixo de uma sentença de morte postergada (e a vida nada mais é do que isso) será que vale mesmo a pena viver?
Em suma, O Idiota é um livro prolixo, inchado, que vai irritar o leitor, talvez mesmo fazê-lo abandonar a leitura, mas para além de todos esses obstáculos levanta questões complexas e perturbadoras.
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Willian 20/11/2023

O livro é muito bem escrito (pelo menos nessa tradução da Penguin, a leitura flui com facilidade), tem dialógos e cenas inesquecíveis, mas no geral fica uma prateleira abaixo das duas obras-primas do autor.

Durante toda a leitura, em nenhum momento consegui simpatizar ou antipatizar com qualquer personagem. Aparte as questões filosóficas, todos me pareceram unidimensionais e previsíveis. O príncipe eu não sei se pode ser considerado um idiota ou alguém muito sagaz. Nastássia mais parecia um personagem de novela ruim, de tão caricata. Menos mal que pouco apareceu nessas 950 páginas. Aglaia, mesmo com toda a birra de menina mimada, também não conseguiu me irritar. Só achei ela entediante. Dos demais personagens, talvez Rogójin seja o mais destacado (se bem que nem o que ele fez pareceu ter aquele clímax todo).

Não sei, ficou uma sensação de que Dostoiévski esqueceu de colocar algum ingrediente nessa mistura. Ficou um livro meio "chocho" para os padrões do autor, não tem aquela carga psicológica de Crime e Castigo, tampouco a grandiosidade dos eventos de Os irmãos Karamázov. Mas, mesmo assim, ainda é melhor do que muita coisa que se vende hoje em dia.

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Leonardo1083 18/10/2023

Idiota
Esperava mais, pela fama! Achei o perfil do nosso protagonista bem superficial!
Talvez tenha sido questão de expectativa.
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PatriciaLima_autora 17/10/2023

Ela roubou a cena!
Nastácia Filíppovna rouba a cena em O Idiota, um dos maiores romances de Fiódor Dostoiévski.

Complexa, amada e desprezada por homens de interesses comuns e alheios, Nastácia Filíppovna salta das páginas de O Idiota e se consagra entre as mais interessantes heroínas da Literatura russa. Sua turbulenta presença sacode uma história de inúmeros personagens ante a calmaria monocórdica de seu protagonista.

“- Tem um rosto maravilhoso. E percebo que a história dela não é uma história comum. É um rosto prazenteiro. Mas não teria ele passado já por terríveis sofrimentos? Os seus olhos nos dizem isto, e as suas faces, e este trecho debaixo dos olhos! É um rosto altivo, pasmosamente orgulhoso, mas não sei se ela tem bom coração! Se tiver, ah!... Isso a redimiria!”

Foi assim, apenas a lançar os olhos sobre o retrato de uma estranha, que Liév Nikoláievitch Míchkin, o jovial e cortês idiota, descreveu esta fascinante mulher de infinitos adjetivos.

Já Tótskii, ao reencontrar sua protegida, deparou-se com uma nova figura desconhecida e aterrorizante, “pois viu diante dele, sentada, uma mulher inteiramente outra. E essa nova mulher demonstrou, em primeiro lugar, conhecer e compreender muito - mas muito! - da vida e do mundo. (...) E o que é mais, sabia mesmo o aspecto legal de certas coisas e tinha um conhecimento categórico, se não do mundo, pelo menos de como as coisas são feitas no mundo. Em segundo lugar, não havia nada da timidez nem da incerteza da menina de colégio, umas vezes fascinante em sua original simplicidade tão jovial, outras vezes melancólica e sonhadora, estupefata e desconfiada, lacrimosa e difícil. Sim, era uma nova e surpreendente criatura que ria no rosto dele e que lhe atirava venenosos sarcasmos, abertamente declarando que nunca tivera outro sentimento por ele, em seu coração, senão desprezo e repugnância."

Um autor russo. Uma diva. Uma trama de reveses. Uma leitura fascinante.

site: https://www.instagram.com/p/CNN_9IaDRZM/?utm_source=ig_web_copy_link&igshid=MzRlODBiNWFlZA==
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sophia 09/10/2023

Liev você é maravilhoso
Misturando Dom Quixote com Jesus, Dostoyevsky cria o questionamento de como uma pessoa genuinamente boa seria tratada na época, como forma de crítica. O idiota que não tem nada de idiota, mas deixa as pessoas passarem por cima dele pois ele sabe que elas provavelmente precisam fzr isso mais doq ele
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joaoggur 24/09/2023

Idiota; aquele que é conivente perante a podridão mundana.
Tolstoi definira ?O Idiota? como ?caótico?. Não consigo achar nenhum outro adjetivo que melhor pode exprimir os sentimentos ao lê-lo.

Como toda a obra Dostoiévskiana, acompanhamos um personagem principal (O Príncipe Michkin, uma especie de ?Dom Quixote Cristão-Ortodoxo) e vários outros personagens que o acompanham, adentrando e saindo de sua vida pelos mais variados motivos.

A ?idiotice? do personagem principal, apelido que até nomeia o livro, é o ponto mais interessante da obra. O autor, tal como em todas as suas ?Magnum opus?, dispõe-se não só de mostrar a podridão humana, mas estudar seus radicais (digo, entender a raiz de tais pensamentos e atos).

O protagonista é completamente deslocado da sociedade, um homem sem qualquer habilidade social, somado a sua ingenuidade e seus constantes ataques epiléticos. Se observarmos de caráter elitista, isto é, observarmos de uma perspectiva burguesa (onde o personagem está incluso, mas não inserido?), ele é um completo pária. A ingenuidade não tem vês em um contexto de ardis. Por diversas vezes o príncipe é renegado, tido como louco, incapaz de casar-se e, acima de tudo, não percebe este estigma posto em seus ombros. Tudo isso torna-o, idiota.

Não é uma leitura fácil. Sinto que, para se ler Dostoiévski, precisa de uma extensa bagagem literária; não só dado ao fato que ?não vale a pena começar a refeição com a sobremesa?, mas sim a perspicácia do autor ao não temer mostrar da sofreguidão (ademais, o sentimento de achar alegorias na história é imenso; tal como é difícil acompanhar os questionamentos morais, filosóficos, sociológicos e religiosos aqui presentes). Há uma pluralidade de personagens (que muitas vezes ?enroscam em si mesmos?; admito que por diversas vezes tive dificuldade de saber quem estava falando, ou sequer sabia ?aonde estavam na (s) árvore (s) genealógica (s)?.), e cada um representa alguma punção humana. O final é arrebatador (e o plot twist é intenso), mas falar que é uma batalha fácil chegar nas últimas páginas é uma calunia.
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Marion 15/09/2023

O coitadinho
Conta a história de um príncipe muito bonzinho que chega do nada no meio de um círculo russo. Final arrebatador.
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Gabriel Santos 07/09/2023

O Idiota
Bom, por onde começar? Esta obra de arte escrita por Fiodor Dostoievski onde seguimos a acompanhar a vida de um Príncipe chamado Liév Nikoláievitch Míchkin, Míchkin tem uma paixão imensa por Nastássia Filíppovna. Ao longo do livro o Míchkin há tendência de sofrer crises, estas crises que são obra da epilepsia terminam a dar um toque de perturbação ao mesmo. Filíppovna não se trata de uma dama normal também, não passa de uma louca, onde tem medo do príncipe e acaba a ter momentos de surto durante o livro. O que temos como base é que o príncipe é uma pessoa adorável, inteligente, simpático e ingênuo. As pessoas usam de sua boa vontade para no final ele se tornar um idiota através da boca de tais seres. Sem palavras, apenas leiam !!!
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Gualberto.Junior 20/08/2023

O idiota é uma obra extraordinária que vasculha as profundezas da mente humana através de seu protagonista, o Príncipe Michkin. Este romance escancara a corrupção e decadência moral da sociedade russa da época, inserindo em seu meio a figura de um idiota, o Príncipe Liév Nikoláievitch Michkin, que surge como uma nota dissonante a iluminar a podridão por trás das aparências. O texto explora muitas formas diferentes de relacionamentos humanos e sua problemática, discute a fé e o ceticismo, alude ao racional e o insano, e evidencia as complexidades do amor. Imperdível!!!
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Cris 19/08/2023

Ótimo
É aquilo clássico é clássico. É o terceiro livro que leio de Dostoiévski, não foi o que mais gostei, mas eu adorei. Às vezes se tornou uma leitura arrastada, cansativa. Mas no geral gostei muito e recomendo.
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DanseMacabries 09/08/2023

Idiota!
Nossa, que leitura! Todo o contato com as obras de Dostoiévski que eu tive até o momento não decepcionou. E não poderia ser diferente com ?O idiota?. Uma obra completa, expressa por meio de tom autobiográfico, em que o autor veicula suas convictas opiniões, por meio de narrações, diálogos e discussões. Opiniões essas que permeiam campos religiosos, de costumes, filosóficos e psicológicos. Seu personagem principal, o príncipe Míchkin, de natureza pura e sincera, é confrontado por uma Rússia secular e, de acordo com o autor, influenciada por idéias estrangeiras, que não fazem jus ao nacionalismo ideal de Míchkin.
Esse romance é um dos mais sinceros que já li, não havendo espaço para ironias ou contradições. É, também, muito bem escrito e bastante denso (essa versão que adquiri possui mais de 900 páginas), e por ser denso acaba sendo desafiador chegar ao seu fim, mas eu não desistiria dessa leitura por nada, é um ótimo livro.
Por mais que eu tenha certo contato com filosofia e literatura, alguns dos diálogos entre os personagens foram difíceis para eu acompanhar, principalmente pelo tom quase até ?de sonho? da narração de Dostoiévski. Foram horas que eu tentei absorver as ideias de alguns personagens e tentei compreende-los. Tenho certeza que daqui a um tempo, quando eu tiver uma carga maior, vou voltar a esse livro com outros olhos, porém minha leitura foi mais que proveitosa.
O enredo do livro pode ser considerado até simples, pois são os diálogos entre os personagens, nos quais Dostoiévski veicula seu modo de pensar e suas críticas, que te prendem e te fazem pensar. Por mais que seja um livro antigo, ainda possui relevância na sociedade atual.
Além disso, nada te prepara pro final do livro. Seu ritmo febril te faz delirar junto com o personagem principal, e a grandiosidade do autor faz jus ao que todos dizem.
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