Kamylla Cristina 14/06/2017A Tulipa Negra, de Alexandre DumasCornelius Van Baerle é um médico da Holanda, que enriqueceu após herdar a fortuna do pai. Sua paixão, porém, não está na medicina, mas sim na botânica, e seu maior passatempo é cultivar bulbos de tulipas em suas mais variadas formas. Observar as cores, formatos, texturas, cruzar espécies, vê-las florescer é sua única alegria na vida, até que um concurso lançado pela Associação Hortícola de Haarlem chegar a seus ouvidos.
O concurso, que dará como prêmio a quantia de cem mil florins ao vencedor, tem como objetivo a reprodução de uma tulipa negra. O primeiro que conseguir realizar tal feito e apresentar a tulipa à Associação, levará o prêmio.
“Beba, coma e gaste, se você de fato deseja viver. Porque viver não é trabalhar o dia inteiro sentado numa poltrona de couro, num gabinete ou numa loja. “
Encantado com a proposta do concurso Van Baerle se dedica cada dia mais à produção da tulipa negra, o que ele não imagina é que há mais gente de olho em sua criação.
Com inveja do talento e das lindas tulipas produzidas por seu vizinho, o Sr. Isaac Boxtel um renomado botânico holandês resolve acompanhar os avanços de Van Baerle na reprodução da tulipa negra, e acaba bolando um plano para roubar a tulipa assim que florescer, e apresenta-la à Associação como uma criação sua.
Depois de muitas experiências e com três pequenos bulbos, Van Baerle está prestes a conseguir reproduzir a tulipa negra, mas ele é acusado de traição, e mandado para a prisão Buytenhoff em Haia. Assim todo o plano do Sr. Boxtel de se apossar dos bulbos vai por água a baixo.
Cego com o prêmio oferecido no concurso, o Sr. Boxtel segue Van Baerle até a prisão decidido a recuperar os bulbos da tulipa.
Em meio ao seu encarceramento, Van Baerle descobre na filha do carcereiro uma amiga. Rosa, uma jovem muito bonita e interessada nas histórias de Van Baerle, se dispõe a ajudá-lo no cultivo dos pequenos bulbos.
“Em seus sonhos, a grande tulipa negra apagava-se pouco a pouco e seu lugar era ocupado pelos meigos olhos azuis de Rosa. “
A cada dia que passa a amizade entre Rosa e Van Baerle fica ainda mais forte, mas um homem misterioso aparece para tentar destruir os planos dos enamorados.
“Minha querida Rosa, veja como tremem minhas mãos, como meu rosto está pálido e como bate forte meu coração. Não é por causa da tulipa negra. É porque você sorri para mim. Rosa, meu amor, destrua o bulbo da tulipa negra, mas não retire de mim sua voz, seus olhos, a certeza de seu amor. “
Me deparei com esse livro por acaso e achei a capa tão linda (sou dessas) que resolvi dar uma chance à história, e não me arrependi de gastar umas horinhas do meu dia para a leitura. A história se mostrou tão envolvente que não consegui parar até terminar. A paixão do Van Baerle pelas tulipas é tão grande que eu fiquei apaixonada também, e assim que terminei a leitura fui procurar como era uma tulipa negra na internet – é linda!
Não tenho muito o que falar sobra a escrita do autor já que a publicação original desse livro foi em 1850. A edição que eu li é de 2015, uma edição totalmente adaptada à linguagem atual, então foi uma leitura muito fácil e rápida. Estou curiosa para a leitura de mais clássicos assim!!
Curiosidade: A tulipa negra chegou ao brasil em 1851, a primeira publicação foi no Jornal do Comércio. A história foi dividida e publicada no período de 8 de julho a 31 de agosto, levando quase dois meses para os leitores saberem o final da história do criador de tulipas.