Clarissa

Clarissa Erico Verissimo




Resenhas - Clarissa


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Mila F. @delivroemlivro_ 14/09/2011

Claridade, luz do dia
Clarissa foi originalmente publicada no ano de 1933, ano de grande efervescência na literatura brasileira, pois se trata do período de transição entre a primeira e segunda geração modernista, tanto é que esta obra carrega características peculiares a ambas as gerações. Escrita por Érico Veríssimo, um dos escritores mais populares do século XX, nascido na cidade de Cruz Alta (Rio Grande do Sul) em 1905 e faleceu em Porto Alegre em 1975, vítima de um enfarto. Entre suas obras mais conhecidas estão: Olhai os Lírios do Campo (1938); O Tempo e o Vento (1949) e Incidente em Antares (1971).
Esta novela vem a tratar da vida de uma menina-moça de 13 anos que ‘amanhece’ para a vida: Clarissa, que mora na pensão da tia Eufrasina e do tio Couto, lá ela contempla a vida com seus olhos inocentes e tenta desvendar seus mistérios: “Todos tem um segredo, todos tem um mistério”. Desse modo, Clarissa contempla os dias, as pessoas e tudo ao seu redor e, a partir desta contemplação, vai descobrindo que a vida não é colorida como sempre pensou “A vida é má, menina, a vida envenena”.
Mesmo com sua percepção infantil e já quase adolescente, Clarissa vê e sabe de coisas que outras pessoas não sabem: Ondina trai o marido, Barata, com Nestor; Amaro é um músico triste e frustrado; a tia Eufrasina é uma mulher conservadora que não se adaptou ainda a modernidade e aos novos ‘costumes’, na casa ao lado mora uma viúva que trabalha dia e noite, noite e dia para conseguir dinheiro para cuidar do filho mutilado, do outro lado há uma casa rica com crianças felizes, musica e alegria.
Neste meio tempo, outra personagem que se sobressaí é Amaro, o músico, que vive a vida a contemplar a juventude de Clarissa, como a se arrepender por não ter aproveitado a sua. Amaro vive nostalgicamente do passado, a divagar e a relembrar cenas de sua infância e adolescência.
Clarissa é uma novela que apesar de ser uma prosa poética e apresentar uma sensibilidade incrível – mostra o tato do autor ao narrar e descrever cenas com todos os matizes e cores é impressionante – vêm a abordar temas polêmicos inerentes as atualizações modernas como questões sociopolíticas, filosóficas, enfim.
Muito me agradou a leitura de Clarissa, mostra que Érico merece todos os méritos que um romancista pode ter, pois sua forma de contar história, a forma como mostra a personagem Clarissa despertando para a vida, vendo seus sonhos e fantasias infantis serem destruídos à medida que cresce é fantástica!
Não poderia deixar de indicar este livro para todo e qualquer leitor que tenha sensibilidade, que aprecie uma boa leitura, que goste de uma linguagem poética. Posso afirmar que a leitura não é cansativa, pelo contrário.

[por: Camila Márcia]
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Janete 18/08/2011

Uma menina incrível
Esse livro fala de uma menina sensível, amável, ingenua. Ela via o mundo de forma poética a natureza era a sua inspiração. Clarissa, vi nessa menina um sentimento puro que até deu vontade de que fosse uma pessoal real. Amei ler esse livro.
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Ricardo Rocha 23/03/2011

De repente me transporto
Desde que [eu soube que] Érico Veríssimo traduziu “Êxtase” (Bliss), de Katherine Mansfield, como “Felicidade”, meio que o abandonei. Mas foi só uma infelicidade, digamos assim... Bacana notar que EV não despreza, como a maioria dos autores populares, um través de fluxo interior de consciência em meio à narrativa tradicional, elegante aliás – como se a sofisticação da escrita (que também no caso é sua simplificação) fosse prejudicar a leitura de seu público. Não. Ele o usa com singela maestria.

Gosto muito desse tipo de narrativa com uma linha condutora, desde que bem feita. Clarissa é a própria. Recentemente li Niels Lhyne, que à sua maneira, à maneira de Jacobsen, também faz esse papel. Na verdade, a vida em torno de um e de outra é a mesma. Mudam os lugares, os tempos, mas é a mesma. Em algum momento, Clarissa se aproxima muito de “A Pensão Tellier”, de Guy de Maupassant, em que os hóspedes simpáticos seguram a trama para que ela se desenvolva no que tem talvez de mais importante, livrar-nos da permanente tentação de gostar ou não gostar por meio de uma reflexão que nos afaste da leitura em si e de nós se aproxime. De repente com Clarissa me transporto para tempos antigos e revejo as minhas escolhas, e de algum modo posso refaze-las – isso, que se chama mudança, não será a razão de ser da literatura?"

Gosto de pensar que Clarissa logo irá a um cinema sozinha e fará uma amizade que talvez depois se transforme em amor. Amor de verdade, quer dizer, baseado na liberdade. Ela estava precisando conforme se aproximava o fim do livro. Não gosto de imaginar que Clarissa sentirá o fascínio do canalha, que não raro logo deixam (ou entram) n(a) adolescência tantas mocinhas sentem. Mas sentirá o êxtase de estar viva, sem que necessário sinta o êxtase duma outra vida na sua. Que fará bom proveito, enfim, de sua contemplação: “ Olha em torno. silêncio. as vidraças fuzilam ao sol. as nuvens se desfazem no céu. Quando? quando? quando? Mas ninguém lhe responde. Silêncio ainda: e dentro do silêncio o ruído mole e abafado dos pneumáticos rolando no chão cimentado. Casas, árvores, veículos, transeuntes, postes - tudo passa. Clarissa lembra-se duma fita que viu certa vez: uma locomotiva correndo a toda a velocidade: os trilhos luziam, a paisagem girava, dando tonturas na gente. O auto roda, roda... o vento fustiga o rosto de Clarissa, agita-lhe os cabelos. Adeus! adeus!”
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Adriana 05/12/2010

Poético
Um livro que nos mostra a inocência do início de adolescência de Clarissa, suas descobertas, sua visão de mundo ainda um tanto quanto pura. Por isso, talvez "poético" seja o adjetivo que lhe cabe melhor.

Talvez por já estar acostumada com outras obras de Erico Verissimo, que retratam personagens com dúvidas existênciais mais profundas, e com "dramas" pessoais mais sérios, não me afeiçoei tanto a "Clarissa", embora o livro tenha uma beleza quase inocente transmitida por meio dos pensamentos, anseios e idéias de Clarissa, e possua seu valor.

Acredito que concordo com o próprio Erico Verissimo, quando disse que "Clarissa" lhe parece um livro escrito em aquarela, vendo a vida por uma espécie de "filtro", que a torna mais bela do que de fato é. Por isso ele pode causar um pouco de estranheza a quem está acostumado com os livros mais densos de Erico.
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Marcela 30/10/2010

O Despertar
Acredito que muitas das amigas leitoras deveram, ao menos por um segundo, ter sentido uma certa familiaridade com a "Clarissa". Talvez não com a mesma pureza, mas Erico descreveu muito bem esse despertar de menina para moça. Toda essa forma sonhadora e poética de encarar o mundo. Sonhos comuns como "Andar de bonde", até mesmo suspirar por um "Príncipe sapo" como ela. Li Clarissa com saudades dessa minha fase, onde tudo era romantizado, onde eu despertava para o mundo, onde através de minha "janelinha interior" encarava o mundo com anseios e sonhos que já pude hoje realizar. Clarissa fora um presente querido que aniversariava em minha estante. Fora uma leitura agradabilíssima que acaba de entrar no Rol das preferidas.

Vamos lá...

Erico Veríssimo fora muito feliz em polarizar o "Despertar" para a vida da adolescente Clarissa com o temperamento descontente e frustrado de Amaro, músico que trabalhava num banco e nutria uma afeição secreta pela menina. Clarissa era uma garota do interior que viera morar com os tios na capital Porto Alegre onde estudaria. Moravam todos numa pensão onde os tios de Clarissa eram os donos. A narrativa é simples e poética, por muitas vezes, hipnoticamente, pude sentir o cheiro das flores e as brisas frescas que Erico descrevia, qualidade impar de Erico Veríssimo é sua riqueza de detalhes, por vezes me vi rindo de tão boba ficava. Tia Zina, Tio Couto, Amaro, Major Pombo, Tonico foram os personagens que nutri um carinho especial e me lembrarei por um longo tempo. Agora que venha "Música ao longe", quero muito conhecer o "Primo Vasco". ^^

Mereceu 5 estrelinhas. =)


Luis Netto 28/10/2010

Clarissa
Erico Veríssimo em sua obra Clarissa, logo nas primeiras páginas conquista o leitor com a personagem Clarissa, uma mulher forte, mas simples e humilde. Ela sempre respeitava tudo e todos, mas nunca deixava de impor suas vontades e necessidades. Era uma pessoa boa e com grande capacidade de expressar seus desejos e vontades.
Clarissa tinha um amigo chamado Amaro, rapaz de quarenta anos mas muita vitalidade física e espiritual. Estes motivos aproximaram Clarissa de Amaro,que a encantava com sua garra e determinação. Através destes personagens é que Erico Verissimo desenvolve o romance deste livro.
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Paula! 26/02/2010

Poesia em formato de prosa.
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OceaneMontanea 15/01/2010

Simplesmente Veríssimo
Clarissa é o que é. Não tem nada demais, não tem grandes lances de mistério ou de surpresa, não tem histerias amorosas, nem brigas heróicas, mas tem a narrativa de Veríssimo, que mesmo sem tudo isso conseguiu fazer com que o livro se tornasse belo. A história é o cotidiano, os pensamentos e dilemas de uma pré-adolescente, com aquilo que nós todos sabemos: escola, família, poucos amigos, confusões, perguntas, enfim...
Cada momento do livro transcorre sem muito alvoroço, tranquilamente, como nossas próprias vidas. A diferença é que em nossas vidas, nem sempre captamos a beleza de cada coisa. Levamos tudo no prático, com muita rapidez, muita pressa, pouca análise. "Clarissa" tem tudo isso que nos falta. Tem beleza nos detalhes do dia-a-dia, tem calma, tem concentração, e enxerga um mundo que nos é tão corriqueiro, mas que muitas vezes não conseguimos ver (leia-se "sentir" no sentido mais amplo da palavra).
No livro há também Amaro. Um cara silencioso, que vive só com sua música, suas paixões quietas, e que intriga Clarissa. Grande parte das sensações do livro nos são passadas através de seus olhos. É como se Clarissa fosse todo o fôlego da juventude, toda a vida e os planos, e Amaro fosse o retrato daquilo que se frustrou. Um homem, que em sua juventude, assim como Clarissa, sonhou e esperou tudo o que o mundo podia lhe dar, e agora se depara com um nada, com a falta de movimento.
Vai um trecho do livro que retrata esse sentimento:

"Amaro fica olhando para fora, através das janelas por onde a luz do meio-dia escorre. O seu corpo está aqui na sala de refeições da pensão de D. Eufrasina Couto. Mas o pensamento voou para longe. Uma vez há muitos, muitos anos, um menino olhou a vida com olhos interrogadores. Tudo era mistério em torno dele. Era numa casa grande. O arvoredo que a cercava amanhecia sempre cheio de cantos de pássaros. O mundo não terminava ali no fim daquela rua quieta, que tinha um cego que tocava concertina, um cachorro sem dono que se refestelava ao sol, um português que pelas tardinhas se sentava à frente de sua casa e desejava boa tarde a toda a gente. Não. O mundo ia além. Além do horizonte havia mais terras, e campos, e montanhas, e cidades, e rios e mares sem fim. Dava na gente vontade de correr mundo, andar nos trens que atravessavam as terras, nos vapores que cortam os mares. Andar... Nos olhos do menino havia uma saudade impossível, a saudade de uma terra nunca vista. Um dia- quem sabe?- um dia um vento bom ou mau passa e leva a gente. Um dia...
-Amaro, meu filho, que é que você quer ser?
-Marinheiro. Pra viajar. Ou maquinista pra viajar também.
Mamãe sorria e continuava a bordar. Tinha uns olhos bons e um jeito todo especial de olhar para os outros. Papai falava grosso. Tinha bigodões retorcidos e uma enorme medalha de ouro presa à corrente do relógio. -Meu filho, um homem precisa fazer força para triunfar. Só os fracos é que se abatem diante da vida.
Papai dizia isto sempre, com a testa franzida, sacudindo a mão fechada no ar; e a medalha grande dançava contra o colete escuro.
Lutar... Amaro sentia arrepios. Lutar. Luta era sangue. Lutar era ferir e ser ferido. Homens que vencem e são vencidos. Mas que é o triunfo, que significa vencer? Não seria melhor ficar sempre e sempre ali, junto da mãe, na cidade natal, na rua humilde onde havia um cego que tocava concertina, um cachorro sem dono que se refestelava ao sol e um vendeiro português que pelas tardinhas...
-Posso trazer o almoço, seu Amaro?
Na sua frente, Belmira sorri com dentes alvíssimos. Amaro sacode a cabeça afirmativamente.
-Pode.
Enfim... Eram recordações boas. Tudo aquilo tinha ficado muito longe no passado. Verdade é que a gente nunca esquece a infância. Pieguices? Mas, que é que a vida pode nos oferecer de melhor, de mais puro?..."
Taryne 29/04/2010minha estante
Incrível a sua resenha! Adorei o modo como descreveu o estilo de Erico. Nas obras dele, a natureza é quase personagem e nas nossas vidas também, apesar de não notarmos.

Amei mesmo! Parabéns (:


Felipe 25/07/2010minha estante
perfeita resenha, descreveu de forma brilhante e sucinta toda a história.


Marília 24/06/2011minha estante
Ótima resenha Kelly.
Li Clarissa quando tinha 12 anos, na sétima série, como uma leitura obrigatória.
Ao contrário de muitas amigas, que acharam o livro muito monótono, adorei a narrativa calma retratando essa passagem de menina para moça,com todos os sonhos, desejos e a curiosidade. O que você descreveu perfeitamente.


Bruno 10/01/2013minha estante
Muito boa resenha, Kelly! Você captou perfeitamente o que o livro significou pra mim ao dizer que "Cada momento do livro transcorre sem muito alvoroço, tranquilamente, como nossas próprias vidas. A diferença é que em nossas vidas, nem sempre captamos a beleza de cada coisa. Levamos tudo no prático, com muita rapidez, muita pressa, pouca análise. 'Clarissa' tem tudo isso que nos falta."


Aline 16/10/2013minha estante
Linda resenha, assim como o texto do Erico Verissimo. Gosto de descrever Clarissa como uma poesia em forma de prosa, de tanta beleza que há no livro.


Kika 29/07/2015minha estante
Exatamente isso. Li Clarissa aos 14 anos. E esse livro me impactou de tal maneira que 22 anos depois quando nasceu minha primeira filha, dei-lhe o nome de Clarissa.


Aline 11/12/2017minha estante
adorei seu título, mas também poderia ser algo como "verissimo sendo verissimo" - parabéns pela resenha!




Marlo R. R. López 30/12/2009

Clarissa é uma história extremamente lírica, poética e romântica, coisa de que antes eu não gostava muito, mas que agora passei a apreciar. (Por que não um pouco de lirismo para nos fazer sonhar neste mundo tão grotesco?) O livro nos fala sobre a construção da personalidade de uma garota ingênua de 13 anos que, em contato com as pessoas e coisas da sociedade, começa a montar o seu caráter diante do mundo.

Resenha completa em: www.artigosefemeros.blogspot.com
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Mah 05/12/2009

Eu não gostei muito desse livro, pq passei o tempo inteiro esperando que algo emocionante acontecesse, mas tudo oq vi foi uma menininha crescendo e um hóspede mais velho se apaixonando por isso e pela felicidade e doçura que ela exalava.



Mesmo assim, merece uma resenha, pq qndo eu acabei ele, por mais que não tenha ficado mto satisfeita, senti falta das vezes que eu imaginava o quintal florido, a descrição de um Brasil mais 'puro' e 'conservado' e aqueles sóis da manhã, as noites iluminadas por estrelas e a lua cheia. Tudo isso ainda me faz sentir um pouco de nostalgia, pq Érico Veríssimo soube me fazer imaginar um lugar lindo, que eu queria visitar mais vezes.





No final das contas... o ambiente me cativou muito mais que a história em si :)
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rosangela 20/11/2009

Clarissa – Érico Veríssimo ( RS) – Ed. Verbo, 1971






Narrativa em terceira pessoa, onisciente, descreve personagens silenciosos que ultrapassam o autor em suas histórias criativas ao divagar horas e horas.



Clarissa a personagem principal, uma menina silenciosamente cria seu mundo e dele revira tudo do jeito que deseja...Sonha e sonha...com seus 13 anos inicia o romance e com seus 14 abandona o livro, voltando para sua terra, um sítio do interior ao terminar seus estudos na pensão de Eufrasina, tia Zina, onde podia observar, descobrir e analisar tudo que via através dos hóspedes tão diferentes em suas idéias e personalidade.



A temática parece ser a introspecção...o mundo subjetivo de cada pessoa, ainda que Amaro, um inquilino de 40 anos que amava compor e ser poeta e que sobrevivia pelo emprego bancário, era sem dúvida parecido com Clarissa no seu silêncio e aprofundamento de tudo que observava, diferindo apenas que era infeliz por nada ter conseguido na capital de seus sonhos artísticos. Já Clarissa começava a vida, era alegre e até gostava de conversar mas adultos não conseguem dar todas respostas que um jovem adolescente necessita saber. E então, com a tia que a tolhia até de sair para seu bem, só tinha noticias de seu mundo adolescente através de duas amigas irmãs que saiam e namoravam muito. Clarissa analisava cada hóspede e por Amaro a curiosidade era maior, de tão calado que era. E Amaro amava contemplar Clarissa, amava-a silenciosamente, afinal 25 anos os separavam na idade.



Érico mostra personagens puros, personagens mais atrevidos e consegue num misto de idéias criar uma expectativa durante toda a leitura e que nunca se concretiza. A idéia que se tem é que alguma coisa forte vai acontecer na pensão, mas o único acontecimento que escapa e que movimenta a trama é a morte de Antônio Conceição Barbosa o Tonico, rapaz que sofreu acidente de trem e perdeu as pernas e que seu sonho era ser soldado e ir para guerra. Vivia na cadeira de roda exposto ao sol, esquecido ao sol. no quintal da casa vizinha à pensão.



Há informações de todos os pensionistas porém Amaro é um pouquinho mais importante por sustentar até o final da história um romance que se sugere entre ele e Clarissa, mas que não acontece.



O final também, nas últimas linhas, o autor revela o quanto Amaro se interessava por Clarissa ao colocá-lo no quarto dela, vazio, após sua partida e fazendo Amaro levar o maior susto ao ouvir uma voz gritar: Clarissa. Foi como se tivessem descoberto seus mais íntimos sentimentos. Porém o autor deixa suspeitas de que era apenas o Mandarim a gritar – o papagaio.

Uma leitura leve e gostosa, que fala de nós mesmos, personagens constantes dessa vida de existir e ser alguém. Cada um acredita e vive do jeito que acha melhor, cada um tem sua crença, sua vida e seus conhecimentos internalizados, e cada um vive como lhe foi possível viver.



A pensão é de classe média, com estudantes, velhos e a única criança. Clarissa. Até os animais fazem parte da história, cada um ao seu jeito de viver. Desde uma simples formiga, ao cachorro de rua, ao papagaio ou pirolito, peixinho que amaro lhe dá de presente nos seus quatorze anos.



Enfim, é um romance com narrativa psicológica que questiona a vida e as nossas ocupações na sociedade, a diferença entre os sonhos e os pensamentos com a realidade, a prática para sobreviver.



Uma história que tem de tudo que a vida tem até hoje, pessoas de todos os tipos e gostos numa luta igual para apenas poder existir dentro de um sistema que preza pela produção e consumo da vaidade.


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Aninha S.R 30/04/2009

muito bom, me encantei com a doce garota...
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Dani 07/04/2009

Abandonei....
Parei de ler na página 89...acho que não era o momento...tentei dar uma chance à inocência de Clarissa, mas não consegui me apaixonar por ela.










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