Natanael Nonato 07/09/2021
O amor é muito belo!
Hoje finalizei o diálogo platônico O Banquete. Nele, um grupo de intelectuais gregos se reunem em um banquete e se propõem a discursar sobre o Amor. Enquanto a maioria dos oradores se refere ao Amor como um Deus, o discurso de três dos integrantes são, em minha visão, os mais interessantes. Não é nenhuma surpresa que a relação amorosa entre dois homens fosse considerada natural e até valorizada entre a alta sociedade grega antiga. O discurso de Aristófanes só confirma a naturalidade do tema entre aquele povo ao dizer que estamos à procura da nossa metade independentemente da sexualidade. Sócrates, ao contrário dos primeiros, diz que o amor nao é um deus, mas um intermediário entre os deuses e homens e que o amor é a falta daquilo que não se tem. Além disso, Sócrates também descreve a origem do Amor, aprendido com Diotima. Por último, mas não menos importante, foi o discurso inflamante de Alcibíades. Bêbado e, pelo visto, ainda ressentido, ele diz o quanto idolatra Sócrates pelos discursos, inteligência e personalidade. Apesar de Alcibíades ser um belo jovem, conhecido por participar de guerras, ele conta como foi rejeitado por Sócrates após ter tentado de todas as formas dormir com ele. De fato conseguiu dormir ao lado dele, mas nada além disso! Enfim, uma ótima leitura para saber a opinião dos gregos antigos sobre o Amor. Um diálogo platônico a menos para ler!