O Beijo no Asfalto

O Beijo no Asfalto Nelson Rodrigues




Resenhas - O Beijo no Asfalto


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Cleuzita 04/12/2021

???? Muito Bom
Gosto da obra de Nelson Rodrigues, mesmo ele sendo tão paradoxal. Eu já li a biografia excelente dele, O Anjo Pornográfico, e fico me perguntando como a mente dele conseguia transitar entre os lados opostos da "moral e dos bons costumes" , e ao mesmo tempo em casa ser o homem agressivo, controlador, traidor, machista e hipócrita. Quem conhece apenas a obra imagina se tentar de um homem com a mente livre, que enxerga os tropeços humanos como acidentes de percursos... Que venha os próximos livros dele.
Geórgea 04/12/2021minha estante
Gostei muito desse também!!


Geórgea 04/12/2021minha estante
Vi que dei 5 estrelas! Li no início do ano. As peças dele são leituras rápidas, porém densas, e que sempre me prendem a atenção!


Cleuzita 04/12/2021minha estante
Oi Géo. Gostei muito também. O próximo livro dele que lerei será O Casamento.


Paola200 08/06/2022minha estante
Nunca li ... De Nelson Rodrigues li apenas Vestido de noiva.




Sísifo Contemporânea 21/01/2024

Peça sensacional
Estamos estudando esse texto pra uma próxima montagem do meu grupo de teatro, se estiverem interessados sigam lá no Instagram, é @ter.atos, estamos começando agora
davI'ts 22/01/2024minha estante
kkkkkkk Vou apresentar na semana que vem no teatro. Deus não atendeu minhas preces para eu ser o Amado Ribeiro ;-;


Sísifo Contemporânea 31/01/2024minha estante
Misericórdia Davi, meus pêsames kkkkkkkkk mas vai ser uma ótima apresentação!!




regifreitas 05/04/2020

O BEIJO NO ASFALTO (1961); VESTIDO DE NOIVA (1943), Nelson Rodrigues.

Em relação à obra de Nelson Rodrigues, vale o lugar-comum: há aqueles que a amam e aqueles que a odeiam, geralmente com poucos meios termos.

Apesar das semelhanças, principalmente ao trazer o olhar agudo do dramaturgo no desnudamento das hipocrisias da sociedade carioca e, por extensão, da própria sociedade brasileira, aqui temos duas obras que se diferenciam estruturalmente.

O BEIJO NO ASFALTO segue a estrutura mais tradicional do texto teatral. O diferencial está na forma como o autor trabalha os temas: o sensacionalismo da mídia, a violência e abuso de poder por parte da polícia, a homofobia, os desejos ocultos e recalcados. Nelson se vale de uma lente hiperbólica - ao mesmo tempo que mostra, amplia sobremaneira esses aspectos. O exagero no tragicômico é proposital, e uma das características da crítica social rodrigueana.

Já VESTIDO DE NOIVA apela principalmente para o melodrama, mas se destaca por apresentar uma construção mais elaborada do texto teatral. Por conta desse aspecto, e das inovações trazidas por ela, esta peça é considerada o marco inicial do Modernismo no teatro brasileiro. O que chama a atenção, e foram consideradas arrojadas para a época, são as soluções engendradas por Nelson na construção das cenas no palco. Este é dividido em três quadros: da realidade, da alucinação e da memória, nos quais se desenrolam as ações.

Conforme mencionado acima, o trabalho de Nelson Rodrigues pode causar reações divergentes no público/leitor. Comigo não foi diferente. Quando me pus a pensar sobre o que escrever - especificamente sobre essas peças -, algumas das minhas primeiras impressões e considerações se alteraram, o que me fez, inclusive, mudar a avaliação das obras.

Mas aí reside justamente a função principal da obra de arte: para ser relevante, ela deve provocar. Se o resultado final for apenas indiferença, é sinal que ela fracassou.
ElisaCazorla 05/04/2020minha estante
Gosto das suas resenhas, Regi!


regifreitas 05/04/2020minha estante
agradecido, Elisa! ;)




Gabriel 06/05/2023

Uma história com potencial, mas simplesmente não gostei dos personagens, de NENHUM.

O final é BEM surpreendente
V1nim0ura 16/06/2023minha estante
Um texto dramatúrgico é feito para ser encenado, então talvez sua opinião mudasse vendo a peça em palco.




Diana 31/07/2015

Curto e grosso
A primeira coisa que me chamou a atenção: as frases e palavras soltas no diálogo entre os personagens. Uma característica literária que até então não conhecia e achei sensacional! A solidão dos personagens é escancarada, seus medos e receios, suas reticencias...

A segunda coisa que me surpreendeu, foi a minha reação e falta de atenção. Nas primeiras páginas ficava me perguntando: poxa qual a ideia aqui o cara beijou outro cara, tá! Mas qual o problema? Depois me atentei a data: década de 60! Pronto! Nelson trouxe a tona o preconceito vivo da época. Assunto delicado hoje, mas tratado como crime na época do livro.

Quero ler mais e mais livros do velho Nelson, não apenas pra satisfazer o clichê de “ter que valorizar” a literatura nacional, não por isso. Mas sim por que é bom! E eu leio aquilo que é bom pra mim, o que me dá vontade.
Marcos.Azeredo 15/02/2017minha estante
É a peça que mais gostei de Nelson Rodrigues, nosso maior dramaturgo, um dos maiores personagens da cultura brasileira. Foi um excelente cronista.




gatoviski 05/07/2020

É lindo beijar alguém que está morrendo.
Após um acidente entre um lotação e um rapaz, Aradir, personagem principal da tragédia que viu o acidente, beija o desconhecido no leito de morte. As especulações que surgem após o beijo são potencializadas pelos investigadores que vendem uma história para causar estranheza na cidade, "beijo no asfalto" é o nome da manchete nos jornais.
O tema "amor e morte", estão relacionados do começo ao fim na peça. O beijo de Aradir apavora todos os personagens e trás a superfície sentimentos ocultos, que por fim, desperta a violência adormecida de uma alma reprimida.
...........spoilers......................

É muito interessante pensar que a peça termina como um eco. Aprígio nunca diz o nome de Aradir mas após cometer o assassinato ele ecoa.
Outra coisa que me chamou a atenção é que os três membros da familia se apaixonam por Aradir, mas ao mesmo tempo, é um amor com certos limites e que vira repulsa se foge das regras. A consequência mais radical dessa quebra de contrato, foi a morte, e quando o Aradir diz que "é lindo beijar alguém que está morrendo", a minha única observação é que, na hora da morte, é o momento de verdade absoluta, estão todos expostos.
Marcos.Coelho 15/09/2021minha estante
Verdade, os três. Não havia parado para pensar nisso.




Vanessa 28/08/2009

Um beijo,o último pedido de um moribundo estendido no asfalto, leva um simples homem ás páginas da imprensa marrom. Uma ferrenha crítica a sociedade da década de 60, sempre tão puritana para fora de seus portões, escondendo seus podres no coração da família.
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Tito 30/06/2010

Uma trágica inquisição forjada em meias-palavras a partir de um impulso inexplicavelmente piedoso.
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Júlia Thomé 22/06/2012

Avaliação: 4.5
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Debora.Vilar 14/10/2013

Beijo no asfalto é uma drama em 3 atos. No primeiro ato mostra a corrupção existente entre a mídia de comunicação e a polícia, que decidem usar um acidente para abafar os escandâlos da polícia. O resultado é a infelicidade e a separação do casal, pois o marido é acusado de ser amante de um homem que é atropelado e beija-o antes de morrer.
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Eloah 09/04/2024

Atualíssimo
Um gesto de compaixão e bondade que se transforma em crime porque as pessoas dizem que foi. Até eu fiquei na dúvida haha incrível como Nelson fala de "fake News" muito antes dessa discussão atual.
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guilhermismos 10/07/2015

Esplêndido e surpreendente
Li a obra por indicação de uma amiga professora. Mal sabia eu que ficaria encantado e devoraria outros do mesmo autor. Entretanto, para quem adentra o universo de Nelson Rodrigues, o paradoxo de brilho imediato e obscurantismo de "O Beijo no Asfalto" é um prato cheio. Polêmico a seu modo, surpreendente e instigante, a obra é capaz de despertar desde o leitor mais voraz ao mais desinteressado. A divisão em três atos requer uma análise detalhada, assim como qualquer obra de Nelson e de qualquer bom autor. De longe, seu melhor livro.
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Monito 22/02/2017

'A salvadora da patria' - a mídia.
Este é o verdadeiro tema trabalhado de forma magistral, bom que se diga, pelo autor nesta história: o dito 4° poder. E, justamente em nome desse poder que é viciado em exercer, a dita mídia não raro apresenta exemplos e mais exemplos infelizes de indivíduos que se comportam em maior ou menor grau como o jornalista da trama. Claro que não só no Brasil, mas certamente também no Brasil. E claro que não só no Brasil de ontem, mas principalmente e infelizmente (reflexão minha) no Brasil de hoje. Considerável parte de seus 'soldados' têm o intelecto aguçado, são astutos, perspicazes, mas miseravelmente destituídos de ética, assim como o arquétipo de jornalista esculpido por Nelson Rodrigues. Importante lembrar: ele próprio, Nelson, um jornalista!, prova a um só tempo de conhecimento de causa de de que falta de ética não precisa ser a genética da classe.
O pano de fundo da história é a homossexualidade. Um tema generalizadamente mal resolvido (ainda nos dias de hoje), um verdadeiro tabu, permeado de intolerâncias, de ascos, de ódios e preconceitos, hoje travestido de aceitação, naturalidade e tolerância, mas, à época da elaboração da trama, nem isso; era ainda por cima um tema marginal, sobre o qual não se refletia, muito menos se debatia.
Excelente ilustração de como as pessoas são manipuláveis por esse poder (de o que, quando e como informar), de como as pessoas mal conhecem a si próprias e, portanto, tornam-se incapazes, mais ainda, de decifrar o mundo a sua volta.
Enfim, uma bomba! Dá o que pensar! Só lamento não ter tido a oportunidade de assistir à montagem original da peça, com o elenco de peso que foi arregimentado por Nelson especialmente para dar vida a essa obra de arte!
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Iarley Estrela 14/05/2017

Uma obra atemporal de Nelson Rodrigues, censurada na ditadura militar. O beijo no asfalto é uma peça, um drama em 3 atos que mostra a corrupção que existe entre os políticos e a impressa. Sexualidade, intrigas, falta de ética e crise familiar são os principiais ingredientes desta famosa obra escrita em 1960, com Fernanda Montenegro estreando na primeira montagem de 1961.
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