Whiteout

Whiteout Greg Rucka...




Resenhas - Whiteout


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Luan 28/07/2022

Whiteout é uma narrativa policial coesa e muito bem estrutura por Greg Rucka, embora o capítulo 3 esteja um pouco a baixo dos outros nesse obra, na minha humilde opinião. Além disso, Rucka sabe trabalhar a perspectiva feminina em um lugar extremamente hostil, seja pelas condições climáticas e geográficas, seja pelo machismo em lugar composto majoritariamente por homens; dessa maneira, a personagem principal não torna-se frágil diante dessas adversidades, mas usa-as para tornar-se forte, resiliente e parte do ambiente. Por fim, a narrativa - junto à arte de Lieber - tem sua riqueza na abordagem da protagonista e na maturidade da narração investigativa dos assassinatos, sem buscar grandes resoluções ou grandes reviravoltas.
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Braguinha 21/08/2021

Bom livro.
p.s.: existe uma adaptação bem fiel ao livro e de muito boa qualidade. Uma das melhores adaptações que já assisti.
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Pablo Grilo 11/09/2012

Whiteout – Morte no Gelo
Quando saiu o filme Whiteout (2009, EUA, Dir: Dominic Sena), traduzido aqui (e não menos problemático por isso) como Terror na Antártida, o filme me conquistou simplesmente pelo local onde se desenvolvia a premissa: a Antártida. Isso mesmo, você não leu errado, o filme se passa na Antártida. Eu nunca tinha visto nenhum filme policial se passar por lá e explorar tudo de inóspito que o ambiente em particular tem a oferecer.

Infelizmente, o roteiro do filme é falho, e a direção insegura aliada à atuação fraca dos atores contribuiu para que o filme fosse fraco. Felizmente acabei descobrindo tempo depois que o filme era baseado na Graphic Novel de Greg Rucka (história) e Steve Lieber (arte). Acabei conseguindo ler o material que saiu por aqui pela Devir sob o nome (menos problemático, mas ainda correto) de Morte no Gelo (tradução: Kleber de Souza), que me surpreendeu bastante. Vamos a ela.

Curta sinopse: vivendo na Antártida, na base americana de Amundsen-Scott, a agente americana Carrie Stetko começa a investigar uma série de assassinatos junto da agente inglesa Lily Sharpe.

O roteiro de Greg Rucka consegue ambientar e dar credibilidade ao seu enredo policial fora dos centros urbanos, tão comuns em enredos do gênero, e seu ponto forte é explorar toda a peculiaridade que existe na Antártida e que tanto atrapalha a protagonista, incluindo aí o “whiteout” que dá nome à obra (espécie de nevasca absurda provocada por ventos de mais de 300 km/h, que levanta o gelo acabando com qualquer tipo de visibilidade).

Outra grande sacada é a protagonista: Carrie Stekto não é uma agente comum, atormentada pelo seu passado e com as suas idiossincrasias que a tornam tão real quanto qualquer um de nós. Rucka também não teve medo de fazer sua heroína sofrer, e isto, em época de publicações como Guerra dos Tronos por aqui, é admirável.

Steve Lieber consegue retratar os interiores, principalmente das instalações militares, com boa composição de imagens: seu traço se torna mais descritivo, porém usando sempre as sombras a seu favor. Quando retrata os exteriores, a descrição dá um pouco de espaço ao contraste entre o céu e a neve. Já quando retrata exclusivamente o gelo, ele é livre, dando ênfase a tudo que não for branco, creio eu para dar a sensação de se estar perdido, de “falta de chão”. Seu ponto alto é a composição nos “whiteouts” e também durante as lutas, conseguindo dar personalidade a cada cena com seu traço.

Por fim, a sábia escolha do preto e branco em um ambiente como a Antártida retrata com competência toda a premissa da obra: como sair de um labirinto sem enxergar direito?

O único ponto negativo que eu destacaria é que a trama de inovadora tem pouco, principalmente em relação aos enredos policiais, chegando a ser previsível em alguns momentos. Mas nada que impeça uma boa apreciação aos amantes do gênero.

Louvável o esforço da Devir em trazer para o Brasil uma Graphic Novel de alta qualidade, tanto de impressão quanto de material artístico.

Nota: 08/10.

Vale a leitura? Sim, principalmente se você quiser fugir um pouco dos quadrinhos de super heróis e ler algo diferenciado e bem retratado em um ambiente natural que estamos tão pouco acostumados a ver em qualquer mídia, ainda menos nos quadrinhos.
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Jamal Singh 31/12/2009

Quadrinho policial para adulto ler
Antártida, um lugar onde um dia bom alcança 30° negativos. A agente federal americana Carrie Stetko, que vive um exílio imposto por seus superiores devido a uma obscura história em seu passado, tem que encarar nesse ambiente inóspito uma investigação de assassinato, duas semanas antes do inverno, quando o sol some por oito meses. Não ajuda muito o fato de o tratado da Antártida proibir o porte de armas. E a situação vai se complicando cada vez mais a cada pista descoberta, com novos cadáveres aparecendo, e o que parece ser uma Espiã inglesa que parece mais atrapalhar do que ajudar a investigação.

A trama policial de WHITEOUT é simples mas foi muito bem escrita por Greg Rucka, que soube fazer da Antártida não apenas um cenário, mas um dos personagens da história. O desenvolvimento dos personagens e o andamento da história assemelha-se a um Faroeste, com muito suspense e um fim digno de Film Noir. O desenho de Steve Lieber acompanha o bom trabalho do roteiro e me fez recordar algumas passagens do mestre Ivo Millazo em Ken Parker. Esse Albúm me surpreendeu com suas duas personagens femininas fortes enfrentando o frio, a solidão e os preconceitos de serem duas mulheres entre 400 homens.
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Matheus Lins 30/10/2009

http://omegageek.com.br/oneuromancista/2009/10/30/whiteout/
"Estação Mcmurdo, Mactown. MacLamaçal. Ganhou esse nome por causa do Estreito de McMurdo, que, por sua vez, foi batizado em homenagem ao Tenente Archibald McMurdo, do HMS Terror, em 1841."

[...]

"A Antárctida tem aproximadamente 14.2 quilômetros quadrados, sem contar as ilhas [...] Rocha coberta com 30 milhões de km³ de gelo. Este é o continente mais elevado, com média de 2.320 metros acima do nível do mar."

[...]

"A temperatura mais baixa já registrada na Terra foi marcada pelos russos na Estação Vostok [...] 89,6ºC negativos, em 21 de Julho de 1983. Frio desse tipo mata. O vapor da água nos pulmões congela instantaneamente, estoura as células… como se você estivesse explodindo por dentro."

Carrie Stetko é uma agente federal americana exilada numa inóspita base na Antárctica em virtude um erro que cometeu no passado. A personagem é uma típica badass: boca suja, impulsiva, audaciosa – como as figuras femininas nas séries de Joss Whedon, ou a Sarah Connor do segundo Exterminador do Futuro -, do gênero poucos amigos.

Em Morte no Gelo acompanhamos a agente enquanto ela investiga um homicídio ocorrido às vésperas do rigoroso inverso antárctico, época na qual mais de 90% do staff operacional é mandado de volta para casa. A trama gradualmente se complica, com um rastro crescente de vítimas e um interesse incomum da inteligência inglesa pelo caso.

Em Ponto de Fusão, um ataque acobertado a uma base russa gera inquietações no governo americano, o qual acredita que a base servia como depósito para armas nucleares e biológicas. A agente Stentko é convencida a investigar o caso mediante a promessa de uma transferência para fora do contigente gelado, uma vez o caso encerrado.

Ambas as HQs foram escritas por Greg Rucka, nome estabelecido dentro dos quadrinhos underground, que demonstrar um ótimo feeling para o suspense, construíndo gradativamente a tensão a partir de uma simples premissa que se complica aos poucos, mas jamais se perdendo ou rodando em círculos, encaixando organicamente à narrativa momentos mais introspectivos, intercalados com a ação; além disso, seu zelo histórico é notável, manifestando-se por meio de curiosidades divulgadas ao longo da narrativa – algumas ilustrando a introdução deste texto – que têm, como fim, imprimir uma credibilidade maior à história.

Steve Lieber as ilustrou. Seu traço é sóbrio e diversificado, capaz de transitar com facilidade entre painéis mais ricos em detalhes e outros minimalistas em sua essência, incorporando variadas técnicas de desenho, de pincel e acabamento a fim de representar, com a maior fidelidade possível, as várias facetas que o gelo assume nos círculos polares. Seu estilo casa perfeitamente com o de Rucka, traduzindo-se numa narrativa fluida e consistente.

Morte no Gelo foi indicada a três Eisner Awards em 1999, para Melhor Série Limitada, Melhor Escritor e Melhor Desenhista; Ponto de Fusão, no ano seguinte, foi indicada e vencedora do Eisner de Melhor Série Limitada. Um terceiro volume fora prometido para o fim deste ano, mas provavelmente terá seu lançamento adiado para 2010.

No Brasil, ambos os títulos foram publicados pela Devir. Um filme baseado em Morte no Gelo foi filmado em 2007, mas só aportou recentemente nos cinemas, com um atraso inexplicável de dois anos (!). Carrie Stetko é interpretada por Kate Beckinsale (cinessérie Underworld).
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