Natalia597 17/07/2012
Fome, Michael Grant
O livro começa em um ritmo meio pendendo para o assustador, com o ataque das minhocas carnívoras (sério, eu nunca mais vou entrar numa plantação!) e a morte de E.Z na plantação de repolhos.
Pelo que dá pra perceber, o clima em Praia Pedida é beeem mais tenso: a comida está acabando, Sam Temple - o protagonista de Gone - agora assume o posto de líder da comunidade de crianças normais e aberrações, o que está em uma confusão completa. Depois de três meses, a comida está acabando, e uma separação entre os normais e as aberrações começa a se formar, além do fato de que Albert - o dono do McDonald's - começa uma pequena rixa com o Sam.
Albert quer reinventar a sociedade. Começando pelo dinheiro. Ele tem um monte de ideias malucas em relação à isso: criação de dinheiro, troca de mercadorias por passa na boate, todo tipo de coisa. O que é meio fora do contexto do que eles estão vivendo.
Falando em coisas fora do comum... Pequeno Pete - irmão autista de Astrid, a genia do LGAR e namorada de Sam - começa a desenvolver seus poderes e a falar. Sério gente, se no livro anterior ele disse dez palavras foi demais. Mas agora ele começa a chamar o nome de uma boneca russa, Nestor. Quer dizer, é bem sinistro, especialmente depois que você começa a assimilar algumas relações entre Nestor / Pequeno Pete / e a coisa na mina chamada Escuridão.
Lana, a Curadora, ainda não se curou completamente depois da ida à mina e de ter sua mente tomada pela Escuridão. Agora ela ouve a voz da Escuridão chamando-a, e quer acabar com isso. Lana, numa versão resumida, quer matá-la. Mas o que exatamente iria acontecer se a Curadora acabasse com esse mal?
E na Academia Coates, as coisas não vão lá muito bem. Caine passou algum tempo com a Escuridão e voltou louco. Completamente fora de si, gritando frases do tipo nada-a-ver e, bem... Diana ainda é a manipuladora cruel, mas agora também podemos ver um pouco do ponto de vista dela (eu me surpreendi com algumas passagens). O Drake... bem, um psicopata nunca muda, não é mesmo? Só para pior: agora Drake, o Mão de Chicote, quer assumir o lugar de Caine e, por consequência, a liderança.
Eu esperava mais no estilo de Gone, ou seja: mais mistério sobre o LGAR, sobre a Escuridão e coisa e tal. Mas agora o autor partiu para os problemas do que isso tudo causou, além dos problemas pessoais dos personagens. Todas as emoções são mais fortes, e algumas mais doidas também.
Mas tem o seguinte: você começa a ler, e depois de certo ponto vai dormir pensando: "Deus, o que vai acontecer? Acho que ainda dá pra ler mais um capítulo...". Demora um pouco para pegar no tranco, mas quando arranca não para mais. É muito emocionante, e em alguns momentos dá vontade de não acabar nunca mais.
Se você começar a ler, vai ter um capítulo muito bizarro com o Duck. Pois bem, eu subestimei o garoto. Ele, no fim das contas (e do livro) é um herói (#chorei). Mesmo pensando que a Orsay teria um papel maior. Destaque para Brianna, Jack (querido Jack, amorzinho, eu vou te matar, traidor!!!!), Dekka.
Os únicos pontos mais baixos foram: a demora para entrar em foco em alguma coisa e o estresse de Sam (amigo, também não precisa dramatizar tanto, é?).
Resenha original do blog "Artigos em geral":
http://nat-furlan.blogspot.com.br/2012/07/livro-1-fome-de-michael-grant.html