O Beijo no Asfalto

O Beijo no Asfalto Nelson Rodrigues




Resenhas - O Beijo no Asfalto


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Robert125 18/02/2021

Uma peça atemporal.
Até que ponto o abuso de poder e a disseminação de notícias falsas podem estragar a vida de uma pessoa? Esse é o objetivo de Nelson Rodrigues, nesta peça trágica marcada pelo escândalo social no qual um homem beija outro na beira da morte.

Meu desejo após o término da leitura é um dia poder vivenciar a encenação dessa estória ao vivo e em cores!

Nelson Rodrigues, agora eu entendo o porque de você ser considerado o dramaturgo mais influente do Brasil.
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Gabriella463 11/02/2021

Recomendo muito a leitura
É um texto teatral muito bom, aborda assuntos importantes como por exemplo uma sociedade tão preconceituosa e como mídia pode tão sensacionalista a ponto de fazer de tudo para gerar lucro. O último ato foi o que mais gostei pois acontece coisas surpreendentes em que não posso contar.
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vicqs 02/02/2021

O Classico permanece atual
Que livro incrível, as problemáticas abordadas são tão necessárias, fiquei tão surpresa, porque não tinha lido nada sobre apenas decidir que iria ler um livro de Nelson e sem duvidas lerei mais!!!
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Julia Rovaris 20/01/2021

nelson sempre surpreende! linguagem expressionista, temas polêmicos e enredos escrachadíssimos, desmascarando a sociedade brasileira. amo!
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adrianlendo 06/01/2021

gatilhos: homofobia, machismo

Arandir é um homem casado que beijou a boca de outro homem que acaba de ser atropelado, realizando o último desejo dele, mas um jornalista vê a cena e decide tirar proveito dela causando um grande escândalo na sociedade carioca.

Considero incrível o modo como essa peça, escrita em 1961, ainda possui assuntos tão atuais. O Beijo No Asfalto começa abordando a corrupção e o abuso policial fazendo um importante alerta sobre isso com os personagens mais podres possíveis, logo em seguida fala sobre fake news antes mesmo dela ter esse nome. É uma peça que constrói a cada momento uma trama que só se faz a partir do que a manipulação da mídia faz com a população, isso sem época de disseminação em whatsapp ou robôs no twitter, e faz isso com maestria, com uma matéria, uma cena tirada de contexto, nascia a cultura do cancelamento.

Por se passar ainda nos anos 60 vemos também o choque que um beijo entre dois homens causa em uma população inteira, tudo somado a uma matéria falaciosa no jornal. Um homem morre atropelado por uma lotação que não parou no sinal que já ficava vermelho, mas o foco vai para dois homens se beijando, o escândalo deixa de ser o crime e passa a ser o tabu, novamente de mantendo atual mesmo que hoje em dia não seja tão forte quanto antes.

O Beijo No Asfalto constrói uma tragédia que supera expectativas, é uma peça que toca nas feridas de uma sociedade corrupta e facilmente manipulável. Seus personagens são de camadas incríveis e sua escrita supera o esperado de um roteiro, mesmo que a história acabe pecando no terceiro ato.

Na minha opinião, o último ato, que encaminha para a finalização da tragédia, é desconfortável no pior sentido da palavra. Uma personagem acaba sendo levemente descaracterizada para levar o leitor a criar outros pensamentos sobre o rumo que a história levaria e até mesmo afirmar a sexualidade do protagonista (o que não tinha necessidade alguma) e também leva para uma conclusão que pode até ser compreensível mas com declarações que não fazem sentido com tudo que trouxe a tragédia até aqui, além de algumas cenas desnecessárias.

Encerro dizendo que O Beijo No Asfalto não é uma história representativa, como muitos acham. É sim uma peça que fala muito sobre o que é tabu na sociedade, mas de forma alguma aborda o tema sexualidade de modo que poderia se chegar a dizer que tem alguma representatividade. O foco dela é escancarar a manipulação midiática e a corrupção policial e nesses quesitos ela funciona extremamente bem.
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Mari 21/12/2020

Que peça incrível!
Não tenho muita oportunidade de ver peças de teatro, porque no Rio é assim, cultura é só pra quem mora na Zona Sul, então teria que pegar no mínimo 2 ônibus lotados e andar um bocado para conseguir chegar num teatro e na volta seria a mesma coisa. E, por isso, não acompanho muito a arte do Teatro, tanto que só fui ouvir falar nessa peça de Nelson Rodrigues nesse ano quando li o livro "Onde Andará Dulce Veiga?" de Caio Fernando de Abreu, que me deixou curiosa. Já tinha lido "Vestido de Noiva" do Nelson Rodrigues, mas não lembro muita coisa (deveria reler), então decidi ler "O Beijo no Asfalto". E minha ignorância em relação ao Teatro ficou muito surpresa, quando descobri que essa peça é muito famosa.

Para quem também não sabe nada de teatro, "O Beijo no Asfalto" é sobre um rapaz casado, chamado Arandir, que ao presenciar o atropelamento de um outro rapaz, beija-o na boca poucos instantes antes do mesmo morrer. Esse acontecimento é presenciado por dezenas de pessoas, inclusive o sogro de Arandir, Aprígio. A cena também é vista pelo jornalista sensacionalista, Amado, uma ironia de Nelson Rodrigues, já que o personagem é absolutamente detestável. Depois de ver o beijo, Amado se une ao delegado Cunha na investigação do caso. Só que eles não investigam o atropelamento, se o motorista estava bêbado ou não, eles nem se importam com isso. A investigação mesmo é a orientação sexual de Arandir, afinal por que um homem casado beijaria um outro homem no meio da rua? Essa pergunta seria plausível se fosse feita por pessoas fofoqueiras, mas não por um jornalista e um delegado que deveriam investigar um crime, no caso o atropelamento do rapaz, mas para eles o crime é Arandir ter beijado o rapaz. Assim, os dois começam a fazer um jogo de manipulação e de ameaça com várias pessoas envolvidas, para chegar aos seus objetivos: vender jornais e prender um assassino. Com isso, eles provocam a desgraça na vida de várias pessoas, não só de Arandir, mas de sua esposa, seu sogro, sua cunhada e da viúva do rapaz que foi atropelado.
Quando eu vi as cenas de beijo, pensei que as pessoas devem ter ficado chocadas ao ver dois homens se beijando nos anos 60, porém elas devem ter ficado chocadas mesmo com o que Amado e Cunha fazem para convencer a todos de que Arandir tinha um relacionamento com o rapaz e o assassinou, cometendo um crime passional e depois, beijou-o.

A peça é realmente muito boa (que plot-twist foi aquele??) e fala de assuntos muito atuais, apesar de ser dos anos 60, como violência policial, fake news, sensacionalismo e homossexualidade. Fiquei com vontade de ver a peça encenada, mas isso deve demorar bastante ainda, então vou correr atrás dos filmes.
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Luana 08/12/2020

Nelson sendo Nelson
Bom as obras referente a esse escritor não me surpreendem da forma que são escritas... Ele tem esse caráter bem forte por conta do momento em que escreve. Não sendo diferente, Beijo no asfalto, causa estranhamento, angústia e vontade de saber o que é ou não verdade. Com muita crítica por trás, Nelson Rodrigues marca o teatro com suas obras.
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Mr. Jonas 17/10/2020

O beijo no asfalto
O beijo no asfalto é originalmente uma peça teatral escrita em 1960 por Nelson Rodrigues, que tem na sua essência uma voraz e esplêndida crítica a hipocrisia e falácia de cada ser humano como indivíduo e como família, um retrato da aparente e enganosa imagem que muitas pessoas tentam evidenciar para a sociedade. Outro ponto abordado é a sordidez e nada polida atitude da mídia/imprensa envolvida no caso, e mesmo sendo num já distante 1960 traz a tona pontos cruciais do que temos visto em relação ao jornalismo em nossos tempos. Uma trama com ótimo enredo que deve ser lida por todo aquele que busca refletir e se ?rebuscar? como ser humano e sociedade.
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Duda 06/09/2020

Me supreendeu
Por se tratar de uma peça, o texto é bem gostoso de ler, terminei ele em 2 horas. E o quando terminei eu realmente fiquei surpresa, é uma obra muito boa para quem deseja começar a ler obras do Nelson.
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mari 20/08/2020

Clássico que permanece atual
A obra escrita nos anos 60 continua atual, os temas retratados como fake news, corrupção, homofobia, assédio, uso da força policial etc se encaixariam perfeitamente nos dias de hoje.
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kk3thess 19/08/2020

Um beijo, desejos escondidos, preconceitos nada velados, medo e suscetibilidade ao que os outros possam pensar ao mesmo tempo em que a ausência de temor do pensamento coletivo é uma liberdade. Em relativamente poucas páginas, Nelson Rodrigues entregou um texto complexo e repleto de nuances que é de dar inveja a diversos camalhaços que não tem sequer um personagem bem desenvolvido. Sinto falta de algo ainda meio intangível para mim, mas nada que diminua o brilhantismo da obra.
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Lelê 22/07/2020

Tragédia carioca
O beijo no asfalto é ?tragédia carioca?. as ações e o destino dos personagens são inevitáveis. E apresenta as marcas do meio o moralismo dominante, as diferenças de classe e de condição social, e a hipocrisia dos costumes.
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gatoviski 05/07/2020

É lindo beijar alguém que está morrendo.
Após um acidente entre um lotação e um rapaz, Aradir, personagem principal da tragédia que viu o acidente, beija o desconhecido no leito de morte. As especulações que surgem após o beijo são potencializadas pelos investigadores que vendem uma história para causar estranheza na cidade, "beijo no asfalto" é o nome da manchete nos jornais.
O tema "amor e morte", estão relacionados do começo ao fim na peça. O beijo de Aradir apavora todos os personagens e trás a superfície sentimentos ocultos, que por fim, desperta a violência adormecida de uma alma reprimida.
...........spoilers......................

É muito interessante pensar que a peça termina como um eco. Aprígio nunca diz o nome de Aradir mas após cometer o assassinato ele ecoa.
Outra coisa que me chamou a atenção é que os três membros da familia se apaixonam por Aradir, mas ao mesmo tempo, é um amor com certos limites e que vira repulsa se foge das regras. A consequência mais radical dessa quebra de contrato, foi a morte, e quando o Aradir diz que "é lindo beijar alguém que está morrendo", a minha única observação é que, na hora da morte, é o momento de verdade absoluta, estão todos expostos.
Marcos.Coelho 15/09/2021minha estante
Verdade, os três. Não havia parado para pensar nisso.




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