Enterrem Meu Coração na Curva do Rio

Enterrem Meu Coração na Curva do Rio Dee Brown




Resenhas - Enterrem Meu Coração na Curva do Rio


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Deghety 05/05/2022

Enterrem Meu Coração na Curva do Rio
A importância de conhecer os dois lados da moeda está nítido em Enterrem Meu Coração na Curva do Rio.
Dee Brown reuniu inúmeras referências pra traçar a cronologia dos conflitos entre nativos americanos e exército, governo e colonos americanos.
Na maioria das histórias populares vemos como os "mocinhos caubóis contra índios perigosos", mas a verdade é completamente outra.
As atrocidades cometidas contra os indígenas são espantosas.
Segundo os relatos tragos por Dee Brown nessa obra, o povo indígena estavam de acordo em dividir suas terras com os colonos, queriam só o suficiente para suas sobrevivências, mas toda a ganância e maldade de seus algozes resultaram em conflitos e massacres.
O conteúdo histórico do livro é muito amplo, tanto é que é até difícil memorizarmos nomes dos principais envolvidos ou com maior destaque, principalmente pela dinâmica da narrativa.
Vale muito a pena conhecer essa cicatriz vergonhosa na história americana.
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Gui Mendes 17/01/2022

Muda vidas
Quando ouvi falar desse livro, escutei que sua leitura "muda vidas", fiquei curioso e comecei a ler depressa.

Uma das minhas grandes críticas ao ensino de história atual é que este nos conta sobre massacres, mas não dá dimensões ou demonstrações de seu impacto, falam números que normalmente são quase impossíveis de serem visualizados por alunos. "Centenas de milhares de indígenas morreram durante a marcha para o oeste", normalmente é um parágrafo ou uma notinha de rodapé utilizada para falar sobre esse tipo de tema.

Dee Brown conta de maneira extremamente detalhada e emocionante a desesperada luta pela sobrevivência indígena dos diversos chefes das tribos. Começando por Manuelito e chegando até Touro Sentado, símbolo da resistência nativo-americana até hoje, vemos que mesmo que se rendessem, lutassem ou fugissem, sempre tinham o mesmo fim já que para os brancos: "os únicos índios bons que já vi estavam mortos." - General Sheridan

Deixo no final uma frase de Touro Sentado e o nome de alguns dos vários chefes que tentaram, até a morto, salvar seus povos.

"O homem branco sabe como fazer tudo, mas não sabe como distribuir isso " - Touro Sentado

Manuelito, chefe dos Navajos
Corvo Pequeni, chefe dos Arapahos
Nuvem Vermelha, dos Oglala
Cauda Pintada, dos Sioux Brulé
Nariz Romano, dos Cheyennes do sul
Donehogawa, primeiro indío Chefe dos Assuntos Indígenas
Cochise, chefe dos Apaches
Dez Ursos, dos Comanches
Chaleira Preta
Faca Embotada
Cavalo Doido
Quanah Parker
Mangas Vermelhas
Gerônimo
Nana
Touro Sentado
Satanta
Roberta.Chamberlain 17/01/2022minha estante
Eu acho que o nosso ensino de história deixa muito a desejar, ele é focado muito na Europa e esquece que não existe só a Europa. As tribos indígenas e países africanos são uma área muito interessante da história e são simplesmente ignoradas no colégio, assim como os mongóis e russos.


Gui Mendes 17/01/2022minha estante
Exatamente!!!! Eles explicam a marcha para o oeste, o imperialismo na África, mas não conta a história dos povos oprimidos. Não custa explicar mais essas histórias ao invés de uma notinha de rodapé pros curiosos.




Lucas1429 08/01/2022

História da injustiça
Há uma máxima derivada da simplificação de uma frase de Balzac que diz: por trás de toda grande fortuna, há um crime igualmente grande. Esse livro introduz o leitor a um dos crimes que os EUA cometeram para acumular sua fortuna enquanto nação.

Ele padece de alguns pequenos pecados: sua escrita não é nem acadêmica e nem uma narrativa ou prosa mais dinâmica, ficando num entre-lugar estranho que tira um pouco do peso dos acontecimentos por não soar metódico ou científico e ainda torna a leitura um pouco difícil de qualquer maneira. A longevidade e tiragem do livro original demonstram, porém, que isso não impede ninguém interessado de ler o livro todo.

Outro pequeno pecado é seu título. O original é "Bury My Heart at Wounded Knee", em referência ao tanto local de um massacre e onde o coração de Cavalo Louco foi enterrado, quanto a um poema. "Na Curva do Rio" talvez torne o título mais adequado a uma realidade brasileira, mas não me parece justo com o Wounded Knee e a intenção original do autor.

Finalmente o último pecado é a parte final do livro. O capítulo "Dança Fantasma" quase não versa sobre a Dança e o capítulo final traz um fim abrupto para o livro, compensado apenas pela imagem final que ele retrata. Dee Brown teria enriquecido muito a obra com uma rápida recapitulação ou meditação sobre o que foi apresentado para dar um senso de conclusão.

Ainda com todas essas queixas, eu optei por dar a nota máxima. Por que? Porque o livro é excelente. Dentro do contexto que foi publicado, ele teve uma importante função na luta pelos direitos indígenas. e até hoje serve como uma valiosa introdução à história das injustiças sofridas pelos povos nativos do oeste americano no final do século XIX. Tendo consciência do que esperar do livro e o estômago forte para lidar com tanta maldade, essa leitura com certeza lhe acrescentará muito.

PS: para os leitores versados em Economia Política, o livro serve como excelente exemplo para vários conceitos avançados por pensadores que se baseiam na Rosa Luxemburgo sem nunca usar explicitamente nenhum deles
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Paulo 02/01/2022

A agonia de de uma raça
Angustiante, comovente, mas ao mesmo tempo com grandes ensinamentos.

"Enterrem meu coração na curva do rio" relata a história do genocídio dos indígenas da América do Norte, baseado em registros oficiais, autobiografias e depoimentos.
Rompimentos de acordos, massacres, assassinatos, batalhas e a quase extinção dos indígenas, são descritos do ponto de vista de grandes chefes e guerreiros.
É muito triste imaginar como a ganância do homem branco foi/é capaz de tudo para explorar as riquezas da terra. Forçar indígenas a viverem em terras com escassez de recursos, destinados a morrerem de fome e frio, sendo tratados como o pior dos animais... Pensar que essas povos queriam somente viver na terra onde nasceram, em harmonia com a natureza...
O massacre de Sand Creek, onde mulheres e crianças foram mutiladas e tiveram suas genitálias decorando o uniforme de soldados do exército norte americano.
O massacre de Wounded knee, onde quase 300 dos 350 homens, mulheres e crianças foram mortos sem piedade!

Nunca mais assitirei a um filme sobre a invasão do oeste americano (sempre contados do ponto de vista do homem branco) sem me lembrar de todos esses acontecimentos.
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Ainda hoje assistimos isso aqui no Brasil!
Exploração de reservas indígenas, demarcação de terras que beneficiam somente quem destrói a natureza, garimpo ilegal, assassinato de líderes indígenas...
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"E se os leitores deste livro alguma vez puderem ver a pobreza, a desesperança e a miséria de uma reserva indígena moderna, acharão possível compreender realmente as razões disso."
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02/01/2022
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Lucas.Augustinho 31/12/2021

Já comecei e parei esse livro umas 3 vezes, mas desse vez fiz diferente e li por completo. É um ótimo livro e também um livro muito triste. O sofrimento que os indígenas passaram, sua dizimação e a sua clausura é comovente demais. O relato de um grande povo que foi reduzido a nada pela ganância.
Julia Agnes | @pontoparagrafoo 02/01/2022minha estante
Super afim de ler esse livro




Pâmela Sampaio 28/12/2021

DEU VOZ AOS SILENCIADOS
Enterrem Meu Coração na Curva do Rio é um triste relato do genocídio cometido contra os nativos americanos. Foi publicado na década de 1970, há mais de 50 anos, mas continua tão relevante hoje quanto foi naquela época.

Exatamente por ser um livro antigo, são utilizados termos que já caíram em desuso atualmente, como 'índio' e 'tribo'. Seria excelente uma edição nova com uma revisão desses termos.

E falando em edições. Essa que li, L&M edição de bolso, é uma decepção. Parece que não foi feita revisão alguma. Há palavras escritas erradas, páginas mal organizadas e erros grotescos de tradução. Por esse motivo não dei 5 estrelas. Uma parte importante de todo livro é a sua editoração, e a de Enterrem Meu Coração na Curva do Rio pecou muito.
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ana 30/09/2021

Covardia: "avanço" a todo custo
Livro muito forte, uma leitura triste e a revoltante. Claro exemplo do darwinismo social difundido na América durante o séc. XIX, responsável pela criação da ideia de um povo selvagem e sem sentimentos enquanto os brancos "civilizados" mentiram, manipularam e massacraram a toda change que tiveram pela missão de inseri-los a luz da sociedade contemporânea, ah o fardo do homem branco! Destruição com outro nome, "o avanço inevitável".
Pior ainda é lembrar que nada retratado no livro acabou, o genocídio indígena é mais atual que nunca e a continua violação de seus direitos aumenta a cada dia com medidas dos governos procurando a explorar a natureza a seus máximo ignorando a direito natural deles ocuparem seus territórios e manifestarem suas culturas. A America é terra indígena. #MarcoTemporalNão
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wel - @nanquimcomleite 28/07/2021

\\ Pesadãããoooo, mas necessário!

Página após página o livro vai quebrando, sem dó, aquela clássica concepção contada pelo cinema: o mocinho correndo atrás dos "peles vermelhas", salvando a mocinha das garras dos "vilões selvagens". Tá, mas e o outro lado da história? Qual a versão contada pelos índios?

É o tipo de livro que você lê com raiva, com indignação por tudo o que foi feito com os povos indígenas, de como eles foram tratados.

Para dividir um pouco da indignação, você acredita que muitos homens brancos ficavam impressionados por verem os índios chorarem quando matavam suas mulheres e crianças? Pois não os consideravam como serem humanos e acreditavam que eram apenas animais que não tinham emoções... Pois é, e isso é só uma pequena parcela das inumeráveis injustiças contra o povo indígena.

É sério, o livro é comovente, porém pesado e revoltante quanto as desigualdades e abusos cometidos pelos "homems brancos" que avançavam expandindo as cidades, contruindo linhas férreas, explorando os recursos, empurrando os índios para cada vez mais longe, para reservas da pior qualidade possível, no sentido de possibilidades de plantio, caça, sobrevivência entre outros.

Vale muito a leitura.

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Glauber 22/07/2021

Impactante
Um livro intenso e comovente sobre os conflitos entre indígenas e brancos no território norte-americano.

Nesse livro, que esbanja pesquisa, acompanhamos o ponto de vista indígena, em uma linha oposta aos filmes de faroeste.

É um documento importante, que mostra quão cruel foi a dominação europeia naquele território, que se intitula como a terra da liberdade.

A linguagem é de relato, direta, deixando ver cruamente o trágico conteúdo.
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Maria.Gabrielly 03/07/2021

Doloroso e necessário
A leitura não é tão fácil, mas ao mesmo tempo é dolorosa e necessária. Um retrato muito relevante sobre as humilhações e aculturações sofridas pelos nativos norte-americanos.
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Leonardo.Fernandes 24/06/2021

O sonho americano
Impressionante pensar que os estados unidos pós guerra civil, anti-escravatura, “exemplo” de democracia moderna, começa sua história assim; covarde, mesquinha, mentirosa, assassina, repugnante, genocida, ignóbil, desonrosa.

Livro pesado, prefiro até não recomendar porque a leitura é uma bad atrás da outra.
Exemplo de que, às vezes, a ignorância é uma benção
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Ras 05/06/2021

Um misto de tristeza profunda e angústia
Enfim, o fim de uma leitura dolorosa, talvez mesmo a mais dolorosa de todas desde que adquiri o hábito de ler.

A cada página meu coração foi se despedaçando em milhões de pedacinhos.
Este livro de certa forma nos serve de alerta sobre como lidamos com culturas diferentes.
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Karoline 25/03/2021

Livro de não-ficção que conta a história do genocídio dos povos nativos norte-americano durante a chamada "conquista do Oeste" na segunda metade do século XIX.

Leitura bastante densa, angustiante e revoltante. É muito triste ler como o colonialismo destruiu/destrói todos os aspectos que nos fazem seres humanos. O extermínio aqui vai além de povos inteiros, o que já seria horrível por si só, mas é também o extermínio de qualquer tipo de humanidade. As barbáries descritas feitas a essas pessoas que não fizeram absolutamente nada contra esses colonos brancos que vieram do outro lado do oceano, - muito pelo contrário, para elas existia terra suficiente para todos - são de revirar o estômago.

E o mais louco, repulsivo e doloroso é que essas histórias, que definem/definiram todo o território do continente Americano, e também da África, continuam postas de lado, esquecidas.

Apesar de se tratar da história dos EUA, ler esse livro me fez pensar e repensar sobre a minha existência aqui, Brasil, num espaço que antes também era tomado por povos que foram aniquilados para que o homem europeu pudesse lucrar, e como eu sou fruto disso, de certa maneira. Um pouco desesperador esse pensamento, principalmente por ser um fato, mas acredito que seja um que não deve nunca ser esquecido. Por nenhum de nós.
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Gisele 04/03/2021

Um relato memorável e comovente da colonização violenta dos EUA. Dee Brown nos conta a história, que durante muito tempo foi apagada, de tribos e chefes indígenas do Novo Mundo.
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Rafael Moura 10/09/2020

Doloroso e cruel
Nunca meus olhos marejaram tanto quanto na leitura deste livro. É um relato perturbador, cruel e belo do massacre dos índios norte americanos, sua cultura e as mentiras, os crimes e o genocídio que o governo estadunidense perpetrou. Leitura indispensável, mas que requer um estômago forte e um coração sensível. Dói, mas é uma dor necessária, para entender este momento histórico, e iniciar a releitura história e cultural. Nunca mais verei um filme de faroeste da mesma forma!

Não dá pra fazer uma resenha nos mesmos moldes das minhas resenhas comuns aqui do Skoob. É preciso ler e chorar juntos dos índios, é fundamental ler e sentir a dor de um povo enganado, atacado, expulso e morto aos milhares.

E impossível não fazer um paralelo com nosso próprio genocídio indígena e negro. Senti falta de um livro semelhante que contasse esta história dos índios aqui do que seria o Brasil, mas entendo que provavelmente temos muito menos relatos escritos. Afinal, as histórias contadas nesse livro datam do século XIX, e nessa época os nossos índios já tinham sido dizimados bem antes!
Lidiane123 16/09/2020minha estante
Eu amo uma pessoa que escreve bem pra Carvalho!


Zaira 05/03/2021minha estante
Não sei se você conhece mas gostaria de indicar dois: Abya Yala! (é sobre a colonização das américas porem de uma forma mais sociológica) e A queda do céu (do Davi Kopenawa). Acredito que você poderia curtir os dois.




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