A vida breve

A vida breve Juan Carlos Onetti




Resenhas - A Vida Breve


7 encontrados | exibindo 1 a 7


aline203 13/03/2024

Cansativo
Não resta dúvidas do dom da escrita de Juan Carlos Onetti. Ele consegue descrever um simples mormaço da forma mais poética que você já leu. É um mestre na escolha das palavras. 

Dito isso, vamos às minhas verdades.

O livro tem uma atmosfera meio triste, meio pessimista, com um mormaço e uma chuva que nunca chega.

Definitivamente não é um livro para distraídos. O autor brinca de vai e vem com o fluxo de consciência de 3 personagens (que no fundo são a mesma pessoa): O personagem principal Juan Maria Brausen, publicitário e escritor; Diaz Grey que é um personagem do livro de Brausen; e Arce que é uma dissociação que Brausen inventa de si mesmo.

O livro poderia ser menor, adorei o início, mas depois a leitura foi ficando maçante, cansativa e repetitiva.

E modo geral, esse livro cai no clichê do autor homem com personagens homens e uns problemas repetitivos masculinos já abordado muitas e muitas vezes na literatura.
comentários(0)comente



Silvana (@delivroemlivro) 21/03/2019

Um comentário breve
Vai do nada a lugar nenhum. Um livro que peca por excesso. Sobre o tédio e a falta de sentido da vida. Há algumas boas reflexões porém, altamente tedioso. Melhor aproveitado se fosse um conto.
comentários(0)comente



Adriano.Santos 03/12/2017

Folhas
uma verdadeira epopéia da criatividade Humana em meio a solidão
comentários(0)comente



Tatiane Francisco 18/07/2017

Este livro me dividiu muito, em alguns momentos eu senti um amor imenso pela história e pelos personagens e em outros momentos bastante raiva HAHAH. É uma leitura bem densa e pesada porém ela é extremamente bem construida, me fascinou a incrivel habilidade de onneti de conseguir construir três histórias dentro de apenas uma, e como as três histórias se entrelaçam para trazer sentido uma a outra. Gostei muito dos personagens, e achei que existe um quê fascinante de loucura dentro dela (afinal quem de nós é normal né? rs) , na maneira como o personagem principal cria dentro de sua cabeça e fora também, outros personagens para fugir de sua realidade e viver o que realmente gostaria de viver. Uma leitura um tanto quanto cansativa, mas incrivel e totalmente fora da minha zona de conforto. Super recomendo !!
comentários(0)comente



Cristiano.Vituri 29/12/2014

3 histórias em uma. Onetti já confunde o leitor mais desatento logo de cara. O protagonista Jose Maria Brausen, é também Arce e esse conta a história do médico Diaz Grey. Confuso? Sim. Durante a leitura a sensação é de estar no apartamento ao lado onde a prostituta Queca realiza seus programas, a parede delgada abre caminho para a riqueza de detalhes (físicos, móveis e sensoriais) da escrita do autor. Onetti se posiciona entre os autores que desmascaram a mísera realidade do homem, segue os passos de Joyce, Faulkner, Sartre e caminha lado a lado com Beckett, o homem aqui esta fadado ao erro, ao fracasso. Leitura e livro valiosíssimos para encarar o existencialismo, e colocar os pés no chão, pra quem gosta, um prato cheio.
comentários(0)comente



ThaísC 28/02/2011

É, Sr. Onetti, tirando alguns trechos interessantes, o que sobra é pura decepção. Uma pena.
comentários(0)comente



Alexandre Kovacs / Mundo de K 19/05/2010

Juan Carlos Onetti - A vida breve
Editora Planeta - 319 páginas - Publicação 2004 - Tradução de Josely Vianna Baptista.

Realidade e ficção se confundem na prosa dolorosa, amarga e desesperançada do uruguaio Juan Carlos Onetti (1909 - 1994), referência e influência na literatura moderna latino-americana em obras de escritores como Carlos Fuentes e Mario Vargas Llosa. O argentino Julio Cortázar (1914 - 1984) outro escritor difícil e original, apontava Onetti como "o maior romancista latino-americano".

Em "A vida breve", considerado pelo próprio Onetti como seu melhor romance e publicado originalmente em 1950, o publicitário fracassado Juan María Brausen, está obcecado pela intervenção cirúrgica que sua mulher sofrerá para retirada de um seio, como Onetti descreve pela ausência no seguinte trecho:

"Então terá chegado a hora de minha mão direita, a hora da farsa de apertar no ar, exatamente, uma forma e uma resistência que já não existiam e que ainda não tinham sido esquecidas por meus dedos. Minha mão terá medo de tornar-se exageradamente côncava, meus dedos terão de roçar a superfície áspera ou escorregadia, desconhecida e sem promessa de intimidade, da cicatriz redonda."

É um tema frio e incômodo, originando um processo contínuo de fuga da realidade, baseado na desintegração progressiva da personalidade de Juan María Brausen que passa a escutar, através da parede de seu apartamento, as conversas e encontros da prostituta Queca e acaba se envolvendo com ela, transformando-se, para esta finalidade, no cafetão Juan María Acer. Este relacionamento, cada vez mais violento, acentua o caráter decadente da narrativa que acelera vertiginosamente quando Brausen-Acer acaba abandonado pela esposa e se envolvendo também com a cunhada Raquel.

Paralelamente à narrativa "real", Brausen escreve um roteiro para cinema, cujo personagem principal, o médico Días Grey, vende receitas de ampolas de morfina para a bela e sedutora Elena Sala. O roteiro é ambientado na cidade fictícia de Santa María, cenário de outros romances de Onetti. Esta cidade é bem diferente da Macondo, imaginada por Garcia Marquez em "Cem Anos de Solidão". Em Santa Maria não há espaço para o sonho, apenas o fracasso da aventura humana vivenciado por Brausen, Acer ou Dias Grey.
comentários(0)comente



7 encontrados | exibindo 1 a 7


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR