Labirinto da Morte

Labirinto da Morte Philip K. Dick




Resenhas - Labirinto da Morte


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@biaentreleituras 06/04/2024

Através de uma narrativa instigante, Philip K. Dick nos conduz para um mundo complexo e cheio de mistérios, mas esse é apenas o pano de fundo para abordar assuntos como: saúde m3nt4l, convivência em sociedade, poder (figura autoritária dentro de um grupo), e –sutilmente – cr3nças e rel1giõ3s. A maneira como a trama se desenvolve é fascinante, acompanhar os personagens nas descobertas nos move para entender mais sobre o que está acontecendo.⁣

Quatorze pessoas foram para um planeta novo, Delmak-O, elas não se conheciam e não faziam ideia do motivo de terem sido levadas para lá. Não têm como sair, pois o Nasal em que fizeram a viagem é apenas para ida. Em um primeiro momento, todos pensaram que se trata de algum tipo de missão, porém, a ideia é questionada ao se darem conta de que estão totalmente sem comunição exterior. Além do mais, o planeta é muito estranho, cheio de criaturas enigmáticas e com um edifício que se revela diferente par cada pessoa que o olha. Começam a entender que podem estar participando de algum tipo de experimento, mas com qual finalidade?⁣

*Resenha completa no Instagram

site: https://www.instagram.com/p/C2sry4zPFlH/
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jdelisiario 21/03/2024

Labirinto da morte
Mais uma vez, lendo Philip K. Dick por indicação de uma amiga.

Ouso dizer que esse, apesar do título, foi meu preferido.

Não sei se é de conhecimento geral, mas as obras de Philip K. Dick são estudadas por um grupo de pessoas, através de um viés religioso. E esse foi o livro que mais consegui fazer analogias dentro dessa temática e entender o porquê do pessoal considerá-lo meio que um "profeta" (?).

Achei uma maneira curiosa de abordar religião, alterando nomes e mudando mundos / planetas, mas claramente, falando de Deus.

Alguns dos outros livros dele me deixavam confusa, como se as drogas tivessem ofuscado o material que deveria ser apresentado e nesse senti mais clareza, os temas tiveram início, meio e fim para mim.

Me fez pensar, gostei.

#leituraTerapia
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Pedro P. R. 08/12/2023

Muito louco
O Labirinto da Morte de Philip K. Kick, publicado inicialmente nos anos 70, foi em parte o que eu já esperava pela capa psicodélica criada pela Editora Suma. Essa edição está em capa dura e consta com 240 paginas, o que torna uma leitura bem rápida.

A premissa do livro apresenta a historia de um grupo de desconhecidos indo participar de um projeto de colonização em um planeta onde terão uma passagem só de ida.

Desde o inicio o autor nos apresenta todo esse grupo, de catorze colonos, com alguns deles tendo mais foco do que outros. Talvez por serem apresentados tantos de uma vez, crie-se uma dificuldade em apegar-se e identificar-se logo com qualquer um deles. Todos os personagens são imperfeitos, com algum defeito de personalidade que os discerne facilmente uns dos outros.

Mas sim, o enredo. Philip consegue apresentar de forma eficiente uma obra cheia de mistério. Nós não sabemos o que está acontecendo, os personagens também não sabem e tentamos descobrir qual é exatamente a trama com as poucas informações que os personagens conseguem ao decorrer da obra.

A historia, assim como a capa, é bem psicodélica, com mortes misteriosas e quebra-cabeças que parecem estar sempre incompletos e a resposta para todas as perguntas só surgira na etapa final. Sério, eu não fazia ideia do que estava acontecendo ou que caminho a historia seguiria até que chegamos nos finalmente.
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bardo 30/11/2023

Ler Philip K Dick é sempre uma experiência um tanto perturbadora, poucos escritores escreveram coisas tão originais e ao mesmo tempo arquetípicas como ele. Num certo sentido acho que dá para pensar que esse livro faz parte de uma “trilogia” junto com Os Três Estigmas de Palmer Eldritch e Ubik, sendo esse entretanto, o mais sombrio dos três.
Dick propõe questões bastante perturbadoras, o sistema teológico proposto soará imensamente familiar e o autor não se preocupa em disfarçar a parodia. O objetivo porém não é satirizar e sim levar as coisas às últimas consequências. O autor se referencia a alguns mitos e lança para o leitor questões filosóficas complexas;
Existe uma história, pelo menos uma história sendo contada e uma leitura superficial dá conta dela, porém para além da superfícies, somos confrontados com algumas das ideias curiosas para dizer o mínimo, do autor. Leitores mais sensíveis provavelmente vão se incomodar com algumas cenas, seja pelo tratamento que Dick dá a questão da crença. seja pela crueza das imagens sexuais mostradas.
Provavelmente um dos pontos mais interessantes é a cosmogonia proposta pelo autor, e suas implicações. Num universo de certezas haveria lugar para algum tipo de ateísmo? Ao mesmo tempo será que somos mesmo capazes de discernir uma divindade de um ser senciente muito mais desenvolvido do que nós? Mais um livro interessante e perturbador de PKD, que para além de uma história realmente intrigante, faz perguntas perfundas e difíceis de responder.
Brujo 01/12/2023minha estante
Ótima resenha, me instigou ainda mais a ler esse livro !!


bardo 01/12/2023minha estante
É daqueles bem doidos dele, que a gente gosta rss


Brujo 01/12/2023minha estante
Quanto mais maluco, melhor !! Haha




Davi Busquet 10/10/2020

O espírito de Philip K. Dick
Quando falamos de PKD, imaginamos a imaginação em si, a realidade distorcida, os conceitos alterados, tramas mutantes e reviravoltas extraordinárias — nada nunca é o que parece e jamais o será em definitivo. Além disso, somos apresentados a mundos distantes, exóticos e alienígenas, uma Terra irreconhecível e seres humanos quase sempre voltados para si mesmos. "Labirinto da Morte" é tudo isso, é a essência de PKD.
Ainda que seja um livro relativamente pequeno, antigo e com uma narrativa objetiva e misteriosa, sua história consegue passar bastante do que se tornou a marca registrada do seu autor. A trama começa com um distinto grupo de colonizadores, selecionados aparentemente de maneira aleatória, em diversas partes da galáxia, para compor uma equipe de uma colônia no distante planeta Delmak-O.
Perdidos não só nesse mundo distante — do qual não conseguem mais sair desde que lá chegaram —, mas também entre desconfiança, paranóia, apatia e individualismo, os colonizadores começam a enfrentar um número cada vez maior de mortes suspeitas entre eles. Além disso, o planeta possui não só peculiaridades alienígenas, mas também mistérios recorrentes e instigantes, que irão afetar ainda mais a vida de seus novos colonos.
Como toda boa história de PKD, o livro surpreende no final, não uma, mas duas vezes, mostrando ao leitor a capacidade do autor em brincar não só com as vidas de seus personagens, mas também com as mentes dos leitores e sua capacidade em desconfiar da veracidade daquilo que está imediatamente à frente de seus olhos.

site: https://www.instagram.com/davi_busquet_escritor/
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Marcia 23/02/2020

Mais uma vez Dick deu um nó no cérebro, mas no geral um ótimo livro que questiona a organização social principalmente sob a ótica religiosa.
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Sandro 19/09/2018

A história começa com um alcoólatra, um biólogo marinho e sua esposa neurótica (esse, aliás, um tipo de casal bem recorrente nas histórias do Philip) chegando a uma colônia chamada Delmak-O e se deparando com todo tipo de gente desequilibrada, aparentemente confinada ali e tentando estabelecer uma sociedade com hierarquias e divisão de funções.
Quando a isso, o autor já tinha feito algo semelhante em 'Clãs da Lua Alfa'. Há também alguma semelhança com 'Andróides Sonham Com Ovelhas Elétricas?' no que tange a religiosidade. Em 'Andróides' tínhamos Willbur Mercer; em 'Labirinto' temos o Caminhante na Terra e o Destruidor da Forma e, mais uma vez, paranóias em seus devotos, reviravoltas e revelações sobre a existência de Deus.
Creio que histórias como a de Lost e Under The Dome possam ter sido influenciadas por esse livro.
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Jarbas 13/12/2016

Deus In Machina
Ao terminar de ler esse livro fiquei imaginando Agatha Christie escrevendo "O Caso dos Dez Negrinhos" depois de tomar muito LSD. O curioso é que não estava gostando muito até os dois últimos capítulos. A trama excessivamente surrealista me incomodava um pouco. Mas o desfecho é realmente intrigante.
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Alessandro 17/10/2013

Cuidado com a tradução!
Está circulando por aí uma tradução de alguém que se identifica como L.A! Esqueçam essa tradução, é um lixo! Se essa criatura tivesse colocado tudo no Google Translate teria ficado melhor. Erros grosseiros sendo que em alguns trechos o texto é ininteligível!
Tive que iniciar a leitura do original em inglês.
Sem dúvida é um livro que vale a pena ser lido!

UPDATE: Não deixem de ler a edição em inglês ou uma tradução melhor, é um dos melhores de Philip K. Dick!
RicardoCorreaDe 05/10/2016minha estante
Vc ta certo. Baixei essa versão L.A e é terrível. Até parei de ler.


Patrícia 08/11/2017minha estante
Tive o azar de começar a ler por essa tradução horrível, mas não flui de jeito nenhum. Tradução muito muito ruim, deveria desaparecer.




Túlio Demian 08/06/2013

DEUS CIBERNÉTICO, JESUS METAFÍSICO E O HOMEM EM COLAPSO - LABIRINTOS DA MORTE
Alguns pios defendem que as reflexões bíblicas e as metáforas nela contidas são atemporais e que não devem ser interpretadas apenas como história. Crenças a parte eis que Philip K Dick, diante das abruptas mudanças que o mundo sofria no séc. XX, promoveu ponderações sóbrias sobre o cristo unificado e até mesmo substituído por um deus capitalista.

A presença de Cristo na obra o Labirinto da Morte (A Maze of death) revela que os conceitos religiosos que vigoraram no ocidente, especialmente nas décadas de 60 e 70, são retomados como nostalgia ou revelados em mentes perturbadas.
Nesta obra, o Rei dos Judeus, é um mero coadjuvante até que seja provada a fé na máquina substituta ou quando os novos conceitos de divindade apresentem falhas. Neste momento, aquele que até então ocupava as linhas marginais da história é retomado com força e interesse pelos céticos e beatos.
No Kibutz, cenário secundário em A Maze of death, o intercessor, alusão explícita a cristo, aparece para poucos, auxilia em tarefas mundanas e dá conselhos. Sua imagem assemelha-se mais a um mago que a um profeta. Entre os personagens ele é um mistério como os politeístas, e entre eles eis que uns juram ter visto, outros acreditam, mas nunca viram, e ainda há outros que não crêem em sua existência e que toda a mitologia criada sobre o seu nome é puramente produto do senso comum.
O cristianismo, assim como outros temas polêmicos da contemporaneidade do autor, é utilizado como plano de fundo nas fantásticas aventuras em tempos longínquos que Philip K Dick trás à tona para sugerir-nos respostas cognitivas a partir de análises concretas em um universo completamente disfórico. Como se esta ausência da realidade fosse a melhor maneira para entendermos o que nos circunda.



A sugestividade dos termos análogos sobre o cristianismo presentes na obra nos conduz as percepções racionais diante das distorções figurativas que os elementos de tempo e espaço promovem em uma breve leitura.
Seguindo o princípio de Berman que afirma “o moderno é uma vida de paradoxos e contradições” (BERMAN 1986), pode-se observar quais contradições e o porquê de cada uma considerando o universo de reflexos de PKD em instantes complexos de sua sanidade ou da sanidade da sociedade em que estava inserido. Os antagonismos sobre o tema geram produtos de construção filosófica que promovem, na obra, ações degradatórias que, segundo Subirats, em sua obra Vanguarda mídia e metrópole, não passam de sublimes transcendências humanas (SUBIRATS 1993).

Philip K Dick enfatiza a discussão sobre o cristianismo em A Maze of death ao teorizar, simbolicamente, concepções cristãs e pós-cristãs em objetos de escrita que fundamentam as doutrinas exibidas e sugeridas. Se considerarmos que, segundo Barthes, não existe linguagem escrita sem rótulo (BARTHES 1953), não poderemos deixar de analisar suas intenções discursivas e, de certa forma, até panfletária para a transformação religiosa e filosófica que o mundo enfrentaria nas décadas correntes.
Dessa forma os pensamentos vanguardistas que fundamentaram a contemporaneidade do autor, suas reflexões religiosas antagônicas a sociedade e sua fundamentação teórica por meio da criação-fictícia de documentos comprobatórios, são as bases teóricas para a leitura dessa obra que vai muito além de puro entretenimento..
O público-alvo das obras de PKD, a juventude, sempre foi o leitor que, confiado de corpo, alma e ideologia nas suas concepções de mundo, deseja transformar e por conta disso, mantém sua horta intelectual exposta e acessível aos atrativos da literatura que exibe um mundo completamente modificado pelos avanços tecnológicos.

PKD pode ser amado ou odiado, mas de forma alguma ignorado.


O labirinto da morte é a metáfora da vida, cujos participantes insistem em buscar o significado fora dela, para dar sentido às suas ações vazias e seus mecanicismos argumentados.

Uma leitura surpreendente e inesquecível.

( texto original em: frutovermelho.blogspot.com.br
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Danzoc 26/04/2011

Inspirador, mas mantido em segredo
Este livro com certeza foi inspiração direta pra muitas obras de grande sucesso ultimamente no mundo cinematográfico (descaradamente Lost, A Origem, etc).

Uma trama muito interessante com um final fantástico, Dick recheia a narrativa já interessante com muitas discussões filosóficas e teológicas de maneira brilhante, sem dificultar a leitura (em momento algum fiquei me sentindo carregado como em muitas passagens descritivas de grandes clássicos, por exemplo, O Senhor dos Anéis, mesmo o conteúdo filosófico e teológico sendo muito profundo, ao menos para os olhos de um leigo como o meu). Muita gente diz que suas personagens femininas são unidimensionais em praticamente todos os seus livros, mas elas sempre trazem questões muito interessantes, sendo talvez um desperdício multifacetá-las ao invés de ir a fundo na questão que trazem. Um dos meus livros preferidos de um de meus autores preferidos.

A ilha de Lost se chama Delmak-O, tenho certeza! :-)
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Marcos Carvalho 19/06/2010

Delmak-O
Havia em Dick um grande interesse especulativo em disciplinas filosóficas e religião gnóstica, assuntos constantes em suas obras. "Labirinto da Morte", publicado pela primeira vez em 1970, não é nenhuma exceção a estes temas. Dick conduz de forma harmoniosa idéias de alguns pensadores metáfisicos, como Kant, e usa como base para uma religião que cerceia toda a esperança das pessoas da colônia de Delmak-O.
Spectowsky, o autor fictíco do "Livro de Spectowsky" é o evangelho dos novos colonos no posto isolado do Delmak-O. Os colonos de Delmak-O desconhecem sua missão e depois descobrem que um a um vão sendo assassinados. Não sabem o que ou quem os estão eliminando. Juntos, eles trabalham para descobrir a verdade aterrorizante por trás da sua missão.
Esta livro tem um enredo incrivelmente imprevisível. Dick usa vários elementos da Ficção Científica para debater questões profundas. Usa, também, elementos como a natureza de Deus, morte, realidade, insanidade e percepção humana que são bem exploradas e bem desenvolvidas. Todavia o livro não é tratado como um dos melhores trabalhos de Dick, pois embora seja forte e criativamente inteligente e com personagens verossímeis, parece fraco um pouco na estrutura. Felizmente, o surpreendente final apaga todo e qualquer ressentimento que possa ter livro. Recomendo.
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Jumpin J. Flash 19/08/2009

Narrativa intrigante e cheia de suspense. Final surpreendente.
Menosprezei esse livro quando o vi, mas, na falta de algo melhor para fazer, comecei a lê-lo... ainda bem que fiz isso! O livro surpreende! O clima é de suspense e o final foi, para mim, absolutamente inesperado. Muito interessantes a Teologia de Spectovsky, as intervenções divinas na história e a vívida descrição das experiências místicas de um personagem (que, segundo o autor, foram inspiradas nas visões oníricas que ele tinha sob influência de LSD). Livro bom mesmo, dá o que pensar. Não corra dele só por causa da capa de mau gosto.
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Carlito Pilatos 25/08/2009minha estante
Um dos melhores e mais subestimados livros do PKD, com um final espetacular, que me fez ficar refletindo por dias a fio.




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