Sonata Kreutzer

Sonata Kreutzer Leon Tolstói




Resenhas - A Sonata a Kreutzer


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Vinder 14/01/2023

Livro muito bom, mas acredito que a tradução para português de Portugal, nessa edição que li, tenha contribuído para não achar 5/5. Casamento, ciúmes, poder do homem sobre a mulher?
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Emily977 09/01/2023

Inquietação e encantamento: dois sentimentos opostos sem qualquer espécie de correlação entre si e sendo causados por distintas situações, mas que, de alguma forma, predominam o leitor durante a leitura deste pequeno romance. 

Tolstói o escreveu próximo ao fim de sua produção literária, após uma profunda crise espiritual que resultou em uma exaltada adesão ao cristianismo evangélico, denominado pelo mesmo como sua "regeneração moral". Na época, o escritor enfrentou muitos problemas para conseguir publicar a obra - tais problemas decorreram da aspereza de suas argumentações, surpreendentes para a sociedade da época, além de opiniões pouco populares expostas na história.

Durante a leitura fica evidente que esta crise abarcava o matrimonial, o ético e o religioso, pois todas as ideias organizadas de maneira clara são expostas através de uma figura chamada Pózdnichev, um homem que divide o vagão de trem com o - suposto - narrador desta história e com outros passageiros desconhecidos. Após assistir uma discussão acalorada entre os mesmos sobre temas maritais, ele assume ter assassinado sua esposa e conta detalhadamente sua história para o narrador da obra, assumindo o seu título. O cenário é sombrio e desconfortável, já que a viagem é realizada durante a noite e as chamas bruxuleantes das velas não são o suficiente para iluminar o trem de maneira satisfatória. Não há nada para quebrar a escuridão, exceto a voz deste homem dizendo como ele realizou o ato e por quê - aqui ele fica levemente poético e embarca em um monólogo filosófico sobre casamento e? música. 

Pode se notar que a história é forte e não me surpreende que tenha causado tanto alvoroço na época em que foi publicada - em torno de 1889 -, especialmente devido à violência dos acontecimentos desenrolados no fim, e a forma escabrosa com que o autor aborda certas questões que não eram discutidas de maneira tão dura na época. Talvez forte demais para uma sociedade russa que, como tantas outras, não estava devidamente preparada para digerir uma história tão transgressora como esta. 

Apesar de ser um livro um pouco complicado de ler e de possuir uma história difícil de digerir, eu tive uma ótima experiência de leitura - mesmo que Tolstói tenha estragado a sensação de tranquilidade que sentia ao ouvir Sonata De Kreutzer, já que agora, quando escuto a música tudo o que consigo pensar é em um homem escondendo um punhal atrás das costas prestes a cometer um crime.

"Eu quis correr atrás dele, mas lembrei-me de que seria ridículo correr de meias atrás do amante de minha mulher, e eu não queria ser ridículo, queria ser assustador."
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Rogerio.Flores 08/01/2023

Sonata a Kreutzer
O escritor russo Tolstoi, inspirado em uma obra homônima de Beethoven produz aqui um romance polêmico para seu tempo, mas que, por falar dos dramas entre casais, não deixa de ser atual. Com uma narrativa profunda, mas limitada, concentra todo o enredo à história contada por um passageiro de trem. Quando comparado a outras obras do autor, não demonstra a mesma complexidade de cenários e personagens, se concentrando em uma única trama, da qual já é conhecido o desfecho final. Contudo, a trama psicológica e a escrita elaborada, características marcantes de Tolstoi, são mais que suficientes para valer a pena sua leitura. Recomendo, sim. Tanto que, ao final da leitura, ainda fiquei bastante curioso e fui escutar a obra de Beethoven que inspirou o autor.
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Paulo 06/01/2023

Curto romance em forma de diálogo
Trata-se de um romance que ocorre fundamentalmente através de um diálogo em um trem sobre relacionamento que acaba em um caso de feminicídio relatado pelo próprio autor do crime. Na narrativa, vem à tona várias questões e reflexões.
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Gustavo.Cesar 05/01/2023

Tolstói depravou a música de Beethoven
Até o momento é a minha novela favorita de Tostoi. Trata-se de uma história narrada por um homem com sérios problemas de confiança na esposa, que de maneira doentia cria uma situação para ela o traír.
A narrativa é extremamente envolvente e deliciosa de se ler, apesar de pesada. O único defeito da obra é poluir a sonata Kreutzer de Beethoven.... obrigado, Tolstoi. Agora quando eu ouvir Beethoven vou pensar em um psicopata com a navalha na mão prestes a...
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jeanczrlo 04/01/2023

ciúme x paixão
não preciso falar nada sobre esse livro incrível, esse trecho já diz tudo:

?todo aquele que olhar para uma mulher com olhos de cobiça prática o adultério, não se aplica unicamente à mulher do próximo, mas também à nossa própria mulher.?
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Catarine 03/01/2023

uma obra que simplesmente não existiria se o protagonista fizesse algumas sessões de terapia.
deixando a maluquice de lado, adorei minha primeira experiência com Tolstói.
Raissa.Guerreiro 24/01/2023minha estante
Kkkkk realmente




Jaque.Barreto 30/12/2022

Moralismo embora comum ainda choca no século 21
Trecho da obra que define bem a ideia que a sociedade tem sobre as mulheres:

O mesmo se dá com a emancipação da mulher. A escravidão da mulher consiste unicamente em que os homens querem e consideram muito bom utilizá-la como um instrumento de prazer. Bem, e ei-los que libertam a mulher, concedem-lhe toda espécie de direitos, iguais aos do homem, mas continuam a ver nela um instrumento de prazer, e assim a educam na infância e, depois, por meio da opinião pública. E eis que ela continua sendo a mesma escrava humilhada e pervertida, e o homem o mesmo senhor pervertido de escravos.
Libertam a mulher nas escolas e nos parlamentos, mas olham-na como um objeto de prazer. Ensinem-lhe, como ela foi ensinada em nosso meio, a olhar assim para si mesma, e ela sempre permanecerá um ser inferior.

Só eu achei extremamente atual?
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Vi Fonseca 07/12/2022

"A Sonata a Kreutzer"- Liev Tolstói
Bom, não sei se apenas 5 livros são suficientes para tornar um autor, seu favorito, mas certamente, foram suficientes para mim. Este é o quinto livro de Tolstói que leio, e a cada leitura me apaixono mais por suas obras.

Nessa obra, o enfoque está no matrimônio e no sentimento de posse (aflorado pela religião, pela sociedade e pela moral da época) que o marido têm de sua esposa. A narrativa, dizem, é um tanto quanto autobiográfica e revela determinados pensamentos de Tolstói.
A história passa-se em um vagão de trem, onde os personagens estão discutindo sobre um tema vigente na época: o direito ao divórcio e a ocupação das mulheres em cargos de mais destaque na sociedade.
Durante, esse primeiro período vemos um narrador que se abstém de comentar mas que observa com astúcia cada opinião defendida. Inicia-se um debate, um tanto aflorado, sobre os temas acima citados. E um dos ocupantes do vagão (o personagem da história) conta, em um ímpeto de fúria e raiva, que matou sua mulher.
Dá-se então, início à segunda parte da narrativa, onde este personagem começa à contar ao narrador como matou sua mulher e que sentimentos o levaram à isso.

É evidente para o leitor atento, que ao assasinato tratado no conto, hoje em dia dá-se o nome de "feminicídio".
Muitos leitores não simpatizam com a obra, eu como mulher, senti-me profundamente afetada e abalada com os comentários proferidos pelo personagem principal. Por se tratar de uma obra do século XIX, alguns temas abordados são completamente atuais, como em todas as obras de Tolstói.
Incomodou-me o pensamento pessimista do personagem em relação ao amor e ao matrimônio e os pensamentos em relação ao papel da mulher na sociedade, mas eles, na verdade só transmitem ao leitor o pensamento vigente à época.

"Veja o que freia em toda parte o movimento da humanidade para frente. As mulheres."
"O senhor vê que a mulher é um instrumento de prazer."
"O maior veneno está na corrupção das pessoas, das mulheres principalmente."
"Não, ela não é gente! É uma cadela, uma cadela."

Ademais, o livro me lembrou vagamente Dom Casmurro e se ainda nos sentimos abalados por narrativas como essa é porque o machismo ainda se faz muito presente em nossa sociedade.
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Manu5 18/11/2022

Amei
É estranho gostar desse personagem, por tudo que ele fez, porém no decorrer da narrativa a gente conhece muito desse personagem e acaba se identificando com alguns pensamentos dele, deixando claro que o que ele fez é horrível.
Mais uma vez tolstói dando aula sobre amor e casamento.
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Jamyle Dionísio 21/08/2022

Um Tolstoi possível
Tolstoi é mais conhecido por Guerra e Paz e Anna Karenina, duas verdadeiras listas telefônicas (entreguei minha idade agora) que todo mundo adora dizer que leu, mas não leu.

Trago aqui um Tolstoi possível: Sonata a Kreutzer. São 105 páginas intensas cheias de opiniões polêmicas sobre o casamento no século XIX e um crime ?passional?.

A Sonata a Kreutzer, de Beethoven, não deu só o título ao livro, mas também o ritmo. Uma sonata começa com um movimento rápido: o livro começa com um diálogo acalorado entre desconhecidos em um trem. Depois ganha certa lentidão: um dos passageiro confessa um crime e passa a contar a sua história. Por fim, o ritmo se intensifica e chegamos ao ápice da narrativa e, por fim, a conclusão.

A polêmica do livro se deve às críticas ao casamento convencional, um modelo fadado não só ao fracasso, mas à tragédia, segundo o narrador. Apesar de ser um livro do século XIX, algumas discussões relativas ao papel da mulher são ainda interessantes e mesmo atuais.

Pozdnichev, que conta a sua história, me fez pensar muito em Dom Casmurro, com suas teorias sobre a fidelidade da esposa. Mas Pozdnichev é um Bentinho russo, vamos lembrar, e toma outros rumos. Ainda assim, suas justificativas, crenças e ilusões poderiam ser ouvidas ainda hoje numa roda de bar, no escritório ou no ônibus.



@chadepalavra
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Nicole Pazzini 03/08/2022

Que livro! A narrativa flui muito bem, em alguns momentos, as falas são de revirar o estômago, mas conseguimos captar a essência do pensamento do personagem sobre o casamento, sobre a mulher, a honra e a posse. Um livro rápido de ler e que vale muito a pena, tendo em vista que nos traz grandes reflexões sobre as relações conjugais.
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Davi 29/07/2022

Sonata a Kreutzer
Um Tolstói quase platônico, na medida em que usa do diálogo como o meio pelo qual almas - com crenças distintas - se comunicam. Obs: não recomendado para militantes feministas, a menos que estejam dispostas à uma alfinetada com bom humor.
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Getulio.Paulino 13/07/2022

Obra controversa
Publicada em 1891, A sonata a Kreutzer é uma das obras mais controversas de Tolstói. A novela é praticamente um monólogo do personagem Pózdnichev, no qual ele narra a longa crise de seu casamento, que culminou no assassinato da própria esposa. Além da descrição do crime em si ? que é citado logo no começo do livro ? a polêmica de A sonata a Kreutzer também decorre do fato de Tolstói ter usado seu personagem, que é absolutamente detestável, para expôr algumas de suas ideias mais radicais, principalmente aquelas que dizem respeito às mulheres. Pózdnichev as vê, basicamente, como criaturas superficiais e manipuladoras, que usam a sensualidade para alcançar seus objetivos. Pra ele, todos os matrimônios estão fadados ao fracasso e o sexo é sempre pecaminoso.
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