O lobo da estepe

O lobo da estepe Hermann Hesse




Resenhas - O Lobo da Estepe


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Gabriel 14/06/2021

O maravilhoso Lobo da Estepe
Comecei a ler esse livro por influência de Clarice e, devo dizer, tive altos e baixos no decorrer da leitura!
O prefácio e o tratado do Lobo da estepe foram partes do livro que me pegaram demais, não conseguia parar de ler; em especial, adorei a Herminia, personagem MARAVILHOSA que surge no meio da narrativa. Em geral, as partes que mostram a visão externa sobre o Harry são as mais interessantes e profundas; as demais, evidentemente, mostram um enredo que não merece toda a introspecção que sucede. Ademais, eu me peguei pensando no meio da leitura que esse era o meu livro favorito e, infelizmente, acabei por dar 3,5 estrelas para a obra: são os altos e baixos que o Hesse nos causa com sua escrita!
Vou deixar abaixo um pequeno trecho do prefácio, onde um personagem externo nos fala sobre sua impressão sobre o ambiente religioso em que Harry foi supostamente educado:
?Em vez de destruir sua personalidade, conseguiu aprender somente a odiar a si mesmo. Contra si próprio, contra esse objeto nobre e inocente, dirigiu a vida inteira toda a genialidade de sua fantasia, toda a força de seu poderoso pensamento. Foi precisamente através de Cristo e dos mártires que aprendeu a lançar contra si próprio, antes de mais nada, cada severidade, cada censura, cada maldade, cada ódio de que era capaz. No que respeitava aos outros, ao mundo em redor, sempre estava fazendo os esforços mais heróicos e sérios para amá-los, para ser justo com eles, para não fazê-los sofrer, pois o ?Amarás teu próximo!? estava tão entranhado em sua alma como o ?Odiar-se a si mesmo!? [?]?
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Bia 24/05/2022

O tropo do burguês insatisfeito?
Hermann Hesse já alertou: pessoas mais velhas provavelmente compreendem melhor o sentido da obra. Talvez eu tenha entendido tudo errado, mas minha identificação com esses personagens e essa história foi instantânea. É um livro que tem como ponto de partida o cansaço, o tédio, a desilusão; através de um personagem extremamente contraditório em suas negativas à vida burguesa na qual está imerso, tão idólatra quanto abnegado de si, reencontrando a vida. Isso, complementado por uma narrativa bastante bem ambientada, consegue nos transmitir a loucura e a angústia de se permitir uma existência múltipla.
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Laura 07/03/2022

Demian 2
É muito fácil reconhecer um livro do Hermann Hesse, ele possui uma filosofia e uma forma de inserir suas crenças dentro de seus livro muito únicas, além de trazer sua visão de mundo que sempre me instiga muito. Realmente, Hermann Hesse é um autor único.
Eu diria que O Lobo da Estepe é a filosofia apresentada em Demian depois de muita fermentação, um livro completa o outro de forma muito interessante.
Vale muito a leitura, mas com paciência, O Lobo da Estepe é, de forma clara, uma narrativa mais madura em relação à Demian, o que o faz perder um pouco do dinamismo e, na minha opinião, um pouco do brilho que me encantou tanto em Demian.
Em suma, um livro muito bom para nós trazer novos questionamentos, se lido com calma.
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Natasha.Louredo 25/01/2022

Um lobo solitário
A narrativa da história explora o olhar externo do coletivo e a análise da dinâmica do universo interno, psicológico, do ser em análise, no caso, o personagem principal, Harry Haller. As iniciais HH remetem diretamente a um caráter autobiográfico, sendo apenas uma das ?brincadeiras? de estilo do autor, mostrando para nós que há uma projeção pessoal sobre a obra.

Na obra ?O lobo da estepe?, o protagonista é um brilhante intelectual recatado, que não possui facilidade em se socializar com outras pessoas devido a sua timidez. Harry acredita que sua integridade moral está atrelada ao isolamento e ao consumo inveterado de Goethe e Mozart.

A obra nos leva ao mundo de Harry, seus pensamentos e sentimentos. Ele é um ser solitário que não consegue encontrar seu lugar no mundo, nos convida à refletir sobre encontrar o sentido da vida em uma sociedade moderna, uma sociedade de massas na qual não parece haver lugar para intelectuais ou pessoas diferentes.
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Paulo 12/06/2023

Alice no País das Maravilhas 50+
Não.
Eu e meu problema em criar expectativas elevadíssimas em cima de alguma coisa e depois despencar de lá de cima.
Na minha conjectura, esse livro iria se esmiuçar e abrir largos nacos de explicações internas. Caminhar pela estepe da solidão e me fazer conectar com o mesmo sentimento.
Mas não.
O livro nada mais é que um Alice no País das Maravilhas para 50 plus!
No começo, você até se pega sendo levado pela reclusão do personagem e sua solidão, mas antes mesmo da metade do livro, ele já muda todo o sentido e fica focando no amor... no final das contas, o livro se resume a uma sentença do filme A Árvore da Vida, "... the only way to be happy is to love. Unless you love, your life will flash by.".
Sem segredos e sem desvendar meandros da solidão, esse livro é sobre o amor e sobre alguém que quebrou com os grilhões do passado e passou a apreciar o presente.
Algo interessante foi que, pesquisando, achei que o animal lobo da estepe é uma subespécie, ou seja, é algo totalmente à parte. Isso traz o sentimento de alguém à margem da sociedade mesmo, o que ficou legal.
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Paulo.Victor 10/03/2023

O livro mais fraco de Hermann Hesse?
De todos os livros do autor que li até agora, este foi o único que me deixou bastante incomodado. Achei o formato estranho, desde "o tratado do lobo da estepe" até mesmo os escritos de Haller, excessivamente maçantes. Não é definitivamente um livro ruim, tem suas partes boas, principalmente sobre o que fala no tocante à diversidade da personalidade humana. Acho que faltou um desfecho melhor na história, acaba muito abruptamente, cheio de psicodelia barata.
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Victória de Castro 22/03/2022

Trechos preferidos
?Então desesperado, tenho de escapar a outras regiões, se possível o caminho do prazer, senão o caminho da dor.Quando não encontro nem um nem outro e respiro a morna mediocridade dos dias chamados bons, sinto-me tão dolorido e miserável em minha alma infantil, que atiro a enferrujada lira do agradecimento à cara satisfeita do sonolento deus?

?Pois o que eu odiava mais profundamente e maldizia mais, era aquela satisfação, aquela saúde, aquela comodidade, esse otimismo bem cuidado dos cidadãos, essa educação adiposa e saudável do medíocre, do normal, do acomodado?

?E que tudo isto, como hoje os primórdios do rádio, só servirá ao homem para fugir de si mesmo e de sua meta e envolver-se numa rede cada vez mais cerrada de distrações e ocupações inúteis?

?Era uma vez um certo Harry, chamado Lobo da Estepe. Andava sobre duas pernas, usava roupas e era um homem, mas não obstante era também um lobo das estepes. Havia aprendido uma boa parte de tudo quanto as pessoas de bom entendimento podem aprender, e era bastante ponderado. O que não havia aprendido, entretanto, era o seguinte: estar contente consigo mesmo e com sua própria vida?.
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Érica 02/03/2022

Um sonho muito louco
Q loucura esse livro. O teatro mágico muitos associam ao mundo do efeito das drogas, eu associei ao mundo dos sonhos. Uma história simbólica e surreal. Gostei da teoria das múltiplas personalidades como peças de um jogo de xadrez, que seria o jogo da vida. Porém, no geral, não gostei muito do livro. Consolo-me com o posfácio em q o próprio autor diz ter percebido q muitas vezes o livro foi mais compreendido por quem o rejeitou do q por quem diz ter gostado. Não acho q tenha compreendido tanto assim, e creio até ser impossível compreeendê-lo com apenas uma leitura, mas não me proponho a ler novamente.
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Vinder 12/04/2022

Ótimo livro sobre reflexões sobre a vida, sofrimentos, desejos. E o quanto somos diversos, num único ser, e suas várias possibilidades.
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Daiane316 09/05/2023

"Só para loucos... só para raros..."
"E eis que escolhi um dia um livro chamado O lobo da estepe, de Hermann Hesse (...) O livro, que li cada vez mais deslumbrada, era de aventura, sim, mas outras aventuras. E eu, que já escrevia pequenos contos, dos 13 aos 14 anos fui germinada por Hermann Hesse e comecei a escrever um longo conto imitando-o: a viagem interior me fascinava. Eu havia entrado em contato com a grande literatura." Essa declaração é de Clarice Lispector, e eu com certeza não poderia estar mais de acordo com suas palavras.
Que obra!!
Hesse nos transporta a uma viagem de autoconhecimento, nem sempre muito agradável; conhecemos Harry Haller, supondo que esse seja um alter ego do próprio autor, uma parte dele, nos é transmitida através de seus dramas existenciais, que tb eram vivenciados por Hesse nesse período de sua vida.
O texto abarca dilemas de erudição e choque de culturas, diante da melancolia de tempos sombrios pós primeira guerra e com a proximidade da segunda., traz reflexões sobre o nosso lugar nessa vida, e de que certas coisas temos que apreciar com leveza. A todos introvertidos e os que sentem deslocados, assim como eu sou, esse livro é um espelho de dores, prazeres e é empático com nossos sentimentos, me senti acolhida e rendida à história. O lobo da estepe é uma obra de redenção onde o lobo e o homem se veem não como sendo apenas um lado dominante, mas sim únicos e multifacetados; vivemos muitas vidas e experienciamos outras tantas em apenas uma existência. Uma obra inesgotável.
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Ezequiel.Cesar 22/03/2023

Simplesmente incrível!
Uma história que me sacudiu do começo ao fim!
Leitura extremamente viciante que faz-nos refletir muito mais sobre a vida.
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Gabi Martins 17/02/2023

Filosófico
Eu li esse livro em 2017 e resolvi ler agora de novo, pois lembro que em 2017 eu não entendi nada. Agora o que eu posso dizer é: do conjunto todo, não entendi nada kkkkkk
Sinceramente passei o livro todo achando q ele era um drogado e estava imaginando tudo aquilo.
No final parece ser realmente isso, pois é cidado que ele matou uma pessoa ilusória com um punhal ilusório. Mas pode ele aprender mais e desejar mais algo dentro de si mesmo?
O livro é bem filosófico, em muitos momentos te incitando a pensar sobre a vida, em vários momentos me identifiquei com o lobo da estepe, ora se identificando como um ser civilizado (homem), ora como um selvagem (lobo). Acho que, com base no texto do autor no final do livro, nunca será possível entender de todo o lobo da estepe, mas a cada leitura é possível perceber novas nuances. Creio não ser um livro para se ler uma única vez, já li duas e pretendo ler novamente no futuro.
É um livro interessante, com uma linguagem difícil, acho que minha com autores alemães é complicada, porque Kafka também me deixou perdidinha.
Carol Martins 02/04/2023minha estante
Resenha perfeita! ??




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