50 Anos a Mil

50 Anos a Mil Lobão
Cláudio Tognolli




Resenhas - 50 Anos a Mil


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Luis 18/05/2011

O uivo afinado do Lobo.
Engraçado. Sempre tive a sensação de que Lobão era muito mais incensado por suas polêmicas aventuras do que por seu talento musical.
Apesar de músico precoce, pois aos 17 já respondia pelas baquetas do Vímana, grupo de rock “nacional progressivo” (se é que algum dia isso existiu) que contava ainda com dois futuros astros do boom do pop-rock brazuca dos anos 80, Ritchie e Lulu Santos, João Luiz Woenderbag Filho já naquela época (meados dos anos 70) mostrava que, a exemplo do Velho Guerreiro, vinha mais para confundir do que para explicar : Foi o responsável direto pela morte do grupo ao se envolver com a mulher de Patrick Moraz, o tecladista do Yes, que havia resolvido largar a banda mundialmente famosa para tocar com a garotada brasileira. Seria a primeira das muitas confusões envolvendo o Lobo ensandecido.
Em paralelo com a sua “agitada” carreira, Claudio Tognolli (co- autor do livro) arranca de Lobão depoimentos marcantes sobre a sua acidentada trajetória familiar, culminando no difícil relacionamento com o pai e no suicídio da mãe. Talvez parte da inquietude da persona publica do músico possa ser explicada por esses episódios.
Voltando à arte, Lobão narra a sua convivência com amigos fundamentais, como Marina, Cazuza e Júlio Barroso (fundador da breve Gang 90), a sua entrada na Blitz (o nome foi sugestão sua) e a saída ruidosa, com a banda no auge (fator até hoje de desconforto com Evandro Mesquita), passando pelo início da carreira solo pontuada por guerras com as gravadoras e a militância nas drogas, que lhe deu à aura eterna de marginal, ratificada pelas prisões em série que sofreu.
Um bom livro, que passa a limpo uma vida singular, movida a excessos e paixões desmedidas. Exagerado, como o amigo Cazuza.

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Regina Alonso 07/04/2011

quase poderia ser minha autobiografia
Apesar de estar nas primeiras páginas, percebo uma narrativa simples que poderia ter sido escrita por uma pessoa comum, tornando a história de Lobão pareceda com a de muitos cinquentões e agradabilíssima de se ler. No meu caso, uma cinquentona dos subúrbios do Rio de Janeiro, acrescentaria coisas como assistir balões subirem nos terrenos baldios, no São João (hoje, abominável) e coisas do gênero.
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Zanini 15/03/2011

O Grande Tim e o Velho Lobo
Dois dos mais controversos e talentosos expoentes da música popular brasileira tiveram suas justas e bombásticas biografias lançadas nos últimos anos: Tim Maia (Vale Tudo: O Som e a Fúria de Tim Maia) e, mais recentemente, Lobão (50 Anos a Mil).

Tim foi biografado pelo dispensa apresentações Nelson Motta. Já João Luiz Woenderbag – sim, é difícil de acreditar que o lobo mau do roquenrol tupiniquim tenha esse nome de almofadinha – escreveu sua epopéia a quatro mãos, em parceria do jornalista Claudio Tognoli.

Ambas são leitura obrigatória para quem curte música ou simplesmente uma história de vida interessante, que inclui envolvimento com seitas malucas, briga homéricas com gravadoras, shows e álbuns que marcaram época, altas tretas com a polícia, consumo exacerbado de entorpecentes, loucas aventuras amorosas, estrutura familiar decadente (avec elegance) e, claro, um repertório musical indelével no cancioneiro brasuca.

Depois de ler as duas obras, queria escrever algo. Mas não uma trivial resenha. Queria fazer algo diferente, condizente ao estilo Kangibrina. Pensei, pensei e decidi fazer uma brincadeira, criando uma competição envolvendo alguns quesitos dos livros, mas escolhidos aleatoriamente, sem nenhuma fundamentação teórica ou critério técnico, pela minha pessoa.

Nada sério. Just for fun, entenderam?

Abaixo, você confere o resultado:

Título: São do caralho. Fortes, bem sacados, definem com precisão o espírito da coisa. Resultado: empate

Capa: Ambas convencionais, ninguém quis reinventar a roda. O frontispício (hein?) da biografia de Tim abusa do vermelho e do amarelo, com fontes gigantes sobre uma foto sua sorrindo. Já o de Lobão é mais sóbria, um close no seu rosto com fundo negro, bem ao estilo das biografias norte-americanas. Cada um no seu quadrado, deu empate.

Texto: Aí é covardia. Não dá nem graça comparar a fina escrita do Nelsão com a esforçada dobradinha Lobão/Tognoli. Motta teve a proeza de organizar a dionisíaca vida do rei do soul brasileiro e transcrevê-la de forma linear e apaixonante. É quase impossível largar o livro. O texto de Lobão é enjoativo, pois tenta, em vão, transportar para o papel o seu jeito neologístico de de falar. Não deu certo. Resultado: vitória de Tim.

Sexo: Os dois gostavam bastante da matéria, intercalando muitos casos sérios com muito sexo casual. Mas, pelo que deu pra perceber, o Lobo do Rio se saiu melhor, pois passou a vara em quase todo meio musical (expressão com duplo sentido) nos anos 1980 e 1990. Resultado: vitória de Lobão.

Dorgas, Manolo: esse é um páreo dos bons. Lobão e Tim enfiaram o nariz e a boca (opa!) em tudo que era imoral, ilegal e engordava. Melhor sorte teve o primeiro, que conseguiu parar antes de se encontrar com o homem da foice – apesar de uma tentativa de suicídio no currículo. A vida desregrada e o consumo de tóchico (como dizem nossas avós) encurtou a presença de Tim entre nós. Mas o resultado não podia ser outro: empate.

Rock´roll: Êta vida louca, louca vida essa dupla teve. Dois roqueiros natos, praticantes do tudo ao mesmo tempo agora. Resultado: mais um empate.

Humor: O momento que mais ri no livro do Lobão foi quando o João Gilberto ligou para ele de madrugada e fez com que ouvisse as oito versões que ele fez para a música Me Chama. Detalhe: Lobão estava trincadaço. Na biografia do Tim tem vários momentos hilários, especialmente quando ele é extraditado para o Brasil vestindo…pijama. Resultado: vitória do Tim.

Bom, até o momento, o rei do soul está na frente. Mas como este é um post “working in progress” voltarei aqui outras vezes quando pensar em novos quesitos e aí o placar poderá se alterar.

Mais sobre livros, cinema, música e afins, no www.kangibrina.com.br
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Mildoari 04/03/2011

Leitura fácil
Leitura fácil.
Muito divertido.
Sexo, Drogas e Rock and Roll.

mooooooove
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Ghiza Rocha 25/01/2011

Demais
É a história do rock nacional, da vida de um artista pensador completo.
Tem amor, emoção, medo, asco, tem VERDADE e a REALIDADE das várias faces do nosso país.
É um livro que me marcou, ainda estou digerindo tudo que ele fez eu pensar e refletir sobre mim mesma...
Todo artista de qquer área deve ler.
Todo brasileiro deve ler.
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JW 22/01/2011

Lobão - 50 Anos a Mil
Ainda que autores de renome carreguem nas tintas ou encham as bocas para afirmar escreverem não uma história, mas “a definitiva” história de determinados personagens, a verdade é que toda biografia é apenas uma versão (ainda que escrita a partir de dezenas de depoimentos e documentos) e traz apenas lampejos da vida de alguém.

Pense numa distante cena da sua vida: a primeira bicicleta, uma festa de aniversário, um braço quebrado, um coração partido. Recorde o momento, o cenário, personagens e figurantes, diálogos. E agora seja sincero: distante no tempo e no espaço e vista sob a ótica de quem você veio a se tornar com o correr dos dias, o quanto sua lembrança é fiel e corresponde, exatamente, à realidade dos fatos?

Se contar a história alheia com o máximo de fidelidade aos fatos – que “não são a verdade, mas apenas indicam onde pode estar a verdade”, nas palavras da finada jornalista e espiã americana Mary Bancroft – é tarefa das mais difíceis, o que dizer portanto do desafio de contar a própria história?

“Gostaria de ressaltar também que tudo o que for dito e contado nesse livro será através do ponto de vista da minha pessoa enquanto inserida naquele tempo”. É dessa maneira que Lobão – músico, cantor, compositor, apresentador de televisão e mestre na arte da polêmica – inicia, depois de mais de duzentas páginas de sua autobiografia “50 Anos a Mil” (Nova Fronteira, 2010), suas explicações para suas antigas desavenças com o também músico Herbert Vianna. Se assim preferisse, Lobão poderia usar a mesma frase ainda na primeira página de seu livro, quem sabe no primeiro parágrafo. O efeito seria o mesmo e faria o mesmo sentido.

Lobão nasceu João Luiz Woerdenbag Filho, no Rio de Janeiro, em 11 de outubro de 1957. Tímido ao extremo e fruto de um casal composto por uma mãe superprotetora e com um forte transtorno bipolar e por um pai ranzinza e excêntrico, o canídeo supõe que, “pela lógica dos fatos”, deveria ter se tornado um bundão.

Entre uma centena de histórias, buscou fugir disso aprendendo a tocar bateria sozinho, acompanhando Ritchie e Lulu Santos no Vímana (lendária banda de rock progressivo que chegou a ensaiar para a gravação de um disco solo do tecladista Patrick Moraz, ex-Yes, antes que a explosão do punk aguasse a proposta), fundando e rompendo com a Blitz, sendo preso por porte de drogas e virando mascote de traficantes, levando a bateria da Mangueira para a linha de frente do Rock In Rio, desafiando as gravadoras e retornando a elas com um acústico que, embora achincalhado pela crítica, terminou premiado com o Grammy Latino de melhor disco de rock do ano de 2007 (seja lá o que esse prêmio hoje em dia signifique).

Depois de alguns anos como apresentador de televisão, Lobão chegou às livrarias no final de 2010 como um fenômeno editorial. A primeira leva de sua autobiografia (que conta também com a valiosa parceria do jornalista Claudio Tognolli em entrevistas e pesquisas de material publicado a respeito do músico ao longo de toda a sua carreira profissional) esgotou-se rapidamente, levando à impressão de uma segunda leva com 20 mil exemplares. No dia 9 de janeiro deste ano, “50 Anos a Mil” figurou na lista de livros mais vendidos do País publicada pela revista Veja.

A biografia tem início com uma cena bastante peculiar: Lobão e Cazuza cheirando cocaína sobre o caixão de Júlio Barroso. Lobão reconstrói o momento, reproduz as falas e detalha elucubrações – do tipo “É a hora do pastiche e da indulgência… A hora do frenesi dos mesmos cadáveres insepultos de sempre, sugando a juventude dos que nada mais têm a oferecer, além do próprio sangue de barata.” – com a mesma segurança de alguém que tem em mãos um controle remoto, podendo conferir, quadro a quadro, uma situação devidamente registrada. Mas não há registros. E a única testemunha que ainda respira presente na história datada de 1984 é ele, o autor.

Uma das razões para a publicação de “50 Anos a Mil”, aliás, como o músico gosta de repetir em entrevistas e declarações no twitter, foi o fato de Lobão ter sido extirpado da história de Cazuza, um de seus maiores amigos, levada às telas no ano de 2004. Não sem razão, o cantor acusa os produtores do longa de terem “sanitizado” a biografia do amigo, resultando em um filme muito mais próximo de um capítulo de “Malhação” que da realidade. O escritor Gabriel Garcia Marquez defende que “a história de uma pessoa não é o que lhe aconteceu, e sim o que ela lembra e como ela lembra”. Depois do episódio com “Cazuza – O Tempo Não Para”, Lobão decidiu contar o que lembra ser a sua história, da maneira como se lembra de tê-la vivido.

Independente da opinião que se tenha a respeito da irregular obra artística do grande Canis lupus, é preciso admitir que poucos personagens surgidos na cena do rock nacional da década de 1980 possuem uma história tão rica e peculiar quanto João Luiz. Poucos possuem posições tão polêmicas e fizeram tantos inimigos – seja no meio artístico, jornalístico, jurídico ou midiático – quanto ele. Isso, por si só, faz com que “50 Anos a Mil”, embora demore a engrenar (a primeira centena de páginas é dedicada à infância do artista) e resvale, vez por outra, numa espécie de compensação psicoterapêutica (como se o autor aproveitasse suas páginas para expurgar demônios e aliviar traumas), seja um livro pertinente, interessante e recomendável.

Talvez Lobão exagere em ao lembrar de certos fatos, faça uso de “licença poética” para reconstruir diálogos e, não por má fé, adultere certas histórias – os trechos pesquisados por Tognolli, por exemplo, mostram que o músico, em diferentes momentos, declarou ter começado a usar drogas aos 14, aos 15 e, informação defendida no texto autobiográfico, aos 16 anos. Mas vale lembrar que “toda biografia contém, inevitavelmente, elementos de ficção”, como alerta John Stape na introdução da biografia do escritor Joseph Conrad. “50 Anos a Mil” é um livro que não foge à regra.
*****

Texto publicado originalmente em http://screamyell.com.br/site/2011/01/17/livro-50-anos-a-mil-lobao
Vitor Vallombro 16/07/2013minha estante
Li este livro no inicio do ano, e a sua resenha, muito mais que a releitura da minha(feita instantaneamente após a leitura), me fez lembrar cada sensação que eu tive com este livro. Muito obrigado!


Márcia Duarte 15/11/2016minha estante
Li o seu! haha Muito bom!




Dani 12/01/2011

Devorei este livro enorme em tempo recorde. A leitura é bem gostosa e irônica, escrita típica de Lobão, e eu posso dizer que a antipatia gratuita que eu nutria por ele se transformou em um grande respeito. Aprendi a gostar de Lobão, embora não concorde com muitas de suas ideias e atitudes. O livro dá uma boa ideia do mundo da música nos anos 80, e além disso, mostra também a natureza melancólica e depressiva de Lobão.
Recomendo para fãs e não fãs!
Janaina Beserra 10/01/2013minha estante
Terminei hoje de ler o livro.Muito bom! eu já era fã dele! Agora virei mais ainda!


Donaldo 26/12/2015minha estante
Para quem como eu viveu a música dos anos 80 incluindo Blitz, foi uma viagem no tempo maravilhosa. E vamos respeitar o Lobão: vendo o que o PT andou fazendo, ele está coberto de razão!


PAULINHO VELOSO 18/07/2017minha estante
Tô no meio do livro e perdi a antipatia pela pessoa rs. Tá sendo legal revisitar as músicas e lps. Dani , concordo plenamente com seu comentário. #TamoJunto




Deh Domingues 03/01/2011

Me interessei pelo livro quando assisti a uma reportagem sobre o tal lançamento.
Logo, pedi o livro ao meu amigo secreto de fim de ano!
Fiquei eufórica ao ganhar e ver a quantidade de paginas, teria uma semana punk à frente!

Imaturo, ele aprontou de tudo um pouco.
Como o livro relata os primórdios da vida do Lobão, pude acompanhar sua então , evolução!

O que me surpreendeu, foi o modo de vida, a total instabilidade. A total incerteza do que teria para o amanha.
Me questionei como alguém tão inteligente, esclarecido e com uma personalidade tão forte, pode se sujeitar a tantas incertezas no decorrer de uma vida.

O livro é uma delicia, do tipo que não da pra parar de ler....levei pra ceia de natal, para a praia, para almoços na casa de parentes, não desgrudei!!!

Senti falta de ter um cd com a trilha sonora de casa musica citada no decorrer da biografia!

Seria ainda melhor!

Super recomendo, ainda mais se você é fã da geração anos 80 e 90 como eu!!!
Thiago Monnerat 06/01/2011minha estante
Perfeita sua resenha, parabéns, não mudaria uma vírgula no que foi dito, tive as mesmas sensações que vc! Li numa tacada só, mas baixei o cd acústico dele, que tem mtos dos sucessos citados no livro.
Instável na vida pessoal, inconsequente na profissional. Mas coerente em ambas!


Deh Domingues 10/01/2011minha estante
É Thiago,quando pensamos em fama,a palavra nos remete a dinheiro e glamour.
Agora sei que a fama tem seus dois lados como tudo na vida,e que fama para o Lobão nunca foi sinonimo de estabilidade, muito pelo contrário, ele tinha até uma certa fama de delinquente juvenil...adorei o livro!


Fernanda 16/07/2012minha estante
Muito bom esse livro... Tem uma linguagem bem jovem e muito boa para ser lida. Li ele em pouco tempo, ele dá prazer em continuar, nunca queremos parar.




Dri 11/12/2010

Elétrico
Numa linguagem divertida, e que lhe é própria, Lobão relata com astúcia sua tragetória frente às dificuldades vividas na Cidade Maravilhosa.

Criador de discórdias por agir e dizer boas verdades, conquistou fãs com sua música, irritou políticos e polícia com sua postura firme e atingiu a mídia com ideias sem pudores, que nem sempre foram bem interpretadas.

Ser verdadeiro é ser posto na cova dos leões e tem que ser muito corajoso para viver a vida assim: a mil.

(texto sem revisão, escrito na euforia de ter encontrado com o ídolo)
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