Estela d'Alva 22/12/2020
Espera
Sam está se acostumando à sua nova vida. Não mais um lobo; ele se permite sentir, sem medo de se esquecer, sem medo medo de ser tomado pelo animal que um dia fora. Grace também só queria uma vida normal com ele - e uma cafeteria vermelha. Ela queria que aquilo - seja lá o que estivesse acontecendo com seu corpo - parasse. Decerto era só uma virose. Grace, lá no fundo, sabe que não.
Cole havia sido recrutado por Beck, já um lobo por completo. Parece que ele só causará problemas. Enquanto isso, Isabel, ainda assombrada pela morte do irmão, tenta superar sua culpa, afinal, independentemente do que os outros diziam, ele estava morto por sua causa.
Em "Espera", há um novo personagem: Cole. Nas passagens narradas por ele, o leitor consegue de fato entender seu comportamento, sua história e seu desejo inegável de se tornar um lobo para sempre - ele quer uma saída, o esquecimento de tanta dor que havia causado às pessoas ao seu redor. Seu "relacionamento" com Isabel é incerto. De uma forma ou de outra, ele procura redenção, uma de suas características mais marcantes.
A narrativa, como no primeiro livro, é leve e poética. Apesar de ser "devagar", o psicológico e emocional dos personagens é muito bem explorado e contextualizado.