Vee
05/06/2012Sensações intensasIndo direto ao ponto, já faz um tempinho que eu li o livro Destino, de Ally Condie. Poderia copiar o sumário e colar aqui, o que seria impecável, mas creio que nesse caso, nenhum sumário transmitiria os meus sentimentos em relação a este livro. Aparentemente esquecido, não comentado, de capa simples e poucas páginas (apenas 240), esse livro me fez passar por múltiplas emoções em um curto espaço de tempo no qual o li desesperadamente.
A história conta uma parte da vida de Cassia, uma menina que vive no controlado mundo da Sociedade. Quando eu digo controlado, digo realmente controlado. O que você come, quando come, como se diverte, que horas se diverte, onde trabalha, com quem se casa, o quanto deve comer, quando deve viajar, quando você morre. Absolutamente tudo é ditado pela Sociedade, sem haver falhas. Até que, em seu Banquete do Par, - onde jovens, ao completar 17 anos comparecem, para que visualizem em telões quem serão seus maridos, geralmente de outras Cidades, - Cassia visualiza Xander, seu amigo de infância, da mesma Cidade. Um caso muito raro e incomum.
Entretanto, quando a jovem menina resolve ver o microcartão sobre Xander que recebe da Sociedade, para que possam se conhecer melhor, não é o rosto de Xander que aparece e sim, o de Ky, um jovem considerado Aberração (ou quase isso), que apenas paga pelos erros do pai e é forçado a trabalhar para a Sociedade. Recentemente, Ky foi adotado por um casal da rua de Cassia e vive naturalmente entre todos, mas tem seus horários de trabalhos rigorosos como sempre. Os sentimentos de Cassia entram em conflito diante de Xander e Ky.
Xander, seu amigo de infância, o cara certo, aprovado para Cassia pela Sociedade, a pessoa que teoricamente mais conhece Cassia no mundo. E Ky, o menino misterioso, quieto, dinâmico, que a ensina a escrever em segredo (saber escrever também é contra as regras) e a faz refletir sobre o controle da Sociedade. Quem ela escolheria?
Não estou acostumada com resenhas, mas a fiz, pois esse livro me fez chorar, rir, me sentir feliz, amada, senti como se a escolha da Cassia fosse a minha própria escolha. Apontei os erros dela e suas virtudes, me identifiquei com a personagem e nenhum dos personagens do livro me desapontou. Também tem o fato de que, quando li a respeito da Sociedade, me inflei de raiva, pois meu espírito de liberdade vai contra essa espécie de rigidez. Recomendo a todos este livro, de verdade.