127 Horas

127 Horas Aron Ralston




Resenhas - 127 Horas


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Regiane 11/06/2011

Não há força na Terra mais poderosa do que a vontade de viver

O que seria um passeio pelo cânion Blue John para um alpinista experiente que estava acostumado com complexas escaladas nos altos picos do Colorado no auge do seu inverno? Não seria nada complicado, né? Pelo contrário, seria uma forma de relaxar e descansar um pouco das aventuras perigosas.

Tudo ia perfeitamente bem para Aron naquela tarde de sábado quente. Depois de já ter percorrido um longo caminho, ele acabou encontrando duas garotas simpáticas, as quais foram suas companheiras por um determinado tempo em seu trajeto pelo cânion. Logo que elas partiram, Aron continuou seu passeio. Ele estava bem distante de onde havia deixado seu carro e bicicleta, e no momento que passava por uma profunda e estreita fenda do cânion, algo totalmente inesperado acontece: Uma rocha de quase meia tonelada cai sobre sua mão direita e pulso, deixando-o preso naquele lugar deserto.

Aron estava diante de uma situação extremamente complicada e assustadora. Além de não ter avisado ninguém para onde ia, ele contava com pouca comida e água, não tinha sequer uma jaqueta para enfrentar as noites geladas. A preocupação começou a invadir seus pensamentos, pois se não conseguisse se soltar, ele poderia morrer, tanto por desidratação, quanto por afogamento em uma possível inundação, já que ele estava bem abaixo do nível do solo, mas precisamente a 30 metros.

Os dias iam se passando, e já quase sem esperança de ser encontrado ou de escapar daquela situação, Aron começa a usar sua câmera de vídeo, gravando mensagens de despedida para seus familiares e amigos, agradecendo todos os dias cheios de aventuras que ele pôde desfrutar ao decorrer de sua vida, com a ideia de que mais cedo ou mais tarde, aquela gravação fosse encontrada por alguém. Felizmente, na manhã da quinta-feira, Aron sentiu em seu coração uma chance de salvar a sua vida. É a partir desse momento, que ele resolve desafiar seus medos e aflições, através de um ato corajoso em nome da sua sobrevivência.

Eu nem sei o que falar sobre esse livro, pois me comoveu demais. Difícil de expressar tudo aquilo que eu senti. Eu me envolvi completamente com a história, como se eu estivesse enfrentando todos os momentos difíceis e desesperadores ao lado de Aron. As horas passando, os dias, e ele quase sem recursos para sobreviver. Foi angustiante e ao mesmo tempo emocionante acompanhar todas as suas dificuldades e suas superações. Em alguns momentos da leitura, eu comecei a pensar alto: “Vai Aron, não desista”, Fique firme, logo você terá uma solução e conseguirá sair dessa.”

Apesar dele estar em uma das piores situações que um ser humano poderia se encontrar, ele mantém o bom humor para não perder a cabeça. Além disso, ao decorrer do seu relato, o leitor é levado às lembranças de sua infância, e claro, até as suas grandes façanhas, onde começou a se aventurar pelo mundo do alpinismo. Em alguns momentos eu me sentia muito triste e aflita, em outros eu me acabava em risos, tudo dependendo do estado de espírito de Aron.

A narração em primeira pessoa é ótima, bem detalhada, e apesar de ter muita coisa técnica relacionada a equipamentos de alpinismo, etc, não me senti perdida. Consegui visualizar todos os lugares e cenários com muita precisão.

Eu me afeiçoei muito a Aron, e o admirei mais ainda. A sua força de vontade, a sua luta e a sua determinação me fizeram pensar e refletir muito. É uma grande lição de vida que vou levar para sempre comigo. Um livro maravilhoso que me fez chorar, sorrir, vibrar e valorizar mais ainda meus familiares e amigos. Indico sem medo a todos aqueles que apreciam uma marcante e extraordinária história real.
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Rafaelbing 04/01/2024

Encorajador 10/10
O verdadeiro teste de qualquer escolha é: ?Eu faria a mesma escolha outra vez??

Que história impressionante.
Mergulhei de cabeça nessa cena com Aron e senti as dores, agonias, medos por ele ter passado pelo que passou.

A coragem desse cara é indescritível, se eu tivesse no lugar dele não aguentaria 2 dias kkkk, porém foi firme e forte para sair vitorioso.

Essa história é um grande testemunho para todas as pessoas que não acreditam mais na vida, como teve uma moça que se viu com um novo sentido na vida, se pararmos pra pensar, nossa vida tem sim um sentido que as vezes não conseguimos entender na hora que queremos entender, e sim quando precisamos.

Recomendo muitíssimo esse livro! ?
Primeira leitura do ano abri com chave de ouro!

Livro 127 horas
Autor Aron Ralston
Editora Seoman
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Milena 02/11/2022

?O que importa não é o que você faz, é quem você é.?
Essa não é uma história comum. Aron tinha apenas 27 anos quando, durante uma aventura no Blue John Canyon, uma rocha de quase meia tonelada se soltou e prendeu seu braço direito pelo punho entre as paredes de uma fenda do Cânion. Imobilizado, sozinho e consciente de que ninguém sabia onde estava, Aron suportou difíceis 127 horas, nas quais precisou lidar com a sede, fome, frio e a morte.

Com profundidade, honestidade e senso de humor, Aron transporta o leitor para a estreita fenda onde esteve preso durante 5 dias, enquanto, concomitantemente, narra suas aventuras e os passos que o levaram até aquela trágica situação. Desse modo, o livro alterna os capítulos entre o momento em que Aron está preso e histórias de sua infância, juventude e vida adulta, como sua primeira escalada, seus maiores desafios e conquistas, além de dedicar capítulos sobre a busca perpetrada por seus amigos e familiares ao descobrirem que ele estava desaparecido.

Apesar de o livro estar recheado das mais diversas aventuras - que incluem uma perseguição de urso, avalanche, afogamento e deslizes durante escaladas -, o ponto alto é, sem dúvidas, os capítulos direcionados ao acidente no Cânion. O modo como Aron descreve sua experiência é completamente imersiva (ainda que sejam usados muitos termos técnicos), ao passo que ele revela ao leitor suas angústias e planos de escape, bem como transcreve as mensagens que gravou em sua câmera de vídeo, no intuito de deixar para a família um último adeus.

Uma das minhas partes favoritas da obra, no entanto, diz respeito à atitude do Aron frente às próprias ações. Ele não busca culpados ? não além dele mesmo, ao menos ? para os erros que comete. Aron é imprudente em diversos momentos, não apenas no Cânion, onde violou a primeira regra do esporte de aventura (deixar um plano de viagem detalhado com uma pessoa responsável) e admite suas falhas, por vezes até com muita dureza. A relação de honestidade que ele possui consigo demonstra muito o tipo de pessoa que ele é e a forma como ele lida com as situações.

?(...) Esta pedra fez o que tinha de fazer. As pedras caem. Essa é a natureza delas. Ela só fez uma coisa natural que podia fazer. Ela estava pronta, mas esperava por você. Sem você aparecer para empurrá-la, ela ainda estaria encravada onde esteve por sabe-se lá quanto tempo. Você fez isto, Aron. Você criou isto. Você escolheu vir aqui hoje; você escolheu fazer essa descida pela fenda do cânion sozinho. Você escolheu não dizer a ninguém aonde ia. Você escolheu se afastar das mulheres que estavam aqui para impedir que se metesse neste problema. Você criou este acidente. Você queria ficar assim. Você vem se encaminhando para esta situação faz muito tempo. Veja como foi longe para chegar a este ponto. Não se trata de receber o que merece ? você está recebendo o que queria.? (p. 137)

Há muito o que se falar sobre essa história, mas pouco espaço para expressar a totalidade da impressão que ela me causa. Destaco, porém, a força e a frieza de Aron em amputar o próprio braço com uma lâmina praticamente cega, enquanto analisava cuidadosamente as artérias a serem evitadas e o nervo que lhe causaria a maior dor. Ler a cena foi desconfortável o bastante e não posso sequer imaginar o quão difícil deve ter sido realizar a amputação. Depois de perder cerca de 1,5 litros de sangue, uma longa caminhada de 11 quilômetros ainda o aguardava no deserto quente de Utah.

Não posso evitar mencionar também a estranheza das visões (especialmente a criança) e coincidências (se é que posso chamar assim) que cercam a experiência de Aron, bem como o corvo, algo que ainda está na minha mente mesmo após dias desde que finalizei a leitura. A simbologia do corvo ? que em muitas culturas representa a morte ? voar sobre a cabeça de Aron todos os dias no mesmo horário e não aparecer justamente no último dia, quando ele decide se libertar da pedra, é significativo por si só, mas ele estar morto na poça d?água encontrada por Aron, que o ajudou a sobreviver à longa caminhada que se seguiria, é surreal.

Pessoalmente, a história de Aron causou uma grande impressão em mim desde o meu primeiro contato, ao assistir ao filme de Danny Boyle quando eu tinha por volta de 12 ou 13 anos de idade e que se tornou um dos meus filmes favoritos. Agora, 10 anos depois, a história continua a me impressionar. Considero difícil ler algo assim e não se sentir minimamente inspirado pela coragem e pela força de Aron Ralston, que contra todas as probabilidades, perseverou e sobreviveu.
Raven 29/12/2022minha estante
Muito forte como ele diz que ele ele queria isso, dps dessa resenha com certeza vou ler




Nati Ozol - @natiozolle 09/06/2021

O tempo geológico inclui o agora
As 127 horas são INCRÍVEIS. Li em um dia porque queria chegar logo na parte fatídica? acho meio mórbido o interesse das pessoas pela história (e me incluo nisso), mas o autor dá o que os leitores querem: muitos detalhes. Espere TODOS os detalhes, até mais do que precisaria, o que pode deixar o livro um pouco maçante até, mas na parte da amputação de fato os detalhes são super interessantes, coisa que no filme fomos poupados. Aqui é 0 escrúpulos. Muito interessante o quanto ele foi metódico do início ao fim e achei legal também que compartilha as diversas reflexões que teve ao longo dos dias, principalmente no fim quando já estava a beira da morte. Espere também vários capítulos nada relacionados com as 127 horas, mas sim contando da vida e aventuras dele: capítulos que eu particularmente pulei, porque eram muito chatos. Mas vamos dar esse crédito pro cara né, depois de tudo que passou e ainda relatou em tantos detalhes ele tem o direito de colocar umas coisinhas a mais no livro, apesar de que essas partes inegavelmente tiram um pouco a qualidade da história. Se tivesse umas 200 páginas seria nota 5 mas como ele escolheu adicionar esse plus a mais que os leitores não se interessam, acaba caindo pra umas 3,5.
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guilhax 26/08/2012

Estória fascinante de sobrevivência, no entanto, no formato em que foi contada, fica bem cansativa em alguns momentos.
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Elaine 22/04/2020

Biográfia
Esta é a fascinante história de Aron Ralston um experiente alpinista que decide fazer uma caminhada pelo Parque Nacional de Canyonlands em Utah, sozinho pois não tinha costume de avisar ou deixar um bilhete para família ou amigos avisando seu destino. Para ele era mais uma aventura sem qualquer imprevisto, até que Aron foi surpreendido com uma rocha de quase meia tonelada que desalojou e caiu sobre a sua mão direita e o pulso. A partir daí, começaram ás 127 horas mais difíceis de sua vida.

Este relato de sobrevivência, nos faz ter outra perspectiva sobre a vida, altruísmos, a refletirmos o verdadeiro valor dado á nossa família, amigos e até as pequenas coisas. Nos ensina que podemos viver a solicitude e não a solidão. Super Recomendo!
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Amy 23/02/2012

INTRODUÇÃO
É uma visão diferente das resenhas anteriores, até bem diferente do que muitos leitores aqui estão acostumados. Eu quis ler o livro em função do filme que havia visto já tem um tempinho. O filme me chocou e me motivou a ler essa história. A história de alguém que sobreviveu a uma situação limítrofe e ficou de cara com a morte. Ele faz reflexões muito interessantes e tem uma atitude que poderia ter sido feita, mas como ele mesmo diz no livro, não estava pronto.

NARRATIVA
É bem extensa e bem criativa, pois cita muitos livros e lugares maravilhosos para conhecer. Alguns termos técnicos também são apresentados e até medidas são colocadas. O que torna uma boa narrativa para quem entende do assunto. Porém quem não entende, há um glossário no final do livro que explica cada um dos termos. Existem algumas fotos no livro que também são bem bonitas e a foto do resgate e da rocha com a mão de Aron. Uma experiência bem bacana é enquanto ler o livro, pesquisar fotos dos lugares que cita. Existem alguns que são incríveis e que realmente dão vontade de se visitar algum dia. É uma narrativa que denota o amor de Aron pelo assunto e quando lemos algo feito com amor e conhecimento. Com a vontade de passar o máximo de detalhes possíveis é impossível não se sentir motivado a ir atrás.

MOMENTO MACCHIATO
“Logo depois das 8h, ouço um ruído apressado filtrando-se através do cânion acima de mim, um sopro de vendo que pulsa três vezes. Olho pra cima quando um grande corvo negro voa sobre a minha cabeça. Ele está seguindo para o começo do cânion, e a cada bater de asas, o eco filtra-se até os meus ouvidos. Na terceira batida de asas, ele grita alto: “Ca-cau”, e então desaparece da minha janela do mundo superior.” – pág 93.



FILME
A proximidade com o livro é bem impressionante, apenas alguns flashs do passado e de outras aventuras – algumas engraçadas como a do urso e outras um pouco complicadas como quase morreu na água – e a reação dos pais e amigos não é apresentada no mesmo. Foi um risco, mas isso intensificou o espectador para a situação atual de Aron. Tanto o livro como o filme nos leva para aquela fenda. Somos cúmplices do que acontece com Aron. Estamos presos por uma rocha. E quando ele pega a câmera para registrar seus pensamentos e registrar a sua situação só intensifica essa ideia.Quem ainda não viu o filme, assista. James Franco é um excelente ator e transforma esse filme em uma obra prima, lógico que existem muitas pessoas por trás do filme, mas a atuação passa uma verdade a mais para quem assiste e a cena da amputação é tão real que comove qualquer ser vivo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
É um livro muito interessante pra quem gosta de aventuras, esportes radicais e livros que superem a escrita. Que lhe deem reflexões para o cotidiano e que te proporcione uma história de superação que nem sempre estamos prontos pra encarar, na verdade, ninguém está pronto. Sempre achamos que não iremos sofrer nada, que aquelas notícias absurdas na tv, não irão acontecer conosco. Mas a verdade é que elas acontecem e existe vida após trauma. Porém é preciso coragem e assumir qualquer coisa que tenha acontecido, por mais drástica que seja, a vontade de viver e ser feliz prevalece.

LINK: http://thislovebug.net/macchiato/44-127-horas-aron-ralston
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leobupi 25/10/2021

O tempo geológico inclui o agora
Aron aprendeu essa frase da pior maneira possível ao cair e prender sua mão entre o cânion e uma rocha. Através de 127 horas de desafios espectativas e frustrações ele descobre os mecanismos para se salvar da situação desesperadora
A narração em primeira pessoa da ao leitor um gostinho do Pânico e a descrição técnica é precisa e ao mesmo tempo acessível para todos
O único detalhe é que de vez em quando o livro se descia para contar alguma outra aventura de Aron e deixa a história muito arrastada, mas as últimas 100 páginas do livro foram incríveis
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Antonio Maluco 12/05/2022

Biografia
O livro conta histórias de sobrevivência do alpinista Aron que teve quase perto de morrer em Utah e agora vou ver o filme se é legal mesmo
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Jenifer Vieira 02/02/2024

127 Horas
Que história!

Já tinha visto o filme, mas ler o livro o foi muito mais pesado, super detalhado, eu adorei a descrição de cada momento dele nos canions, acho incrível a força que o Aron teve nos 5 dias que passou em condições impossíveis para muitos.

Sobre o livro em si, achei bem cansativo as partes falando sobre as aventuras que ele viveu antes de 2003, entendo que é pra mostrar como ele era um alpinista experiente, mas essa parte quase me fez desistir do livro, é simplesmente desnecessária, o livro podia ser reduzido quase pela metade, não fossem esses longos capítulos desnecessários sobre o passado dele.
Marcelo Minal 02/02/2024minha estante
Amei este livro. Como simplesmente não desistir, lutar até o fim do fim do fim.




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Psychobooks 01/12/2011

Lembro muito bem das notícias veiculadas lá em 2003, quando um alpinista tinha sido encontrado após passar 5 dias preso a uma rocha e ter sido obrigado – para se livrar de sua prisão no cânion – a cortar o próprio braço fora.

Na época a minha reação foi de desespero frente ao horror que esse homem tinha passado, mas confesso que encarei tudo com um certo distanciamento, até o dia em que vi que Aron tinha escrito um livro e que o mesmo ia virar filme.

Acredito que bater na tecla “sobrevivência” seja uma grande redundância no caso de Aron. Logo no início da narrativa ele já chega ao seu destino: a rocha que o prende ao cânion e que pode acabar com sua vida. A partir desse ponto a angústia e a ânsia por uma solução passam a nos acompanhar.

“Esta rocha prendendo o meu pulso ficou presa por muito tempo antes de eu aparecer. E então não só caiu sobre mim, ela prendeu o meu braço. Estou perplexo. Foi como se a rocha tivesse sido posta aqui, colocada como uma armadilha de caçador, esperando por mim. (…) Por que a última pessoa que passou aqui não desalojou a rocha? (..) Que tipo de sorte que eu tenho para que esta rocha, enroscada aqui por eras incontáveis, se libertasse na fração de segundo em que as minhas mãos estavam no caminho?

Quero dizer, quais são as chances?

Página 51

Foi Aron quem escreveu o livro. Quando vi que ele próprio havia escolhido contar a sua história, fiquei com um certo receio sobre a qualidade da escrita ou que o texto caísse para a narrativa ou muito dramática ou uma autoajuda do tipo “dê mais valor à vida”. Estava enganada.

Durante toda a narrativa, Aron descreve o que passou com o tom certo de emoção e distanciamento, todos os momentos são bem-dosados. Suas emoções vão da felicidade que o esporte lhe dá, logo no início do livro, à angústia que a situação em que ele se encontra lhe proporciona e à clareza técnica de raciocínio, para avaliação correta de suas chances de sobrevivência, sempre levando em conta todas as possibilidades, com os materiais que ele leva em sua mochila.

Durante as 127 horas que dura o seu martírio, Aron pincela o livro com suas histórias de vida e todos as aventuras que o levaram até aquele momento – o caminho que percorreu até finalmente ficar frente à frente com a rocha, que ele considera sua algoz.

Tive uma certa dificuldade no decorrer da leitura. Não é um livro para se ler em questão de horas, nem mesmo dias. Levei duas semanas para conseguir me conectar com todos os acontecimentos e digerir toda a dor que Aron passa. É um livro forte. O autor não poupa detalhes sobre os acontecimentos.

Algumas passagens são bem técnicas, como quando Aron toca a rocha e ela cai por cima dele e prende a sua mão. Fiquei bem confusa e confesso que não entendi muito bem a mecânica do acontecimento, e nesse momento começo a segunda parte da minha resenha. Vou falar do filme 127 horas.

E é nesse momento que as duas obras se completam. Raras são as vezes em que leio um livro e concordo com a versão que um roteirista deu para a história, geralmente fico com a sensação de que algo faltou, que foi tudo muito corrido. Isso não acontece com o filme 127 horas.

Claro que o livro tem muito mais detalhes e é muito mais rico em descrições e cenas, mas o filme consegue preencher as lacunas que Aron deixa em sua narrativa. O recurso visual do filme nos dá a base para realmente entender como o autor entrou na situação e como conseguiu sair dela.

Senti o filme como parte do livro, um apêndice mesmo. O ator James Franco está simplesmente perfeito no papel, e passa todo o sentimento de Aron com perfeição. Falando em apêndice, o livro tem algumas fotos que também ajudam a completar a narrativa, achei bem interessante a inclusão dessas imagens.

No todo, acredito que o livro - bem com o filme – é indicado para o público adulto. Aconselho uma leitura pausada, sem pressa. Se deixe arrebatar pelos momentos que Aron passou, faça parte da história dele, torça por ele, se angustie com ele, e, principalmente: sinta o seu alívio no final da narrativa.

Um conselho: leia o livro e assista o filme com um copo d’água do seu lado. Livro/ filme bom é assim, leva o espectador a sentir tudo o que passa com o personagem, até mesmo sede.

Link: http://www.psychobooks.com.br/2011/09/resenha-127-horas.html
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Bruna 30/05/2022

Isso é que é determinação
"Dizer adeus é também um começo corajoso e promissor"

Que história! Já tinha visto o filme mas o livro é infinitamente superior. Quanta força, determinação e inteligência desse homem.

A "trágica" aventura de Aron é contada em detalhes, alguns bem indigestos, que são intercalados por outros fatos da vida dele e experiências de vida que contextualizam quem o personagem é e, claro, como ele chegou ali (e conseguiu fazer tudo que fez).

Chorei.
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Sabendo Ler 16/01/2019

Surpreendente!
Ralston é um típico adorador de esportes radicais, faz de tudo, não tem medo de nada, está sempre em busca de novas aventuras. Um dia, resolve ir para os canyons, sem avisar ninguém, claro. Ele sabe que pode se virar sozinho e faz tudo com a maior facilidade, até que durante uma descida entre rochas, uma delas desliza e prende seu braço. A enorme rocha é impossível de ser movida e ele sabe que ninguém vai acha-lo naquele lugar. .
.
Conforme os dias passam, a dor só amenta e o desespero também, em contrapartida a comida e a água acabam. Desidratado e morto de fome, Ralston tem diversas alucinações, que o ajudam inclusive, a decidir o que fazer. Ao perceber que irá morrer ali sem ninguém nunca saber, ele toma a mais importante decisão de sua vida: amputar seu próprio braço com um canivete cego. Para isso ele faz um torniquete, quebra seus ossos e vai cortando o resto sem dó nem piedade, tentando a todo o momento não desmaiar. .
.
Depois de finalmente conseguir cortar seu braço, Aron ainda teve de escalar para sair do buraco e caminhar mais 12 km, até encontrar uma família, extremamente fraco e com uma ferida aberta. Acho que nem preciso falar o quanto esse homem foi forte né? É inimaginável o sofrimento, coragem e força de vontade que Aron teve. É uma das histórias reais mais emocionantes que já li.

site: https://www.instagram.com/p/BmbzBIKnaxN/
Maycon.Douglas 01/09/2019minha estante
O que significa a "A rocha que prende braços " ? Estou com um trabalho para fazer mais não entendi muito bem




Simone de Cássia 29/07/2019

O livro poderia ter a metade do número de páginas e ainda assim seria bem compreendido. Na verdade o autor aproveitou a deixa pra relatar suas demais peripécias e suas aventuras exóticas, o que achei cansativo. Adquiri o livro pra saber das 127 horas. Ponto. Mas, pulei um tanto de página aqui, outro tanto ali, e a história foi lida. Pela determinação e pela garra, nota 5. Pelo tédio da descrição exagerada dos demais momentos, nota 3.
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