Matadouro Cinco

Matadouro Cinco Kurt Vonnegut




Resenhas - Matadouro 5


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Felipe Tavares 12/04/2009

Acho que quem reclama da distância de Kurt para com a história não entende realmente a proposta do livro. É um livro "antiguerra", mas quem disse que precisa ser sentimentalóide para isso?
Debora696 01/07/2013minha estante
Penso que essa "embromação" de viagem no tempo é só para situar a guerra como um evento como qualquer outro na vida, que tem o seu lugar no tempo, mas não é preciso ficar preso a isso.




L F Menezes 23/05/2012

Piu piu piu?
Pois é.
Essa é a frase final do livro e a mesma que fica na sua cabeça: o livro é tão doido, tão confuso que te deixa até meio nauseado. Porém, apesar de apresentar certa insanidade, a leitura não deixa de ser divertida e interessante.
Contando a história de Billy Pilgrim, um veterano da Segunda Guerra que fora abdusido por alienígenas, no estilo da prosa tralfamadoriana e intercalando com a autobiografia de Kurt Vonnegut, o livro se apresenta como um romance diferente, criativo e inovador.
Mais o que vale ressaltar é a maneira como ele trata a guerra: não como os filmes épicos ou livros como "Adeus às armas" de Ernest Hemmingway ou filmes como "O Resgate do Soldado Ryan", e sim como ela realmente foi: uma palhaçada que matou milhares de jovens que mal sabiam usar uma arma de fogo e que só serviu para queimar dinheiro.
Outro ponto importante é a ideia de que podemos reviver qualquer momento de nossa vida, basta querermos! Por que pensar nas coisas ruins se a vida é feita de belos momentos?
Mais o que fica no final de toda essa trama que mescla ficção científica com uma biografia avassaladora da cena do bombardeio de Dresden é a peergunta: será que Billy foi mesmo abdusido por extraterrestres ou ele só apresenta uma loucura pós-guerra?
Ou pior: ou será que nós que ficamos loucos com esse livro excelente?
Peterson Boll 23/11/2014minha estante
O 'piu-piu-piu' é citado no início do livro, quando o autor explica para um amigo sobre o teor do livro, e diz que tudo o que resta após o massacre são os pássaros que comentam 'piu-piu-piu'. A ideia que o autor quer passar é que mesmo com toda a destruição promovida pela humanidade, tudo vai continuar passando, e não podemos deter a marcha da existência.




joao 19/11/2022

Muito pouco sobre Dresden?
Fui motivado a ler o livro pois supostamente traria muitos detalhes sobre o bombardeio a Dresden. Gosto muito de histórias de segunda guerra e até então não sabia sobre esse evento. Quis saber mais. Porém, o livro trata-se mais sobre as aventuras no tempo de Billy Pilgrim. Se fosse pra quantificar o quanto o livro fala sobre Dresden, arriscaria que apenas 10%. Todo o restante fala sobre momentos da vida pessoal de Billy, sua carreira como optometrista, momentos na segunda guerra, até uma viagem ao espaço raptado por alienígenas do planeta de Trafalmadore. Até contos eróticos é abordado com maior frequência do que o bombardeio a Dresden. De toda forma, encaro qualquer leitura como oportunidade de aprender o que não sei.
Junior 27/01/2023minha estante
Pois é, a parte de Dresden é a menor do livro. Também fiquei um pouco decepcionado com isso.




Lucas.Silva 05/09/2022

Tenho poucas palavras para descrever o que esse livro me proporcionou. Nessa obra, o autor trata, de uma forma muito criativa, os terrores da guerra. Essencialmente, pretende tratar do quão ruim foi o bombardeio de Dresden, algo tão pouco comentado, e que resultou em mais vítimas que a bomba atômica em Hiroshima. No entanto, a narrativa não se detém a isso, tratando de relações e situações análogas à guerra no contexto micro da vida, assim como suas consequências psicológicas.

Ao mesmo tempo, também fala de que mesmo a guerra ser um horror, as pessoas muitas vezes a banalizam, tratam-na como um lugar que heróis se destacam. Um livro doloroso e necessário.
Bia | @vouleretedigo 05/09/2022minha estante
vc eh tao unteligente




Felippe 29/08/2012

Simplesmente sensacional
Matadouro 5 é um aula de ironia, uma ficção científica despirocada e inteligente e um tratado pacifista tão ácido quanto eficaz.
Merece ser conhecido, estudado e adorado.

Vonnegut é sarcástico fazendo você rir das desgraças e chorar com as alegrias.

Simplesmente imperdível.
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Margo_livros 29/08/2013

Guerra - transformação dos seres humanos
O autor utilizou da sátira, em alguns momentos, com isso buscando não deixar seu romance tão pesado, considerando seu tema central ser o ataque da cidade alemã de Dresden, ocasionando a morte de, aproximadamente, 135 mil pessoas.

O enredo discorre sobre o personagem central Billy Pilgrim, soldado americano que participa da segunda guerra mundial e, a batalha de Dresden. Na sua forma única de narrar os fatos, o autor, descreve as viagens que Billy faz no tempo, às vezes enquanto em plena guerra, dirigia-se a outros momentos de sua existência.

Os horrores da guerra, dentre eles, como os prisioneiros eram tratados, ficaram leves com emprego da sátira tão comum ao Sr. Kurt. E, ele faz uma narrativa dinâmica deixando-nos curiosos, presos e instigando nossa curiosidade para ver qual é seu objetivo com que aqueles cortes em sua história.

Abstraí da leitura a necessidade de analisarmos nossos atos e, especialmente valorarmos a História da humanidade, fazendo de um tudo para que o passado sirva de modelo para, hoje, e no futuro não repetirmos as barbáries de uma guerra.

Uma das partes do final do livro me chamou atenção: "Se o que Billy Pilgrim aprendeu com os tralfamadorianos é verdade, que todos vivemos eternamente, não importa o quanto pareçamos mortos às vezes, eu não me sinto encantado. Ainda assim ... se vou passar a eternidade visitando este e aquele momento, sou grato pelo fato de que muitos desses momentos são bons". (pg. 216 e 217)

Muito interessante este abordagem, considerando que sempre "viajamos" nos nossos momentos vividos ou mesmos desejados, e, claro, todos temos aqueles especiais para visitar.

Leitura maravilhosa!!!! Ao seu final fiquei um pouco introspectiva, pensativa e muito questionadora em relação a nossa forma de viver.
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Isabel 01/12/2012

Matadouro cinco despertou minha atenção graças ao site de tatuagens literárias Contrariwise: não é raro encontrar lá tatuagens de pessoas que se inspiraram na que é considerada maior obra de Kurt Vonnegut e o melhor livro anti guerra feito por um americano.




No capítulo inicial, conta-se a história do próprio escritor, um veterano de guerra que se vê há anos tentando escrever um livro sobre o terrível bombardeio de Dresden (135 mil mortos) na segunda guerra mundial, o qual presenciou por ser prisioneiro dos alemães. Ao ir a casa de um ex colega de regimento para trocar lembranças, o autor vê a esposa de seu amigo inquieta. Eis a razão:

“Vocês eram só bebês na guerra – como os que estão lá em cima[os filhos dela]! (...) Mas você não vai escrever assim, vai? (...) Você vai fingir que vocês eram homens ao invés de bebês, e vocês vão ser interpretado em filmes por Frank Sinatra e John Wayne ou um desses homens glamorosos, sujos e amantes da guerra. E a guerra vai parecer somente maravilhosa, então nós teremos mais um monte delas. E elas vão ser lutadas por bebês como os bebês lá em cima.”

[Se você ler o livro e não chorar lendo esse trecho, você não tem coração.]

O aviso da jovem senhora, real ou não, entrou bem na cabeça de Vonnegut: Matadouro cinco faz tudo, exceto exaltar a guerra. Billy Pilgrim, seu protagonista, é uma das figuras mais risíveis que você já viu segurando um rifle, uma brincadeira com o perfil real dos combatentes. Além de oftomologista e ex preso de guerra, ele é também um viajante do tempo.

Sim, viajante do tempo. Depois de ser seqüestrado por alienígenas, Billy adquire essa estimada habilidade. Mas não, Matadouro cinco não é ficção científica: a raça extra-terrestre que seqüestra Billy acredita que não há morte – todos vivemos na eternidade, e a viagem do tempo é uma forma de reviver tudo.


Eis o recurso que torna Matadouro cinco brilhante: a viagem no tempo. É impressionantemente mais verossímil que flashbacks (quem se lembra de todos os detalhes de algo que aconteceu há muito tempo, mesmo que esse algo tenha sido importante?), e com isso Kurt Vonnegut costura uma crítica aos seus compatriotas, um manifesto anti-guerra e a história de vida do patético Billy.

Para um livro nesse estilo, é o melhor tipo de personagem que poderia haver – mostra que os horrores não acontecem só com os super-homens/mulheres que seguramente podem agüentar e liderar o caminho para fora da escuridão, e sim com qualquer um. Literalmente. É a mesma coisa que me atraiu no filme Melancolia: é impressionante a tendência de escritores e roteiristas de só retratar os fortes e valentes, como se o fim do mundo, guerra ou situações extremas só ocorressem com eles. Sim, quero a coragem e o altruísmo, mas também a covardia, o egoísmo e a sorte. A arte é humana, e as três últimas características também.

Não posso também deixar de falar de “so it goes” ou “e assim continua”, a frase repetida 127 vezes no livro. Vonnegut narra coisas terríveis e elas são invariavelmente seguidas dessa frase, para sinalizar o quanto nossas catástrofes (pessoais e coletivas) são pequenas para a imensidão do universo ou até mesmo a curta história da humanidade. Como diria Tyler Durden, você não é um floco de neve especial.

O título alternativo para Matadouro cinco é A cruzada das crianças, fazendo alusão ao mito de que crianças teriam lutado uma das guerras entre católicos e mulçumanos pela terra santa graças a inspiração divina. E, se você parar para pensar, não é que o tal título faz sentido?

Publicada originalmente em http://distopicamente.blogspot.com.br
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TÁSSIA ROCHELLI 16/11/2012

Matadouro 5
Não vou dizer que perdi meu tempo lendo esse livro, porque nenhuma leitura é perca de tempo. Mas pense numa leitura cansativa.

Não me agradei dessa obra. Muito seca, assim como o período em que está inserido: pós-modernismo.

Billy Pilgrim é um cara muito chato, acima de tudo louco, não sabe o que quer da vida. Seus surtos acaba nos irritando. Narra a história da guerra de Dresdem, na qual ele estava presente.

A obra não segue um tempo cronológico, ou seja, uma hora Billy está em sua casa com sua mulher, outra no exército, outra na guerra em Dresdem, outra no planeta Tralfamador, ou seja é louco mesmo.

Um recado para você meu caro Billy, vá endoidar outro, eu não.
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Coruja 05/06/2012

Faz tempo que esse livro está na minha lista de leituras – considerado um dos grandes títulos de ficção científica de todos os tempos, com direito a aliens, explicações sobre a quarta dimensão que possibilitam a viagem no tempo e divagações sobre a guerra, ele faz bem o meu gênero.

Ainda assim, fiquei surpresa com o livro. Ele tem uma narrativa fragmentada, que vai e volta com as constantes idas e vindas de Billy no tempo, ao mesmo tempo metalingüística – porque o autor nos fala em sua própria voz, volta e meia interrompendo a narração da história de Billy para tratar de seu périplo para escrever o livro ou mesmo misturar suas próprias memórias à narração.

De forma alguma isso torna a leitura difícil, a despeito do que algumas pessoas possam dizer. O ritmo de Matadouro 5 é quase o de uma conversa, meio filosofando em botequim – só que embora o tom possa às vezes ser até um tanto burlesco, a essência do livro não é, nem de longe, leviana.

O que ocorre é exatamente o contrário. O retrato que Vonnegut faz da guerra em seu livro é o retrato da estupidez humana, de sua pequenez, do absurdo – o dia-a-dia comum numa situação que nada tem de cotidiana. Curioso é que nunca nos aproximamos da guerra propriamente dita: Billy é um covarde e sendo ele o fio narrativo da história, estamos sempre com ele fugindo.

E tudo isso começou como uma tentativa de escrever sobre o bombardeio de Dresden, cidade sem qualquer importância militar completamente destruída pelos aliados durante a Segunda Guerra por motivos que só nos cabe hoje conjecturar. Calculou-se à época mais de cem mil civis mortos incinerados pelas bombas.

Coisas da vida, como diria o autor.

No final das contas, as classificações impostas a Vonnegut são bem ingênuas. Ele não é apenas um humorista e seu gênero não está restrito nem à ficção científica nem a sátira. Matadouro 5 é maior que rótulos, sem começo ou fim próprios, por vezes uma viagem alucinógena, por outras um inteiro debate filosófico. Você pode lê-lo por muitos motivos, mas seja lá quais forem eles, certamente terminará com mais do que barganhou.

(resenha originalmente publicada em www.owlsroof.blogspot.com)
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Tito 20/06/2010

A história de Billy Pilgrim, optometrista de Ilium / NY, sobrevivente ao holocausto de Dresden e ao zoológico de Tralfamador, contada por “Yon Yonson”, a estátua de sal. Uma obra-prima, talvez o mais desconcertante, absurdo e surreal livro de guerra jamais escrito. Coisas da vida, memoráveis (?) e inevitáveis (?) coisas da vida...
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LaiseM 27/04/2011

Acho compreensível alguns pontos de vista em achar a narrativa sobre a guerra e seus infortúnios fria e meio vacilante,mas na minha opinião não é o medo de parecer sentimental (como fora apontado), e sim propositalmente diminuir as 'picuinhas' humanas, mostrar como tudo pode ser pequeno e mesquinho (mesmo as grandes guerras) se prestarmos mais atenção ao nosso redor, adotando uma visão 'global' de tudo.

Até mesmo grandes e terríveis coisas podem acontecer de um jeito idiota(coisas da vida). Agora junte isto ao fato que Vonnegut esteve lá em Dresden na Segunda Guerra quando tudo aconteceu; com certeza suas lembranças não são frias nem distantes, revelando sua real intenção no modo de narrar estes desastres humanos.

Aliás, qual melhor modo para adotar tal visão 'integral' senão pensar em coisas mundo-afora, extraterrestres, vidas inteligentes, óticas sobre a vida e o passar do tempo diferentes. Constatar como acontecimentos perdem força de impacto a partir do momento em que você começa a explicá-lo, e ao fazê-lo, notar que nada daquilo se sustenta ou faz sentido, sejam terríveis como são.

>>Um parênteses : li também "Café da Manhã dos Campeões",e Vonnegut nos passa algumas de suas emoções profundas,ao mesmo tempo em que mostra como tudo pode ser ridiculamente sem sentido. Me senti realmente triste lendo algumas de suas passagens sobre seus pais e a grande depressão. (Um livro fantástico, na minha opinião melhor que Matadouro 5).
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Daniel Rolim 26/05/2010

Livro doido, muito criativo. Rebaixa o ser humano ao extremo, expondo sua vileza, crueldade, egoísmo e, sobretudo, sua arrogância. Pra se ler......
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Paulo 24/04/2010

Geleiras
Vale pelo primeiro capítulo:

"Está escrevendo um livro antiguerra? Por que não escreve um livro antigeleira?"

Assim, de início, ele critica o próprio trabalho que está começando.

Porém o livro não me agradou. "Coisas da vida" - como o autor repete exaustivamente.

Assim, interrompi a leitura na p. 80.
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denilson 18/03/2009

como uma montanha russa
o livro tem passagens pacifistas, mas tem pedaços onde um pequeno sorriso de trsiteza sai pelo canto da boca.
e mais e se o tempo for como os aliens que raptaram o protagonista for daquele jeito?
é pra se pensar e dai jamis morremos.....
livro muito bom
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Senna 04/04/2009

Coisas da Vida
Matadouro 5 é o livro mais famoso de Kurt Vonnegut, mas a mim não convenceu.

Kurt conta a história de Billy Pilgrim, sujeito hilário, destes esquisitos desengonçados que estão sempre com a cabeça na lua (no caso de Billy a cabeça está em Tralfamador). Billy é um optometrista que mandado à guerra passou por vários apuros, sobrevivendo ao grande massacre de Dresden, cidade alemã destruída por bombardeiros americanos.

O trunfo do livro é tratar o tema “guerra” com sarcasmo. Geralmente livros do tipo (ainda mais com o título de Matadouro 5) falam de heroísmo, conquistas, sacrifícios e coisas do gênero. Kurt, por sua vez, ilustra com perfeição o quão inútil e imbecil é a guerra, tratando-a com a futilidade que merece e tornando Matadouro 5 um grito anti-guerra.

Porém, a narrativa fria e distante, as viagens no tempo do personagem (sim, a mente dele viaja no tempo) e a embolação na história do meio para o fim tornam a leitura penosa e desinteressante. Chega um momento em que a história transita demais entre a guerra, as viagens no tempo, a vida matrimonial de Billy, a abdução dele por ET’s Tralfamadorianos, sua velhice, etc., e o leitor perde o foco, sem saber qual história seguir. As viagens no tempo e a abdução cumprem bem o papel de difamar ainda mais a importância da guerra, mas em contrapartida tornam a narrativa extremamente cansativa.

Por fim, espera-se o ápice da história na destruição de Dresden. 135 mil pessoas morrem, o solo da cidade é comparado à Lua, os bombardeiros atacam os próprios prisioneiros americanos e Billy Pilgrim vive o momento mais feliz de sua vida ao cochilar no caminho pra casa.

O ápice é frustrante, bem como a maior parte do livro. Coisas da vida!
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