ritita 26/05/2021O grito da mãe tigre brasileiraAmy discorre sobre a criação das filhas sino americanas de uma forma incômoda para mim, mãe ocidental.
Suas comparações, se não simbióticas, são irritantes ao extremo.
Suas filhas convivem numa junção de culturas díspares: asiática, judaica, americana.
As meninas são crias de avós maternos asiáticos, mãe sino/americana pai e avós paternos judaico/americanos, mas sob a ótica de Amy, não só a criação dos filhos como tudo que concerne à juventude americana e pernicioso, livre demais e sem memória cultural.
Família de classe média alta com um marido judeu e confortavelmente americano, Amy - de origem filipina, aceita a cultura ocidental até a parte que lhe é conveniente, mas não para suas filhas. Ela impõe a cultura asiática às filhas, às vezes na força do ódio, chantagens, pancada e gritos.
Esnobe, arrivista em relação às meninas, classista, pedante e totalmente deslumbrada com "sucesso", seja que tipo for, a única coisa que Amy almeja em relação às filhas é que tenham mais sucesso que todas as outras pessoas que o alcançaram; felicidade é um conceito muito ocidental nesta guerra.
Mas as meninas crescem e o mingau desanda.
O livro não é ruim, mas é tããão irritante que eu quis bater nessa mulherzinha insuportavelmente chata.