A vida imortal de Henrietta Lacks

A vida imortal de Henrietta Lacks Rebecca Skloot




Resenhas - A Vida Imortal de Henrietta Lacks


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Edivaldo_Jr 24/12/2016

Tocante e profundamente humano. Rebecca Skloot conta a história da família de Henrietta Lacks, uma mulher negra que morre de um câncer cervical muito agressivo em 1951. As células do tumor são removidas e cultivadas em laboratório, provavelmente sem o consentimento da paciente, originando a linhagem celular imortal conhecida por HeLa (Henrietta Lacks). As células HeLa representam um marco na medicina e auxiliam no desenvolvimento de muitas vacinas e medicamentos, como a vacina Salk que combate a poliomielite, salvando milhões. Foram enviadas ao espaço e bombardadas com radiação, para testar esses efeitos na atividade celular. Apesar da importância das células HeLa, a família de Henrietta nunca recebeu um único centavo das grandes empresas de biotecnologia e passam por muitas dificuldades financeiras. A família só descobre que as células da mãe estavam sendo usadas na pesquisa quase 25 anos depois da sua morte. Seus filhos, com pouca instrução formal, por não entenderem o que são essas tais células, não compreendem como parte de sua mãe pode continuar viva, depois de tanto tempo e sofrem ao imaginar que um pedaço do “seu corpo” esta sendo usado em experimentos. Em um panorama mais amplo, a autora relata a crueldade dos experimentos realizados com negros nos Estados Unidos, na década de 1950. O livro emociona em vários momentos em que nos convida a refletir sobre a fragilidade e singularidade da vida e é uma lição sobre como devemos tratar o outro com respeito. A leitura é agradável e fluida, mesmo para os que não tem treinamento formal em ciência. Rebecca se preocupa em explicar os conceitos de biologia mais importantes para o entendimento da história das células HeLa, de maneira muito natural e sem “academicismo”. O foco é sempre o componente humano e as relações.
Rhewter 26/12/2016minha estante
Adorei a resenha :)


Higor 13/04/2017minha estante
Parabéns pela resenha e concordo plenamente com ela! :D


Lu Ain-Zaila 24/04/2017minha estante
Interessadíssima, mas lá na sinopse, esse "era descendente de escravos" é mortal, negro não é escravo, foi escravizado. Quando será que vão parar de escrever esse tipo de coisa? Cadê o editor? Faltou sensibilidade...




Leila 29/02/2024

A Vida Imortal de Henrietta Lacks, escrito por Rebecca Skloot, é uma obra que nos conduz pela vida extraordinária e, ao mesmo tempo, dolorosamente miserável de Henrietta Lacks. Nascida Loretta Pleasant, Henrietta era descendente de escravos, nascida em 1920 numa fazenda de tabaco na Virgínia. A sua vida humilde e o seu trágico destino ganham contornos dramáticos quando, aos trinta anos e mãe de cinco filhos, ela descobre que tem câncer.
A narrativa detalhada de Skloot nos leva pelos corredores sombrios da história de Henrietta, destacando a brutalidade do diagnóstico e a rápida decadência da saúde da mulher cujo colo do útero seria a fonte de uma contribuição científica monumental. A autora habilmente explora o paradoxo de uma vida miserável dando origem a células cujo impacto na ciência e medicina seria imensurável.
O enredo se desdobra ao revelar que, sem o conhecimento de Henrietta, uma amostra de suas células foi retirada no Hospital Johns Hopkins. Essas células, conhecidas como HeLa, mostraram uma característica única: a capacidade de se reproduzir indefinidamente fora do corpo humano. O livro nos leva através da incrível jornada dessas células, que se tornaram vitais para avanços médicos, incluindo a criação de vacinas e medicamentos essenciais.
A saga da família Lacks em busca de reconhecimento e justiça é particularmente comovente. Skloot habilmente descreve o sofrimento enfrentado pela família, que, apesar de contribuir indiretamente para avanços científicos significativos, foi deixada à margem do processo. A falta de informação e compensação moral ou financeira é um ponto crucial na narrativa, questionando a ética envolvida na exploração científica.
A evolução da ciência e a reflexão sobre questões éticas e raciais são aspectos fascinantes abordados por Skloot. A autora não apenas relata a história, mas também se envolve profundamente com a família de Henrietta, explorando todas as questões complexas que envolvem o caso. Ao fazer isso, ela contribui para uma análise reflexiva sobre as implicações morais da pesquisa médica.
Enfim, o livro é mais do que uma narrativa sobre células e avanços científicos; é uma exploração sensível das complexidades éticas que permeiam a história da medicina. Para mim, foi uma leitura cativante e enriquecedora, revelando um mundo do qual eu era ignorante. Super recomendado.
Vitória 05/03/2024minha estante
Estou enrolando horrores para ler esse livro (e olha que trabalhei com células HeLa no meu TCC), mas essa resenha me deu um gás para iniciar logo!!!


Leila 07/03/2024minha estante
vc vai gostar




Luis Brudna 27/09/2011

Muitos detalhes
A escritora explica que prometeu para a família contar todos os detalhes sobre a história de Henrietta. Mas a promessa foi um pouco longe demais. as partes mais chatas do livro ficam por conta de descrições exageradas de diálogos que pouco acrescentam no objetivo central da obra.
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Ana Rebeca 27/03/2012

HeLa
A autora conta a história de Henrietta Lacks e como suas células cancerígenas foram usadas depois da sua morte, sem o conhecimento da sua família.
Os cientistas através dos meios de cultura, pesquisando essas células, fizeram grandes avanços na ciência (principalmente para a cura do câncer). Mostrando também que eles lucraram, durante vinte anos, enquanto sua família, além de não saber dessas pesquisas, não ganharam nada financeiramente.
A escritora teve uma convivência próxima e bastante conturbada com a família, para escrever a história de Henrietta e criou uma fundação em benefício da divulgação dessas pesquisas.
É um livro bom, pelas informações científicas contidas nele, mas às vezes, se torna maçante, pelo uso de muitos termos técnicos.
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Gleice 01/01/2013

Uma história para reflexão
Em seu primeiro livro, Rebecca Skloots, uma repórter que escreve sobre ciência, apresenta de maneira profunda e sensível, a história por trás da tão famosa linhagem de células HeLa.
Fruto de uma investigação de mais de dez anos, repleta de relacionamentos conturbados e momentos nem um pouco previsíveis com a família Lacks, a autora apresenta um relato que vai além da simples relação de fatos históricos e científicos que levaram ao estabelecimento das células HeLa. Ela nos apresenta a história de Henrietta Lacks e seu legado - a enorme contribuição que suas células proporcionaram à ciência e o reflexo da falta de informação sobre seus descendentes.
Um livro excelente que nos leva a reflexão - Até onde deve ir o poder da ciência? Até que ponto a sociedade deve interferir na ciência? Um paciente deve ter o poder de decisão sobre amostras retiradas de seu corpo? Como isso poderia influenciar a evolução das pesquisas científicas? O paciente "doador" deve se contentar somente com os benefícios terapêuticos, se abstendo completamente de quaisquer lucros financeiros obtidos a partir de seu "corpo"?
Essas questões são tão complexas que ainda não existem regras suficientemente claras e muita discussão tem girado em torno de conflitos provenientes de procedimentos relacionados ao uso de tecidos humanos na pesquisa, no mínimo, eticamente duvidosos.



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Nat. 24/02/2013

Simplesmente encantador. Envolvente do inicio ao fim.
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Luana 09/04/2013

Quando adoeceu, no final da década de 1940, Henrrieta Lacks provavelmente não sabia o que era uma célula. A bela jovem descendente de escravos se dividia entre o trabalho na plantação de tabaco e a criação dos cinco filhos. Vivia com humildade na pequena Baltimore, nos Estados Unidos. Também desconhecia os mecanismos da enfermidade mais temida pela sociedade, o câncer. Câncer que se tornou a causa de sua morte prematura em 1951.

Aquela época era marcada pela intensa segregação racial norte-americana. Henrrieta só teve a oportunidade de procurar tratamento no Hospital Jhons Hopkins, dedicado ao atendimento de pacientes pobres e negros. Em alas separadas exclusivamente para “pessoas de cor”, a jovem Henrrieta, com então 30 anos, foi diagnosticada com um tumor cervical. Começa então uma jornada sacrificante de internações e sessões dolorosas de radioterapia.

Porém, o câncer de Henrrieta foi mais forte que sua vontade de viver. Em 4 de outubro de 1951, ela partiu deixando o marido e cinco filhos, sendo que os dois últimos ainda eram quase bebês. Esta seria somente a triste história de uma humilde mãe levada por um terrível câncer, assim como tantos outros casos, se Henrrieta não houvesse alcançado a imortalidade. Ou melhor, as células de Henrrieta alcançaram a imortalidade.

Uma amostra de seu tumor foi doada para o Doutor George Gey, que na época tentava sem sucesso cultivar células de tecido humano que não morressem rapidamente. No laboratório de Gey, as células de Henrrieta se multiplicaram em ritmo assustador, sem parar, sendo chamadas posteriormente de “imortais”. Empolgado, o cientista acabou compartilhando amostras com colegas de diversas partes do mundo. Conseqüentemente, as Hella cels foram utilizadas nas mais diversas pesquisas: tratamentos para o câncer, vacinas, AIDS, mapeamento genético...

O livro

Foi em uma aula de biologia que Rebecca Skloot ouviu falar pela primeira vez das cálulas HeLa. A partir disso as famosas células continuaram fazendo parte de sua vida na faculdade e a história por traz delas se tornando uma obsessão para Rebecca. Assim, a apaixonada por divulgação científica, decidiu contar a história das células HeLa e da mulher que deu origem a elas.

Tanto a história das células quanto a da pesquisa do livro são verdadeiras sagas. Skloot mescla em sua narrativa a trajetória de Henrrieta e sua família com a das células na ciência e o processo de construção de sua obra. Seguindo a cronologia dos fatos Rebecca apresenta Henrrieta e sua vida simples, de trabalho duro, pouco dinheiro. E a personalidade doce e positiva da mulher que adorava cuidar das pessoas e de ser mãe.

No entanto, a alma do livro é sua filha caçula, Deborah Lacks. Que emociona ao acompanhar o trabalho da autora na busca de conhecer melhor a mãe com quem quase não conviveu. É ela quem acaba guiando Rebecca em sua investigação e aproximando-a da família Lacks.

Com muita sensibilidade, Skloot se coloca como personagem da história e mostra a contraditória situação dos descendentes de Henrrieta, sem dinheiro parar pagar seus tratamentos de saúde. É difícil também não sentir um pouco de revolta e não se imaginar no lugar da família.

Rebecca também proporciona uma viagem agradável pela história do desenvolvimento científico no século XX. Escrever sobre ciência para o grande público já é um desafio. E a autora desenvolve os fatos e conceitos da ciência com grande habilidade, para o fácil entendimento, focando sempre em seu caráter ético. E é justamente a discussão sobre a ética, ou falta dela, nos testes com tecidos humanos que traz o questionamento central do livro. As células HeLa são o maior exemplo de que por traz da ciência existem histórias humanas, cheias de emoções e até injustiças.
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Fabiana 02/01/2015

Maravilhoso.
Leitura obrigatória para quem trabalha com pesquisa acadêmica ou clínica.
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Rita 26/01/2017

O renascimento de Henrietta Lacks
Estou impressionada pela forma como a Henrietta Lacks entrou para a história da medicina e, consequentemente na historia da humanidade. Injustamente a familia ficou aquem da fama e dos beneficios e avanços da medicina, que ainda é regida pelo lucro. Escritores como Rebecca Skloot, que se dedicam à pesquisa de fontes documentais, de entrevistas e investigação em busca da real historia são necessários para divulgar e tornar pública essas personagens, que são esquecidas ou pior, são despresadas, ignoradas. Recomendo a leitura para refletir sobre a ética médica, a indústria farmacêutica e de patentes de partes de seres humanos ( células, tecidos, órgãos etc.) Até quando o ser humano irá explorar o ser humano sem pensar no bem estar coletivo? As condições sociais ainda serão o critério para decidir quem vai viver ou morrer?
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Carmem.Milena 21/03/2018

Impressionante, fascinante e triste
O livro é incrível, fascinante, comovente, muito além de células e o avanço medicinal, pois traz também como cenário o auge da segregação racial, o que deixa a história tão tocante e marcante. Não deixando de fora, claro, a própria vida difícil dos Lacks. Muito bom!
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Felipe 15/07/2018

Tinha muito potencial, mas...
A história de Henrietta é realmente interessante. A autora fez uma pesquisa científica aceitável. Mas em determinado ponto o que deveria ser material informativo se torna fofoca da família e as falhas de escrita da autora se tornam muito evidentes. Uma pena.
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Roseane 15/07/2018

Nossos Corpos nos pertence?
Nossos corpos nos pertence?

Henrietta Lacks foi uma mulher negra que viveu no pós abolição mas no período de segregação americana. Portadora de um câncer uterino agressivo morreu em estado gravíssimo em condições de dor e subtratamento. Parte de seu órgão foi retirado para pesquisa sem o seu consentimento e dele foi possível a realizações de pesquisas que mudaram o rumo da medicina e ainda hoje essas células são utilizadas.
A autora é uma bióloga branca que ficou intrigada por tantos avanços nos tratamentos, diagnóstico e curas na medicina advindo dessas células mas pouco se sabia quem era a pessoa que deu origem a célula.
A história é verídica, todos os nomes e fatos do livro são verdadeiros. A autora mergulhou no mundo de Henrietta para falar ao mundo quem ela era, quem era a sua família.
Nos documentos o que se falava resumidamente “Ela era uma mulher negra”!
No tempo da segregação (se é que acabou) a população negra americana assim como no Brasil ficou a margem de uma sociedade racista e classista. Condições econômicas precárias, faltas de oportunidade, educação, saúde... a autora cita o avanço meritocrático do médico branco que colheu (roubou?) as células do útero de Henrietta dizendo que ele levou 8 anos para se formar em medicina pq ele tinha que trabalhar um semestre para poder custear o semestre seguinte, mas ela esquece de fazer um link onde os negros não tinham condições de fazer o mesmo pq os empregos permitidos a população negra eram os mais insalubres, remunerações em centavos que mal dava para se alimentar, não tinham “casa dos pais, carro dos pais...”
A autora não economizou dados para falar das irregularidades que a população negra miserável era submetida, pesquisas como estudo da sífilis onde médicos brancos DEIXAVAM pessoas negras morrerem em situações lastimáveis para poder observar o que a sífilis era capaz de fazer em um corpo humano, chegavam a injetar sífilis em pessoas saudáveis para realizar observações clínicas, enfim todo tipo de maldade era realizado a população negra.
A título de curiosidade o médico branco considerado “pai da ginecologia” Dr James Marion Sims teve sua estátua retirada do Central Park em abril desse por que ele usava mulheres negras escravizadas para fazer seus experimentos, ele realizava cirurgias desnecessárias, procedimentos agressivos, tudo SEM ANESTESIAAAAAA “em nome da ciência” a estátua só foi retirada após uma onda de protesto em contraponto a Marcha da Supremacia Branca de Charlottes Ville.
O livro fala dos avanços da medicina em geral e do avanço dos debates de ética médica. Ressalto que a primeira vez que o debate ético tomou grandes proporções foi quando 3 médicos Judeus se recusaram a fazer uma pesquisa antiética que colocaria a vida do paciente em risco e sem conhecimento e consentimento do paciente, esses três médico eram Judeus e ele lembraram da sua dor devido ao Nazismo terem feito o mesmo aos Judeus.
A vida pessoal das mulheres Lacks, além da pobreza, pouca educação formal era recheada de violência doméstica e abuso sexual de seus pares e familiares. Família negra mais uma vez em situação de vulnerabilidade e a mulher sendo o alvo para desembocar todo tipo de violência desde a infância e sem questionamento e proteção de outros homens negros, eram as mulheres que protegiam suas meninas.
Família miscigenada Henrietta era considerada linda com a sua pele clara, uma prima também de pele clara se “converte” a Portoriquenha por ser mais fácil que ser negra.
A família manteve abaixo da linha de pobreza apesar da indústria médica e farmacêutica terem lucrado zilhões com as células de Henrietta.
Leitura forte e envolvente.
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Delirium Nerd 21/08/2018

A Vida Imortal de Henrietta Lacks: Racismo, invisibilidade e violência
A vida imortal de Henrietta Lacks é uma biografia narrada em primeira pessoa, pela autora Rebecca Skloot, que tenta resgatar a história da mulher que deu origem à linhagem de células HeLa, sem as quais muitos dos maiores avanços da ciência talvez nunca tivessem acontecido.

Rebecca começa o livro nos contando quando e como começou a se interessar por Henrietta (que primeiro conheceu como apenas HeLa) e acaba nos envolvendo em sua jornada investigativa atrás da história daquela mulher negra, que viveu em plena segregação racial nos EUA, com a Lei Jim Crow* em pleno vigor, e morreu de câncer em 1951, deixando um legado imensurável para a humanidade e milionário para indústria farmacêutica.

Desta forma, a obra é um respeitoso resgate histórico da vida de Henrietta Lacks, mas que não se limita a apenas isto, pois se propõe a explorar também o contexto histórico, científico e legal dos Estados Unidos – daquela época em que a segregação racial estava em seu ápice.

Leia na íntegra:

site: https://deliriumnerd.com/2018/02/06/a-vida-imortal-de-henrietta-lacks/
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Kassia.Castro 03/02/2020

Esclarecedora
Esse livro em especial conseguiu me envolver bem antes de começar a lê-lo. Assim como a autora eu também durante minha aulas da faculdade tive que estudar sobre as células HeLa, no entanto eu pesquisava e não encontrada quase nada da vida da "doadora" das células e isso me deixou especialmente intrigada até descobrir a existência desse livro. Contudo por se tratar de um best-seller eles sempre estava bastante caro nas livrarias e fui postergando a compra do livro e sua leitura em si, até que um dia fui em um sebo comprar um livro para meu primo e encontrei esse livro lá a minha espera. Com toda certeza foi obra da Henrietta diria a Dale e descobrisse essa historia. No livro fiquei apaixonada logo de cara por Deborah filha de Henrietta a mais disposta a ajudar Rebecca Skoot a escrever o livro, no qual e escrito de uma forma metalingüística no qual ela escreve dela mesmo no processo de escrever o livro. A vida imortal de Henrietta Lacks é uma biografia narrada em primeira pessoa, pela autora Rebecca Skloot, que tenta resgatar a história da mulher que deu origem à linhagem de células HeLa, sem as quais muitos dos maiores avanços da ciência talvez nunca tivessem acontecido. Mas ai você se pergunta... Como assim, imortais?
O segredo da imortalidade das células de Henrietta permaneceu desconhecido até o final da década de 1990. Todo câncer é uma forma de mutação do DNA da célula. No caso da HeLa, a célula sofreu uma mutação que produz uma enzima chamada telomerase, que controla a renovação dos cromossomos cada vez que a célula se divide. Ao contrário das células normais, que vão se desgastando a cada divisão, o tumor de Henrietta não sofre danos quando se multiplica – e, assim, se torna imortal.
Mas a questão do livro é quem foi e como viveu Henrietta Lacks? Henrietta Lacks foi uma mulher negra que viveu no pós abolição mas no período de segregação americana. Portadora de um câncer uterino agressivo morreu em estado gravíssimo em condições de dor e subtratamento. Parte de seu órgão foi retirado para pesquisa sem o seu consentimento e dele foi possível a realizações de pesquisas que mudaram o rumo da medicina e ainda hoje essas células são utilizadas. O livro destaca diversos preconceitos sofridos pela família ao longo dos anos algumas das quais fiquei extremamente triste e desacreditada da humanidade. Muitos abusos de médicos e cientistas.
Essas células mexeram muito comigo assim a historia por trás delas, é uma leitura que super recomendo pra quem gosta de aprender um pouco mais sobre a própria historia da humanidade.
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