No país dos homens

No país dos homens Hisham Matar




Resenhas - No País dos Homens


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Évelin Noah 05/04/2022

No país dos homens é um livro forte e doloroso. Conta a história, não tão antiga, de um povo, como tantos outros, que lutam por liberdade e democracia. A sua inspiração autobiografica o deixa ainda mais comovente.
Confesso que apesar de ser um bom livro, o seu ritmo é um pouco lento e arrastado. Mas vale a pena a leitura.
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Marlo R. R. López 02/03/2022

Beleza e tragédia se misturam nesse livro de um jeito muito singular, muito potente. Cenas fortes são descritas com tanta poesia, com uma delicadeza tão honesta, que é impossível não reconhecer aqui o principal da literatura: ela fala da "aldeia" do autor e transmite o universal, o que toca todos nós.
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Faluz 15/08/2021

No país dos homens - Hisham Matar
Como uma criança tenta entender os escrutínios de uma política ditatorial que não deixa espaço para o livre pensamento.
Significativo a situação da mulher numa sociedade que não permite sua inclusão/participação como ser político/social.

?As vezes mamãe dizia: ?Todos vocês, homens?, ?Todos vocês, homens, são iguais?, me associando não só a Babá mas a muitos outros homens. Eu nunca sabia o que responder a isso. Não podia, certamente, defender todos: todos os irmãos dela e o pai - os homens a quem ela chamava de ?Alto Conselho? - ,os homens que se reuniram para decidir seu destino quando tinha catorze anos, depois que foi vista sentada diante de um rapaz na Cafeteria Italiana.? Pág. 154

Leitura eletrizante, nos prende na sua narrativa.
Descrições deliciosas, como as formigas estourando em sua boca.
Vale muito a leitura.
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jota 21/02/2021

BOM (retrato de um garoto líbio nos tempos da ditadura sangrenta de Muamar-al-Kadhafi)
Lido entre 25/01 e 20/02/2021. Avaliação: 3,8/5,0

Suleiman tinha nove anos no verão de 1979. Vivia com os pais numa casa confortável em Trípoli e brincava na rua com seus amigos da vizinhança. É o ano em que Muamar-al-Kadhafi (1942-2011), no poder desde 1969, consolida seu governo socialista islâmico e muitos opositores do regime são torturados e mortos. Como ocorre com o pai de Karim, então seu melhor amigo, enforcado num estádio, com transmissão pela televisão. Baba, o pai de Suleiman, passa a ser investigado por suspeita de traição e, para proteger o menino, ele e a mulher resolvem mandá-lo para o Cairo aos cuidados de uma família amiga. Em 1994, os vinte e quatro anos, Suleiman relembra sua história: já faz catorze que nunca mais os viu.

Hisham Matar, o autor, nasceu em Nova York em 1970, de ascendência líbia, passou a infância em Trípoli e no Cairo e reside em Londres desde 1986. No País dos Homens tem inspiração autobiográfica e vem com o elogio do autor de Desonra e Infância, o nobelizado J. M. Coetzee. Ele escreveu que essa é “a história comovente de uma criança exposta cedo demais à crueldade da política líbia”. Suleiman não entende muito bem o que se passa a sua volta, nem mesmo quando o pai é trazido para casa todo arrebentado depois de torturado porque sua mãe lhe esconde a verdade e não permite que ele o veja naquele estado.

O que o garoto entende é que fora de casa há homens maus (a Líbia era o país dos homens do título, onde as mulheres eram apenas esposas e mães), que algum perigo ronda sua família e ele tenta, aos menos mentalmente, proteger os seus. Ainda que de vez em quando suas atitudes irritassem a mãe, especialmente quando o pai estava fora, já que costumava fazer frequentes viagens de negócios ao exterior. Daí que a narrativa de Matar, conforme assinala a Companhia das Letras, assume uma “combinação inusitada de lirismo, ingenuidade e crueza.” O que torna o livro bastante emocionante e interessante, mesmo que não se aprofunde tanto assim na história da Líbia daquele tempo. Entende-se: as coisas estavam sendo narradas por uma criança de nove anos. Mas com a capacidade de observação de certos fatos que somente um adulto seria capaz. Claro, assim é a literatura, ela tem essa liberdade. Na Líbia a liberdade não abriu totalmente suas asas sobre o povo. Abrirá um dia?
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Nícolas Vieira 09/07/2020

"No país dos homens" de Hisham Matar.
No país dos homens" de Hisham Matar.

1979, é verão em Trípoli, capital da Líbia, o pequeno Suleiman tem 9 anos de idade e acredita que seu pai está em uma viagem de negócios fora do país. O que ele não espera é ver o pai na cidade e o medo ditatorial começa a visitar sua casa.

O regime ditatorial de Muamar Gaddafi é o pano de fundo da narrativa de Hisham, que em trechos autobiográficos nos mostra a violência e a tensão de um mundo adulto e doente.

Apesar de sentir dificuldade em aproveitar a leitura no início, consegui me aprofundar no decorrer da história.

Um livro necessário e pesado, que traz a realidade e a perda da inocência de uma forma brutal.

Nota 4,5 de 5 ⭐

site: https://instagram.com/hipnoseliteraria
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Edna 28/10/2018

Marca na infância!
"Meio dia, tu encher meu coração de medo e pavor, mostras-me mais do que eu quero ver
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"Neste país, não entendemos as enfermidades do coração
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"A dor adora o vazio; ela só quer ouvir o próprio eco
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No País dos Homens - Hisham Matar
É um romance autobiográfico e foi publicado em mais de 20 países.
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Sinopse:
Nós anos mais violentos da ditadura mliitar instalada em 1969, uma criança de 9 anos percebe que está deixando o espaço da infância para ingressar num mundo tenso e violento - um lugar feito de segredos, dúvidas, desconfiança, hipocrisia, renúncia e traição.
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Integrantes do Comitê Revolucionário, que zelam pelo regime do ditador Muhamar al-Khadhaf, co.eçam a rondar a casa da família. Um vizinho é enforcado vivo na TV, acusado de traição.
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Um regime opressor através dos olhos de a criança que tenta salvar a família de algo que nem sequer consegue entender diante de sussurros e muito mêdo
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"Uma reunião poderia ser o motivo de ser acusado de "Traição"
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Minhas impressões:
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Um relato dramático e forte que a própria sinopse e os trechos acima mostram, um regime opressivo a ditadura que rouba o direito à vida, à liberdade, e até o direito de amar seus amigos e até a convivência com a família.
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Após o Professor de História, amigo de sua família ser enforcado, a vida do pequeno Suleiman vida de ponta cabeça, aos sussurros dos Pais, ele percebe o perigo que ronda sua casa, sendo vigiada pelos carros do Comitê.
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Ele se revolta ao encontrar sua mãe e o amigo Moída queimando os livros do Pai que agora está cada vez mais distante, em viagem de negócios é a resposta que recebe e aprendeu a dar aos amigos que já o encaram como traidores.
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Seu pai é preso e com a ajuda de um conhecidos funcionario do governo e nada amistosos mas que sua mãe se humilha para que intercede em favor do marido eles recebem em um saco o que antes foi ser humano, e mesmo assim consegue sobreviver.
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Suleiman é enviado para o Cairo decisão dos Pais que viram uma oportunidade de salvação, com Moosa que fora deportado com a família e fora da Líbia ele vive uma vida diferente.
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Emoção pura no presente dado na despedida para o Pai __ Salvei esse do fogo: "Democracia Agora"
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"Sofro de uma ausência, uma ausência sempre presente, como um órfão que não está inteiramente seguro do que perdeu e do que ganhou com sua perda forçada."
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Demorei muito nesse livro para fazer uma reflexão a cada passagem dolorosa, a cada separação, a cada silêncio, a perda e a dor sentida e tudo causada por um Regime Destrutivo.
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5/5
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