Resenhas - O Grande Gatsby

Kamii_Berthier 06/01/2024

O Grande Gatsby e a falsa ideia de ascensão
Entre uma origem respeitada e a decadência econômica da família, Nick Carraway se vê em uma posição de mediocridade: não rico o bastante para protagonizar um enredo de status e ascensão, nem tão pobre ao ponto da exclusão. É desse espaço ambivalente que Nick se põe a narrar o verão que compartilhou com presenças ostensivas, apaixonadas e questionáveis.
Ao se tornar vizinho de um popular ricaço, Nick tem a chance de se aproximar do mesmo, é através dessa conexão que podemos conhecer as muitas nuances que formam a misteriosa personalidade do grande Jay Gatsby.
Ambientado nos EUA da década de 20 (popularmente conhecido como a era do jazz), é impossível não esperar do texto narrações das grandes festas, o exibicionismo de posse, os círculos elitistas e as vidas recreativas levadas pela alta classe.
Diante desse cenário que deslumbra tanto leitor quanto personagem, acompanhamos as relações entre um pequeno círculo, especialmente a de Gatsby e Daisy, seu antigo e permanente amor.
Fitzgerald descreve o sentimento de um homem em situação de pobreza ou de paixão com muita semelhança, ambos com o poder de acionar o desejo, a angústia, a motivação e a desonestidade.
É um equívoco descrever a história de amor de Gatsby como um romance com Daisy. Gatsby na verdade era apaixonado por uma fantasia de luxo. Seu amor para Daisy sempre atrelado a tudo aquilo que a garota representava, a posse, o status, o glamour...
Ao fim de tudo, Gatsby invariavelmente matou um homem. O homem cujo fez questão que desaparecesse, sua primeira versão: James Gatz. Não ironicamente, ninguém que desfrutava de suas festas compareceu ao seu velório, os que lhe dedicaram uma despedida conheciam sua identidade abandonada.
O Grande Gatsby retrata o giro perfeito dos círculos da alta sociedade americana, ao manter aqueles que naturalmente já estão dentro juntos e seguros, enquanto faz a manutenção do falso ideal de ascensão daqueles que estão fora.

mipavaneli 06/01/2024

As vãs tristezas dos homens e suas efêmeras alegrias
Adoro esse romance! O Gatsby é uma figura muito misteriosa, com intenções ocultas, que o leitor vai descobrindo. As outras personagens também são muito humanas, seja por suas qualidades ou características horríveis. Uma história sobre as ambições dos homens que são universais, as paixões, as traições. Um clássico que vale a pena conhecer!

Mariana 05/01/2024

O Grande Gatsby: Imersão Literária na Época do Jazz
"O Grande Gatsby", uma das mais notáveis epopeias literárias do século XX, é uma homenagem à sagacidade de F. Scott Fitzgerald. Neste romance primoroso, somos transportados para a década de 1920, imersos na opulência e na efemeridade da Era do Jazz. Fitzgerald desvenda as estratificações sociais e a busca insaciável pelo tão ambicionado sonho americano, entrelaçando uma narrativa fértil em simbolismos e profundidade.

A prosa requintada do autor resplandece na caracterização minuciosa de personagens como Gatsby, um ícone do idealismo corrompido pela sociedade em que está inserido. Por meio de diálogos perspicazes e descrições evocativas, Fitzgerald retrata a vaidade, o afeto e a desilusão, forjando um retrato vívido da condição humana.

Este magnífico livro, além de ser meu favorito, ressoa comigo também pela magistral semelhança com a adaptação cinematográfica e a trilha sonora envolvente, como a perfeição de "Young and Beautiful" de Lana Del Rey. A película captura a atmosfera hipnótica da obra, complementando-a de maneira sublime, o que enaltece ainda mais sua imortalidade na vastidão da história da literatura.

A edição em capa dura desta obra pela Editora Geração é um deleite para os amantes da literatura clássica. Com um cuidado meticuloso, a Editora proporciona uma experiência tátil e visual única, valorizando a grandiosidade do conteúdo. A robustez da capa dura, aliada à qualidade do papel e à encadernação impecável, conferem não apenas durabilidade, mas também um charme estético que eleva a obra a um patamar ainda mais nobre.

Além disso, a escolha da arte gráfica para a capa e a disposição do texto contribuem para criar uma atmosfera que condiz com a narrativa fascinante de Fitzgerald. A Editora Geração, com seu compromisso em oferecer edições primorosas, torna esta versão não apenas uma leitura, mas uma verdadeira experiência sensorial que valoriza e preserva a beleza e a importância desta obra-prima literária para as gerações presentes e futuras.

Rafael.Fires 04/01/2024

?
Gente rica merdeira fazendo coisas de gente rica merdeira.
Não entendi o pq ser um clássico tão aclamado...

LarissaPatricio 04/01/2024

Ricos fazendo merd4
A história se passa em meio a década de 20, durante a lei seca, logo após a 1° guerra mundial e todos seus retornos financeiros para os grandes ricos norte-americanos. Carpe diem é o lema dessa galera.
O grande sr. Gatsby entendeu muito cedo que ele precisava acumular riquezas para ser alguém, e com muita determinação, realizou o tão famoso "Sonho Americano". Porém, a falsa meritocracia é desmascarada assim que ele alcança a linha de chegada, pois mesmo tendo acumulado uma gigantesca riqueza - por meios misteriosos - ele ainda não é um aristocrata de berço, sendo assim, continuará sendo descartado com um qualquer.
Não importa se o Gatsby é um espião, alemão, assassino, contrabandista, etc... desde que ofereça boas festas banhadas a bebida. Para afetos, não importa se é um multimilionário, já que não nasceu como tal.

Peter.Molina 04/01/2024

Decadência americana
Este pequeno livro narra através de Nick Carraway, a vida faustosa de Gatsby e de muitos milionários no início dos anos 20, com suas festas suntuosas e vidas vazias. No começo, não consegui me conectar com nenhum personagem, todos muito fúteis, mas a partir de um determinado acontecimento, o livro tem uma reviravolta, rumo à decadência e à sordidez. Aqui são retratadas a falsidade, os interesses, a moral vergonhosa, enfim, o sonho americano que não existe de fato. Só ficam as mentiras e a arrogância desesperada. Não leiam a introdução antes pois tem spoilers da história.

Cris 03/01/2024

Um baita clássico que apenas não me roubou como esperava.
Lançado em 1924, 'O grande Gatsby' de F. Scott Fitzgerald, retrata, basicamente, a superficialidade da vida da classe alta num EUA na década de 20 logo após a 1ª Guerra Mundial. Jay Gatsby além de representar a materialização do sonho americano, também simboliza para mim a ruptura e a perda do amor, principalmente o próprio, já que ele oferecia estrondosas festas à rigor em sua mansão localizada na West Egg unicamente com o pretexto de chamar a atenção de Daisy, uma pessoa intragável e fútil, por quem ele teve um relacionamento no passado não conseguindo então esquecê-la.

O livro é narrado em 1ª pessoa por Nick Carraway, um observador modesto e bem curioso que, aos poucos, vai descobrindo junto com o leitor o mundo misterioso de Gatsby, sobretudo, o motivo do ricaço conseguir tanto dinheiro em tão pouco tempo.

(...) Esmagavam coisas e criaturas e depois se protegiam por trás da riqueza ou de sua vasta falta de consideração, ou o que quer que os mantivesse juntos, e deixavam os outros limparem a bagunça que eles haviam feito?

O enredo em si não tem muitos desdobramentos ou reviravoltas, é simples em história e um tanto complexo em metáforas e simbolismos. Fitzgerald a todo momento tece críticas relacionadas à superficialidade de emoções. Critica também os costumes da época dos endinheirados, baseados em interesses e status. Problemas que continuam presentes na atualidade, quase 100 anos depois da publicação do livro. Surreal, não é mesmo?

Por mais que eu tenha achado a narrativa fluída por demais e finalizado a leitura em um curto espaço de tempo, não me apaixonei como gostaria. Em determinados capítulos me batia uma certa vontade de avançar as páginas a fim de já ir para o seu desfecho... desfecho esse estupidamente triste, trágico e por que não bastante injusto?!?

Indico a leitura unicamente por ela ser um clássico de peso. O livro em si não é perfeito, a trama não surpreende muito e a forma como alguns personagens são apresentados irrita e até incomoda. No entanto, há humanidade do início ao fim valendo assim a experiência, sem sombra de dúvidas!

(...) Veja, eu geralmente me acho no meio de estranho, porque eu vou aqui e ali, tentando esquecer as coisas tristes que me aconteceram.

Akemi.Mori 03/01/2024

Apesar dos pesares que tenho quanto alguns personagens, a complexidade burlesca de Gatsby em comparação aos demais, ao meu ver, teria sido finalizada com maestria se no fim da narrativa sua vida tenha sido tomada por si próprio e não por um sujeito irrisório e secundário

ViviGreg. 03/01/2024

Que livro incrível! É triste e gera reflexões a respeito das amizades a nossa volta, sobre a falta de honestidade e empatia das pessoas e sobre objetivos de vida. Gostei muito desse clássico eagora quero assistir ao fime.

Eliane406 01/01/2024

A opulência e declínio dos anos 20
?O tão ambicioso "Sonho Americano", vir para as Américas, era sinônimo de buscar riquezas. Sobretudo o "Sonho Americano" está ligado ao país dos E.U.A. que sempre foram famosos em espalhar sua fama de afortunados, de suprema potência mundial, de que todos podem ser livres e ricos. No período 1920, o país entrou em prosperidade econômica em setores do rádio, filmes, automóveis e químicos, a linha de crédito expandiu para os grandes centros urbanos, após ter passado pela 1° Guerra.O jazz tornou-se muito popular entre os jovens americanos, embora tenha sido visto como apenas barulho pela geração mais velha. A dança tornou-se uma recreação popular. E outro fator que modificava o caráter social foi a lei seca.

?No Romance Trágico, é evidente a crítica que Fitzgerald faz a esse período, uma era mergulhada em festas, vivia de riquezas, aparências e futilidades para preencher o vazio de suas vidas opulentas, esquecendo-se do mundo lá fora. Um relato triste e obscuro de uma ganância que conduz a barganha de qualquer situação, e que leva a destinos perecíveis, sem sentimentos válidos. A decadência provida do materialismo e da falta de moral.

Nai 31/12/2023

Eu gostei da ambientação, de ver como era a aristocracia americana, embora não tenha mudado muito com o tempo. Não gostei muito do Nick e da Daisy, achei ela uma típica mulher rica, não vi nada de especial nela, e acho que o Gastby só se apaixonou por ela porque não podia ter.

Amei o Gastby, ele tinha um ar de mistério e era o dono de um mundo encantado que ele mesmo construiu, e dos personagens, ele era o único que veio de baixo. Achei o Tom, o homem comum, rico, hipócrita e que trai a mulher.

Raissa594 31/12/2023

Um clássico muito interessante! Gostei muito de ler, apesar de ter enrolado muito para finalizar a leitura.

P. Barata 31/12/2023

Não é o tipo de literatura que me atrai, a forma como o narrador apresenta a história não me convenceu de imediato. Mas um clássico é um clássico. A medida que o enredo se desenvolve você acaba se envolvendo com as personagens. E torce... contra ou a favor de Gatsby. Escolha!

daniela!! 31/12/2023

Questões de Esperança Infinita
Comecei a ler esse livro sem saber sobre o que era e com poucas expectativas, mas, agora, depois de ter terminado, sei que foi a escolha mais certeira em relação a livros que já fiz.
O Grande Gatsby traz uma trama forte que golpeia reviravoltas intensamente durante a narrativa. Nos faz sentir as emoções dos personagens, sofrer com eles e viver as nuances da vida descrita.
O livro traz um tom melancólico, de ter esperança em algo impossível. Juntamente, tem também festas boêmias, momentos de romance e reencontros de aquecer o coração.
Gostei das lições intrínsecas na narrativa e de como tudo se interligou no final. Sinceramente, acho que é o melhor livro que já li. Recomendo demaissssssss!! ;)

Paulo1844 31/12/2023

última leitura de 2023 concluída. Gostei muito desse livro, estava com uma expectativa menor, mas acabei gostando, o autor mostra o materialismo desenfreado dos personagens, mostrando como o poder e a riqueza pode tudo. Fiquei triste com o acidente da amante de tom, foi uma morte tão forte e feia, mas no fim das contas as consequências chegaram aos envolvidos.

"Sempre que você sentir vontade de criticar alguém, disse-me ele, lembre-se de que nem todas as pessoas deste mundo tiveram as mesma oportunidade que você".

Fitzgerald produziu uma crítica social atemporal, explorando temas universais de amor, ilusões e a busca incansável por um ideal. "O Grande Gatsby" não é apenas uma obra de ficção; é uma reflexão profunda sobre a condição humana, a efemeridade da fortuna e as complexidades do desejo. Uma leitura cativante e profunda significativa que transcende sua época.