A vida imortal de Henrietta Lacks

A vida imortal de Henrietta Lacks Rebecca Skloot




Resenhas - A Vida Imortal de Henrietta Lacks


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Miguel Luís Nogueira 03/05/2022

Henrietta Lacks possuí uma das histórias mais assustadoras e fascinantes do século XX. Americana negra que morreu em agonia de câncer em uma enfermaria de hospital destinada a “pessoas de cor” em 1951. Suas células, retiradas sem seu consentimento (ou mesmo conhecimento) durante uma biópsia, mudaram a história médica, sendo usadas até hoje e em todo o mundo para o desenvolvimento de inúmeros medicamentos.
A escritora-investigativa Rebecca Skloot mostra nos relatos desse livro corporificar a pessoa humana atrás do nome que por muito tempo foi apenas uma referência para a origem de lâminas com material genético.
Através de entrevistas com filhos, netos e o viúvo de Henrietta, a autora discute as complexas questões éticas envolvidas, como por exemplo até que ponto o bem de uma maioria deve se sobrepor a do indivíduo.
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Nat. 24/02/2013

Simplesmente encantador. Envolvente do inicio ao fim.
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Leila 29/02/2024

A Vida Imortal de Henrietta Lacks, escrito por Rebecca Skloot, é uma obra que nos conduz pela vida extraordinária e, ao mesmo tempo, dolorosamente miserável de Henrietta Lacks. Nascida Loretta Pleasant, Henrietta era descendente de escravos, nascida em 1920 numa fazenda de tabaco na Virgínia. A sua vida humilde e o seu trágico destino ganham contornos dramáticos quando, aos trinta anos e mãe de cinco filhos, ela descobre que tem câncer.
A narrativa detalhada de Skloot nos leva pelos corredores sombrios da história de Henrietta, destacando a brutalidade do diagnóstico e a rápida decadência da saúde da mulher cujo colo do útero seria a fonte de uma contribuição científica monumental. A autora habilmente explora o paradoxo de uma vida miserável dando origem a células cujo impacto na ciência e medicina seria imensurável.
O enredo se desdobra ao revelar que, sem o conhecimento de Henrietta, uma amostra de suas células foi retirada no Hospital Johns Hopkins. Essas células, conhecidas como HeLa, mostraram uma característica única: a capacidade de se reproduzir indefinidamente fora do corpo humano. O livro nos leva através da incrível jornada dessas células, que se tornaram vitais para avanços médicos, incluindo a criação de vacinas e medicamentos essenciais.
A saga da família Lacks em busca de reconhecimento e justiça é particularmente comovente. Skloot habilmente descreve o sofrimento enfrentado pela família, que, apesar de contribuir indiretamente para avanços científicos significativos, foi deixada à margem do processo. A falta de informação e compensação moral ou financeira é um ponto crucial na narrativa, questionando a ética envolvida na exploração científica.
A evolução da ciência e a reflexão sobre questões éticas e raciais são aspectos fascinantes abordados por Skloot. A autora não apenas relata a história, mas também se envolve profundamente com a família de Henrietta, explorando todas as questões complexas que envolvem o caso. Ao fazer isso, ela contribui para uma análise reflexiva sobre as implicações morais da pesquisa médica.
Enfim, o livro é mais do que uma narrativa sobre células e avanços científicos; é uma exploração sensível das complexidades éticas que permeiam a história da medicina. Para mim, foi uma leitura cativante e enriquecedora, revelando um mundo do qual eu era ignorante. Super recomendado.
Vitória 05/03/2024minha estante
Estou enrolando horrores para ler esse livro (e olha que trabalhei com células HeLa no meu TCC), mas essa resenha me deu um gás para iniciar logo!!!


Leila 07/03/2024minha estante
vc vai gostar




Maní 12/11/2021

Uma grande obra
Henrietta Lacks era um ser humano. Quase sem instrução. Pobre. Jovem, com muitos filhos e um marido infiel. Doente. Era um ser humano que usava escadas separadas por causa de sua pele. Usava banheiros diferentes dos dos brancos. Amava dançar e pintar com esmalte as unhas dos pés. A enfermaria que a abrigou quando seu câncer de colo de útero foi descoberto era exclusiva para pessoas "de cor". Essa pessoa, sempre às margens de uma sociedade segregacionista e racista, ajudou a salvar milhões de vidas - e nunca soube que suas células cancerosas foram coletadas, usadas, estudadas e vendidas como um produto de interesse científico, enquanto seus filhos cresciam sem amparo.
Raros livros de caráter biográfico-documental me fizeram imergir tão profundamente e criar empatia quanto A vida imortal de Henrietta Lacks. Foi uma recomendação de uma professora de Anatomia da USP na minha graduação e nunca uma recomendação foi tão certeira.
Todos deveriam conhecer Henrietta, porque Henrietta está no nosso dia a dia - talvez ainda em uma escada segregada, existindo em silêncio.
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Laís 12/04/2021

O racismo científico é revoltante!
Henrietta, como eu queria que você tivesse noção da sua importância no mundo de hoje. Você revolucionou foi tudo, mulher!

Conhecer as nuances e detalhes dessa história foi um presente. Agradeço demais a pesquisa incríveeeel de Rebecca (e Deborah). O debate sobre propriedade e utilização de tecidos deve seguir, precisamos de progresso. Esse livro ne tocou demais, lá no fundo. Não vou cansar de indicar pra Deus e o mundo
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Gabi 30/03/2021

É sobre violências e luta
Eu queria dizer tanta coisa sobre esse livro que me faltam palavras, não sei nem por onde começar. Com certeza vou ser aquela pessoa chata que indica esse livro pra todo mundo. O mundo precisa conhecer a história de Henrietta Lacks, a mulher que revolucionou, transformou a ciência e a medicina moderna.
Infelizmente as suas células cancerígenas a mataram, mas por ironia da vida, elas ajudaram a salvar milhões de vidas ao redor do mundo. Ela e sua família merece todo o reconhecimento, principalmente depois de terem sofrido nas mãos de profissionais desonestos e arrogantes. Só digo que pra quem vai ler esse livro se prepare, porque você vai do ódio as lágrimas, ódio por ficar revoltado com pessoas desumanas, que privaram a família de ter informações e fizeram eles de idiotas (desculpa falar assim, mas foi assim que eu enxerguei em muitos momentos). E lágrimas pelo amor e admiração que os filhos de Henrietta tem por ela, eles lutaram do início ao fim para que sua mãe fosse reconhecida pela sua importância.
Obrigada Rebecca Skloot por essa obra-prima e por não ter desistido de escrever esse livro. A escrita da Rebecca não deixa o livro tedioso em nenhum momento, a cada capítulo o ar falta ou a lágrima vem aos olhos. Eu pensava que a leitura seria científica, mas foi além, ela mostrou de maneira crua a segregação racial e o quanto a ciência se aproveitou desse passado vergonhoso para ?progredir?, usando corpos negros de cobaias, tanto em hospitais como em manicômios. E o amplo debate sobre ética, pra fazer a gente pensar, questionar. Mas uma vez obrigada Rebecca ??
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Vinder 18/04/2023

Excelente. Tema atual e pouco discutido na sociedade civil. No caso, células humanas foram retiradas de uma mulher negra, com câncer, num dos principais hospitais do mundo, Johns Hopkins, sem consentimento. A partir daí, a escritora conta os desdobramentos no meio científico e para a família Lacks, a mais injustiçada.
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Gonçalves 22/02/2022

O livro cumpre muito bem a proposta de revelar a história de Henrietta Lacks, a mulher por trás das células HeLa, e sua família, relatar alguns acontecimentos ocorridos no progresso científico causado pelas células HeLa e, no posfácio, relatar o estágio (em 2009, quando o livro foi publicado) do debate ético sobre as pesquisas com tecidos humanos, principalmente a questão do consentimento das pessoas das quais esses tecidos são retirados.

Entretanto, eu não gostei muito dos últimos dez capítulos, do 29 ao 38, que são exclusivamente dedicados à relação de Deborah Lacks, a filha de Henrietta a quem a autora ficou mais próxima, com a autora do livro, Rebecca Skloot, no processo da sua pesquisa para a criação do livro. Essa parte fugiu um pouco do tema central do livro, e eu só cito isso porque ela é extensa (dez capítulos). Mas no geral o livro é bom.
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hermes.willyan 31/03/2023

Ética na ciência
O livro trouxe informações até antes desconhecidas pra mim. O livro me trouxe uma reflexão quanto ao uso de cobaias humanas. Comecei lendo o livro com uma ideia em mente, até o final acabar mudando meu pensamento, e me trazendo novos questionamentos. O uso de cobaias sempre vai ser um tema sensível para a ciência. Inclusive para mim, que também sou pesquisador. O livro trouxe a visão de dois protagonistas importantes para a ciência: o pesquisador, e o experimento. Vale muito a pena a leitura.
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Bru Chibiaque 04/09/2021

Sensacional!
Esse livro é muito bom, muito emocionante em algumas partes e trata de uma história realmente interessante. Peguei ele por indicação de uma professora da faculdade e não me arrependo, sem dúvidas lerei de novo em algum momento.
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Edivaldo_Jr 24/12/2016

Tocante e profundamente humano. Rebecca Skloot conta a história da família de Henrietta Lacks, uma mulher negra que morre de um câncer cervical muito agressivo em 1951. As células do tumor são removidas e cultivadas em laboratório, provavelmente sem o consentimento da paciente, originando a linhagem celular imortal conhecida por HeLa (Henrietta Lacks). As células HeLa representam um marco na medicina e auxiliam no desenvolvimento de muitas vacinas e medicamentos, como a vacina Salk que combate a poliomielite, salvando milhões. Foram enviadas ao espaço e bombardadas com radiação, para testar esses efeitos na atividade celular. Apesar da importância das células HeLa, a família de Henrietta nunca recebeu um único centavo das grandes empresas de biotecnologia e passam por muitas dificuldades financeiras. A família só descobre que as células da mãe estavam sendo usadas na pesquisa quase 25 anos depois da sua morte. Seus filhos, com pouca instrução formal, por não entenderem o que são essas tais células, não compreendem como parte de sua mãe pode continuar viva, depois de tanto tempo e sofrem ao imaginar que um pedaço do “seu corpo” esta sendo usado em experimentos. Em um panorama mais amplo, a autora relata a crueldade dos experimentos realizados com negros nos Estados Unidos, na década de 1950. O livro emociona em vários momentos em que nos convida a refletir sobre a fragilidade e singularidade da vida e é uma lição sobre como devemos tratar o outro com respeito. A leitura é agradável e fluida, mesmo para os que não tem treinamento formal em ciência. Rebecca se preocupa em explicar os conceitos de biologia mais importantes para o entendimento da história das células HeLa, de maneira muito natural e sem “academicismo”. O foco é sempre o componente humano e as relações.
Rhewter 26/12/2016minha estante
Adorei a resenha :)


Higor 13/04/2017minha estante
Parabéns pela resenha e concordo plenamente com ela! :D


Lu Ain-Zaila 24/04/2017minha estante
Interessadíssima, mas lá na sinopse, esse "era descendente de escravos" é mortal, negro não é escravo, foi escravizado. Quando será que vão parar de escrever esse tipo de coisa? Cadê o editor? Faltou sensibilidade...




Patricia.Pacheco 25/09/2023

Muito Bom, mas ficou cansativo
O livro conta uma história que deveria ser conhecida por todos. Fico muito feliz de poder saber mais de tudo que se passou com um dos maiores avanços da medicina, só ficou um pouco cansativo no fim, mas de qualquer forma foi como aconteceu e foi excelente ler.
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Laura 09/11/2022

Um livro de não ficção sobre as células de uma mulher negra
Bom, o que dizer desse livro...
Uma colega de sala questionou o meu professor sobre sempre colocarem o próprio nome do cientista que descobriu na estrutura, doença, etc. Ela disse q parecia muito amor próprio. Já ele, disse que era o mínimo, e que a gente deveria respeitar sempre. E hoje, depois dessa leitura, eu entendi o pq. Em todas as descobertas sempre tem uma história, uma pessoa, que fez a diferença e, colocar o nome dela é o mínimo que a gente pode fazer. É homenagem a história.
Além da história da pessoa que mudou a ciência, o livro também tem vários conceitos e questionamentos sobre a nossa ciência, sobre a medicina da época, que hoje já foi "solucionados", mas há também aqueles q ainda estamos tentando combater.
Super recomendo a leitura, é um livro e tanto!
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Kassia.Castro 03/02/2020

Esclarecedora
Esse livro em especial conseguiu me envolver bem antes de começar a lê-lo. Assim como a autora eu também durante minha aulas da faculdade tive que estudar sobre as células HeLa, no entanto eu pesquisava e não encontrada quase nada da vida da "doadora" das células e isso me deixou especialmente intrigada até descobrir a existência desse livro. Contudo por se tratar de um best-seller eles sempre estava bastante caro nas livrarias e fui postergando a compra do livro e sua leitura em si, até que um dia fui em um sebo comprar um livro para meu primo e encontrei esse livro lá a minha espera. Com toda certeza foi obra da Henrietta diria a Dale e descobrisse essa historia. No livro fiquei apaixonada logo de cara por Deborah filha de Henrietta a mais disposta a ajudar Rebecca Skoot a escrever o livro, no qual e escrito de uma forma metalingüística no qual ela escreve dela mesmo no processo de escrever o livro. A vida imortal de Henrietta Lacks é uma biografia narrada em primeira pessoa, pela autora Rebecca Skloot, que tenta resgatar a história da mulher que deu origem à linhagem de células HeLa, sem as quais muitos dos maiores avanços da ciência talvez nunca tivessem acontecido. Mas ai você se pergunta... Como assim, imortais?
O segredo da imortalidade das células de Henrietta permaneceu desconhecido até o final da década de 1990. Todo câncer é uma forma de mutação do DNA da célula. No caso da HeLa, a célula sofreu uma mutação que produz uma enzima chamada telomerase, que controla a renovação dos cromossomos cada vez que a célula se divide. Ao contrário das células normais, que vão se desgastando a cada divisão, o tumor de Henrietta não sofre danos quando se multiplica – e, assim, se torna imortal.
Mas a questão do livro é quem foi e como viveu Henrietta Lacks? Henrietta Lacks foi uma mulher negra que viveu no pós abolição mas no período de segregação americana. Portadora de um câncer uterino agressivo morreu em estado gravíssimo em condições de dor e subtratamento. Parte de seu órgão foi retirado para pesquisa sem o seu consentimento e dele foi possível a realizações de pesquisas que mudaram o rumo da medicina e ainda hoje essas células são utilizadas. O livro destaca diversos preconceitos sofridos pela família ao longo dos anos algumas das quais fiquei extremamente triste e desacreditada da humanidade. Muitos abusos de médicos e cientistas.
Essas células mexeram muito comigo assim a historia por trás delas, é uma leitura que super recomendo pra quem gosta de aprender um pouco mais sobre a própria historia da humanidade.
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beatlesisland 30/12/2020

Ótimo trabalho de pesquisa! Achei extremamente interessante os nós que Rebecca tem que desatar até mostrar a história dessa mulher extremamente importante para a ciência, embora não reconhecida.
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