Resenhas - A Sangue Frio

lucas 06/04/2010

Maravilhoso
Um livro-reportagem totalmente fascinante.

De vez em quando dá um nó na barriga ao ler o livro, ao imaginar o quão cruel pode ser o ser humano

Danilo Barbosa Escritor 02/04/2010

Jornada intensa ao lado negro do ser humano
Marco histórico na literatura, A Sangue Frio te prende pela emoção e análise da maldade do ser humano. Quanto ela é incutida em nós e quanto é do ambiente que o cercam?
Duas pessoas perdidas e uma família exemplar se unem em um massacre executado por um motivo aparente banaç, dando início a um dos crimes mais marcantes do EUA na década de 50.
Truman Capote considerava esta sua obra prima, um revolução na criação do gênero do "romance sem ficção", nos deixando em suas páginas essa jornada ao melhor e o pior do ser humano. Fazendo uma pesquisa da vida de cada personagem até a condenação por enforcamento dos criminosos, 5 anos depois, Capote nos joga em uma montanha russa de emoções que poderia acontecer na casa ao lado. E ver que, cada vez mais, estamos mais indiferentes a essa questão.

Gláucia 03/03/2010

Jornalismo literário?
Hesitei antes de ler pois achava que não iria gostar de livros "jornalísticos". Mas esse livro é fantástico, eu me questionava o tempo todo: é jornalismo? Romance policial? Psicologia de um criminoso? É tudo isso e muito mais. Imperdível.

Cynthia 18/07/2012

A sangue frio - Truman Capote
No de 1959, uma família tradicional de Holcomb, interior do Kansas (EUA), pouco suspeita que têm à espreita dois bandidos gananciosos em busca de um dinheiro que supostamente possuem em sua casa. Em 15 de novembro, os Clutter são cruelmente assassinados em uma chacina à sangue frio e tiros de espingarda. Apesar do massacre, Richard Hickock e Perry Smith saem da propriedade com poucos trocados no bolso e uma pena de morte.

Ao contrário da impressão que o livro nos dá pela riqueza dos detalhes e a narrativa completa de estilo próprio, trata-se de uma história real. O livro é considerado por alguns pesquisadores como um dos percussores do chamado "New Journalism", ou Novo Jornalismo (conhecido também, no Brasil, como Jornalismo Literário). Apesar de ser publicado no formato de romance, desde a sua estrutura narrativa, linearidade dos acontecimentos, diálogos e, sim, até pensamentos, trata-se do que o próprio autor chama de "romance de não-ficção". Após ler a notícia sobre o assassinato no jornal New York Times, Truman Capote decidiu visitar a cidade a acompanhar de perto do caso, que acompanhou durante seis anos através de extensas entrevistas com moradores, vizinhos, autoridades e, é claro, com os próprios assassinos, desde os primeiros momentos em que foram apanhados até o caminho pelo corredor da morte.

Veja mais em: http://ninanoespelho.blogspot.com.br/2012/07/a-sangue-frio-truman-capote.html

(Obs: Sei que é chato não publicar logo tudo, mas a partir de agora só vou publicar o início de cada resenha, para evitar conteúdo replicado nas pesquisas do Google - coisa fundamental pra qualquer blog)

Rodrigo 15/04/2013

O livro conta a curiosa história de uma chacina que vitimou toda uma família numa pequena cidade do meio-oeste dos Estados Unidos. O relato conta as últimas horas da família, a investigação e a história de vida dos criminosos. Para escrever o livro, cuja escrita durou cerca de seis anos, o escritor praticamente se mudou para a pequena cidade e entrevistou milhares de pessoas. O escritor diz ter inventado um novo estilo literário, denominado por ele de não-ficção. A crítica, contudo, considera um dos principais livros do jornalismo literário.

Robinho 03/04/2012

Jornalismo verdade.
Um assassinato ocorrido no Texas na década de 50, vira um mote ideal para o genial Truman Capote depreende uma história fantástica. Richard Hickock e Perry Smith,invadem a casa de um fazendeiro e fuzilam ele,a mulher e os três filhos: Resultado do roubo? 20 dólares. O livro relata as últimas horas da família,uma comunidade devastada com a morte deles e dois assassinos devastados pela culpa, o ódio da sociedade e a redenção! Foi o primeiro livro "jornalístico" da história. Toda a narrativa é contada como um grande recorte de jornal!Vale demais a leitura!

Paulinho 18/04/2012

Um exemplo de como a arte transcende a realidade
A Sangue Frio. A primeira vez que ouvir falar desse livro foi no CEFET-BA em 2006. Minha professora Diana em sua aula de Artes Visuais falou sobre o livro e o filme que tinha sido lançado recentemente. Elogiou bastante o filme e a obra. Assisti o filme em 2009 ou 2010 por aí e só agora li o livro e devo dizer ele é incrível. Com uma prosa e uma narrativa bem amarradas Capote nos conta em detalhes sobre "o crime brutal" que chocou o Kansas. Num relato onde ele discorre sobre a história da cidade, dos seus habitantes, da família Cutler e de seus assassinos... mostrando suas vidas... suas trajetórias e nestes últimos as análises psicológicas feitas por psicólogos na época. Mostra através desse crime a natureza de outros tantos que ocorreram e que ainda ocorrem. Em terceira pessoa ele narra um trabalho que ele levou 6 anos para publicar e o resultado é uma indispensável! O relato de Perry de como assassinou a família é perturbador e reflexivo.

Tiago 26/04/2012

Livro realmente estimulante.
No primeiro momento você fica estarrecido com o assassinato da família. Mas quando chega ao final do livro você já não sente tanta raiva mais dos assassinos, até porque eles já estão mortos. Talvez esse conhecimento prévio do final dos acontecimentos nos permita ver a história da vida dos dois com mais compaixão (compaixão por dois assassinos sem coração? será esse o termo certo? provavelmente não)

Zap 01/06/2012

Uma Aula
Este livro é uma aula de como escrever algo que te prende, suga, com elementos não utilizados normalmente. A cada capítulo você pensa que já sabe o que tinha que saber da história, se tratando de uma história policial (ou seja, quem matou e quem morreu). Mesmo assim, o autor - que hoje é reconhecidamente um dos grandes nomes - acha novas razões para prender o leitor (como aconteceram as mortes, como eles foram presos, como foram julgados, como se deu a sentença, como eles reagiram à sentença) e essas razões se mostram de fato muito interessantes, gostosas, reafirmando a intenção.

Simplesmente um dos melhores livros que eu já li (:

Anne 03/11/2012

Jornalismo Literário
A sangue frio me fez gostar ainda mais do jornalismo, me aproximando de expectativas futuras bem-vindas. A história da família brutalmente assassinada me fez ter uma noção de todas as personagens envolvidas no livro-reportagem.

Aline Oliveira 30/05/2024

Difícil parar de ler, mesmo não sendo um tema que eu curta tanto. Valeu a pena a leitura!

Meus sentimentos oscilaram do início ao fim, é bem complexo julgar a situação narrada, e de início fiquei com bastante raiva, em alguns momentos senti que Capote estava sendo parcial, porém terminei achando que não, a sensação é de que ele deixa por nossa conta o "julgamento", no final só restou tristeza por toda situação, por tantas vidas perdidas.

Karol 10/11/2012

http://futuroleitor.wordpress.com
A primeira parte do livro, que retrata a vida, os costumes e a personalidade de cada membro da família Clutter que ainda morava em Holcomb (Herb, Bonnie, Kenyon e Nancy) é um pouco maldosa. Maldosa no sentido de nos fazer esquecer o final de cada um deles. Capote parece perceber os momentos em que o leitor está se apegando a cada um dos personagens (no meu caso a Nancy) e faz questão de lembrar que já sabemos que eles vão morrer e quem mataram eles.

A maneira como Truman faz o paralelismo entre o que está acontecendo na cidade de Holcomb e o trajeto dos assassinos até as duas circunstâncias se cruzarem da a trama um caráter inovador. As passagens dos criminosos depois do crime e a busca dos policias até chegarem a eles dar a sensação de proximidade ao leitor.

A narrativa da elaboração do crime, para mim, foi o gancho do livro. Saber o motivo daquele crime me motivou a continuar a ler. Como leitora, pra mim tinha que ter um por quê, algo como vingança ou acerto de contas. Mas, assim como aconteceu com os policias, fiquei intrigada com a maneira que os corpos foram encontrados (por exemplo, a almofada em baixo da cabeça de Kenyon como se fosse pra deixa-lo mas confortável) e o valor que foi roubado na casa: quarenta dólares, um rádio e um par de binóculos.

Os assassinos, Perry Smith e Richard Hickock (Dick), foram outro gancho que deu certo para Capote. Tentar entender o que se passa na cabeça de dois assassinos de um crime brutal no qual não tinham ligação com a vítima e nenhum motivo além do dinheiro, faz o leitor se interessar pela vida pessoal de cada um deles. Isso acontece mas com Perry do que com Dick.

A descrição do crime, ponto a ponto, estabelece um conexão de que as coisas poderiam ser diferentes. Ler que Perry iria desistir faz pensar que o crime poderia não ter acontecido se não fosse a sua loucura de querer provar que Dick era medroso. A insignificância do ato, logo é percebida pela vida que levam depois do crime. Como se nada tivesse acontecido.

Ler as cartas do pai de Perry e da sua irmã, ler as considerações do Doutor Jones, médico especializado no campo da psiquiatria, e ler a próprias palavras de Perry faz o leitor tomar suas próprias conclusões. Mas, conclusões sobre Perry e não sobre Dick. Tentando bancar a psicóloga não consegui encontrar nada em Dick que implicasse o caso, mesmo que ele não tenha puxado o gatilho, mas com Perry é diferente. Sua loucura e pertubação atrai quem gosta de tentar entender as pessoas, suas atitudes ambíguas e seus surtos de vingança deixam claro que ele sofria de um problema psicótico.

Má Contato 17/01/2013

Resenha: A Sangue Frio (www.indicacoes-livros.blogspot.com)
Truman Capote foi um jornalista, mas que sempre pendeu para a arte de ser escritor. Escreveu muitos romances, contos, etc.
Ao ficar sabendo do assassinato brutal de uma família (Um homem religioso, uma mãe depressiva, um adolescente, uma garota dona de casa) em uma pequena cidade de Kansas, decidiu que esse seria o conteúdo de seu novo livro.
Passou anos recolhendo depoimentos, lendo diários, investigando... Nesses anos, virou amigo dos dois assassinos, Richard Hickock e Perry Smith e, por esse motivo, seu livro está repleto de diálogos entre eles e pensamentos de ambos.
Não posso deixar de citar a perfeita escrita do autor. Embora o livro tenha sido escrito na década de 60, a escrita é muito atual. Fácil de ler.

A Sangue Frio termina com o resultado da sentença condenatória... Que eu, claro, não vou dizer qual é! rs. LEIAM!

Fernanda 13/10/2010

Sombrio
O livro é magistral. Resultado de ampla investigação feita pelo autor/jornalista sobre o brutal assassinato da família Cuttler. Capote mescla a história dos assassinados com a dos assassinos, fazendo com que o leitor torça por ambos. O autor busca entender as razões que leva alguém a cometer um crime tão bárbaro, e, em minha modesta opinião, acaba com isso justificando a atitude dos assassinos, e nisto está o diferencial do livro. O autor é extremamente parcial, mas humaniza ambos os lados desta história, e deixa ao leitor a grande pergunta, deve-se ou não perdoar os assassinos?
Excelente!