Bruna Fernández 16/09/2011Resenha para o site www.LivrosEmSerie.com.brChegando à reta final da "primeira parte" da série The 39 Clues, O Código do Imperador é o oitavo livro e nos leva a uma incrível jornada no país mais populoso do mundo: a China, depois da revelação bombástica
(ou não) do clã a qual pertencem Amy e Dan.
O autor desse volume, Gordon Korman, já é conhecido dos leitores da série: foi ele quem escreveu "Uma Nota Errada", o segundo livro. Gordon deu uma ótima continuidade ao volume inicial de Rick Riordan e não deixa a desejar nessa nova continuação. Apesar de termos um ritmo menos acelerado, o enredo é muito mais intenso do que o do livro anterior: depois de terem uma discussão sobre seus pais, Amy e Dan acabam se separando enquanto visitam a Cidade Proibida, e se perdem um do outro. Os celulares deles não funcionam no pais e os dois ficam completamente incomunicáveis.
Para o meu completo desespero, Jonah e Broderick Wizard estão de volta. Apesar de que Jonah está muito mais "engolível" - vejam bem, ainda o considero o mais chato dos Cahill que estão na corrida pelas pistas, mas mesmo estando longe de ser um exemplo de integridade e lealdade, acredito que o personagem evoluiu muito nesse livro. Conhecemos nesse livro, a mãe de Jonah: Cora, uma mulher tão "simpática" e "agradável" quanto Isabel Kabra e, a partir dessa personagem, dá pra entender muito da personalidade do coitado chato do Jonah.
Quando uma série se estende por vários volumes, elas tendem a ficar chatas e tendenciosas, e fico feliz de constatar a cada novo volume que isso não acontece nessa saga. A dinâmica desse enredo é completamente nova para os leitores pois acompanhamos as peripércias de Amy e Dan em caminhos separados, cada um em uma parte da China, cada um descobrindo um pedaço do quebra-cabeça e fora a preocupação em seguir pistas, desconfiar de quem oferece ajuda, os dois ainda ficam remoendo a discussão que tiveram e imaginando onde e como encontrar um ao outro. Fora tudo isso, as duas crianças continuam constantemente se questionando sobre seus pais, Grace e o incêncio que os matou. Algumas memórias vêm à tona, mas muito pouco nos é revelado.
Como sempre, o livro aborda a história cultural e algumas personalidades do país em que a caçada está acontecendo. A escolha da China, na minha opinião foi muito bem feita, pois o próprio país tem uma carga cultural incrível e também, cheia de grandes mistérios. Dá uma vontade enorme de refazer os passos dos irmãos pela
Cidade Proibida, a
Grande Muralha da China, o
Templo de Shaolin e visitar o
Exército de Terracota.
A discussão que os separou, acaba os unindo mais ainda. Seguindo seus caminhos separados, Amy e Dan se encontrando em mesmo ponto, na busca das pistas: na fronteira entre o Nepal e o Tibete, no encalço da família Holt e outros parentes. Sem muitas revelações no final, somente mais um ingrediente das 39 pistas, achei o final do livro bem fraquinho se comparado ao final de O Ninho de Cobras, que é muito mais excitante e revelador. Mas tudo indica que na continuação, alguns personagens terão muito o que explicar... dá pra conter tamanha curiosidade? Se serve de consolo, é por pouco tempo: os dois últimos livros da série saem aqui no Brasil pela editora Ática ainda esse ano!