Clarissa

Clarissa Erico Verissimo




Resenhas - Clarissa


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Books Academy 17/07/2013

Resenha: Clarissa

Clarissa tem 13 anos. Cresceu em um sítio com os pais mas teve que se mudar para a cidade grande e viver na pensão da tia, Dona Eufrasina, para estudar em uma boa escola e se tornar professora. Só então voltaria para o interior para exercer a profissão.

"Fora, o luar cresce, tênue, inundando a paisagem.Clarissa infla as narinas. Parece-lhe que o luar tem um perfume todo especial. Se ela pudesse pegar o luar, fechá-lo na palma da mão, guardá-lo numa caixinha ou no fundo de uma gaveta para soltá-lo nas noites escuras…"

Ela, uma garota despreocupada, vive brincando no jardim da pensão e distribuindo alegria por onde passa.

Curiosa, vai descobrindo os detalhes do mundo no decorrer da história. Começa a protestar, a questionar as coisas. Como por exemplo o por quê de o vizinho do lado ser pobre e não poder andar por conta de um acidente enquanto os vizinhos do lado oposto eram ricos,com filhos saudáveis e uma vida aparentemente perfeita.
Por que Deus permitia tais coisas?

O livro é cheio de personagens e mostra os sentimentos e pensamentos de cada um deles detalhadamente.

Na pensão, entre tantos hóspedes, vive Amaro, um homem solitário, calado e deprimido que passa seus dias tocando musicas tristes em seu piano, trancado no quarto.

Mas, de alguma forma, há algo em Clarissa que o deixa intrigado, toda a felicidade na garota, exatamente o oposto dele, o faz gostar cada vez mais dela.

Clarissa finalmente completa 14 anos e tem a permissão da mãe para usar sapatos de salto alto, o que na época, significava que ela estava se tornando mulher.

Para Amaro essa mudança é gigantesca, a garota teria mudado completamente da noite para o dia?

Um certo interesse começa a surgir dentro dele, que sabe que esse amor seria impossível, ele teria que deixá-la viver a própria vida, do seu jeito, sem saber de seu amor.

"O olhar morto passeia em torno, vê as imagens familiares: a cama desfeita, os livros da noite, empilhados sobre o mármore da mesinha-de-cabeceira, a escrivaninha com papéis em desordem; nas paredes brancas, a máscara mortuária de Beethoven e o espelho oval por cima da pia, o espelho que rebrilha, refletindo na superfície lisa o semblante dum homem triste..."






site: Confira esta e outras resenhas em: books-academy.blogspot.com.br
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Clari 16/07/2013

Um livro lírico,romântico... Conta a história de uma menina inocente e pura que desperta da adolescência... É um livro calmo, onde a personagem, Clarissa, encontra beleza nas coisas simples da vida. Vale a pena ler.
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Camilla 11/05/2013

Inesquecível
Esse livro é realmente lindo e encantador, não há acontecimentos bombásticos, reviravoltas, tramas, romances ou surpresas. Ao contrário, ele trata do cotidiano dos moradores de uma pensão e da vida de Clarissa (a personagem principal) uma menina que vai amadurecendo ao longo da história e contempla a vida com seus olhos inocentes e tenta desvendar seus mistérios .

Clarissa, é uma adolescente de 13 anos filha de fazendeiros, que vai estudar na cidade grande e mora na casa de sua tia (onde funciona uma pensão) . Uma menina extremamente meiga que vai descobrindo que a vida não é um "conto de fadas" como ela imaginava . Por ser uma menina silenciosa, o livro se organiza em uma narrativa psicológica, onde são mostrados os pensamentos da adolescente que questiona a vida e as nossas ocupações na sociedade.

Muito me agradou a leitura de Clarissa, pois , a forma de como a história é narrada, a forma de mostrar aquela menina tão sensível, amável e ingênua amadurecendo, despertando para os mistérios da vida, vendo seus sonhos e fantasias infantis serem destruídos à medida que vai crescendo é fascinante.
Ela via o mundo de forma poética, a natureza era a sua inspiração, Clarissa com um sentimento puro de menina, vai se tornando mulher e aprendendo que a vida não é tão doce, mas também possui seu lado amargo.

Ao ler esse livro, acabamos nos identificando com um personagem ou outro, e vamos percebendo que essa história trata da realidade de cada um de nós, nossos medos, segredos, dúvidas, sentimentos, desejos, sonhos e ilusões . Muitos leitores dizem, que (assim como eu) ao ler Clarissa se emocionaram profundamente existem também alguns que chegaram até a chorar, pois estavam tão envolvidos com a história que a emoção falou mais alto.

Mergulhei de cabeça nesse livro e afirmo : Experimentei um belo mergulho . Eu não poderia deixar de indicá-lo, ele possui uma história envolvente, e uma leitura fácil e prazerosa, ideal para quem quer relaxar lendo um bom livro. Separei um trecho do livro que na minha opinião, se resume perfeitamente com a doce menina Clarissa.

"Amaro fecha o livro e olha o jardim. Por que será que lhe vem à memória a imagem de Clarissa? Clarissa é parte integrante deste jardim florido e luminoso, Clarissa é como a relva veludosa, como as glicínias, como as margaridas, como as rosas. Clarissa é qualquer coisa de agreste e puro. Clarissa é música e é poesia, menina e moça - olhos abertos para o mistério da vida, alma que amanhece".
- Página 87, capítulo 15.

Resenha por : Camilla Victória
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Sabrine Borges 02/04/2013

Clarissa é uma jovem de 13 anos que mora na pensão da tia enquanto estuda em Porto Alegre. Ela é uma jovem curiosa, descobrindo o mundo, a adolescência e a vida. Não gosta muito de escola, sente saudades da fazenda em sua cidade natal, Jacarecanga e observa as pessoas que moram na pensão da tia e na vizinhança: Ondina, a infiel esposa de Barata; Amaro, o músico triste e contemplativo; o distraído major; a conservadora tia e seu desempregado marido; a família rica que mora ao lado e a viúva com o filho mutilado. Este último, Tonico, perdeu as duas pernas num acidente de bonde e sonha em marchar com exércitos. Frágil, acaba morrendo. Quanto a Amaro, este sempre contempla Clarissa, sua juventude, sua inocência, sua beleza aflorando da menina que vai se tornando moça. Clarissa faz 14 anos (e ganha permissão para usar salto alto) e passa na escola. O livro acaba com Clarissa voltando para Jacarecanga (e encontrar o primo Vasco) enquanto Amaro fica triste na pensão a pensar nela. O primeiro romance de Erico Verissimo, Clarissa apresenta um panorama da vida de uma jovem na Porto Alegre de 1932 e começa a história que se estenderá por seus romances da primeira fase
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Egídio Pizarro 19/03/2013

Não há uma grande trama em "Clarissa". Há uma história muito simples: a visão de uma pré-adolescente e suas impressões, descobrindo o mundo à sua volta.

Mas é uma simplicidade escrita por Érico Verissimo. E possui um lirismo inspiradíssimo, típico do grande mestre.

Livro belíssimo.
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Jeff 09/03/2013

Além dos olhos de Clarissa
Fiquei algum tempo decidindo se Clarissa seria realmente a minha próxima escolha pra resenhar. Como esse é um dos meus livros favoritos, fico sem palavras pra conseguir descrever bem o que se passa nessa história. Eu poderia vir aqui e dizer que é simplesmente uma crônica sobre o cotidiano de Clarissa, mas estaria mentindo, de certa forma. Veríssimo se preocupa, sim, em contar a infância (ou pré-adolescência) da menina Clarissa através dos fatos de seu dia-a-dia, mas não se esquecendo de espelhar aos olhos dela as histórias de todas as outras pessoas que a cerca. A protagonista nos é apresentada inicialmente a partir da perspectiva de Amaro, um músico recluso que vive na pensão de Dona Zina, pensão esta que serve de cenário para a história toda. O músico nutre por Clarissa uma paixão secreta, tomando-a como uma musa para suas inspirações nos momentos de reclusão, quando toca seu piano.

Filha de fazendeiros, a menina foi à Porto Alegre buscando completar os estudos, com o sonho de se tornar professora, e encontrou lar na pensão da tia Eufrasina juntamente com outros entes que ali vivem, discutindo política, o tempo e fofocando sobre a vida dos vizinhos ricos. Nesse ambiente triste, Clarissa se depara com realidades que sua simplicidade infantil antes desconhecia, tal como a infidelidade de Ondina a seu marido Batata, a difícil deficiência do vizinho Tonico e o sofrimento de sua mãe, as lamentações da viúva Dona Tatá, cuja pobreza contrasta com a abundância material dos vizinhos da frente. Ainda vivem na pensão outras figurinhas, como o judeu Levinsky e sua constante crítica à política atual e ao cristianismo e também o já citado Amaro, o músico solitário e misterioso. A vida literalmente passa diante dos olhos de Clarissa, que a observa e questiona, filosofando sobre a existência à sua própria maneira.

Pra mim é maravilhosa a simplicidade com que Érico Veríssimo retrata o cotidiano da pensão de Dona Zina, traduzida em frases simples que carregam um tradicionalismo despreocupado, tal como se observa em algumas passagens:

“Ó Belmira! Me traz um café bem gostoso. E anda ligeiro, meu bem, porque tenho o que fazer.”

“Não há dúvida: a primavera chegou. Os pessegueiros estão floridos, as glicínias se debruçam sobre o muro, o menino doente já mostra no rosto magro a sombra dum sorriso.”

Também não me passa batido o leve tom existencialista que Veríssimo despeja em palavras para passar ao leitor exatamente o que pensam e sentem os indivíduos que residem na pensão, tal como pode ser observado em alguns trechos como:

“Nos olhos do menino havia uma saudade impossível, a saudade de uma terra nunca vista. Um dia – quem sabe? – um dia um vento bom ou mau passa e leva a gente. Um dia...”

“Clarissa entrega-se a novas reflexões... Os homens são maus. Criam os pintos, dão-lhes de comer – farelo, água, milho. Eles crescem, ficam galinhas, andam pelo quintal esgravatando a terra com o bico e com as patas, botando ovos, caçando minhocas; e um belo dia – zás! – lá vem Sia Andreza e agarra os míseros bichinhos, torce-lhes o pescoço e larga no chão um corpo mole que pinoteia, num esforço desesperado pra não morrer.”

Clarissa aparecerá também em mais dois romances do escritor, Música ao longe e Um lugar ao sol. Este último ainda reúne personagens também vistas em Caminhos Cruzados, romance mais denso publicado logo após Clarissa, que entrecruza histórias de muitas personagens no mesmo período de tempo em que essa história acontece. Por fim, Érico Veríssimo é sempre uma leitura que será recomendada por mim, e não é a toa que hoje ele é um dos meus escritores favoritos. Entretanto, dessa leva de obras ainda me falta ler Um lugar ao sol, que prometo resenhar também, assim como os outros citados. Comente no blog! :D

Leia mais resenhas do 'Entre as orelhas': http://asorelhas.blogspot.com.br
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Larissa 23/01/2013

Clarissa - Erico Veríssimo, uma resenha
Em seu primeiro romance, escrito em 1933, Erico Veríssimo relata através de Clarissa, heroína da história, a inocência.
Em uma narrativa simples, porém envolvente, nos é contada a história de uma garota, uma menina que passa pela difícil transação da infância para a adolescência.
Nascida e criada em uma fazenda no interior do Rio Grande do Sul, a pequena gauchinha foi entregue aos cuidados da tia, dona de uma pensão, para que terminasse o ciclo ginasial, hoje o chamado ensino fundamental II. Sua tia, sempre cuidadosa, faz de um tudo para proteger a sobrinha da malícia do mundo, não deixando a menina se envolver em certas amizades, mas a curiosidade sobre os mistérios da vida a atraem cada dia mais.
Clarissa, no decorrer da narrativa se depara com problemas financeiros, amor, traições e morte, misturando a realidade com a fantasia dos contos de fada, enquanto se prepara para retornar para casa.
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Taciana 18/08/2012

Lamento por ter uma mémória tão fraca,e, por este motivo, não saber descrever detalhes deste lindo texto de Érico Veríssimo. Apenas gostaria de compartilhar a alegria e a emoção que senti ao ler páginas tão doces, com trechos de um diário de uma menina tão inocente e reflexiva como é a Clarissa. Esta foi a primeira obra que conheci de Veríssimo e foi a que me fez procurar outros escritos deste gaúcho. Quando minha colega de trabalho Fátima Collenghe me emprestou este livro, em 2007, ela me disse que eu ia gostar muito e até me identificar com a personagem principal. Talvez seja por isto que a leitura foi marcante. O pudor da menina recatada e interiorana,repleta de sonhos e descobrindo o mundo, foi especial para mim.
Jacy 05/10/2012minha estante
Eu senti exatamente isso ao ler! Acho que o livro deveria se chamar "Jaciarah" pois é exatamente como eu era aos 13 anos, idade da Clarissa.




Bru! 25/05/2012

Clarissa é uma história muito alegre que visa o amadurecimento de uma adolescente para a fase adulta,uma jovem de 14 anos que sai do interior para estudar na capital e se depara com um cotidiano totalmente diferente do seu.A visão que o leitor tem da perspectiva de vida de cada personagem é moldada de acordo com a abordagem psicológica de Clarissa que acaba vivenciando as grandes diferenças sociais da burguesia da época.
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Yussif 16/05/2012

Clarissa vem de uma cidadezinha do interior para estudar na capital, Porto Alegre, onde mora na pensão de tia Eufrasina. Acompanhando o olhar da jovem alegre e otimista, Erico Verissimo narra o despertar da consciência do mundo em uma adolescente. Clarissa retrata o cotidiano numa pensão familiar na Porto Alegre da década de 30 e, ao mesmo tempo, as convulsões do Brasil e do mundo naquele período.
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Saah 16/05/2012

Eu e meu problema com os nacionais#
Clarissa realmente me surpreendeu. Ler livros nacionais e clássicos ainda por cima é, para mim, quase que um sacrifício. Quer dizer não todos, mas a maioria. Clarissa não tem grandes tramas, não tem grandes mistérios, grandes romances ou qualquer um desses acontecimentos surpreendentes que prendam o leitor até o final do livro. Clarissa é simplesmente um livro que retrata o cotidiano suado de pessoas trabalhadoras da classe média nos anos de 1930 na cidade de Porto alegre.
O que me prendeu à história, e me surpreendeu também, foi simplicidade com que o livro se desenrola. As tarefas mais simples do dia a dia ganham todo um encantamento especial visto pelos olhos de Clarissa. Sejam as brincadeiras infantis ou quando o peixinho nada no aquário.
Érico Veríssimo conseguiu,realmente me surpreender, e me prender até o fim do livro.
Biblioteca Mágica 06/12/2017minha estante
Concordo.




kaka 11/04/2012

Adolecencia!!!!
O primeiro da série que vai até saga.Todos são maravilhosos e de uma humanidade única!É impossivel não se apaixonar por clarissa e Vasco!!!Recomendo muito mesmo.
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Tetê 20/02/2012

"Muito obrigada pelo peixinho..."
Eu com meus dezoito anos senti uma saudade gigante dos treze, quatorze anos. Quis voltar, ter descobertas tão inocentes como as de Clarissa, quis viver naquela época, quis ter meus sonhos de infância novamente, ganhar o primeiro sapato de salto (verde musgo haha) de novo.
Ele causa sim uma nostalgia e o mais engraçado disso, é que quando li O Continente Vol. 1, senti o mesmo e não sei por que, mas "a vida é tão cheia de segredos..."
É um livro que deve ser lido examinando psicologicamente os personagens, seus sentimentos, atos e segredos! Se não for feito assim, pode deixar a desejar a algumas pessoas que esperam acontecimentos "incríveis".
É uma história bonita e singela, exatamente por ser simples. Ah! E eu também prefiro goiabada!
Jacy 05/10/2012minha estante
Perfeito, também tenho 18 anos e li o livro nessa madrugada, parei só por um momento para lanchar... realmente causa uma vontade danada de voltar aos 13. É muito profundo




Jaqueline 13/02/2012

Uma narrativa adorável
Clarissa é o primeiro livro que leio do Veríssimo. É um livro sem grandes surpresas e mistérios, mas de uma simplicidade incrível. A narrativa do Veríssimo é ímpar, torna todo um momento simples em algo muito bem detalhado, e rico.

O livro conta a história de Clarissa, uma jovem que está passando pela fase de pré-adolescente, e como todos nós sabemos, é uma fase repleta de dilemas.
Clarissa nunca deixa passar algo despercebido, ela procura sempre ver os detalhes das coisas, perguntado, questionando, e imaginando bastante. Clarissa é uma garotinha do interior que vai morar com a tia Zina em sua pensão. Lá os hóspedes são bem diversificados, mas um em especial chama bastante atenção, e a deixa muito intrigada. É o Sr. Amaro, uma pessoa silenciosa, e aparentemente triste. Trabalha em um banco, mas nas horas vagas respira sua música. Sempre com um livro nas mãos, ou batendo nas teclas do piano. Ele está sempre a observar a jovem Clarissa, com toda a sua vivacidade, doçura e vontade de viver.

“Só agora Amaro acredita que a primavera chegou: de sua janela vê Clarissa a brincar sob os pessegueiros floridos.”

É um livro diferente de todos os que eu já li, mas eu gostei bastante da forma em que o Veríssimo narra, e com certeza vou querer ler algo mais do autor.
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