A Vida Imortal de Henrietta Lacks

A Vida Imortal de Henrietta Lacks Rebecca Skloot




Resenhas - A Vida Imortal de Henrietta Lacks


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Gonçalves 22/02/2022

O livro cumpre muito bem a proposta de revelar a história de Henrietta Lacks, a mulher por trás das células HeLa, e sua família, relatar alguns acontecimentos ocorridos no progresso científico causado pelas células HeLa e, no posfácio, relatar o estágio (em 2009, quando o livro foi publicado) do debate ético sobre as pesquisas com tecidos humanos, principalmente a questão do consentimento das pessoas das quais esses tecidos são retirados.

Entretanto, eu não gostei muito dos últimos dez capítulos, do 29 ao 38, que são exclusivamente dedicados à relação de Deborah Lacks, a filha de Henrietta a quem a autora ficou mais próxima, com a autora do livro, Rebecca Skloot, no processo da sua pesquisa para a criação do livro. Essa parte fugiu um pouco do tema central do livro, e eu só cito isso porque ela é extensa (dez capítulos). Mas no geral o livro é bom.
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Maní 12/11/2021

Uma grande obra
Henrietta Lacks era um ser humano. Quase sem instrução. Pobre. Jovem, com muitos filhos e um marido infiel. Doente. Era um ser humano que usava escadas separadas por causa de sua pele. Usava banheiros diferentes dos dos brancos. Amava dançar e pintar com esmalte as unhas dos pés. A enfermaria que a abrigou quando seu câncer de colo de útero foi descoberto era exclusiva para pessoas "de cor". Essa pessoa, sempre às margens de uma sociedade segregacionista e racista, ajudou a salvar milhões de vidas - e nunca soube que suas células cancerosas foram coletadas, usadas, estudadas e vendidas como um produto de interesse científico, enquanto seus filhos cresciam sem amparo.
Raros livros de caráter biográfico-documental me fizeram imergir tão profundamente e criar empatia quanto A vida imortal de Henrietta Lacks. Foi uma recomendação de uma professora de Anatomia da USP na minha graduação e nunca uma recomendação foi tão certeira.
Todos deveriam conhecer Henrietta, porque Henrietta está no nosso dia a dia - talvez ainda em uma escada segregada, existindo em silêncio.
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Bru Chibiaque 04/09/2021

Sensacional!
Esse livro é muito bom, muito emocionante em algumas partes e trata de uma história realmente interessante. Peguei ele por indicação de uma professora da faculdade e não me arrependo, sem dúvidas lerei de novo em algum momento.
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Laís 12/04/2021

O racismo científico é revoltante!
Henrietta, como eu queria que você tivesse noção da sua importância no mundo de hoje. Você revolucionou foi tudo, mulher!

Conhecer as nuances e detalhes dessa história foi um presente. Agradeço demais a pesquisa incríveeeel de Rebecca (e Deborah). O debate sobre propriedade e utilização de tecidos deve seguir, precisamos de progresso. Esse livro ne tocou demais, lá no fundo. Não vou cansar de indicar pra Deus e o mundo
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Gabi 30/03/2021

É sobre violências e luta
Eu queria dizer tanta coisa sobre esse livro que me faltam palavras, não sei nem por onde começar. Com certeza vou ser aquela pessoa chata que indica esse livro pra todo mundo. O mundo precisa conhecer a história de Henrietta Lacks, a mulher que revolucionou, transformou a ciência e a medicina moderna.
Infelizmente as suas células cancerígenas a mataram, mas por ironia da vida, elas ajudaram a salvar milhões de vidas ao redor do mundo. Ela e sua família merece todo o reconhecimento, principalmente depois de terem sofrido nas mãos de profissionais desonestos e arrogantes. Só digo que pra quem vai ler esse livro se prepare, porque você vai do ódio as lágrimas, ódio por ficar revoltado com pessoas desumanas, que privaram a família de ter informações e fizeram eles de idiotas (desculpa falar assim, mas foi assim que eu enxerguei em muitos momentos). E lágrimas pelo amor e admiração que os filhos de Henrietta tem por ela, eles lutaram do início ao fim para que sua mãe fosse reconhecida pela sua importância.
Obrigada Rebecca Skloot por essa obra-prima e por não ter desistido de escrever esse livro. A escrita da Rebecca não deixa o livro tedioso em nenhum momento, a cada capítulo o ar falta ou a lágrima vem aos olhos. Eu pensava que a leitura seria científica, mas foi além, ela mostrou de maneira crua a segregação racial e o quanto a ciência se aproveitou desse passado vergonhoso para ?progredir?, usando corpos negros de cobaias, tanto em hospitais como em manicômios. E o amplo debate sobre ética, pra fazer a gente pensar, questionar. Mas uma vez obrigada Rebecca ??
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Polly 11/02/2021

A cada dia me convenço mais que os encontros na vida acontecem quando têm de acontecer. Não é diferente com os livros. Um amigo me passou esse livro há cerca de 10 anos. Li algumas páginas, não me prendeu. Abandonei. Uma década depois, cá estou formada e trilhando o caminho da ciência. Ainda na graduação, cruzei com as células HeLa. No mestrado, trabalhei com cultura de células. E, nos últimos dias, me (re)encontrei com “A vida imortal de Henrietta lacks”.

As células HeLa foram as primeiras células humanas imortalizadas em cultivo laboratorial, no ano de 1951. Graças a essas células, a humanidade testemunhou os maiores avanços nas pesquisas médicas até então - pesquisas oncológicas e espaciais, vacina contra pólio e HPV, mapeamento genético. Somente no Pubmed, são mais de 114 mil artigos encontrados envolvendo as células HeLa.

Incrível, não?! E se eu te disser que por trás das células HeLa está Henrietta Lacks, mulher pobre e negra, que morreu aos 31 anos vítima de um tipo muito agressivo de câncer do colo do útero, e que teve uma amostra do seu tecido uterino retirada do seu corpo sem o seu conhecimento e consentimento? Tampouco sua família foi informada. Além disso, suas células deram origem a uma indústria multimilionária sem que sua família recebesse um único tostão.

A história de Henrietta, apesar de ser também a história das células HeLa, permaneceu apagada por muitos anos. E, a partir dela, surgiram diversos debates éticos e morais, muitos deles ainda sem um consenso. Ler esse livro em 2021 é ter em mente o tempo todo que o pensamento daquela época era totalmente diferente. Acreditem! Por mais que não pareça, estamos muito melhores agora.

Hoje, 11/02, é Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência. Sei que a família Lacks não busca nada além do reconhecimento de quem foi Henrietta. Deixo aqui a minha homenagem a essa mulher que mesmo sabendo tão pouco - ou quase nada - mudou profundamente a pesquisa médica nas últimas décadas e, consequentemente, a vida de cada um de nós.
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beatlesisland 30/12/2020

Ótimo trabalho de pesquisa! Achei extremamente interessante os nós que Rebecca tem que desatar até mostrar a história dessa mulher extremamente importante para a ciência, embora não reconhecida.
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Kassia.Castro 03/02/2020

Esclarecedora
Esse livro em especial conseguiu me envolver bem antes de começar a lê-lo. Assim como a autora eu também durante minha aulas da faculdade tive que estudar sobre as células HeLa, no entanto eu pesquisava e não encontrada quase nada da vida da "doadora" das células e isso me deixou especialmente intrigada até descobrir a existência desse livro. Contudo por se tratar de um best-seller eles sempre estava bastante caro nas livrarias e fui postergando a compra do livro e sua leitura em si, até que um dia fui em um sebo comprar um livro para meu primo e encontrei esse livro lá a minha espera. Com toda certeza foi obra da Henrietta diria a Dale e descobrisse essa historia. No livro fiquei apaixonada logo de cara por Deborah filha de Henrietta a mais disposta a ajudar Rebecca Skoot a escrever o livro, no qual e escrito de uma forma metalingüística no qual ela escreve dela mesmo no processo de escrever o livro. A vida imortal de Henrietta Lacks é uma biografia narrada em primeira pessoa, pela autora Rebecca Skloot, que tenta resgatar a história da mulher que deu origem à linhagem de células HeLa, sem as quais muitos dos maiores avanços da ciência talvez nunca tivessem acontecido. Mas ai você se pergunta... Como assim, imortais?
O segredo da imortalidade das células de Henrietta permaneceu desconhecido até o final da década de 1990. Todo câncer é uma forma de mutação do DNA da célula. No caso da HeLa, a célula sofreu uma mutação que produz uma enzima chamada telomerase, que controla a renovação dos cromossomos cada vez que a célula se divide. Ao contrário das células normais, que vão se desgastando a cada divisão, o tumor de Henrietta não sofre danos quando se multiplica – e, assim, se torna imortal.
Mas a questão do livro é quem foi e como viveu Henrietta Lacks? Henrietta Lacks foi uma mulher negra que viveu no pós abolição mas no período de segregação americana. Portadora de um câncer uterino agressivo morreu em estado gravíssimo em condições de dor e subtratamento. Parte de seu órgão foi retirado para pesquisa sem o seu consentimento e dele foi possível a realizações de pesquisas que mudaram o rumo da medicina e ainda hoje essas células são utilizadas. O livro destaca diversos preconceitos sofridos pela família ao longo dos anos algumas das quais fiquei extremamente triste e desacreditada da humanidade. Muitos abusos de médicos e cientistas.
Essas células mexeram muito comigo assim a historia por trás delas, é uma leitura que super recomendo pra quem gosta de aprender um pouco mais sobre a própria historia da humanidade.
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Delirium Nerd 21/08/2018

A Vida Imortal de Henrietta Lacks: Racismo, invisibilidade e violência
A vida imortal de Henrietta Lacks é uma biografia narrada em primeira pessoa, pela autora Rebecca Skloot, que tenta resgatar a história da mulher que deu origem à linhagem de células HeLa, sem as quais muitos dos maiores avanços da ciência talvez nunca tivessem acontecido.

Rebecca começa o livro nos contando quando e como começou a se interessar por Henrietta (que primeiro conheceu como apenas HeLa) e acaba nos envolvendo em sua jornada investigativa atrás da história daquela mulher negra, que viveu em plena segregação racial nos EUA, com a Lei Jim Crow* em pleno vigor, e morreu de câncer em 1951, deixando um legado imensurável para a humanidade e milionário para indústria farmacêutica.

Desta forma, a obra é um respeitoso resgate histórico da vida de Henrietta Lacks, mas que não se limita a apenas isto, pois se propõe a explorar também o contexto histórico, científico e legal dos Estados Unidos – daquela época em que a segregação racial estava em seu ápice.

Leia na íntegra:

site: https://deliriumnerd.com/2018/02/06/a-vida-imortal-de-henrietta-lacks/
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Roseane 15/07/2018

Nossos Corpos nos pertence?
Nossos corpos nos pertence?

Henrietta Lacks foi uma mulher negra que viveu no pós abolição mas no período de segregação americana. Portadora de um câncer uterino agressivo morreu em estado gravíssimo em condições de dor e subtratamento. Parte de seu órgão foi retirado para pesquisa sem o seu consentimento e dele foi possível a realizações de pesquisas que mudaram o rumo da medicina e ainda hoje essas células são utilizadas.
A autora é uma bióloga branca que ficou intrigada por tantos avanços nos tratamentos, diagnóstico e curas na medicina advindo dessas células mas pouco se sabia quem era a pessoa que deu origem a célula.
A história é verídica, todos os nomes e fatos do livro são verdadeiros. A autora mergulhou no mundo de Henrietta para falar ao mundo quem ela era, quem era a sua família.
Nos documentos o que se falava resumidamente “Ela era uma mulher negra”!
No tempo da segregação (se é que acabou) a população negra americana assim como no Brasil ficou a margem de uma sociedade racista e classista. Condições econômicas precárias, faltas de oportunidade, educação, saúde... a autora cita o avanço meritocrático do médico branco que colheu (roubou?) as células do útero de Henrietta dizendo que ele levou 8 anos para se formar em medicina pq ele tinha que trabalhar um semestre para poder custear o semestre seguinte, mas ela esquece de fazer um link onde os negros não tinham condições de fazer o mesmo pq os empregos permitidos a população negra eram os mais insalubres, remunerações em centavos que mal dava para se alimentar, não tinham “casa dos pais, carro dos pais...”
A autora não economizou dados para falar das irregularidades que a população negra miserável era submetida, pesquisas como estudo da sífilis onde médicos brancos DEIXAVAM pessoas negras morrerem em situações lastimáveis para poder observar o que a sífilis era capaz de fazer em um corpo humano, chegavam a injetar sífilis em pessoas saudáveis para realizar observações clínicas, enfim todo tipo de maldade era realizado a população negra.
A título de curiosidade o médico branco considerado “pai da ginecologia” Dr James Marion Sims teve sua estátua retirada do Central Park em abril desse por que ele usava mulheres negras escravizadas para fazer seus experimentos, ele realizava cirurgias desnecessárias, procedimentos agressivos, tudo SEM ANESTESIAAAAAA “em nome da ciência” a estátua só foi retirada após uma onda de protesto em contraponto a Marcha da Supremacia Branca de Charlottes Ville.
O livro fala dos avanços da medicina em geral e do avanço dos debates de ética médica. Ressalto que a primeira vez que o debate ético tomou grandes proporções foi quando 3 médicos Judeus se recusaram a fazer uma pesquisa antiética que colocaria a vida do paciente em risco e sem conhecimento e consentimento do paciente, esses três médico eram Judeus e ele lembraram da sua dor devido ao Nazismo terem feito o mesmo aos Judeus.
A vida pessoal das mulheres Lacks, além da pobreza, pouca educação formal era recheada de violência doméstica e abuso sexual de seus pares e familiares. Família negra mais uma vez em situação de vulnerabilidade e a mulher sendo o alvo para desembocar todo tipo de violência desde a infância e sem questionamento e proteção de outros homens negros, eram as mulheres que protegiam suas meninas.
Família miscigenada Henrietta era considerada linda com a sua pele clara, uma prima também de pele clara se “converte” a Portoriquenha por ser mais fácil que ser negra.
A família manteve abaixo da linha de pobreza apesar da indústria médica e farmacêutica terem lucrado zilhões com as células de Henrietta.
Leitura forte e envolvente.
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Felipe 15/07/2018

Tinha muito potencial, mas...
A história de Henrietta é realmente interessante. A autora fez uma pesquisa científica aceitável. Mas em determinado ponto o que deveria ser material informativo se torna fofoca da família e as falhas de escrita da autora se tornam muito evidentes. Uma pena.
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Carmem.Milena 21/03/2018

Impressionante, fascinante e triste
O livro é incrível, fascinante, comovente, muito além de células e o avanço medicinal, pois traz também como cenário o auge da segregação racial, o que deixa a história tão tocante e marcante. Não deixando de fora, claro, a própria vida difícil dos Lacks. Muito bom!
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Rita 26/01/2017

O renascimento de Henrietta Lacks
Estou impressionada pela forma como a Henrietta Lacks entrou para a história da medicina e, consequentemente na historia da humanidade. Injustamente a familia ficou aquem da fama e dos beneficios e avanços da medicina, que ainda é regida pelo lucro. Escritores como Rebecca Skloot, que se dedicam à pesquisa de fontes documentais, de entrevistas e investigação em busca da real historia são necessários para divulgar e tornar pública essas personagens, que são esquecidas ou pior, são despresadas, ignoradas. Recomendo a leitura para refletir sobre a ética médica, a indústria farmacêutica e de patentes de partes de seres humanos ( células, tecidos, órgãos etc.) Até quando o ser humano irá explorar o ser humano sem pensar no bem estar coletivo? As condições sociais ainda serão o critério para decidir quem vai viver ou morrer?
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Edivaldo_Jr 24/12/2016

Tocante e profundamente humano. Rebecca Skloot conta a história da família de Henrietta Lacks, uma mulher negra que morre de um câncer cervical muito agressivo em 1951. As células do tumor são removidas e cultivadas em laboratório, provavelmente sem o consentimento da paciente, originando a linhagem celular imortal conhecida por HeLa (Henrietta Lacks). As células HeLa representam um marco na medicina e auxiliam no desenvolvimento de muitas vacinas e medicamentos, como a vacina Salk que combate a poliomielite, salvando milhões. Foram enviadas ao espaço e bombardadas com radiação, para testar esses efeitos na atividade celular. Apesar da importância das células HeLa, a família de Henrietta nunca recebeu um único centavo das grandes empresas de biotecnologia e passam por muitas dificuldades financeiras. A família só descobre que as células da mãe estavam sendo usadas na pesquisa quase 25 anos depois da sua morte. Seus filhos, com pouca instrução formal, por não entenderem o que são essas tais células, não compreendem como parte de sua mãe pode continuar viva, depois de tanto tempo e sofrem ao imaginar que um pedaço do “seu corpo” esta sendo usado em experimentos. Em um panorama mais amplo, a autora relata a crueldade dos experimentos realizados com negros nos Estados Unidos, na década de 1950. O livro emociona em vários momentos em que nos convida a refletir sobre a fragilidade e singularidade da vida e é uma lição sobre como devemos tratar o outro com respeito. A leitura é agradável e fluida, mesmo para os que não tem treinamento formal em ciência. Rebecca se preocupa em explicar os conceitos de biologia mais importantes para o entendimento da história das células HeLa, de maneira muito natural e sem “academicismo”. O foco é sempre o componente humano e as relações.
Rhewter 26/12/2016minha estante
Adorei a resenha :)


Higor 13/04/2017minha estante
Parabéns pela resenha e concordo plenamente com ela! :D


Lu Ain-Zaila 24/04/2017minha estante
Interessadíssima, mas lá na sinopse, esse "era descendente de escravos" é mortal, negro não é escravo, foi escravizado. Quando será que vão parar de escrever esse tipo de coisa? Cadê o editor? Faltou sensibilidade...




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