M. Scheibler 24/05/2013Apesar de já ter assistido ao filme, em nenhum momento ficou aquela coisa de “já vi isso e sei o que vai acontecer”. A leitura fluiu muito bem justamente por eu saber como era a cara dos personagens e também por ter achado muitos pontos positivos na trama.
Independente de estar satisfeito ou não com o trabalho, é duro ser demitido, ainda mais quando a pessoa vem com os papos de que “você é um bom funcionário, mas precisamos cortar gastos”. É o que acontece com a protagonista, que vê seu emprego numa emissora de televisão ruir. Pouco tempo depois consegue uma nova chance, dessa vez assumindo o cargo de produtora executiva de um programa com baixíssimo índice de audiência e recursos limitados. Os produtores anteriores não duraram muito tempo no emprego e ela parecia ser apenas mais uma.
Mas ela viu uma enorme oportunidade ao saber que seu âncora favorito, aquele que ela via nos telejornais antigamente, tinha um contrato que o obrigava a não ficar parado por um período “x” de tempo, pois corria o risco de perder o dinheiro que ganharia ociosamente. Ele, egocêntrico e sarcástico, tira a protagonista do sério diversas vezes, mas ela, com imenso profissionalismo, contorna todas as situações com maestria.
Ela vive para seu trabalho, o que atrapalha inteiramente sua vida amorosa. O vício no trabalho pode gerar muito desconforto, pois as outras coisas tendem a ser deixadas de lado.
A relação profissional entre os dois sofre um abalo forte e ela aceita a entrevista para um grande noticiário, mas numa jogada de mestre, o âncora consegue trazê-la de volta. Certos detalhes fazem toda a diferença, seja no âmbito profissional quanto pessoal. Saber lidar com cada pessoa, adaptando-se ao seu jeito de ser, é imprescindível para se obter um ambiente saudável. Essa última sentença é o resumo dessa excelente obra.