Andresa Dias 05/04/2012Fome por Andresa DiasEsta resenha está no Blog Leituras & Fofuras:
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Como o próprio título do livro indica todo mundo está com fome nesse novo volume porque durante três meses desperdiçaram o que tinham e o resto estragou. Sam foi nomeado o prefeito da Praia Perdida e tem que lidar com problemas o tempo inteiro, todos os dias, e muitos desses problemas são coisas bobas e ele está mais sobrecarregado do que nunca cuidando do pessoal.
Apesar das coisas bobas para se resolver, tem o problema da comida. Ninguém quer ajudar a procurar o que comer ou ir a plantações colher o que há por lá. Ninguém gosta de ajudar nas tarefas que lhe são atribuídas, como ajudar na creche, limpeza, etc. As crianças só pensam em jogar e brincar.
Novos personagens entram na trama, cada um com sua importância, novos poderes surgem e com isso novos conflitos entre os que tem poder e os que não têm.
“Nós não estamos vencendo. Você sabe, certo? Não estou falando dessa luta. Estou falando da grande luta. A sobrevivência. Não estamos vencendo. Estamos morrendo de fome. As crianças comendo os bichos de estimação. Estamos nos dividindo em grupinhos que se odeiam uns aos outros. Tudo está fugindo ao controle.” [Pág. 342]
Algo muito estranho está acontecendo com o pequeno Pete e assustando Astrid e Sam. Albert começa a se tornar muito ganancioso e começa a armar um plano. Lana tem um novo propósito muito perigoso. Caine acordou de um coma e três meses e está mais perigoso que antes. Drake tem sede de poder e sangue.
“A técnica era chamada de concretagem. Implicava prender as mãos de uma criança num bloco de cimento. Os blocos pesavam 20 quilos. O simples peso deixava as crianças impotentes. A princípio os capangas de Caine as alimentavam com pratos no chão, como cachorros. [...] A alimentação ficou menos frequente. E então parou por completo. Taylor havia comido mato que nascia no meio do cascalho.” [Pág. 286]
A Escuridão continua mexendo com a cabeça de algumas pessoas e elas estão começando a obedecer suas vontades.
“Ela não poderia subornar a Escuridão. Mas talvez, talvez... pudesse matá-la.” [Pág. 224]
No segundo volume da série encontramos os mesmos perigos que em Gone, novos poderes, novos possíveis vilões, sangue, distúrbio alimentar, discriminação, brigas, canibalismo e medo. Quem já leu o primeiro livro da série sabe que ele não é uma leitura para qualquer um.
“Astrid olhava para cada rosto, procurando a humanidade que deveria falar a eles, fazer com que parassem, mesmo agora. O que via era loucura. Desespero. Eles estavam famintos demais. Apavorados demais.” [Pág. 479]
Michael Grant continua sua narração da mesma forma, em terceira pessoa, sob o ponto de vista dos vários personagens, o que eu adoro porque podemos saber o que cada um deles está passando e pensando em determinados momentos.
--- Andresa Dias ----
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