O Oficial dos Casamentos

O Oficial dos Casamentos Anthony Capella




Resenhas - O Oficial dos Casamentos


5 encontrados | exibindo 1 a 5


Ticiane 17/06/2019

Delícia de leitura!!!
Um livro que a história se passa na Segunda Guerra Mundial que é um dos meus temas preferidos, com alguns fatos verídicos, e com uma bela história de amor misturado com as delícias da culinária Italiana, só poderia resultar em uma leitura gostosa que como diz o The Times "tem que ser lidas ao sol". Delícia de livro! Eu adorei!
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Carous 30/09/2017

Livro bom, apenas não para mim
Apesar de recomendar esse livro para meus amigos e, inclusive, ter dado meu exemplar, não consegui terminar de lê-lo. Achei a temática muito pesada, e os trechos que mencionavam a situação das mulheres do vilarejo durante a Segunda Guerra, o que elas precisavam fazer para sobreviver, foram fortes demais para mim, e eu resolvi abandonar a leitura. Com pesar.

A narrativa de Anthony Capella é gostosa de ler, não é muito ágil, mas o leitor percebe que a história está se desenvolvendo, apenas em um ritmo mais lento.

Vários personagens são mencionados, e alguns são meio irrelevantes e você acaba esquecendo que eles estavam ali quando reaparecem.

O romance entre James e a viúva - li há tanto tempo que nem lembro o nome dela -, pra mim, começou rápido demais e meio que do nada, mas as cenas dos dois são bonitas e encantadores de ler. Eles têm quase a mesma idade, mas a jovem parece muito mais velha e mais vivida. Isso me incomodou um pouco.
Porém, eu, que tenho aversão à sexo em livro gostei do que apareceu aqui. Acho que tudo depende de como é mostrado. Havia contexto, não foi vulgar e como os personagens se comportaram durante as cenas não era diferente de como eles eram em outras situações

Também não achei que a história condizia com a sinopse. Se relançarem o livro, seria bom dar uma revisada na sinopse para ninguém ser enganado.

site: https://www.instagram.com/shiuestoulendo/
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Cília 07/03/2013

Uma ficção com base em fatos reais.
A vantagem de se reler um livro é notar partes que passaram desapercebidas na primeira leitura. E, se o livro é bom como este ,reviver algumas horas de prazer.
Este livro conta a história de um oficial britânico sediado em Nápoles depois da invasão dos aliados na segunda guerra mundial. Ele é o encarregado de fazer fichas sobre as italianas que querem se casar com os soldados aliados tentando de todas as maneiras impedir os casamentos. Até que se encontra com Lívia uma italiana bonita, viúva de guerra e excelente cozinheira que o encanta e o faz ver com outros olhos a liberalidade da cultura italiana em confronto com a sua cultura britânica.
Em Agradecimentos ( que eu nâo li da primeira vez) o autor diz que escreveu baseado em fatos reais tirados do diário de um soldado da Inteligênciae e de pessoas que presenciaram algumas das histórias contadas no livro.
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Vânia 18/04/2012

Itália, comida e romance!!
Há toda uma magia em torno dos livros que falam sobre algo E culinária. Parece mais que as cenas com descrição do doce sabor culinário têm uma áurea etérea, mágica, singular.
Quem leu "Como Água para Chocolate", "Chocolate", "O Pão da Amizade", sabe do que falo.
Neste, durante a 2ª Guerra Mundial, com toda a escassez, morte, injustiça, algo de bom consegue nascer das cinzas. E olha que literalmente cinzas surgem quase no fim da história, quando o Vesúvio mais uma vez, em 1944, entra em erupção.
Mundos e culturas diferentes, e em meio a tanta destruição, os soldados britânicos apaixonam-se pela belas italianas. E para impedir tantos casamentos é que entrava o Oficial dos Casamentos, pronto para averiguar a situação e fazer um relatório, permitindo ou não tal enlace. Um dos bons motivos para impedir o casamento era se fosse comprovado que a italiana em questão era mulher de vida fácil, o que na maioria era. Para amansar o coração deste homem que só sabia seguir regras nada como fazer com que ELE mesmo se envolvesse com uma bela mulher. E o melhor caminho para alcançá-lo era o estômago.
As refeições descritas no livro são de dar água na boca (todas tiradas de livros culinários verdadeiramente italianos, entre eles um de autoria de Sophia Loren!), e é uma pena que nenhuma receita seja descrita. Mas, talvez, nem haja como descrevê-las, desde que a única medida conhecida por Livia era "o suficiente".

História linda, deixa uma ótima sensação ao término da leitura. Sem depressão pós-livro, mas com uma vontade danada de comer uma muzzarela de búfala. =)
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Ladyce 17/05/2011

Variadas formas de sedução
O OFICIAL DOS CASAMENTOS de Anthony Capella [Record: 2011] em primeira leitura parece mais um livro feito para as férias, para ser lido na praia, sob a sombra de uma barraca, maresia salgando a pele e um copo de mate gelado na mão. Parece leve, cheio de humor, quase inconseqüente. Sua narrativa é rápida, ritmada e transporta o leitor facilmente pelos aromas da culinária italiana [um perigo ler esse livro se você está de dieta], e também evoca com facilidade a paisagem napolitana, assim como o charme e a beleza das mulheres nativas. Chega perto de poder ser lido, simplesmente assim, sem compromisso. Afinal, o tema central, parece ser o romance entre a italiana Lívia Pertini e o oficial inglês James Gould.

A narrativa faz jus à tradição literária inglesa iniciada no século XVIII em que o narrador descreve as observações de um estranho quer na cidade de Londres, quer num país até então desconhecido. Suas observações do povo local, dos costumes e hábitos que lhes são caros, interpretados pela perspectiva do visitante são fonte de grande entretenimento, humor e surpresa quanto aos costumes locais levados a sério pela população. Um dos mais radicais exemplos desse gênero literário está exemplificado nas VIAGENS DE GULLIVER do irlandês Jonathan Swift, cuja primeira publicação data de 1726.

No texto de Anthony Capella, acompanhamos as observações de James Gould sobre a Itália, a vida em Nápoles, os costumes locais. Membro das forças inglesas que lutavam com os aliados contra os nazistas no sul da Itália, James Gould se encontra subitamente responsável pelas entrevistas que permitiriam ou não a oficiais ingleses se casarem com italianas. A necessidade dessa função surge do enorme número de oficiais britânicos que se enamoram das belas italianas e pedem permissão para casar. Por sua vez, as autoridades inglesas não vêem com bons olhos esses casamentos por acharem que um homem casado não iria lutar com o mesmo empenho que um solteiro.

Eis que a viúva e maître de cozinha, Lívia Pertini entra em sua vida, como cozinheira de James. E suas delícias culinárias, os aromas de sua comida, a textura de sua massa, a excentricidade de suas bebidas abrem, para ele, as portas de um mundo novo e inebriante onde todos os sentidos parecem se imiscuir em uma única e plena experiência sensual. Nessa aventura culinária ecos de outro escritor inglês setecentista, Henry Fielding com seu A HISTÓRIA DE TOM JONES publicado em 1749 vêm à mente nas cenas em que Lívia ensina James a comer ervilhas ou escargots.

Mas, há uma mudança de tom e uma mudança de atmosfera mais ou menos a três quartos do fim. Até então tudo parece uma comédia romântica. De um momento para o outro, como aconteceu na vida real, com a explosão do Vesúvio, o romance dá uma virada, deixa de ser tão bem humorado. A guerra chega ao primeiro plano e com ela vêm outras seduções. Talvez melhor descritas como o lado negro, o reverso do que até então se apresentara. E aparece a sedução pela exploração, a sedução por extorsão, a sedução como arma de guerra.

Não é surpresa saber que esse romance já está a caminho de se tornar um filme. De fato, por ser uma história passada na guerra, por seu alto astral e bom humor, tudo nela lembra os filmes dos anos 40 do século passado – também de guerra – com Katherine Hepburn, Cary Grant e outras estrelas Hollywoodianas das telas em preto e branco, em que romances bem humorados com fox-trot na vitrola, aconteciam inesperadamente. Há quem possa comparar esse livro a dois outros romances, também ingleses, da década de 90, O BANDOLIM DE CORELLI, de Louis de Bernières, publicado em 1994 [no Brasil, Record:1998] e de CHOCOLATE, de Joanne Harris, publicado em 1999 [ no Brasil, Record: 2001], que também viraram filmes. Mas acho essas comparações superficiais. Porque nenhum desses dois títulos parece ter o cuidado de um subtexto como o que transparece no romance de Capella.

O OFICIAL DE CASAMENTOS examina o tema da sedução de diversos pontos de vista e se torna até mesmo um curioso quebra-cabeças para o leitor atento diferenciar todos os tipos de sedução retratados no romance, tal como nos distraímos quando temos em frente de nós um desenho com a pergunta: quantos triângulos você vê na figura acima? Este é um bom romance, de fácil leitura. Bom entretenimento. E a gente ainda aprende uma ou duas coisas sobre a história da Segunda Guerra na Itália. Bem documentado. Para maiores detalhes o autor também colocou documentos na sua página na web. Recomendo.
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